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História Consequência Perfeita - Hola papá


Escrita por: miedoaperderte

Notas do Autor


Oi gente, como vocês estão?
Eu tô tentando assimilar as coisas, é muita bad junta, meu coração não aguenta.
E por isso mesmo resolvi antecipar a postagem dessa fic. Ela é uma comédia romântica de certa forma meio clichê, mas que eu venho pensando e escrevendo a algum tempo. A receptividade de vocês com o Matteo em The One foi tão grande que tive que criar outras história contendo uma criança.
Só para contextualizar, a história se passa seis anos depois do Matteo ter ido para Oxford. Aqui, ele não enfrentou o pai. Luna descobriu que é Sol Benson e o nome da filhota deles é Sol justamente em homenagem a isso. O resto vocês vão entender mais depois.

Capítulo 1 - Hola papá


Fanfic / Fanfiction Consequência Perfeita - Hola papá

Matteo Balsano

San Diego, Califórnia

A campainha tocava insistentemente enquanto eu assistia ao show de um dos meus cantores favoritos na televisão. Tenho poucos momentos de lazer. Meu trabalho é excelente, mas exige muito de mim, e quando eu finalmente consigo ficar em paz, sem ninguém por perto, alguém sem a menor noção resolve me importunar.

- Já estou indo! - gritei sem paciência – Não pode nem esperar eu procurar as chaves? Já ouvi que tem alguém ai.

Abri a porta e me assustei ao ver uma criança parada ali.

- Oi. - olhou para mim e piscou os olhinhos.

- É... Oi. - a olhei sem entender - Você se perdeu? - negou com a cabeça e entregou-me um papel que estava em sua mão.

"Matteo, é uma longa história, mas vou ser breve. Você é pai. Não tenho porque te explicar por um bilhete os motivos para ter escondido isso de você todo esse tempo, mas a questão é que por ironia do destino, tive que me mudar para Califórnia e tempos depois descobri que você também vivia aqui. Ela precisava te conhecer.

Assinado,

Luna."

Olhei do papel para a criança e da criança para o papel. Não era possível. Não mesmo. Só poderia ser uma brincadeira de mal gosto de algum dos meus amigos.

Espera, o que estou pensando? Ninguém sabe o que aconteceu depois da minha festa de despedida.  Luna deixou bem claro que foi o maior erro da vida dela ter se deixado levar e que ninguém saberia daquilo, e eu jamais comentei com nenhum dos meus amigos daqui esse fato.

- Mamãe disse que talvez você ficasse assustado. - a voz dela me tirou dos meus pensamentos.

- Sua mãe. Onde ela está? - olhei aflito para o corredor, mas era óbvio que ela não estaria ali.

- No trabalho. Quem me deixou aqui foi a minha babá. - prestei atenção nos traços dela e não sei como consegui parar em pé. Ela era uma réplica minha, com os olhos e os lábios de Luna. Só de olhar eu já sabia que aquela menina era minha filha - Mamãe também disse que se eu estiver atrapalhando, você pode ligar para os números atrás do bilhete. Um é o número da minha babá e o outro é dela. - ela disse isso sem o menor entusiasmo e certo receio pela minha reação.

- Atrapalhando? Imagina, eu não estou fazendo nada de interessante. - disse de forma engraçada e ela deu um pequeno sorriso - Entra. - dei espaço e ela passou, observando o apartamento.

Era estranho. Muito estranho.

- Quantos anos você tem?

- Cinco.

- Cinco. – repeti olhando para ela fixamente. Suas mãos seguravam as alças da pequena mochila e eu com toda certeza tinha perdido qualquer cor.

- Fiz cinco faz pouco tempo. – faz quase seis anos que eu tinha ido embora da Argentina. O tempo bate completamente e como eu já disse, essa menina é uma cópia minha.

- Esqueci de dizer meu nome. Sou Sol Valente Benson, e mamãe diz que também tem o Balsano, mas na minha certidão de nascimento não tem. - engoli seco - Pode me chamar só de Sol, ou de biscoitinho como meu bisavô Alfredo fala quando roubo os biscoitos que a vovó Monica faz.

Minha cabeça estava a ponto de explodir. Ela terminou de falar e mirou os grandes olhos verdes para mim. Fiquei alguns segundos sem saber o que dizer. Como é que se reage a uma coisa dessas? Eu tenho uma filha. Eu estou conversando com a minha filha.

- Eu sou Matteo Balsano. - nossa, que resposta boa.

- Eu sei. Mamãe me contou de você. - ajeitou a mochila nas costas - Você é meu pai.

- Parece que sim. - cocei a nuca - Fica aqui um instante, preciso fazer uma ligação.

- Tudo bem. Posso sentar no sofá?

- Claro. Bem é... A casa é sua. - falei meio sem jeito e ela deu de ombros, se jogando no imenso sofá cinza e seguiu observando minha casa.

Peguei o celular e sai na varanda. Digitei rápido o número de Kate e esperei que ela atendesse. Pedi que ela viesse até aqui com urgência.

- O que está acontecendo? - perguntou assim que abri a porta e olhou para Sol - Quem é essa criança?

- Minha filha. - disse assim, no seco, sem anestesia - Olha isso. - entreguei o bilhete que Luna havia escrito e ela leu com as sobrancelhas levantadas.

- E ela apareceu assim, do nada? Você me disse que sua ex era um pouco agitada e fora do normal, mas deixar uma criança na porta da casa dos outros é bem estanho. - cuidou para que a criança não ouvisse nada - E você disse que o namoro de vocês nunca passou de beijos. Como isso é possível então?

- Uma única vez, na minha ultima noite na Argentina. Fui me despedir dela depois da festa surpresa que me fizeram e ela estava chorando de soluçar. Percebi que ela pela primeira vez tinha bebido. E eu também tinha, nada demais, porém o suficiente para terminarmos os dois nus em uma cama. Ta aí o resultado.

- Isso é muito estranho, Matteo. O que será que essa mulher quer?

- É o que vou saber agora. Quero que fique aqui cuidando de Sol enquanto vou procurar Luna. Preciso de respostas sobre isso.

- Claro. Não será um problema. Só espero que ela não me encha de perguntas sobre quem eu sou.

Eu sou muito burro. Acabo de saber que tenho uma filha e quem eu chamo para cuidar dela? Minha namorada. Ótima escolha, Balsano. Mais uma vez você provando que sabe tomar decisões.

- Sol. - chamei-a - Essa é a Katherine, mas você pode chamá-la apenas de Kate.

- Oi. - sorriu para ela e Kate fez o mesmo.

- Oi. Você está com fome?

- Um pouco. Tenho uma maçã na bolsa, mas mamãe sabe que não gosto de maçã. Estava esperando um bom momento para jogar ela fora e procurar outra coisa. – colocou as mãos na boca como se tivesse falado algo que não deveria e eu ri sem nenhum motivo ao ver aquele pequeno gesto dela.

- Pequena, pode pegar o que quiser da geladeira do papai. - eu disse papai? Eu realmente disse papai? Oh céus, isso é grave - Vou precisar sair um pouco e Kate vai ficar aqui com você.

- Espera. - tirou a mochila das costas e abriu um dos bolsos, tirando de lá mais um papel - Esse é o endereço do trabalho da mamãe.

- Como sabe que estou indo para lá?

- Eu não sabia. Mamãe pediu para te entregar, caso quisesse me deixar lá.

- Certo. Você fica aqui, ainda temos muitos assuntos pendentes. Quando eu voltar vamos conversar de verdade, ok? E papai vai cozinhar massa italiana para você. - papai. Essa palavra sai da minha boca sem que eu perceba. Que espécie de feitiço é esse?

- Eu amo massa italiana. Mas nunca fui para a Itália. Só vi algumas fotos que o vovô Alfredo e o tio Gastón me mostraram.

Gastón. Só agora caiu a minha ficha de que todos os meus amigos sabiam dessa história. De que todas as pessoas que conheci e deixei na Argentina sabiam que Sol era minha filha. Não mantive contato com eles, mas conversei com Gastón algumas vezes e ele sequer citou esse assunto.

Não entendo nada. Absolutamente nada do que está acontecendo.

- Você vê muitas vezes seu tio Gastón?

- Muitas não. Ele e a tia Nina sempre estão viajando e viajando. Mas eu gosto porque eles me trazem presentes de vários lugares do mundo. Ás vezes ele me leva para passear quando a mamãe e a tia Nina querem conversar sozinhas. E nós tomamos sorvete. Ele é quase um pai, só que é um tio. – tive que puxar o ar com toda força. Que merda eu fiz da minha vida para estar passando por isso?

- Sol, eu não vou demorar. Ainda quero conversar bastante com você. – dei um sorriso sincero e ela me devolveu o mesmo.

Deixei a televisão ligada em um canal de desenhos e sai em disparada até o estacionamento do prédio. Digitei o endereço do papel no gps e coloquei uma musica alta para me relaxar um pouco. Eu estava a poucos minutos de reencontrar Luna. Apenas algumas ruas me separavam de ver pela primeira vez, depois de quase seis anos, a minha menina delivery.

Parei o carro em frente a uma escola de patinação. Era uma das maiores do mundo. Então era ali que Luna estava trabalhando.

Entrei como se estivesse procurando informações sobre alguma coisa do lugar. Quando cheguei aqui na California, visitei algumas vezes esse lugar, mas com o tempo, deixei para trás e ultimamente o mais próximo que chego de um patins é quando abro meu armário e encontro meu fiel amigo azul e preto guardado em uma caixa junto a minhas lembranças.

Chego até o lugar onde vendem as entradas e analiso a placa com os nomes de cada instrutor. Luna Valente Benson é um desses nomes.

Compro uma entrada e espero que me entreguem os patins.

A pista desse lugar é enorme. Algumas faixas e bordas dividem o espaço em pequenas pistas menores, mas o espaço principal em si é aberto. Corro os olhos por todo lugar e me dou conta de que não será tão fácil encontrar Luna no meio de toda aquela gente, ainda mais depois de anos sem vê-la.

Entro na pista e olho atentamente para cada mulher ali presente. A maioria ainda é adolescente e isso faz minhas memórias aflorarem, era como estar em casa. Vejo uma das instrutoras, com o bracelete da pista, mas os cabelos ruivos me indicam que não é por ela que eu procuro. Outros instrutores passam por mim, agora com um grupo de crianças e pergunto a um deles sobre Luna. Com a indicação da direção onde ela deveria estar, saio com cuidado, estou meio enferrujado, mas ainda sou o rei da pista. Desvio de algumas pessoas e olho para todos os lados. Segundos depois meu corpo choca com outro corpo e meu olhos se conectam o inigualável verde dos olhos dela.

- Chica Delivery. - respiro fundo, mantendo meus braços ao redor de sua cintura para que ela não caia.

- Chico Fresa. - sinto sua respiração acelerar, seus olhos se prenderem aos meus e o passado me atingir como uma avalanche.

Segundos foram suficientes para eu ter certeza de uma coisa.

Ela ainda mexia comigo.


Notas Finais


E ai?
O que me dizem?
Recebo flores em aprovação ou tomates em desaprovação? kkkkkkk
To caindo de sono, então não tenho muito para falar, além de que a intenção dessa história é deixar um pouco o drama de lado e aproveitar o quanto Lutteo pode ser fofo, e com uma filha, a fofura vai aumentar nível mil.

Nos vemos, beijinhos ♥


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