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História Consequências da Liberdade - Capítulo 3 - I Need Your Help


Escrita por: kihyuniews

Notas do Autor


Oi nenês, eu voltei ❀

É eu tô atrasada, eu sei T.T me perdoem.
Eu vou voltar no dia certo, eu juro T.T

OBRIGADO PELOS 20 FAVORITOS!!!111!!1!ONZE!

Revisei por cima, então devem ter alguns errinhos, rs
Sem mais enrolação, vamos direto para o capítulo! ♡
Nos vemos nas notas finais! ♡

Capítulo 4 - Capítulo 3 - I Need Your Help


Fanfic / Fanfiction Consequências da Liberdade - Capítulo 3 - I Need Your Help

Coço meus olhos ao despertar e solto um grunhido baixo, causado pela dor que sentia nas minhas costas. Suspiro acanhado e me viro na direção do outro sofá, encontrando deitado ali, Johnny, que dormia como uma criança. 

O relógio expunha 7:40 em seu visor. Por que eu não dormi mais? Me levanto da onde estava e sigo até a cozinha, me deparando com Jaehyun sentando enquanto Taeyong fazia café para os dois. Desde quando ele cozinha? 

Pigarreio, fingindo indiferença para com aquela situação e aceno com a cabeça para os dois presentes murmurando um baixo "bom dia", coloco as mãos em meu bolso e caminho até a geladeira, onde pego um iogurte de frutas vermelhas.  

– Chittaphon Hyung, espero que não se sinta incomodado com a minha presença... – A voz de Jaehyun se faz presente e quando me viro de frente para si o mais novo me lança um sorriso brilhante.  

– Ya, tudo bem! – Tento parecer animado, mas falho miseravelmente, deixando apenas um sorriso falso estampado em meu rosto. 

– Tem certeza? Você parece sempre tão... Desconfortável. – Ele diz e eu assinto freneticamente, tentando reforçar as minhas palavras – Obrigada! – O moreno sorri animado e direciona seu olhar para Taeyong, que levava a comida até a mesa – Prometemos não ficar muito, mas é tão difícil encontrar uma casa por aqui... – O mais novo diz e o platinado apenas concorda enquanto bebia o seu café.  

– Sim... – É a única coisa que conisgo dizer antes de sentir um nó formar-se em minha garganta com rapidez, seguido de diversas lágrimas que amontoaram-se em meus olhos.  

Assim que consigo tomar uma ação, despejo parte do iogurte em um copo e aceno para os dois antes de sair do cômodo. Aquilo tinha doído demais em mim. Os mesmos planos que eu e Taeyong construímos juntos um dia, foram realizados, mas o meu lugar havia sido substituído por Jaehyun.  

Só percebo que trombei com algo quando sinto um líquido gelado em meu rosto. Pisco algumas vezes, tentando focar o máximo que podia a minha visão, vendo um Johnny parado logo a minha frente. 

– Ten, eu, desculpa. – O maior diz preocupado e eu apenas assinto, para em seguida sair caminhando pelo corredor que levava ao meu quarto – Você tá chorando? – Johnny diz receoso e eu hesito meus passos antes de virar na sua direção.  

Sinto seus braços me envolverem em um caloroso abraço, ele não parecia se importar com o fato de que eu estava completamente sujo com o iogurte. Me permito chorar com a cabeça encostada em seu ombro, eu havia feito tanto aquilo nos últimos dois dias, que agora parecia até mesmo normal.  

Sou carregado até meu quarto. Johnny me deixa na cama para depois caminhar até o closet, onde pega uma nova camiseta para mim. Ele volta até onde eu estava e limpa as minhas lágrimas com a ponta dos dedos.  

– Lave o rosto e vista uma camiseta limpa, podemos conversar sobre isso depois... – O maior fala calmo e se levanta, saindo do quarto, para que me desse maior privacidade.  

Caminho relutante até o banheiro, porém ao invés de fazer o que Johnny havia dito, apenas ligo o chuveiro e entro embaixo deste, sem nem mesmo retirar o pijama que vestia. As lágrimas que escorriam o meu rosto, perdendo-se na água gelada que saía da ducha. 

Ao despertar de meus pensamentos com uma voz conhecida que havia atravessado a porta, não tinha ideia do tempo que passei ali, sentado sob as gotas que caíam.  

– Ten está tudo bem? – Taeyong pergunta enquanto batia na porta – você sumiu, já faz meia hora que você está aí. – Ele continuava a falar.  

Apenas suspiro, sentindo a água bater em minhas costas enquanto tentava impedir o encontro constante de meus dentes, causado pelo frio que aquilo estava me proporcionando. As batidas na porta cessam e soluço baixo. Ele tinha desistido de mim assim tão fácil? 

Ouço uma nova voz vinda do outro lado da parede. Jaehyun. Passos são ouvidos antes da abertura súbita da porta que nos separava. Vejo o platinado correr na minha direção e em seguida a água para de cair. Meu corpo gela e sinto as mãos de Taeyong tocarem o meu rosto.  

– Chittaphon... – Ele murmura e acaricia os meus cabelos encharcados – Venha... – O platinado diz baixo  e segura a minha mão, tentando inutilmente me levantar. 

Apenas nego sutilmente com a cabeça e fecho meus olhos com força ao sentir seus braços me envolverem trazendo meu corpo para cima mesmo que sem o meu consentimento. 

– Tá tudo bem... – Murmuro, aconchegando a minha bochecha em seu ombro – Só... preciso tomar um banho. – Digo baixo e hesito antes de recuar, separando-me relutantemente do maior.  

– Eu não queria te machucar. – Taeyong murmura e beija a minha testa antes de sair do banheiro. 

Desvio meu olhar perdido para a porta, me deparo com Jaehyun, que permanecia parado ali. Ele segura a mão do platinado e sela seus lábios antes de sair dali junto dele. 

Fecho a porta e retiro a roupa molhada do meu corpo. Ao contrário de chorar, como fiz anteriormente, apenas supirei para manter a calma antes de permitir que a água tomasse o meu corpo novamente, aos poucos, me afundando naquele pequeno abismo que tinha criado em meu interior.  

Saio do banheiro vestindo a camiseta que havia levado comigo juntamente da toalha enrolada em minha cintura. Caminho até o closet, onde coloco uma boxer qualquer que estivesse ali. Sigo na direção da janela e permaneço parado, voltando a me perder na linha do tempo e espaço.  

– Ten, você... – A voz para e eu engulo em seco – Ah, desculpe! – Uma voz me tira dos pensamentos e em um reflexo, me viro.  

– Tudo bem... – Digo baixo e estico a barra da blusa que vestia para baixo, tentando cobrir as minhas coxas.  

– Eu... Hm... – Johnny diz coçando a sua nuca e abaixa o seu olhar, até que este alcançasse o chão – Vim ver se está tudo bem... – O maior pigarreia. 

– É... Eu tô bem... – Digo baixo e vou rapidamente até o closet, onde pego um shorts para me vestir. 

– Posso olhar agora? – O maior ri e eu o acompanho. 

– Pode. – Falo assim que me recupero e sigo até a cama, onde me sento. 

– O que aconteceu mais cedo? – Johnny pergunta baixo enquanto repetia a minha ação – Taeyong? – Ele suspira e eu assinto. 

Permanecemos em silêncio por algum tempo, ambos sabiam que não havia o que dizer naquela situação. Em algum momento, meus braços haviam envolvido a sua cintura e minha cabeça permanecia recostada em seu ombro. Ao pensar no que havia acontecido e em como explicaria para Johnny, volto a chorar, era doloroso demais para mim. 

– O Taeyong... – Suspiro me separando dele – Vai... Morar com o Jaehyun... – Murmuro e abaixo a minha cabeça – Ele vai viver tudo o que planejamos juntos... – Fungo e passo as costas de minha mão sob o meu nariz – Com outra pessoa. 

– Ten... Não veja isso como algo ruim... – Ele murmura e beija a minha testa – Quanto mais você o vê, pior você fica. Talvez isso seja bom. – Johnny esboça um sorriso e começa a acariciar meus cabelos. 

– É só... – Digo baixo e suspira. Talvez ele tivesse razão

– Onde ficou o seu carro? – Ele pergunta depois de algum tempo em silencio e ri.  

– Eu não tenho ideia... – Murmuro depois de pensar por breves segundos 

O maior ri, se levantando da cama e deixando o quarto sem um aviso prévio. Por minha vez, sigo até o banheiro e pego a roupa encharcada que estava ali. Carrego estas comigo até a parte de fora da casa, onde as penduro em um varal improvisado que tinha ali. 

Quando já me preparava para voltar para dentro, sou empurrado contra a parede e sinto um corpo colar-se ao meu com agilidade, seguido de uma mão que espalma a parede ao lado da minha orelha. Abro meus olhos relutantemente, me deparando com as orbes profundas pelas quais eu era tão apaixonado. 

– Sabe Ten... – O platinado murmura e passa a língua em seus finos lábios – Eu nunca te esqueci. – O maior diz em um quase sussurro e começa a se aproximar lentamente de mim, fazendo-me fechar os olhos, ansioso pela sensação que somente o beijo de Lee Taeyong me proporcionava. 

Não. Aquilo não era certo...

Mas por que o proibido era sempre tão atrativo?

Meu conflito interno não durou muito, pois assim que os lábios gélidos de Tayong tocam os meus, o empurro relutantemente para longe de mim enquanto abria os olhos.  

– Taeyong... – Murmuro baixo, desviando meu olhar do dele, o castanho de sua íris sempre me consumira e agora não era diferente – Você não pode fazer isso... – Volto a me pronunciar como antes. Eu tinha a sensação de que estava tendo a alma sugada para fora de meu corpo. 

– Como assim? – O maior suspira e começa a mexer em meus cabelos com ternura.  

– Você não pode vir aqui, – Levanto meu olhar. Por mais consumido que estivesse por si, não podia deixá-lo brincar comigo, não daquele jeito – dizer para mim que está noivo, – Sinto meus olhos encherem-se de lágrimas, mas não iria ceder – e depois me beijar, dizendo que nunca me esqueceu. – Deixo que as palavras saíssem descontroladamente da minha boca, deixando-me arrependido.  

– Ten? – Uma voz ao longe é ouvida e eu suspiro, agradecendo internamente por Johnny ter interrompido Taeyong quando este se preparava para falar.  

– Aqui no fundo! – Digo alto o suficiente para que ele ouvisse, sem deixar que o nó em minha garganta transparecesse.  

Antes que pudesse me retirar dali, o platinado segura o meu pulso, obrigando-me a olhá-lo e permanecer estático onde estava.  

– Isso não acabou aqui, Chittaphon-ah. – Ele diz baixo e enxuga o canto de meus olhos antes de soltar o meu pulso.  

Caminho com rapidez até o corredor que levava ao interior da casa, encontrando com Johnny, que parecia um pouco atordoado, no meio deste. O garoto sorri docemente para mim e sobe ambas as mãos até meus cabelos, arrumando os fios que estavam fora de seu lugar.  

– Estava arrepiado. – Ele diz rindo e balança a sua cabeça antes de continuar – O Taeil disse que o seu carro ficou na boate... – O maior diz e eu o acompanho para dentro da casa – Você quer ir buscá-lo? – Johnny balança as chaves em sua mão e volta a sorrir na minha direção.  

 

 

Minutos depois de afirmar, estávamos parados na frente da casa de Taeil. Eu tinha que aguentar Johnny reclamando da demora, mas aquilo não era de tudo ruim, na verdade, até me fazia rir.  

– Ya! Pare de rir! – O maior diz irritado e bufa, acabo apenas por rir, deixando-o ainda mais bravo com aquela situação.  

– Você é engraçado quando está irritado. – Digo e sorrio, vendo-o revirar seus olhos.  

Havíamos passado cerca de meia hora na frente da casa do loiro até que este finalmente aparecera. Assim que ele entra no carro, antes mesmo de Johnny começar a xingá-lo, começo a falar, como se não tivesse notado a presença dele ali.  

– Por que nós viemos buscar o Taeil, mesmo? – Digo indiferente, me segurando para não rir.  

– Bom dia pra você também, Ten. – O mais velho sorri – Eu estava dormindo, caralho, você não sabia que paciência é uma virtude muito prezada, Johnny? 

– Paciência? – Johnny rebate irritado e bufa – Taeil, você não tá indo pra um concurso de miss Coréia do Sul, tá indo buscar um carro. – O maia alto de nós diz irritado, deixando-me ainda mais tentado em rir. 

– Mas eu ganharia o prêmio facilmente se eu fosse. – A voz do loiro soa divertida e Johnny para o carro, olhando para Taeil pelo retrovisor.  

– Desce do carro, pelo amor de deus. – Percebo a impaciência na voz dele e a minha vontade de rir se cessa no mesmo instante – Eu não tô zoando. – Ele parecia bravo e instintivamente, levo a minha mão de encontro com a semelhante dele, atraindo seu olhar para mim. 

– Johnny, relaxa. – Digo baixo enquanto fazia um leve carinho em seus dedos – Ele só estava brincando, não precisa ficar irritado dessa maneira. – É a única coisa que digo antes do carro voltar a se mover.  

O longo caminho até a boate seguiu naquele mesmo clima. Taeil permanecia quieto assim como eu, ambos não tínhamos entendido o que havia deixado Johnny assim, tão irritado.  

Quando o maior para atrás do carro que indico como meu, o loiro desce junto de mim, provavelmente por estar desconfortável com a situação em que havia nos colocado. Eu estava da mesma maneira. 

– Torta de climão. – Taeil diz enquanto colocava o cinto de segurança em si.  

Rio do que o loiro diz e faço o mesmo que ele, em seguida direciono as minhas mãos para o volante, permanecendo estático naquela posição, sem nem mesmo ligar o carro. 

– Essa é a hora em que você liga o carro e a gente volta pra casa, Ten. – O mais velho diz gesticulando, sem nem mesmo se virar na minha direção.  

– Taeil... – Murmuro e percebo seu olhar voltar-se para mim – Você pode dirigir no meu lugar? – Pergunto, analisando a expressão confusa do maior.  

 

 

– Por que você não quer dirigir? – O mais velho insistia em perguntar aquilo, mesmo que eu já tivesse o respondido diversas vezes.  

– Porque eu não consigo. – Digo sincero e encaro o loiro, que parecia insatisfeito com a resposta.  

– Como você não consegue? – Taeil insistia no mesmo assunto, mesmo que a maior parte de sua atenção estivesse focada no transito. 

– Eu já disse... – Suspiro e permaneço a mexer em meus dedos – Eu simplesmente travo, como se algo em mim não quisesse deixar-me dirigir. – Digo o mais sincero que posso e volto a abaixar o meu olhar – Até mesmo esse maldito carro me lembra dele... 

– Dele quem? – Quando percebo o que havia dito, era tarde demais. Taeil parecia arquivar qualquer informação que eu lhe desse – Do seu ex? Tae... Taeyong? 

– Até você já sabe? – Rio sem humor e encaro o céu azul do lado de fora do carro.  

– Sim... Você me contou um pouco do que aconteceu. – O loiro diz e eu assinto – Não quer saber o que me disse? – Ele indaga ao me encarar. 

– Eu não me importo com isso. – Suspiro e permaneço a olhar a luz que refletia na pele do meu braço. 

– Você se importa... Até demais. – O mais velho ri enquanto se preparava para continuar – Sabe, você não é o único que foi atrás de mim por sofrer devido ao amor... – Ele murmura e acaba sorrindo fraco – A questão, Ten, é que a dor é passageira. 

Passageira? Eu não aguentava mais esperar pelos ventos que levariam esse amor para longe. Sempre que eles tentavam, Taeyong fazia questão de quebrar essas correntes de ar.

– O que você sabe sobre isso, Taeil? – Digo cético e reviro meus olhos – Você é só mais uma dessas pessoas, que acham que conhecem a dor, mas não tem ideia do que ela realmente representa. – Digo enraivecido, porém não levanto o meu tom.  

Taeil apenas ri baixo e continua a seguir o carro de Johnny, que nos guiava até a casa do loiro. 

– É Ten, talvez eu não saiba mesmo o que é sentir isso. – O mais velho diz assim que sai do carro – Mas, se as dores do abandono, da rejeição e da morte passam, – Ele tentava manter a sua expressão calma, mas falhava miseravelmente – Eu tenho certeza que a sua passará também. Caso precise de mim, você sabe onde me encontrar.  

Novamente eu estava sozinho, estático, olhando para o volante revestido em couro. Minha cabeça parecia paralisada, tanto que não percebo quando Johnny desce de seu carro para falar comigo.  

– Ten, você tá bem? – Ele pergunta me acordando e o encaro por alguns segundos antes de assentir – Tem certeza? Você não parece confortável dirigindo... – Ele sorri fraco e toca o meu braço com a sua destra.  

– Acho que esqueci como se faz... – Sorrio amarelo e pulo para o banco do motorista, em seguida coloco o cinto e suspiro, tudo o que havia acontecido antes parecia se repetir. 

– Você sabe voltar sozinho para a casa? – Ele pergunta e o encaro sem entender. 

– Por quê? – Murmuro, arqueando uma de minhas sobrancelhas.  

– Eu não posso passar a vida toda morando com você. – O maior diz e suspira, saindo de perto do carro sem nem mesmo esperar uma resposta.  

Johnny parecia dizer algo enquanto se distanciava, mas eu não conseguia prestar atenção naquilo, estava imerso demais na minha próxima tarefa, que seria dirigir. Eu deveria ter aproveitado enquanto Taeil estava aqui... Suspiro e ligo o carro antes de partir atrás de Johnny pelas ruas de Seul. 

Todos os minutos que passei dentro daquele carro haviam sido agoniantes. Minhas mãos suavam incessantemente e as minhas pernas trêmulas pareciam perder a sua força a cada minuto corrido. Talvez eu não estivesse assim tão pronto.  

Desço do carro logo atrás do maior, que não parecia ter percebido que eu o seguia, pois este se assusta quando eu seguro em seu pulso a princípio, impedindo-o de entrar no prédio.  

– Caralho! – Ele exclama surpreso e coça a sua nuca, aparentemente envergonhado – Desculpe. O que você tá fazendo aqui? – O maior diz baixo, como se alguém pudesse nos ouvir.  

– Se você não vai dormir em casa, eu durmo na sua! – Digo como uma criança e encaro os olhos inchados do maior, esperando uma reação positiva de si.  

– Não Ten... – Ele suspira e olha para o prédio atrás de si – Não funciona dessa maneira.  

– Por que não? – Pergunto desentendido e o sorriso começa a cair aos poucos de meus lábios.  

– Porque eu tenho a minha vida, o meu trabalho. – Suspiro e o encaro – Você tem a sua. – Ele diz e cruza os braços – Nós somos adultos, Ten, se comporte como um. – Johnny diz e se vira de costas para mim, partindo para o prédio onde morava. 

Assinto e caminho de volta para o meu carro, chutando algumas pedrinhas que se encontravam no meu caminho. Eu estava louco ao pensar que aquilo daria certo.  Seria difícil conviver com Taeyong sem ninguém por perto, sem Johnny por perto. Mas no final de tudo, ele estava certo. Eu era um adulto e precisava agir como tal.  

Eu estive o caminho todo tão concentrado em Johnny que não tive tempo para entrar em pânico por estar dirigindo sozinho. Apenas percebi que estava com o volante em mãos quando já estacionava o carro na frente de casa.  

Adentro a construção e caminho direto para o meu quarto, substituindo a roupa que vestia por uma imensamente mais confortável. Já nos fundos, eu caminhava até a minha parte favorita da casa. A sala de espelhos que sempre fora tão amada por mim.  

Eu costumava perder a noção do tempo quando entrava ali. 

 

 

– Ten? – Abro meus olhos, percebendo que havia desmaiado de cansaço após dançar por tantas vezes consecutivas – Chittaphon? – Ouço a voz me chamar novamente e pelo espelho, enxergo o reflexo de Taeyong. 

– Oi. – Digo baixo pois estava sem forças até mesmo para falar. 

– Você tá bem? – Ele pergunta se abaixando ao meu lado – Você está tão pálido... Por quanto tempo dançou?  

– Hm... – Sorrio e olho para o teto – Que horas são agora? 

– Onze e meia. – O platinado diz assim que retira seu celular do bolso e inclina a sua cabeça para a direita. 

– Hm... – Murmuro novamente e faço uma rápida conta – Umas dez horas... Por quê?  

– Onde você estava com a cabeça Chittaphon? – Ele pergunta e eu suspiro baixo. 

– Em vocês. – Digo simplesmente e cruzo meus braços.  

Vejo Taeyong se levantar e seguir para a saída da sala de maneira impaciente. Quando finalmente acho que o platinado iria embora, ele para na porta e se vira na minha direção.  

– Jaehyun e eu vamos sair comer. – Ele diz e dá de ombros – Também passaremos a noite fora.  

– Ótimo, assim não preciso ouvir os gemidos de vocês como antes. – Digo baixo e permaneço de olhos fechados, ele já tinha saído dali, com certeza.

– Talvez eu mude de ideia. – Taeyong diz e quase consigo ver o sorriso formando-se em seu rosto – Você deveria tentar também, sabe, faz bem transar as vezes, ficar quatro anos sem isso deve ser péssimo. – Ele ri – Até mais Chittaphon. 

Engulo em seco, eu não deveria ter falado aquilo tão cedo, não enquanto aquilo ainda doía em mim. Abro meus olhos e com imensa calma, começo a levantar meu tronco, que até agora permanecia estirado no chão.  

Pego o celular que estava na calça de moletom cinza que vestia e começo a digitar uma mensagem para a única pessoa que eu queria ver naquele momento. Eu tinha total consciência do que aconteceria caso ficasse sozinho, eu não queria aquilo para mim.

 

(23:10) Ten Chittaphon

Yuta, venha dormir em casa. 

Por favor, eu não posso ficar sozinho. 

 

As lágrimas voltam a se formar em meu rosto, mesmo que não houvesse uma causa aparente, eu sabia bem do que elas se tratavam. 

 

(23:13) Yuta 

Não posso, vou passar a noite no Hansol, eu prometi. 

Chama o Taeil. 

(23:13) Ten Chittaphon 

Por favor...  

Não, eu preciso de você. 

(23:14) Yuta 

Ten... Eu não posso T.T 

Você sabe como o Hansol é... 

(23:14) Ten Chittaphon

Audio (00:02) "Yuta venha, por favor." 

(23:17) Yuta 

Eu chego aí em 10 minutos. 

(23:17) Ten Chittaphon 

A porta está aberta. 

 

Tento me levantar, mas minhas pernas trêmulas não permitem que eu tenha sucesso, proporcionando-me diversas quedas antes de finalmente conseguir firmar meus pés no chão.  

Me escoro nas paredes e caminho para dentro da casa novamente, indo diretamente ao banheiro. Retiro a roupa suada que vestia e deixo a temperatura do chuveiro no mínimo antes de ligá-lo. Ao ficar sob este, sinto a agua gelada percorrer o meu corpo e longos suspiros escapam de meus lábios ao sentir meus músculos, antes tensos, relaxarem.  

– Chittaphonie? – Ouço a voz de Yuta e mergulho a minha cabeça no líquido cristalino. 

– No banheiro. – Falo alto para que ele ouvisse e me sento no box, minhas pernas e costas reclamavam de permanecer em pé. 

– O que aconteceu com você? – O japonês pergunta assim que entra no banheiro, ele suspira e se ajoelha ao meu lado, em um lugar onde não seria facilmente atingido pela água.  

– É... – Suspiro e o encaro, com um pequeno sorriso no rosto – Eu não consigo ficar sozinho... Estava tudo bem enquanto o Johnny ficou aqui, mas agora ele foi embora. – Volto a suspirar e mordo meu inferior.  

– Por que você não consegue ficar sozinho? – O maior pergunta baixo e leva a destra até meus cabelos, fazendo um mínimo carinho ali.  

– Eu não sei... – Murmuro olhando para frente – Eu não tenho ideia... Só... Não me deixe sozinho, Yuta... – Se minha voz não estivesse tão embargada, seria difícil dizer que eu chorava.  

– Tennie... Você não está sozinho. – Ele se levanta e desliga o chuveiro – Anda, você estragou a minha noite com o Hansol. – Yuta ri e estica a sua mão na minha direção – Vamos fazer isso valer a pena, não posso deixar você nessa bad louca.  

Rio e uso a mão dele para me levantar, o japonês me entrega uma toalha e eu me enxugo antes de sair do banheiro com esta enrolada na cintura. 

Me visto com uma calça de moletom preta e encaro Yuta, que estava jogado na minha cama. Tiro proveito do quão avoado ele estava subindo em cima de si e o encarando com um pequeno sorriso.  

– Você tá com sono? – Pergunto baixo e faço um biquinho. 

–Não. – O maior ri e sela nossos lábios.  

– Por que você continua me beijando? – Rio e rolo para o seu lado, onde me sento. 

– Você não namora e o Hansol não me assume, ué. – Ele dá de ombros e sorri, se sentando junto de mim – Nada me impede. – Yuta sorri e arqueia a sua sobrancelha, me analisando – E você até que é gatinho. – O maior diz e eu rio, em seguida dou um soco leve no braço dele, apenas por ter me envergonhado.  

Um longo silêncio depois, o japonês se levanta e faz um gesto para que eu o seguisse. Caminhamos lado a lado até a sala, me deito em um dos sofás e espero que Yuta fizesse o mesmo. 

– Vamos assistir alguma coisa. – O maior diz logo depois de se apossar do controle remoto. 

 

 

– Chittaphonie? – A voz de Yuta me desperta e vejo ele desligar a TV – O filme acabou, vamos dormir na cama.  

– Uhum... – Murmuro olhando para o relógio, podendo constatar que já passavam de uma e meia.  

Sigo como um zumbi até meu quarto e assim que chego neste, me jogo na cama. Yuta, com toda certeza, estava mais desperto do que eu . 

– Nananinanão menininho. – O maior ri e começa a bater nas minhas costas – Vá escovar os dentes. 

Bufo e coço meus olhos, olhando sério para o japonês. Nakamoto era realmente uma empata na minha vida. Sigo na direção do banheiro da suíte, onde escovo meus dentes e meus cabelos. Volto para a cama um pouco mais desperto do que antes, porém conservando o mesmo sono.  

Quando me deito, os calorosos braços de Yuta envolvem-me a cintura e aconchego meu corpo no seu involuntariamente, aquilo havia se tornado normal para nós. 

– Boa noite. – Ele diz baixo e deixa um selar na minha nuca. 

– Boa noite, empata. – Rio baixo e o japonês dá um tapa na minha barriga. 

– Eu te odeio. – Yuta diz e sorrio fraco, podendo facilmente imaginar a cara de tédio e os olhos revirando do japonês. 

– E eu te amo. – Digo antes de fechar meus olhos para que finalmente caísse no sono.


Notas Finais


Alô, to de volta ♡

Yuta e Ten dando selinho, sei não esses dois. E esse Johnny sendo todo grosso? Será que aconteceu alguma coisa? Taeyong sendo filha da puta, nada de novo aqui, não é mesmo? HSDBHBSDHHS

AH OBRIGADA DE NOVOOOOOO, MANO EU TO MAIS QUE FELIZ, TO HAPPY! (Bilíngue pacas)
Juro, eu fico tão feliz quando vejo algum favorito ou comentário novo, isso ilumina meu dia ♡
~Me perdoem por não ter respondido todos os comentários nos capítulos anteriores, estou tão enrolada que acabo me perdendo ;-;~

Particularmente, não sou fã dessa capítulo, mas espero que a dor nas costas que eu to agora tenha servido pra alguma coisa HSBFHSDBHSH

Não deixem de dar o feedback de vocês nos comentários, é importantíssimo para mim, saber o que vocês estão achando. Favoritem caso tenham gostado e adicionem a biblioteca caso queiram receber uma notificação todas as vezes que eu atualizar isso aqui.

~Joga na rodinha que tá escrevendo capítulo de mais duas fanfics e corre~

Me perdoem pelo atraso, bom domingo e até sexta/sábado! ♡
Nos vemos no próximo capítulo ♡


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