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História Consequências de um Amor - Part.II - Uma Surpresa de Natal


Escrita por: MelanieMalfoy

Capítulo 12 - Part.II - Uma Surpresa de Natal


Poin't Of View - Hermione Granger

A frente do lugar parece comum. Tão comum que facilmente poderia se misturar tanto com o mundo trouxa quanto com o mundo bruxo. Uma casa bela e comum.

Simplesmente não entendo o que pode ter ali que deixe Draco Malfoy tão genuinamente assustado e ao mesmo tempo o enche de um carinho que não entendo.

Olha para seu rosto. Seus olhos azuis acinzentados fixam-se na entrada do local. Nossas mãos estão entrelaçadas e sinto as dele transpirar.

- Draco, tá tudo bem?

Ele me olha, toca meu rosto daquele jeito carinhoso que faz meu coração disparar.

- Podemos conversar depois? - ele pergunta. Um sorriso que não chega aos olhos, e me sinto assustada também. Aceno positivamente para ele, aperto suas mãos e o puxo levemente até o local. Quero muito saber o que tem ali, e o porquê deixa Draco dessa forma.

Quando estou prestes a tocar a campainha do lugar, Draco chama a minha atenção novamente:

- Promete, que independente do que ver aí, vai se lembrar que ainda sou o mesmo Draco de sempre? - os olhos dele me analisam preocupados. O que tem ali que é capaz de deixa-lo dessa forma? - Promete?

Abro a boca para responde-lo, mas então a porta do lugar se abre e um senhor mirradinho aparece. Ele está com uma roupa simples, os olhos brilham quando vêem Draco, e ele diz todo animado:

- Sr. Malfoy! Me perguntei quando e se veria o Senhor.

- Venho todos os anos, não venho Maily?

O homem balança a cabeça positivamente animado.

- Entre, entre.

O homem da espaço para nós dois passarmos. Draco aperta minha mão nas suas, vamos caminhando para dentro do lugar. Parece com uma casa comum.

Conforme vamos caminhando, vejo muitos livros e brinquedos espalhados pela casa. Percebo também que existem muitos quartos decorados de forma infantil.

- O que é aqui? - pergunto,  na dúvida.

- Já vai ver...

Não demora muito e chegamos até uma grande cozinha. A primeira coisa que noto é o grande número de crianças presentes no lugar. Crianças de todos os tamanhos e idades. Vejo ao longe uma garotinha ruiva de longos cabelos enrolados e ao lado um menino careca de uns sete anos de idade.

- Um orfanato? - pergunto.

Draco acena positivamente para mim e não sei porque ele esteve tão nervoso todo esse tempo.

Fico ali olhando as crianças até que um dos mais velhos olha para nós ali e sorri:

- Draco! - as crianças todas olham e sorriem, algumas se levantam e vem cumprimentar Draco, o abraçam e gosto de ver ele em meio à tantas crianças.

- Vamos, vocês tem que jantar. - Draco fala. As crianças aos poucos vão se acalmando e nos convidam a sentar. Draco me apresenta, diz que sou sua amiga e fala que estou grávida de uma menininha.

Me sirvo com um pedaço de frango e vejo Draco sorrir para mim. Dou de ombros e começo a comer, lambendo os dedos quando acabo o prato.

(...)

As crianças estão brincando em uma sala cheia de jogos quando finalmente Draco se senta ao meu lado. Seu rosto tem uma expressão de cansaço e suas roupas estão todas amassadas, mas da pra notar que ele está feliz.

A expressão de medo e apreensão que estavam desde ontem em seu rosto o abandonaram. Gosto de ver ele assim.

Me aconchego um pouco mais pra perto dele, deitando a cabeça em seu ombro. Não consegui dar conta de uma ou duas brincadeira com as crianças e já me cansei. A barriga pesa, e mesmo com todo esse cansaço gosto disso.

Gosto de tudo isso, e gosto principalmente de ter Draco aqui, vivendo todas essas coisas comigo.

Olho para seu rosto, ele encara as crianças, se diverte quando uma delas apronta, fica apreensivo quando uma cai. É um bom homem, e nada do que ele disser - porque sei que ele ainda vai dizer - vai me fazer mudar de idéia em relação a ele.

Ficamos uns minutos em silêncio, ouvindo apenas as crianças se divertindo, então Draco suspira, entrelaça nossos dedos, e sei que vai começar a me contar.

- Tá vendo aquele menino sentado no balanço? - olho para o balanço que Draco aponta, um menino se diverte enquanto outro o empurra, fazendo o balanço ir cada vez mais alto. Aceno para ele confirmando.

- O pai e a mãe dele morreram a mais de sete anos atrás, meu pai os matou quando eles se recusaram a juntar-se aos comensais.

- Draco... - ele levanta uma das mãos, me pedindo em gestos para o deixar continuar. 

- Sabe a ruivinha ali, que está brincando de bonecas? - aceno mais uma vez, o clima feliz de poucos segundos atrás se dissipou completamente. - Quando eu me tornei Comensal da Morte, Voldemort me forçou a atacar um vilarejo bruxo, um dos poucos que ainda estava inteiro. Eu matei o pai dela... - meus olhos marejam graças a história. Draco me olha, suas mãos se afastam das minhas e ele encara o nada, se perdendo em lembranças. - A mãe morreu meses depois, quando escombros de Hogwarts caíram sobre ela. Minha tia a matou. Ela ficou três dias abandonada antes que eu pudesse a achar. Uma criança, Hermione. Sozinha por três dias.

Uma lágrima solitária escorre de seus olhos. Draco suspira, as mãos se fecham em baixo do seu queixo, apoiando a cabeça.

Olho para cada uma dessas crianças. Seus rostos felizes enquanto elas brincam umas com as outras. Quantas delas sabem o porque estão aqui?

- São órfãos de guerra. - eu murmuro para Draco, que nega.

- São muito mais que isso, cada uma dessas crianças estão aqui porque de alguma forma eu ou minha família entramos no seu caminho. Crianças inocentes que perderam a oportunidade de crescer com seus pais porque eu ou meus pais, ou minha tia, ou amigos da família cruzamos os seus caminhos.

- Draco, você está aqui hoje. Mudou, se arrependeu. Fez novas escolhas e passa todos os dias da sua vida tentando ser melhor. Isso não muda o que aconteceu, mas prova que você virou um grande homem.

Draco nega com a cabeça veementemente. Sinto sua dor ao olhar para cada criança, sua dor cada vez que ele abre a boca para contar a história. Dói em mim, faz um nó se instalar na minha garganta, me faz chorar.

- Você tem razão em uma coisa: Não muda o que aconteceu. - ele diz. - Tudo o que eu queria, era que essas crianças tivessem a oportunidade de crescer como a sua filha. Queria que elas tivessem o amor de uma família. Mas elas nunca vão poder ter isso e a culpa é minha.

- Não! - murmuro. - Não pode se responsabilizar por cada morte de Guerra. Meus feitiços prenderam centenas de Comensais. Eles podiam ter família, filhos inocentes que não tinham culpa dos pais que tiveram assim como você. Onde estão essas crianças agora? Nunca pensei nisso, nunca movi um dedo para saber quem são ou como estão.

- É diferente.

- Porque? Porque fizeram as escolhas por você? Porque seus pais o obrigaram a se tornar um Comensal e em seguida Voldemort o forçou a matar e destruir famílias como a da linda garotinha ali? - eu suspiro, Draco me olha perdido. Parece um garotinho quando me olha assim. - É diferente porque você nasceu em uma família bruxa que realmente escolheu seus caminhos e o forçaram a seguir os mesmos passos, enquanto eu nasci de pais trouxas que não faziam idéia do que ou o que eu fazia em Hogwarts? Ou do que eram os Comensais da morte? .

- Não importa que eu não escolhi nada disso, o que importa é que eu...

- O que importa é que você, quando fez suas escolhas,  escolheu ajudar cada uma dessas crianças. Escolheu ser um homem melhor. - eu continuo - Esquece o passado, viva o futuro e continue sempre sendo essa pessoa que me faz feliz como nenhuma outra pode fazer.

Draco sorri, os olhos continuam tristes mas sei que a pior parte já passou. Me aproximo novamente dele, Draco me abraça, minha cabeça se repousa em seu peito. Me sinto bem ali, segura. Esqueço do mundo e é bom, porque nos braços dele sou a pessoa mais feliz que existe em todos os mundos.

- Draco?

- Hm? - nos afastamo um pouco, toco o rosto dele e ele me olha nos olhos. Me esqueço da criançada ao meu redor. Só me importo com ele, Draco quer, eu sei que sim.

Fico na ponta dos meus pés,  Draco se inclina, nossos lábios estão próximos como tantas vezes antes, mas dessa vez nada vai me impedir de fazer o que quero.  Quando finalmente nossos lábios se tocam, sei que toda a demora valeu a pena, nos preparamos para esse momento, nos conhecemos melhor do que a nós mesmos, cada momento que passamos juntos, cada revelação, cada história só nos tornou mais próximos.

Draco me envolve, sua língua pede passagem, e não é como se ele precisasse disso. Nos encontramos, nos envolvemos. Draco é tudo o que busquei e tudo o que eu preciso. O beijo é carinhoso, lento, envolvente, ao mesmo tempo é ardente, seguro. É como nós dois.

Quando enfim nos afastamos, abraço Draco novamente. Minutos depois nos olhamos, Draco me olha sereno, está feliz, o passado parece não ter tanta importância assim.

- Obrigado por estar aqui e por não desistir de mim.

- É culpa sua, Draco. Você atrai coisas boas para si mesmo.

- Se você fizer parte desse conjunto, por mim tudo bem. - ele fala, me beijando novamente.

Então ficamos ali, em meio às crianças que Draco, mesmo sem saber, ajudou a salvar.


Notas Finais


AIAI, o que falar sobre esse capítulo? Espero que gostem! No próximo vamos ter momentos Dramione.
Sobre o grupo no watts, comentem os seus números!! Daqui uma semana eu vou voltar para o wpp, porque meu cel quebrou e vou ganhar outro do meu pai, bom, aí quando eu ganhar o cel, eu faço o grupo, enquanto isso, mandem os números que eu vou salvando aqui!!

Agora sobre o capítulo, o que acharam?? Eu fiquei com dó do Draco, mas gostei do beijo HAUSHAUHS Estava tão ansiosa quanto vocês por ele. No próximo capítulo vamos ter muito romance!! Comentem!!!

XOXO ~MelanieMalfoy


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