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História Consequências de um Amor - Batalha Ganha


Escrita por: MelanieMalfoy

Capítulo 26 - Batalha Ganha


Fanfic / Fanfiction Consequências de um Amor - Batalha Ganha

Poin't Of View - Draco Malfoy

Estendo a mão como se pudesse tocar o espectro a minha frente, mas a minha mão passa pelo animal como se ele não existisse, como se ele não estivesse ali, naquela sala imunda, iluminando todo o cômodo e me livrando do medo e do terror que sentia. 

 Me lembro como se fosse hoje o dia e que tive minha primeira aula sobre o Patrono, o sentimento de raiva e incapacidade que senti quando quase todos ao meu redor conseguiam realizar o feitiço e eu, por mais que tentasse, não era capaz nem mesmo de reproduzir a fumaça azul-prateada.

 FlashBack On

9 anos atrás, 6° ano em Hogwarts

 - Alguém pode me dizer o que é um Patrono? - Professor Snape diz a sala, que apenas se mantem em silêncio enquanto todos olham um para a cara do outro. - Ninguém, mas será que eu...

 Uma mão se levanta vinda da mesa da Corvinal, uma aluna que nunca havia notado anteriormente parece nervosa enquanto recebe o olhar avaliador do professor.

 - Srta. Stell, pode explicar aos seus colegas o que é um patrono?

 - Sim professor. - a voz soa insegura enquanto eu permaneço apenas ali sentado, olhando a pequena garota que parece a cada minuto ficar menor ainda diante da atenção do nosso professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. - Patrono é um guardião composto de energia positiva e que se conjurado corretamente assume a forma de um animal que se identifique de alguma forma com o indivíduo que conjura o feitiço Expecto Patronum.

 - Muito bem! - o professor Snape diz, dando a volta em sua mesa. - Trinta pontos para a Corvinal. Agora, o Patrono é o mais famoso feitiço defensivo. O objetivo é produzir um guardião azul-prateado e protetor, que assume a forma de um animal. A forma exata do Patrono não será aparente até que a magia tenha sido lançada com sucesso. Um dos mais poderosos feitiços defensivos conhecidos, o Patronus também pode ser usado como um mensageiro entre magos. Como uma concentração mágica pura e protetora de felicidade e esperança. É a única magia eficaz contra Dementadores. A maioria das bruxas e feiticeiros são incapazes de produzir Patronos e fazer isso geralmente é considerado uma marca de habilidade mágica superior. - o professor diz, reviro os olhos querendo sair dessa aula insuportável, tinha coisas importantes para fazer além de ficar aqui parado ouvindo aquela baboseira sobre feitiços defensivos. Eu não preciso aprender sobre feitiços defensivos, preciso aprender feitiços de ataque. - Peguem suas varinhas e digam: Expecto Patronum!

 FlashBack Off

Mas agora está aqui, a minha frente, voando e repelindo os dementadores que agora pairam um pouco longe das grades da minha cela.

O dia amanhece e com ele os dementadores vão embora, mesmo assim demoro um pouco para finalizar meu patrono. Gosto da sua forma e do que ele representa, gosto que tenha sido elas o motivo para que esse animal criasse forma, elas me protegem mesmo longe, são minha fortaleza e são minha família. Nada pode superar o amor de uma família.


O

dia vai passando enquanto eu permaneço ali, sentando. Penso no que deve estar acontecendo no Ministério, nos jornais que possivelmente noticiaram a minha prisão, penso em Hermione e nossa filha sendo pressionadas por todo tipo de gente idiota que existe no mundo. Penso também na solidão desumana que os prisioneiros desse lugar devem sentir, no medo constante, o desespero. Nem mesmo a luz do sol é possível de ser vista desse lugar, e sei que se para mim está difícil de suportar, para os outros prisioneiros que estão aqui a mais tempo deve ser quase impossível. Uma espécie de dor avassaladora que te muda, e acho impossível a pessoa não se arrepender de seus erros.

Ouço um som vindo de sei lá onde, e levanto a cabeça procurando a origem do som. Não demora muito, e a silhueta de dois homens é possível ser vista lá de longe.

- Como vai, Senhor Malfoy? - um homem pergunta para mim. Antes que eu pudesse responder, ele retira sua varinha do bolso e murmura: - Accio Varinha.

Minha varinha voa da minha mão e o auror a minha frente a pega, e fica brincando com ela por entre os dedos.  - O que faz com uma varinha, sr. Malfoy?

- Ronald Weasley me deixou com a varinha. - os dois homens se olham até que o mais baixo dos dois da de ombros e, também tirando a varinha das vestes, murmura um feitiço e faz a grade da cela se abrir. - O que está acontecendo?

Os dois homens me olham e o menor deles abre um sorriso singelo antes de dizer:

- Parabéns Sr. Malfoy, você está livre. - sinto meu coração se aquecer e sorrio, quase posso abraçar os homens a minha frente.

- Hermione... - eu começo, antes de me entregar a felicidade plena.

- Ela e sua filha te esperam. 

(...)
 

Abro o portão de casa e fico parado ali, sem entrar. Olho para aquela casa e meu coração se aquece de alegria. Amo isso.

 Nunca na vida tive um  lugar pra chamar de lar, nunca em meus vinte e cinco anos tive uma pessoa para chamar de amiga, companheira, e mais do que isso, para chamar de minha casa, meu lar. Agora eu sei, que lar é muito mais do que paredes e pinturas, é mais do que uma cama confortável para voltar todos os dias, o verdadeiro lar, é ao lado das pessoas que amamos, e ao lado daquelas pessoas que não importa o que você esteja passando, sempre te faz bem. É ao lado da sua lembrança feliz, e é isso que elas são: Minhas lembranças felizes.

 Tomo coragem e adentro o local que resguarda meu lar. A casa está como esteve á quase dois dias atrás quando eu sai, mas de alguma forma, aquelas paredes me parecem diferente agora. Abro a porta, e antes mesmo que pudesse entrar, sinto um par de braços me envolver e o cheiro adocicado da mulher que eu amo, e então, simples assim, está tudo de volta no lugar certo. 

 Minha família, meu lar, minha casa, meu amor. Tudo de volta ao lugar, porque eu não sinto mais medo, não sinto mais nenhum sentimento negativo. Nada que possa me separar delas, nada que possa me assustar. Sou um homem inteiro, não tem mais meio Malfoy, não tem mais inseguranças, não tem lembranças do passado capaz de reprimir essa sentimento de eterna felicidade que sinto agora. Não tenho mais vergonha de quem um dia eu fui, das coisas que me aconteceram. Agora posso olhar para o passado e ser grato, porque tudo isso, tudo o que eu sou hoje, é graças a vida que tive antes.

 - Eu te amo. - a mulher nos meus braços murmura. Sim, eu posso passar muitas outras nites em Azkaban se quando eu voltar eu puder ter essa mulher maravilhosa em meus braços novamente. - Eu te amo, e tive muito medo. Medo de perder você, medo de que você olhasse para mim e visse que a maior causadora de seus problemas sou eu...

 - Hey! - eu murmuro, interrompendo sua fala e puxando o rosto da castanha para que eu pudesse admirar a mulher mais linda desse mundo e faze-lá ver que na verdade, ela era a grande solução de que a minha vida precisava. - Muito obrigado. Eu também te amo, obrigado por tudo. 

 E então, antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, tomo os lábios dela em um beijo que reflete toda a saudade e todo o amor que eu sempre tive por essa mulher e que começou com uma amizade da qual eu nunca me achei merecedor, e evoluiu para algo que me tira dos eixos e eu simplesmente amo isso. Quando nossos lábios se afastam, envolvo ela mais uma vez em um abraço e ficamos ali, preso em nossa bolha particular.

 - Cadê a Lou? - eu finalmente pergunto, quando vejo que a castanha já havia se acalmado e que não estava mais chorando. 

 Hermione se afasta um pouco, e tira a nossa menininha do carrinho. Ela me trás Louraine, e a deposita com todo o amor e cuidado. Sinto meus olhos marejarem e uma lágrima teimosa desce pelo meu rosto e olho para a mulher a minha frente, os olhos marejados de novo.

 - Tive medo que isso nunca mais acontecesse. - ela murmura.

 - Eu sei... - respondo de volta, e ficamos os dois ali, apenas admirando esse momento que há horas atrás não achavamos possível. - Vem, eu quero te mostrar uma coisa.

 Puxo Hermione pela mão e me dirijo até o nosso quarto, a cama está exatamente igual á que deixei no que parece ter sido uma vida antes. - não dormiu?

 Ela balança a cabeça negando, e ela não precisa de palavras para saber que eu também não dormi.

 Deito Lou na cama e me deito ao seu lado. Hermione dá a volta e deita do outro lado de Lou. Pego minha varinha de dentro das minhas vestes, e pensando nela e em nossa filha, e no sentimento que experimentei no exato momento em que pisei meus pés dentro de casa, exclamo com toda a minha força:

 - EXPECTO PATRONUM!!!

 Olho para a mulher ao eu lado, que sorri emocionada. Ela admira o animal passeando pelo nosso quarto, transmitindo o mais puro sentimento de ecstase e felicidade. 

 - Seu patrono mudou de forma? - ela me pergunta, a voz embargada pela emoção.

 - Não Hermione. - eu respondo, olhando para ela. - Nunca antes houve um patrono, não para mim.

 Ela acena positivamente aceitando as palavras e o que elas significam, e então, puxando a sua varinha também de dentro das vestes, ela exclama:

 - Expecto Patronum!!

 E ficamos os dois ali, com nossa filha no meio completamente alheia a tudo, enquanto admira, assim como nós dois, as duas formas brilhantes que passeiam pelo nosso quarto, as duas lontras que juntas, mostram que o amor pode sim, vencer qualquer batalha.   


Notas Finais


Espero que gostem do capítulo, eu amei escreve-lo!!
Passei aqui, para desejar um feliz Natal a todas vocês <3 <3
E também para dizer, que CDA está na reta final, estimo uns 5/6 capítulos :(
E também para dizer (ahsuahsuahs) Que de presente de natal, essa semana (que se inicia amanhã) vão ter dois capítulos!! Então comentem muuuuito e espero que gostem!! BEIJOOOOOOOS


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