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História Consequências de um Amor - Capítulo Dois


Escrita por: MelanieMalfoy

Notas do Autor


Bom, primeiramente vou agradecer a Annie, que betou o capítulo pra mim. OBRIGADO SUA LINDA!!!!!!
Segundo, obrigado a todos vocês que comentaram no capítulo passado e favoritaram <3 Esse capítulo é dedicado a todos vocês! Espero que gostem!

Capítulo 3 - Capítulo Dois


Poin't Of View – Ronald Weasley

 

 A pena finalmente descansa quando eu termino de escrever esse maldito relatório que o Ministro da Magia exige que seja feito cada vez que um auror sai em campo. A droga de um vaso enfeitiçado me gerou um problemão e isso porque a semana mal começou. Tentar descobrir quem foi o bruxo do mal que enfeitiçou o vaso com magia negra e deixou em uma vila trouxa é só um dos meus muitos problemas'. 

 

 A porta se abre e Harry entra na minha sala com um ar de cansaço evidente. Faz algum tempo que não vejo ou falo com ele. Mais exatamente há duas semanas, quando a Granger me deu aquela notícia horrorosa. 

 

 - Muito trabalho? - Harry pergunta, pegando o relatório em cima da mesa e passando os olhos rapidamente pelo documento.

 

 - Muito. - eu suspiro, cansado. 

 

 - Nem me fale, não tive um só dia de descanso nos últimos quinze dias. Kingsley anda tendo problemas com alguns bruxos que andam fazendo brincadeiras tolas com trouxas, e adivinha quem ele manda para limpar a bagunça? 

 

 - Harry Potter? - pergunto, rindo da cara de irritação dele.

 

 - Como se ser um auror fosse isso. Meu negócio é combater magia negra, e não bancar a babá de um bando de desocupados que gostam de pregar peças em trouxas. 

 

 - Tá precisando beber, cara. - eu falo, pegando o relatório e amarrando ao pé de uma coruja.  - leve ao ministro da magia. 

 

 - Desocupado essa noite? - Harry pergunta, olhando para mim por cima dos óculos. Sete anos após o fim da Guerra Bruxa e eu e Harry ainda éramos amigos. Na verdade, trabalhar juntos no ministério da magia havia estreitado ainda mais - se é que é possível - nossa amizade. 

 

 - Na verdade não, mas quem liga? Esse caso pode esperar por mais uma noite.

 

 

 

 

 O som alto do barzinho trouxa soa pelos meus ouvidos causando certo incômodo. Caminho por entre as pessoas que passam ao meu lado sem ao menos pedirem desculpa quando esbarram em mim. Ao longe, consigo ver Harry conversando com uma loirinha. Caminho até ele e quando me aproximo, vejo Harry entregando seu cartão para a mulher, que sorri e depois de sussurrar alguma coisa em seu ouvido sai caminhando por entre o pessoal. 

 

 - Noite boa, eim?

 

 - É só uma mulher, Rony. - Harry diz, virando o copo com uma bebida colorida. - E eu sou casado com sua irmã. 

 

 - Uma bebida, por favor. - eu digo, ignorando Harry. O barman despeja um líquido transparente em um copo e me entrega. Viro o copo de uma só vez e o líquido desce queimando pela garganta, logo peço outra e o barman me entrega rapidamente outro copo. 

 

 - Muito trabalho? 

 

 - Trabalho é o que não falta. Kingsley me deixou encarregado de um caso de magia negra envolvendo trouxas. Uma mulher quase morreu e agora está internada no St. Mungus. O problema é que não tenho nada além de um vaso e de uma mulher louca que fica gritando coisas sem sentido por aí. 

 

 - Por falar em loucura, briguei com sua irmã. Fazem duas noites que estou literalmente dormindo no sofá. 

 

 Dou risada da cara de decepção com que Harry olha para mim. - O que aconteceu dessa vez? 

 

 - Não sei, uma hora estávamos conversando sobre nossa família, na outra Gina estava tentando me matar aos berros e me expulsando do nosso quarto. 

 

 Cerca de dois anos depois do fim da Guerra Bruxa,  Harry e Gina se acertaram novamente. Não muito depois se casaram e desde então vem sendo assim. Gina briga com Harry, e o coitado vai pro sofá e fica quebrando a cabeça para descobrir onde foi que errou. O engraçado é que depois os dois se acertam, Harry faz o gosto da minha irmã e ela trata ele como se fosse o melhor homem do mundo. Isso, é claro, até a próxima briga e os dois começarem tudo de novo. Minha irmã é difícil de lidar, não sei como Harry consegue, eu já teria perdido a paciência e acabado com tudo.

 

 - E o que minha irmã quer, dessa vez?

 

 - Filhos. 

 

 A menor menção dessa palavra já me faz lembrar de Hermione Granger. Não sei como foi que aquilo aconteceu, mas Granger diz estar grávida de mim. Harry começa a falar, mas eu mal consigo prestar atenção no que ele diz. Na minha mente, revivo o momento em que Hermione me procurou, disse que estava grávida e que eu era o pai. Não sei o que ela pensou. Que eu assumiria um filho indesejado com alguém que eu não sinto mais do que uma simples atração? Pior, justo nesse momento em que estou prestes a conseguir uma promoção no ministério?

 

 Eu só sei que dei a minha opinião à ela, e Hermione agiu como se eu a tivesse caluniado. Não foi ela mesmo que admitiu que um filho agora atrapalharia seus projetos? Então porque simplesmente não aceitar minha proposta? Não é como se tivesse como amar um feto que nem ao menos formado está. 

 

 Além do mais, o que ela espera de mim? Que eu vá, me case com ela, assuma essa criança e depois tenha uma vida fracassada?

 

 - Ronald, está prestando atenção no que eu estou falando? - Harry pergunta, me encarando. 

 

 - Desculpa,  Harry. - respondo, com um sorrisinho no rosto. - O que você estava falando? 

 

 - Que talvez seja muito cedo para eu e Gina termos um filho. Quer dizer, tenho vinte e quatro anos, ainda somos jovens. Mas é claro que, se Gina estivesse grávida, eu amaria nosso filho, afinal, não tem como não amar um pedacinho meu e dela, não é? O que você acha? 

 

  Eu acho que você vai acabar com a sua vida se fizer isso. - penso. Tenho vontade de dizer essa frase, mas mordo a língua e ao contrário digo:

 

 - Acho que você deve fazer o que acha melhor. Mas um filho agora talvez atrase seus planos. 

 

 - É, eu sei. 

 

 Ficamos em silêncio, cada um com seu pensamento. Minha mente vaga para Hermione Granger novamente. Como que eu posso seguir minha vida com a possibilidade de um filho meu por aí, sendo criado como... Como um trouxa? Um filho sem pai? 

 

 Peço mais um pouco de bebida e o barman enche meu copo novamente. Meus sentidos já estão um pouco alterados por conta do alto teor de álcool que essas bebidas trouxas possuem e aos poucos eu sinto um pouco de raiva da Hermione por tudo o que ela me tem feito passar. Onde já se viu, ficar grávida?

 

 Sem precisar pedir, o barman enche outro copo pra mim. Esse já é meu sexto copo? Sétimo? Quem se importa? Com certeza não eu. Afinal, uma simples poção pode acabar com os efeitos dessas bebidas trouxas em um instante. 

 

 - Não está bebendo demais, não? - Harry pergunta. Dou de ombros enquanto viro outro copo.

 

 - Hermione está grávida. - eu digo, sem mais nem menos. Harry olha para mim estupendo, com a boca aberta em surpresa. 

 

 - Que? Como assim?

 

 - Não quer mesmo que eu lhe explique como se faz um filho né, Potter. - eu digo, sarcástico. 

 

 - Eu sei como se faz um filho, Ronald, quero mesmo é saber quem é o pai.

 

 - Bom, eu sei que a criança vai carregar meus genes.

 

 

 

 

 

 Poin't Of View – Harry Potter

 

 

 Ronald está bêbado, isso é claro só de olhar em seu rosto. É claro que só pode ser efeito do álcool trouxa. Hermione, a pessoa mais responsável que conheço,  grávida? 

 

 - Ronald, você bebeu demais. Vamos, te levo pra casa.

 

 - Bebi mesmo, mas não é mentira não. Ela foi lá em casa me contar. Esperava que eu assumisse a criança. 

 

 - Como assim, esperava que eu assumisse a criança? É claro que você vai assumir essa criança.  - eu digo, incrédulo. Ronald olha pra mim e revira os olhos:

 

 - Eu não vou assumir uma criança. Gosto da minha independência, não vou ficar preso a uma criança que foi concebida em uma noite qualquer em que eu estava bêbado. 

 

 Me levanto da cadeira onde estava sentado ainda abismado. Como Ronald poderia fazer uma coisa dessas? Hermione é...  Hermione, oras. Machucar ela seria como machucar a mim e não sei como Ronald pode ser tão frio em relação à ela.

 

 Pego o mesmo pelo braço e o puxo para fora desse lugar. Ronald me segue cambaleando e falando asneiras das quais não dou ouvido. É somente quando chegamos do lado de fora que Ronald tira um pergaminho enfeitiçado do bolso e diz: 

 

 - Kingsley está me chamando. - ele me mostra o pergaminho que contém os seguintes dizeres: "Sr. Weasley, o ministro da magia requer seu comparecimento em sua sala urgente. "

 

  Antes porém que eu pudesse dizer alguma coisa, Rony aparata me deixando sozinho em frente ao bar. Um turbilhão de pensamentos passam pela minha cabeça e resolvo pedir ajuda a única pessoa capaz de me compreender e colocar algum juízo na minha cabeça.

 

 

 

 Desaparato bem em frente à minha casa. O portão e os jardins já conhecidos me enchem de uma paz que somente o nosso verdadeiro lar é capaz de proporcionar. Caminho pelos jardins em direção à grande porta, e quando a abro, me deparo com Gina Potter me esperando com os braços cruzados e uma expressão severa que tanto me lembra sua mãe no rosto. 

 

 - Isso é hora de chegar, Potter? - ela pergunta. Não resisto e sorrio para a bela mulher a minha frente. Ela é incrível. 

 

 - Eu sai pra conversar com seu irmão. - respondo, como um garotinho a quem a mãe repreende. 

 

 - E o que pode ser tão urgente pra você chegar a uma hora dessas em casa? E é bom que você tenha uma boa explicação,  senão...

 

 - Rony engravidou Hermione e não vai assumir a criança. - eu digo, interrompendo a ralhação dela para comigo. 

 

 Olho para Gina que me encara com a boca escancarada. Conheço tão bem minha mulher que sei que nesse exato momento todo tipo de impropérios estão passando pela sua cabeça.  

 

 - Mas o que aquele cabeça de cenoura está pensando?

 

 - Eu não sei. - respondo, mesmo sabendo que aquela é uma pergunta retórica. 

 

 - Como assim não vai assumir? - ela diz, exasperada. - E o que a Mione vai fazer? 

 

 - Eu não sei, não falei com ela. 

 

 - Oh Merlin, minha amiga deve estar sofrendo nesse momento. E eu aqui, preocupada com coisas banais. - Gina estende a mão pra mim e entrelaçando nossos dedos me puxa para dentro de casa. - Vamos entrar, dormir um pouco, e amanhã bem cedinho vamos para Hogwarts conversar com minha amiga. 

 

 Não resisto sorrir para a mulher a minha frente. Como que pode alguém simplesmente ser o chão de outra pessoa? Mesmo com todas as brigas e com toda a implicância, essa é a mulher que escolhi para passar o resto da minha vida. É parte de mim e sei que posso enfrentar o mundo se ela estiver ao meu lado. 

 

 Quando, enfim, Gina termina de se arrumar para dormir, ela deita do seu lado da cama e sorri calmamente pra mim. Ela é a fúria em um momento de calmaria. É a melhor parte de mim e só posso me dobrar às suas vontades,  porque faze-la feliz é também me fazer feliz. Me deito ao seu lado e Gina se acomoda em meu peito. Minhas mãos começam a percorrer seus cabelos e ela suspira profundamente. 

 

 - Não pense que esqueci da nossa briga, Sr. Potter. 

 

 - Nem por um momento. - eu digo, rindo. 

 

 - É bom mesmo, não é porque meu irmão é o idiota número um, que eu vá te perdoar tão facilmente. - dou um riso nasalado e Gina continua: - Falando em idiota número um, eu vou mostrar a uma cenoura ambulante como é que um verdadeiro Weasley se comporta. Se eu fosse minha mãe, deserdaria aquele bastardo.



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