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História Constelações de Ouro - Observadores e Estrelas


Escrita por: constelatieaur

Notas do Autor


Quando pequena eu achava que as estrelas fossem feitas de ouro e que as constelações eram como joias que poderia algum dia usar.

10/11 Feliz aniversário, minha estrelinha favorita.

Capítulo 1 - Observadores e Estrelas


Fanfic / Fanfiction Constelações de Ouro - Observadores e Estrelas

✲ Estrelas são corpos que possuem calor próprio e luz. Perpetuam nas mesmas posições relativas na esfera celeste – uma esfera imaginária centrada na Terra – e parecem estar fixas. Kim Seokjin não era apenas isso, não apresentava somente o Espírito.

Inteiramente, completamente e plenamente Jin era uma estrela viva e celestial.

O distinguia dos demais em todo mundo.

Ele possuía movimentos rápidos e não estava preso, pelo contrário era livre, liberto, espontâneo e natural.

As constelações corriam por suas veias, sua mente e coração.

As palavras ditas saiam na forma de estrelas cadentes.

Suas falas incendiavam-se resistentes ao contato físico compartilhado com alguém e caiam direto à mente do outro.

Todo o restante estava contido em seu interior.

As estrelas são formadas por nuvens de gás interstelar, mas Kim Seokjin não conhecia sua origem, tentar distinguir e recordar o passado era uma ilusão, por esse motivo aproveitava o presente.

O significado da palavra “estrela”, – destino, direção, sorte – usava como sentença da vida.

✲✲

Kim Namjoon não era estrela, nem lua ou céu.

Porém, sua alma pertencia e estava na galáxia infinita. Com inúmeros, infinitos pensamentos na cabeça, uma onda incessante, tornava-o mais do que um ser humano.

Namjoon, um artista que via o universo.

Um observador das estrelas.

Desejava mostrar tudo aquilo que tinha, seus raps e composições.

Acreditava que havia tantas estrelas, tantos sonhos, que a realidade estava em frente a essas coisas e via-se como um pequeno grão de poeira.  Conquanto tinha uma fonte ampla de esperança.

✲✲

Namjoon sentia-se confortável e sereno enquanto contava as estrelas na noite, perdia o sono e sentava com o coração aberto para a sensação de estar vivo.

Na mão praticava, escrevia seus raps sem ter consciência.

Não pense sobre isso demais demais demais...

Não há necessidade de nos apressar

Não pense sobre isso demais demais demais

Isso é mais do que um novo desejo para você.

 

Seokjin atentamente notou o garoto lá de cima.

Lhe despertava curiosidade.

E talvez mais do que isso.

Previsivelmente sem demora, conheceram-se.

✲✲

“Depois que eu percebi que a única coisa que eu podia fazer era me calar e voltar a melancolia, mas fortemente me escondi. ”. Jin esperou tanto a oportunidade para falar com Namjoon, passou dias pensando naquilo que deveria dizer e considerou citar uma frase que o garoto havia pronunciado em voz alta, um dia qualquer que escrevia.

Conquistou coragem numa madrugada, as cores preenchiam o céu; Azul Meia-Noite, Ciano, Azul Celeste, Roxo Magenta, Carmesim e até mesmo Amarelo Tule.

O cabelo rosa de Seokjin contrastava com o céu, envergonhadamente gaguejou na apresentação, que havia sido inesperada para o outro. Algumas pequenas estrelinhas e faíscas saíram junto com as palavras.

Enrubesceu.

Sentia algo muito bom, muito bom, mas por que parecia tão errado?

Sua pulsação.

As constelações que corriam em suas veias tornaram-se sangue.

O coração não estava mais tão distante e retraído, estava ali batendo ousadamente a ponto que precisasse sair para alcançar a lua.

A mente confusa e eufórica, uma chuva de meteoros.

Um grupo de meteoros observado irradiando de um único ponto do céu.

Seus pensamentos transfiguraram-se para os fragmentos de rochas, os meteoros provocavam a tempestade e deixavam rastros de luz.

Irradiante.

Seu único ponto do céu era Namjoon.

Atrevia-se dizer que sentia algo próximo, divergente, singular, quase humano.

“É certo? Você está feliz agora né? ”. Assim Kim Namjoon equivaleu-se.

“Felicidade; estado da pessoa feliz, satisfeita, alegre, contente: a felicidade do vencedor. Satisfação; sensação real de satisfação plena; estado de contentamento. Estado de quem tem boa sorte. Êxito; circunstância ou situação em que há sucesso. ”. Replicou Jin automaticamente.

O outro Kim sorriu benevolente.

“É o sentido denotativo. Entretanto, o que sua alma diz? ”.

Jin teve incerteza, temor e fraqueza consequentemente fugiu.

✲✲

No mês subsequente o ‘Garoto Estrela’ regressou em companhia das palavras para a resposta, ensaiadas constantemente.

Foi a primeira vez em que Seokjin pisou sobre o chão firme da sacada de Namjoon.

Este usava roupas largas e estava estirado num canto escuro.

Dessa forma, mais íntimo, Jin sentia as essências do garoto.

Canela.

Lavanda.

Baunilha.

Hortelã.

Jasmim.

Todas as coisas boas harmonizavam.

Kim Namjoon era uma mistura vibrante.

“Estou apenas andando e andando

Nos meus tempos felizes, me pergunto:

"Você, você realmente está bem?

Eu respondo que não, estou com tanto medo

Mesmo assim seguro firme as 6 flores em minhas mãos

Eu, eu apenas estou seguindo meu caminho. ”.

Corado e constrangido tentou soar tênue.

Mediante ao silêncio aguardou.

O riso é uma parte do comportamento humano e é regulado pelo cérebro.

Namjoon desencadeou sua risada.

Contagiante e sonora.

Expressando-se facialmente por um sorriso, contraia os músculos das extremidades da boca até não poder mais.

Um sorriso imenso e magnificente, contemplando poderia avistar uma pequena galáxia no interior, bem no céu da boca.

“Ultimamente, fico confuso às vezes, se eu encontrei a minha própria felicidade. Só deixe isso pra lá, seja o que for. ”. Depressa anotou no bloco de notas, a tinta enegrecida escorrendo da pena. “Você demorou a vir, Menino Constelação. ”. Seokjin assentiu. “Pode me chamar de Rapmonster. ”. Estendeu a mão a fim de cumprimentar.

Isso era novo para o ‘Menino das Estrelas’. O que deveria fazer? Uma mão esticada?

Hesitante e trêmulo aproximou-se.

Suspirou pausadamente.

Não desejava confiar na tempestade de meteoros da sua cabeça, por conseguinte seguiu suas intuições e seu ‘coração’ arfante.

Abaixou-se para que pudesse depositar um beijo modesto e leve na mão do menino, os lábios de Jin marcaram a pele e nela emergiu uma graciosa e cintilante estrelinha.

Namjoon desviou os olhos, rudemente e de súbito puxou o braço de volta.

Confuso, muito atordoado, com o semblante inconformado e seus lábios entreabriram-se surpreso.

Mudo tentava entender o que havia ocorrido.

O ‘Menino Constelação’ correu novamente.

Fugiu temendo sua atitude, acovardando-se perante os globos fitando-o tempestuoso que o diminuíam cada segundo mais.

✲✲

Rapmon arrependeu-se.

O ósculo deposto em sua mão foi mais do que bom, mais do que ele achava ser merecedor.

Ao dormir na quietação do dia e sigiloso, Rapmonster verificava se a estrelinha ainda estava ali, acariciava e pousava os próprios lábios naquele lugar.

O brilho apenas lembrava-o mais do certo garoto ao qual não via há algum tempo devido sua arrogância de ter lhe assustado.

Lamentos e saudades faziam Namjoon sentir-se morto e miserável, de maneira que não queria nunca sair da cama.

Nas suas memórias recordava das madeixas rosadas semelhantes as bochechas coradas, a expressão natural, o sorriso espontâneo e infantil.

Cobiçava odiar aquele sorriso, contudo era o oposto.

Quando o astro desapareceu de sua mão, proveu que seria o momento de procurar o ‘Menino das Estrelas’.

A brisa noturna bagunçava o cabelo cinza.

“Céu Noturno. ”. Chamou uma vez

“Céu Noturno. ”.

“Céu Noturno. ”.

 

 

“Estrelinha. ”. Gritou mais alto.

 

Terno e vacilante Seokjin surgiu por detrás das nuvens.

 

Cuidadosamente pousou na varanda, sentou-se no murado ficando mais alto do que Rapmon.

Olhando o rapaz assim de cima e adjacente, fazia-o ficar mais bonito.

Os olhos puxadinhos, sobrancelhas arqueadas, lábios molhados, espírito virtuoso, maduro e pitoresco.

Namjoon parecia não forçar suas expressões, acontecia autenticamente lhe deixando mais angelical.

“Me chamou? ”. Indagou.

Tempo depois questionou;

“Qual o seu nome verdadeiro, Estrelinha? ”.

“Kim Seokjin. Pode me chamar de Jin.”. Respondeu simplista.

Impremeditável.

Rapmonster recriou a cena remota, cauteloso avançava, tocou pela primeira vez a pele aveludada da mão de Jin sentindo a textura, talvez incerto e um tanto desajeitado beijou próximo aos dedos.

Impreciso foi o tempo que passou, os lábios conservaram-se reproduzindo uma mensagem dita no silêncio e na quietação, não verbal e nem precisava ser, entre olhares o sentimento ampliava-se.

Perdido nos olhos de Jin jurava ter visto superluas nas esferas, não meramente luas, mas super cheias, apresentando-se maiores e mais brilhantes que o normal.

Superlua cheia está agregada com tempestades.

Exatamente o que aconteceu, a chuva iniciou.

Namjoon ainda acorrentava a mão do outro junto com a própria.

Pingos de chuva batendo fortemente encharcaram seus cabelos.

“Jin. ”. Repetiu.

Nesse momento Kim Namjoon reparou que Kim Seokjin na realidade era uma pintura vivente, coloria seu coração com pigmentos e cores inexistentes, tão estonteante que nem os mais famosos pintores conseguiriam delinear.

Uma arte não concebida por traços, linhas ou cores.

Uma obra constituída de sentimentos. ✲


Notas Finais


Obrigado (a) ✋


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