História Constelações de Ouro - Primavera e Eclipses

** O ato de Namjoon desenrolou-se placidamente em conjunto com o suspender da chuva.

O selo decorreu uma convicção, os horizontes de ambos difundiram-se.

Em universalidade mesclaram-se com pinceladas tão leves que mal podiam ser vistas, mesmo estando muito próximo.

Era o conceito que para o apreciador compreender e vislumbrar seria necessário estar distanciado, retirado e dessarte as cores misturariam-se em seu olhar.

Os pigmentos usados para descrever os sentimentos da obra e do momento aquecia o céu noturno, as Estrelas e os Observadores.

**

A sacada tornava-se mais vívida e brilhante com a presença de Jin.

Rapmon sentia a mudança até mesmo nas suas composições, elas oscilavam tal qual nunca antecedentemente.

A frequência do 'Menino Constelação' fez naquele terraço nascer uma existência celestial, como se o cosmo pertencesse e eternizasse ali quando ele pousava no murado noite após noite.

Em uma delas espeficamente Kim Namjoon narrava sobre as estações.

"E posteriormente ao inverno gélido a primavera manifesta-se, com as flores florescendo.". Falava entusiasmado e expondo suas covinhas. "Você já viu as flores reflorescendo, Jin?" Questionou o outro, que deitado fitava-o.

"Não." Admitiu timidamente, o olhar das órbitas complacentes de Rapmonster fazia-o se sentir seguro e protegido. “Flores... Eu acho que já ouvi algo.”

“O que?”

“So keep your petals pointing towards the sun

and bloom

bloom

bloom

just bloom, just bloom...” Jin cantarolou deleitoso e terno juntamente com as pequenas faíscas de estrelinhas que saíam de sua boca quando cantava uma palavra.

Rapmon arrepiou-se pelo timbre de voz de Estrelinha, e envergonhado enrubesceu, vivenciou a luz das estrelas sobre sua pele não podendo reprimir um sorriso.

Vislumbrando o céu na mudança da Lua fascinou-se com o surgimento de um eclipse lunar, a Terra avançando pela face iluminada da Lua propiciando uma venustidade noturna no espaço e nos corações de ambos.

Que seja de Lua a Lua, eternizando os sentimentos. Levantou do lugar escuro e lúgubre em que estava, deitou no resplandecente lado de Seokjin.

“Canta comigo, Rapmonster.”

“Eu não conheço essa música.” Lamentou vacilante.

“Mas...Quero ouvir sua voz com a minha” assumiu retraído. “Não pensa, só canta comigo. As palavras puxam as palavras.”

Considerou a probabilidade por instantes e

“Tá bom. Vamos improvisar com as nossas vozes e a letra. Já vou avisar que não sei cantar...” Era verdade, no entanto ele também queria escutar as vozes unidas. “Começa.”

“I was alone for a while

you came along and you

asked me for a smile”

Rapmon tardou a cantar, mas as esferas em eclipse nos olhos de Jin esperavam-o.

“i guess then the stars had aligned

a flower bloomed, the clouds were rushing out of my mind”

“And that's how it goes in the films

tears of honeysuckle welling up in your eyes” Os dois Kim apropinquaram-se. A brisa e o ar gelado batendo nas faces.

Kim Namjoon aventurou-se e segurou delicadamente a mão de Kim Seokjin observando cada ponto, caso ele demonstrasse insegurança ou desistência.

“So keep your petals pointing towards the sun

and bloom

bloom

bloom

just bloom, just bloom...” Jin continuou cantando com os olhos seguros no olhar dele.

Pela proximidade sentiu o toque sob o rosto, as mãos precisas faziam-o atenuar e afava seu peito. Via o reflexo de suas órbitas, a dança do brilho das estrelas nas esferas negras como o efêmero eclipse em Namjoon. Outra vez o sangue cálido e abrasador correu por suas veias, bem como no primeiro encontro deles.

A mesma sensação de humanidade.

Mais intrínseco do que antes.

“Tem algo que brilhe tanto quanto você, Estrelinha?”. As palavras ecoaram nos astros da mente de Kim Seokjin.

“O seu sorriso. O seu sorriso brilha mais do que qualquer coisa celestial que já vi.” Apreciou os lábios chamativos que foram se abrindo gradualmente junto às covinhas na bochecha, as mãos entrelaçadas mais apertadas apreensivas na hipótese de afastamento.

Os dedos meticulosos estenderam-se até os cabelos róseos afagando-os.

Os olhos de ressaca, a ressaca do mar que puxa cada vez mais para dentro de si.

Rapmon queria expressar com arte - a arte humana - todos os sentimentos que possuia pelo ‘Menino Constelação’. E este assentiu em conssentimento para evidenciar a perfeição da humanidade.

A boca fascinante que sempre via e expressava coisas geniais pressionava a sua, agora expressando amor.

que seja de amor os amores

as palmas unidas tremiam levemente

o sangue corria quente e estremecido

o eclipse unificava os dois humanos amantes

os lábios retinham uma maciez pura e singela, quase inconcebível

aprofundando-se desejos velados e peles

comprovando a teoria da arte humana

a Arte como expressão

atração, afeição, apego e harmonia

a língua de Namjoon correu em movimento suave e envolveu-se ali

a respiração sem simultaniedade

e Seokjin recíproco prosseguiu

quando elas se encontraram desencadeou-se uma tempestade de meteoros

trazendo para si como as ondas do mar

afogando-se

as línguas envolvidas exploravam cada galáxia que já não eram mais individuais

segurando obstinado as madeixas cinzas e rosadas devido a ansiedade

cabeças pendidas em deleite

e o recomeço

uma vez

duas vezes

três vezes

beijavam-se em âmago, essência, profundeza

com mais desejo incontrolável

as salivas já misturadas que compartilhavam similar gosto

a melhor mistura formada pelas almas

pálpebras que não podiam ficar mais abertas e atentas

precisavam vivenciar

cada movimento

cada contorno

cada sentimento, cheiro e sabor

uma vez

duas vezes

três vezes

...

**

E com expressividade e um beijo Kim Namjoon transfigurou Kim Seokjin em humano, naquela período de tempo incontável o ‘Menino Constelação’ adquiriu matéria, alma, sangue, corpulência e todas as características específicas da natureza humana.

Posteriormente ao apreciar e aprender todas aquelas emoções, cada elemento, pincelada e cor, Jin ambicionou poder fazer Rapmonster sentir algo análago com a sua arte.

A arte do universo.

Destemido ele traçava um feitio de ensinar Astronomia para o humano.