Narrado por Werner Schünemann
Não respondi a pergunta e voltamos a assistir o filme e quando acabou, as crianças rapidamente subiram para o quarto e sobrou para mim e Tânia arrumar toda bagunça. Limpamos o chão e colocamos os travesseiros no lugar. Tânia foi beber água na cozinha fui ao terraço, vi a mensagem da Eliane “Eu odeio a forma que você sabe usar bem as palavras e me deixar envolvida por tão pouco, general. Como forma de agradecer e retribuir esse seu jeito romântico, tenho uma grande surpresa pra você? Mas só vai saber daqui uns dias. Beijos de sua uruguaiana” sorri como bobo ao ler as mensagens e comecei a digitar “Uruguaiana, você me deixou curioso, vou contar os segundo para nos encontrarmos e você me dizer o que é." Escrevi sorrindo e Tânia apareceu.
- Werner, você vai querer alguma coisa ? Eu estou fazendo um chá agora - falou calma.
- Vou sim! Mas não é chá, vem aqui - apontei para cadeirinha que ficava na varanda perto da minha cadeira.
- Acho que precisamos conversar, não é mesmo? - ela balançou a cabeça concordando e sentou.
- Tânia você sabe que lhe tenho muita admiração e afeto…. - ela me interrompeu.
- Mas você está tendo um caso com a Eliane - a encarei espantado.
- Você já sabia a quanto tempo? - ela suspirou e olhou para o lado.
- Werner há quanto tempo estamos juntos? - me olhou.
- Há tantos e tantos anos... Eu sei tudo, até que o você não diz - ela segurou a minha mão.
- Werner, nós sempre fomos tão parceiros e cúmplices acima de tudo, temos um acordo de não fazer cobrança a ninguém, eu respeito a sua privacidade, assim como você respeita a minha - ela apertou a minha mão.
- São mais de dez anos de casamento, um escutando o outro, mas desta vez você estava tão distante que eu tive que mandar um sinal para te lembrar que eu estou sabendo - senti um calafrio percorrer meu corpo.
- Eu não quero te magoar e nem deixar as crianças, essa família é importante para mim, mas sim, você tem razão, as coisas mudaram de figura e desta vez eu terei que tomar uma atitude, não vou sustentar uma situação dessas. Todavia, alguém vai sofrer, mas é algo necessário e eu já sei… - ela me interrompeu mais um vez.
- Não vamos tomar nenhuma atitude agora - ela me encarou.
- Ainda é cedo, eu sei que está divido - eu ia começar a falar e ela colocou a mão na minha boca.
- Shi! - passou a mão no meu rosto.
- Eu sei tudo que está vendo agora, é volúpia da paixão, mas sei também que o homem com quem me casei sempre toma a decisão certa no final - ela deu um beijo na minha bochecha.
- Vamos fazer um acordo? - a encarei confuso .
- Que acordo? - perguntei curioso.
- Quando terminar a novela e tiver iniciado por consequência a mudança, você toma a sua decisão, mas só quero você avalie apenas duas coisas - passou a mão no braço e ombro.
- Quando fores colocar na balança a sua decisão, usa do meu lado o que construímos durante todos esses anos - ela se levantou .
- Tânia! - ela me olhou e nos encaramos por alguns segundos. Não consegui pensar numa resposta a tudo que ela me falou, ela sorriu de forma meiga.
- Só avalia, Werner, só isso - balancei a cabeça concordando.
- Eu vou pensar - me levantei e fui para o quarto. Quando estava saindo, olhei pelo retrovisor do carro e vi Tânia bebendo o chá olhando para janela.
Liguei para Eliane e esperei que ela atendesse. Enquanto isso não acontecia relembrei das palavras de Tânia e da forma peculiar de como ela tratou a descoberta de minha traição. Eu sei que minha esposa mudou ao longo desses anos, mas sua tranquilidade ao revelar que já sabia foi fatalmente perturbadora. Balancei a cabeça reprovando meus pensamentos e busquei me concentrar em Eliane.
- Werner! - atendeu animada e sorri ouvindo sua voz.
- Oi Eli - falei doce.
- Tava com saudades - disse e guiei o carro até me distanciar de casa. Saí com o veículo pelas ruas do Recreio e respirei profundamente.
- Vamos sair? - convidei.
- Pra onde? - indagou curiosamente.
- Só diz que sim - insisti e ela riu.
- Sob pressão, senhor Schünemann? - gargalhei com o jeito dela. Em poucos minutos apenas ouvindo sua voz consegui me acalmar.
- Intimação! - respondi altivo.
- Aonde vai me levar? - fez nova pergunta.
- Coloca uma roupa de banho, vamos nadar - revelei.
- Nadar, Werner? - questionou rindo.
- É, se arruma estou passando aí em dez minutos - acelerei o carro.
- Ai Werner, você já viu o tempo? Não está fazendo tanto sol - fez um certo drama.
- O dia está lindo e é melhor assim, você é muito branquinha não pode ficar num sol muito forte - comentei e parei num sinal vermelho.
- Tá bom eu vou me arrumar rapidinho - disse apressada.
- Não demora, tô quase chegando - falei para que ela não enrolasse, mas de fato eu ainda tinha um tempo razoável até chegar lá.
- Tá, beijos! - se despediu e desliguei o telefone. Para esquecer algumas coisas que ainda latejam em minha mente, liguei o rádio e deixei a música num volume suave aos meus ouvidos. Reparei que começou a tocar uma canção de que gosto muito e cantarolei baixinho colocando todos os pensamentos positivos em minha relação com Eliane."Eu nem sonhava te amar desse jeito. Hoje nasceu novo sol no meu peito..." Mergulhei em cada nota apenas pensando em como minha vida mudou desde que a conheci, e mesmo há anos atrás eu pude perceber nossa conexão de alma. Recordo-me que foi exatamente essa frase que disse pra ela no fim do festival. Desliguei o ar condicionado e abri as janelas, deixei o vento bater em meus cabelos e aos poucos consegui respirar tranquilo. Dirigi mais algumas quadras e cheguei no condomínio onde ela morava. Buzinei e a vi saindo com um vestido de alcinhas branco e soltinho, uma rasteirinha e em sua cabeça, repousava um belo chapéu marrom. Assim que adentrou ao carro, seu doce perfume inundou o veículo e me inclinei para beijá-la.
- Cheirosa - rocei meus lábios por seu pescoço.
- Pra você - disse manhosa e sorri contra sua pele. Tomei seus lábios para mim e experimentei seu sabor marcante, era esse gosto que ficava o tempo inteiro em minha boca, só lembrando a falta que ela me fazia a cada minuto e hora que estávamos longe.
- Está ainda mais linda - elogiei e ela arrumou a gola de minha camisa.
- Eu fico sem graça quando você fica falando essas coisa - seu rosto corou.
- Mas você é a mais linda e eu nunca vou cansar de dizer isso - sorri para ela e beijei o dorso de sua mão. Seguimos para o pier onde fica o Rio Grande e no caminho conversarmos sobre o fim próximo da novela.
- Eu vou sentir falta da nossa família de Serranías - concordei com ela.
- Eu também, só que mais da minha cunhada - riu maliciosa e apertou minha coxa.
- Mas depois vamos ter tempo só pra gente - falou e massageou minha perna.
- Eu quero todo o tempo do mundo - confessei em sussurros.
- Eu não vejo a hora, Werner. Quero você só pra mim, pra sairmos nos fins de semana para a casa de Petrópolis, para viajarmos juntos como combinamos e sem ter quer ser escondido - a olhei de forma rápida e depois voltei minha atenção para o trânsito.
- As coisas vão se resolver, acredite - afirmei confiante.
- Eu também te quero só pra mim, eu morro de ciúmes quando alguém chega perto de você e eu não posso gritar para o mundo e dizer que a Eliane Giardini é minha - ela beijou meu braço e encostou a cabeça nele.
- Eu não consigo me interessar por mais ninguém Werner, tudo me é indiferente. Só você me cativa e me faz sentir uma mulher feliz - suspirei pela declaração.
- Eu não sei mais dormir sem olhar nossas fotos, sem sentir o cheiro do perfume na sua camisa que está guardada comigo e não consigo mais pensar nos meus dias sem receber as rosas. Sem você e sem elas as horas não passam e tudo fica sem graça - com Eliane eu sentia as melhores coisas que nem os tantos anos de casamento com Tânia me proporcionaram. É difícil pensar que podemos encontrar um grande amor quando já estamos casados com alguém que julgamos amar.
- Tu não tem ideia do bem que me faz, eu sou outro homem contigo. Sou mais eu, entende? - instiguei.
- Posso me expressar sem medo do que vão dizer, me sinto livre. Eu não quero passar mais um dia sem você e to louco para que tudo o que nos impede de ficar junto não seja mais um impecilho - beijei seus cabelos e em poucos minutos estacionei próximo ao pier.
- Vamos ficar no barco? - perguntou.
- Eu pensei em darmos uma volta e ancorar em um praia mais afastada. O que acha? - segurei sua mão e seguimos até o Rio Grande.
- Acho ótimo - entramos no barco e guardei na geladeira um pote de sorvete que Eliane trouxe.
- Não guarda, vamos comer! - pediu e retirei o pote do congelador. Colocamos o sorvete em duas tacinhas e fomos para a cabine. Liguei o motor e começamos a nos afastar da costa.
- Quer mais um pouquinho? - ofereceu mais.
- Quero - abri a boca e Eliane me deu um pouco na colher.
- Tão bom - apreciei o sabor do sorvete.
- É chocolate belga - disse ao finalizar o conteúdo de sua taça. Se posicionou atrás de mim e massageou meus ombros.
- Está tão tenso. Aconteceu alguma coisa? - senti uma sensação estranha quando ela perguntou.
- É a correria do dia a dia que me deixa assim, tô uma pilha - disfarcei, não queria que nem sombra da minha conversa com Tânia fizesse presença entre nós.
- Eu prometo, quando tudo isso passar e a gente poder se ver sempre que quiser, eu faço massagem em você todos os dias - encostei-me em seu peito e apoiei minha cabeça.
- Que proposta boa, vou adorar - o topo de minha cabeça recebeu um beijo demorado dela.
- Faz mais - pedi e enquanto ela me aliviava, manobrei o leme e entranos numa praia mais deserta.
Narrado por Eliane Giardini
Percebi meu corpo leve e minha alma tão em paz ao lado dele, nao tive dúvida alguma de que daqui pra frente vamos nos dar muito bem juntos, sem nada para atrapalhar. Ele desligou o barco numa praia bem afastada do litoral, não havia ninguém por lá e isso me deixou serena, pois não haveria curiosos e muito menos paparazzis indelicados.
- É deserta mesmo - comentei ao descermos do barco.
- Tá com medo? - me abraçou por trás e andamos pela areia branquinha.
- Com você não - volvi meu corpo e fiquei de frente pra ele. Nos olhamos por um bom tempo e aproximamos nossas bocas num beijo delicioso. O mesmo começou lento, mas aos poucos nossas línguas começaram a se digladiar, explorando a boca um do outro.
- Esse beijo... - me apertou contra ele e arranhei seus braços de maneira sensual.
- Você gosta de me beijar? - suguei seu lábio inferior ao provocar.
- Adoro - pressionou seu membro contra minhas pernas e ri ao notar o tamanho do seu desespero. Ele tentou me beijar mais uma vez, porém me desvencilhei, deixei minha bolsa no chão e me livrei da rasteirinha.
- Me dá mais um beijo, vamos aproveitar que estamos sozinhos aqui - suplicou tentando puxar meu braço, mas hesitei e me afastei.
- Vem me pegar - o chamei como uma garota sapeca atiçando o primeiro namorado.
- Não me provoca, Eliane eu sou mais forte do que você - mordi o lábio inferiore ao olhar o volume entre suas pernas através da bermuda.
- Me mostra toda essa força, me mostra do que é capaz - vi quando ele tirou as havaianas e num impulso rápido correu atrás de mim. Eu ria e corria o máximo que podia dele. Dei a volta em algumas pedras e elas ficaram entre nós. Puxei o ar para dentro de meus pulmões e o encarei.
- Quando eu te pegar você vai ver - ri de carinha matreira.
- Eu quero, mas você tem me alcançar - cocei os olhos quando um vento jogou um rastro de areia e não pude vê-lo se aproximar.
- Ahhh - gritei quando fui agarrada pela cintura e encurralada contra a pedra.
- Não vale, tem areia nos meus olhos, eu teria corrido não fosse isso - esfreguei demasiadamente o local e ele segurou meus pulsos.
- Deixa eu ver - pediu e com dificuldade abri os olhos. Ele segurou minha face com cuidado e assoprou para retirar os grãos que me incomodavam.
- E agora? Tá melhor? - questionou beijando minhas bochechas e depois meus olhos cerrados.
- Acho que saiu - sorri agradecida.
- Se precisar vamos para o barco e você lava o rosto - deu a ideia.
- Não precisa, saiu mesmo - acariciei sua barba e passei as unhas levemente por elas.
- Não acredito, meu brinco caiu - falei desesperada e ele prontamente começou a procurar, mas estrategicamente saí correndo.
- Sou mais esperta! - brinquei e corri em direção ao barco, mas para minha euforia, ele alcançou-me por trás, me debati enquanto riamos como loucos e, por fim, caímos no chão e acabei ficando por cima dele. Não parávamos de rir e deitei minha cabeça em seu peito aconchegante.
- Eu nunca me senti assim antes - beijei seu peitoral várias vezes.
- Nem eu, Eliane - me olhou diferente e parece que seus olhos azuis me desnudavam por dentro.
- Vamos estrar um pouquinho? - titubiei quando ele falou.
- Vamos? - fez cócegas em minha barriga e mordi seu queixo.
- OK, você venceu - nos levantamos e antes de entrarmos na água, Werner cravou o guarda sol na areia e estendi as cangas embaixo dele. Deixei minha bolsa em cima de uma delas e nossos calçados ficaram próximos. Ele tirou a bermuda, ficando apenas de sunga azul marinho e me despi, estava com um biquíni bem confortável e de tamanho médio, caia perfeitamente em meu corpo. Caminhamos em direção a areia e assim que a água tocou os meus pés reclamei.
- Nem pensar! - recuei e ele me segurou.
- Ah não, Eliane, não vou entrar sozinho - fiz bico e mais uma vez ele me puxou até a beirada, a onda fraca acertou minhas pernas e tremi na hora.
- Tá um gelo, porque a gente não fica só na areia, deitados na canga - resmunguei e ele riu divertido de minha manha.
- Porque eu te chamei pra nadar Eliane, não dá pra fazer isso na areia - repousei minhas mãos sobre a cintura ao notar que ele curtiu com a minha cara.
- Vem cá birrenta - estendeu a mão e olhei para o mar, meus pêlos já estavam arrepiados e ventava bastante.
- Se eu pegar um resfriado a culpa é sua - apontei e ele assentiu.
- Pode deixar, se ficar doentinha eu cuido de você - encostou seu corpo no meu e distribuiu vários selinhos por meu rosto. Enlaçamos nossas mãos e entramos no mar. Mesmo estando muito fria, a água límpida e o cheiro da maresia deixavam o ambiente perfeito. Meus cachos balançavam para trás e ele me olhava o tempo todo, como se admirasse a mulher ao lado dele.
- Ta bom aqui - pedi cessando os passos, a água já estava em nossa cintura.
- Ta muito raso - retrucou e o encarei.
- Vamos ficar aqui, Werner - falei mais séria e segurei o riso.
- Tudo bem... Eu me rendo, senhora minha - falou carinhoso e rouco e consegui conter o riso.
- Cariño, estoy completamente entregue a usted - confessei e afaguei as laterais de seu corpo, subindo por seus braços. Ele sorriu diferente de todas as vezes e de repente, meu coração pulsou sem ritmo algum. Descontrolado.
- Eu também - abracei seu pescoço e esfreguei meus lábios nos dele. Escorreguei a boca até seu ouvido e sussurrei.
- Eu conto os segundos para ter você só pra mim - mordisquei o lóbulo de sua orelha e logo senti meu cabelo ser puxado com certa pressão, fazendo nossos rostos colarem. Sem ter tempo para pensar, ele invadiu-me com desespero, como se quisesse matar a saudade. Já sentia meus lábios inchados pelo beijo ardente e assim que perdi o ar, afastei-me. Sem dizer uma palavra sequer ele me pegou no colo e me encaixei em sua cintura, o abracei com as pernas e suspirei ao sentir seu volume. O mar não estava agitado e as mínimas ondas que batiam em nós já estavam sem forças quando colidiam com nossos corpos. Continuamos o beijo enquanto eu buscava a todo instante me esfregar contra seu membro avantajado e duro. Eu estava me masturbando alí e nem mesmo a água fresca podia aliviar o calor que eu sentia. Estávamos tão abraçados que ele gemia ofegante em meu ouvido. Quase fui ao delírio quando sua mão direita adentrou à calcinha do biquini, iniciando intensos movimentos circulares.
- Humm - murmurei com face de êxtase.
- Olha pra mim - pediu, mas inclinei a cabeça para trás pelo delicioso frisson que experimentei.
- Olha pra mim, Eliane - mandou sério e o encarei rapidamente quando apertou a mão em minha Intimidade.
- Você me enlouquece, uruguaiana. Eu adoro te tocar assim, adoro fazer coisas com usted - rebolei sem parar em sua mão e fiquei ainda mais eufórica ao admirar sua face de satisfação. Era nítido o prazer que sentíamos apenas em nos tocar.
- Faz mais, eu fico louca quando usted me toca. É muito gostoso - o estimulei roçando meus quadris em seu sexo prestes a explodir. Num movimento único ergui o bumbum e ele pode tirar o membro da sunga. Puxei a calcinha para o lado e o senti passear em mim. Werner abocanhou meu pescoço e o chupou, arrancando toda a minha sanidade. Quando senti que havia se posicionado pressionei meu corpo para baixo e deixei que ele entrasse dentro de mim.
- Ahh Eliane - gemeu várias vezes o meu nome, auxiliava meus movimentos dentro da água e ao mesmo tempo que me penetrava, voltou a me torturar com os dedos em meu ponto fraco. Olhávamos para todos os lados, apesar de não haver ninguém e estarmos protegidos pela água, a adrenalina em meu sangue estava a mil. Ele me dava apoio com o braço esquerdo em minhas costas e abocanhava a parte de meus seios que o sutiã não cobria.
- Eu não acredito que vou ter você todos os dias, é muito gostosa. Todinha pra mim - sussurrou contra a minha pele e sorri ao ouvir.
- Todinha pra você - confirmei e sentia meus olhos revirarem, nossos gemidos eram abafados pelo barulho do mar e a cada segundo ele me invadia com mais força. Mordi seu ombro para suportar as estocadas frenéticas e cravei as unhas em suas costas. Depois emaranhei meus dedos em seus cabelos e os repuxei.
- Eu tô quase, não para não - aumentou o ritmo ao ouvir.
Narrado por Werner Schünemann
- Então goza - ditei sensual e apertei suas bochechas, sugando seu lábio inferior. Minhas mãos afundaram em suas costas e escondi o rosto em seu pescoço. Meu corpo espasmou e entendi o recado que queria me dar.
- Eliane... - chupei seu pescoço ao alcançar o ápice dentro de dela. Bastou algumas mexidas em seu ponto de prazer para fazer com que ela gozasse para mim. Ela puxava o ar para dentro dos pulmões como se tivesse sem ar algum.
Meu corpo ainda tremia e ficamos quietinhos agarrados um ao outro. Acariciava seus cabelos e traçava o caminho de sua boca de maneira calma e suave. Era como se ao lado dela nada mais existisse, muito menos os problemas particulares de nossas vidas. Mesmo em silêncio aproveitando o prazer, nós nos sentiamos completos. Eu realmente havia encontrado um parceira, um amiga e acima de tudo, alguém que estimulava os melhores sentimentos em mim.
- Vamos sair um pouquinho - pediu ao nos desencaixar.
- Vai indo, vou dar só um mergulho - dei-lhe um selinho e ela caminhou em direção a areia. De onde eu estava, pude vê-la secar o corpo da cintura para baixo, Eliane ficou aliviada por não ter molhado o rosto e nem cabelo. Olhei para o mar à minha volta e me senti como um menino se divertindo, descobrindo a liberdade. Cortava as ondas ao mergulhar nelas e refrescava meu corpo ainda quente por nosso momento erótico. Assim que saí, ela me entregou a toalha e me enxuguei. Depois, sentei ao seu lado e lhe dei um beijo.
- Humm... Gostinho do mar - falou ao provar o gosto do sal em meus lábios. Me coloquei atrás dela e a mesma deitou em meu peito. A envolvi com meus braços e a protegi, enquanto ficamos a observar o mar.
- Você não nadou comigo - reclamei.
- Fizemos uma coisa mais gostosa do que nadar, Werner! - tive que concordar.
- Quando a gente voltar na casa de Petrópolis o mato vai estar enorme, vai acabar com o jardim - comentou e ri.
- Eu resolvi esse detalhe, contratei um jardineiro para cuidar disso. Tudo vai estar lindo para quando eu te levar lá - se aconchegou ainda mais em meu corpo.
- Vamos colher manga do pé - neguei ao ouvir.
- Eu colho e você faz o suco, porque eu não sei se você se lembra, mas meu coração dói até hoje quando lembro daquela manga que você matou - gargalhou e deu um tapinha em meu ombro.
- Ah Werner, me poupe - rimos juntos.
- Foi um acidente e ainda sim tinham outras mangas no pé - discordei.
- Aposto que aquela era a mais gostosa - Eliane virou o rosto para me olhar e nos encaramos, mirei seus olhos verdes e sua boca convidativa.
- Adoro você, me sinto um eterno adolescente ao seu lado - ela sorriu mordendo o lábio inferior, ela sabia que esse gesto me deixava louco.
- Essa é a melhor época da minha vida, Werner - confessou e tomei seus lábios deliciosamente. Durante aquele tempo na praia eu percebi que sem Eliane algo seria arrancado de mim, ela já fazia parte da minha vida. Uma parte inseparável de mim. Vital. Não tardamos a voltar para o Rio Grande quando ela começou a sentir frio. Seguimos até o pier e ela precisou voltar para casa. Assim como eu, tinha que resolver algumas coisas.
Narrado por Eliane Giardini
Assim que cheguei em casa percebi algumas ligações perdidas de Luís em meu celular. Retornei e assim que atendeu ouvi sua voz alegre.
- Oi Eli - disse brincalhão.
- Oi meu amigo, desculpa só vi suas ligações agora. Eu fiquei longe do meu celular por algumas horas - disfarcei.
- Sem problemas, minha amiga. Eu queria conversar com você sobre algumas coisas da novela. Está com tempo? - perguntou.
- Estou sim, vem aqui em casa - o convidei.
- Maravilha, então já estou indo - fui andando em direção ao meu quarto.
- Estou esperando - nos despedimos e desliguei. Entrei no banho e fiquei durante uns minutos. Posteriormente me arrumei e esperei por ele. Não demorou e logo ouvi a campainha. Abri a porta e o cumprimentei. Nos acomodamos no sofá e ele começou a contar os planos que tinha para as próximas cenas de nossos personagens. Eterna Magia já estava em sua reta final e a trama ficava dia mais tensa. Conversamos e rimos de coisas banais. Luís era meu amigo há anos, nem sei precisar quantos. Me ouvia e sempre foi compreensímivo.
- Como é que você tá? - perguntou depois de deixar os textos sobre a mesa de centro.
- Tô bem, Luís - falei e ele me olhou fazendo-me entender o que realmente havia perguntado.
- É difícil esconder as coisas de você, não é? - enrubeci e fiquei sem graça.
- Eu te conheço, Eliane. De outro carnavais - riu e escondi meu rosto entre as mãos.
- Ai Luís, eu nem sei explicar exatamente como me sinto. É tudo muito novo - expressei-me da melhor forma possível.
- Como você descobriu? - fui curiosa.
- Não foi difícil, eu percebi alguma coisa diferente entre vocês dois desde a minissérie, mas nunca liguei tanto os pontos como agora - o escutei atenta.
- Quando eu soube que vocês fariam parte romântico mais uma vez eu tive certeza de que algo ia acontecer. Era só questão de tempo, vocês têm muita química e se dão super bem juntos, uma hora ou outra o sentimento iria aflorar - assenti positiva. Respirei fundo e prossegui.
- Foi inevitável, Luís - gesticulei.
- O que estamos vivendo agora é bem diferente do que aconteceu lá atrás. Nós temos planos, nós nos queremos, entende? - ele me olhava sem acusação ou represália e isso me deixava a vontade.
- Vocês dois estão prestes a tomar decisões sérias. Como você se sente em relação a isso? - indagou preocupado. Ajeitei minha posição no sofá e o olhei.
- Me sinto confiante, mas um pouco insegura as vezes. Tento não pensar muito sobre isso porque acabo não raciocinando direito - respondi e decidi completar.
- A Tânia e os filhos vão voltar para o sul assim que a novela terminar, Luís. Ele vai ficar no Rio e só assim poderemos acabar com essa aflição de ficar separados e de apenas nos vermos quando dá - ele abaixou a cabeça e depois voltou seu olhar para mim.
- Eu espero que você seja muito feliz, minha amiga. Merece alguém ao seu lado sem reservas e se ele for essa pessoa que as coisas se resolvam logo - sorri para ele.
- É uma decisão muito séria tanto a dele quanto a sua - disse com sua voz suave.
- Eu sei, meu amigo - suspirei ao dizer.
- Certas coisas na vida a gente não escolhe, seria muito mais fácil pra mim não gostar dele, mas hoje eu não consigo mais ficar longe - Luís afagou minha mão direita que estava sobre o sofá.
- Eu não me orgulho dessa situação e do modo como nos encontramos, porém não sou uma pessoa ruim, muito menos tive a intenção de destruir nada. Eu apenas segui o meu coração - ele lançou um olhar amigável sobre mim.
- Não precisa pensar assim, não tente buscar explicação para tudo o que acontece na sua vida. Cuide-se primeiramente e deixe o destino se encarregar do resto. Não carregue um fardo que não precisa - ele veio mais perto e me abraçou.
- Fica bem, Eliane. Eu gostaria de conversar mais, porém preciso mesmo ir - fiz cara de triste.
- Ah Luís, obrigada por me ouvir. Eu precisava tanto desabafar com alguém - agradeci.
- Precisando, seu amigo tocaio está aqui, uruguaiana - ri divertida.
- Agradeço mais uma vez, tocaio - brinquei e o levei até a porta. Nos despedimos e ele saiu. Fiquei extremamente pensativa com suas palavras e resolvi descansar um pouco.
Narrado por Werner Schünemann
O tempo passou relativamente rápido, Eliane e eu nos preparamos para uma cena marcante da novela, era o momento em que Max pede perdão à Pérola. Nesse período, nos viamos em alguns dias na casa dela no horário do almoço e consegui duas tardes livres para passear com ela no Rio Grande, nada demorado para não levantar suspeitas.
- Tudo pronto? - o diretor bateu na porta e perdi meus pensamentos.
- Já estou indo - terminei de tomar a água em meu corpo.
- Vai deixar sua Pérola esperando? - rimos de sua fala.
- Jamais! - respondi com convicção e o acompanhei até o estúdio. Eliane já estava posicionada no set e estava apenas esperando que eu fosse tomar água. Olhou para mim, sorriu e depois mudou as feições porque havia chegado a hora de entrar em cena. O diretor deu o aval e encenamos. Após expressarmos a primeira parte do diálogo, algo me marcou muito quando dissemos.
" - Quantas vezes eu cheguei junto a sua porta, louco pra entrar... Louco de vontade de entrar - Eliane me olhava com os olhos marejados e vi quando uma lágrima rolou por sua face.
- E o meu orgulho não deixa... Esse meu maldito orgulho irlandês - falei e me aproximei dela. Segurei suas mãos e a encarei.
- Pérola, me perdoa Pérola! - naquele momento meu coração gritava, eu queria dizer tantas coisas, não para a personagem, e sim para Eliane. Vê-la chorar mesmo na ficção aflorou um lado meu que por anos havia esquecido. O que pulsou dentro de mim não era uma mera paixão, disso eu tive certeza.
- Você ainda me ama? - ela pendeu a cabeça para o lado e riu entre o choro.
- Se eu te amo? Claro que eu te amo - limpou a lágrima que caiu.
- Eu vou te amar minha vida inteira - as palavras dela penetraram em mim e as coisas estavam muito além da ficção. Eu sentia que era pra mim que ela falava.
- Só que... Eu não quero mais sofrer - lembrei de tudo o que aconteceu entre nós quando a deixei esperando com o jantar pronto no dia da festa surpresa.
- Mas eu não vou te fazer sofrer - pausei a frase e ela sorriu contida.
- Nunca mais vou te fazer sofrer. É uma promessa. Eu só vou te amar, só te amar... Até o último dia, até o último momento da minha vida. Me perdoa? - nos olhamos emocionados. Segurei suas mãos mais uma vez.
- Eu te amo! - meu personagem declarou e instantaneamente as batidas em meu peito descompassaram. Beijei o dorso de suas mãos delicadas.
- Me perdoa! - ela me fitou, limpou choro que eu derramava e acariciou minha barba, puxando meu rosto para ela. Aos poucos, Contigo en la Distancia começou a tocar, embalando o momento. Meus lábios tocaram os dela e é como se o mundo tivesse parado de girar. Ela colocou a mão na frente, escondendo nosso beijo e nossas línguas encontraram-se numa dança perfeita. Apertei sua cintura e ela gemeu baixinho contra meus lábios. Em seguida o direito disse o "corta" e finalizamos o beijo. Todos na sala batiam palmas e estavam bastante emocionados com a cena. Abracei Eliane e sussurrei baixinho em seu ouvido.
- Para sempre minha - ela sorriu e o diretor veio nos cumprimentar.
Narrado por Werner Schünemann
Assim que a novela chegou ao fim, comemoramos o término do projeto com uma festa à fantasia. Alguns foram fantasiados de bruxos e personagens de filmes. Outros foram vestidos normalmente. Havia um grande bufê à nossa disposição. Eliane e eu não ficamos tão próximos nesse dia, tínhamos que dar atenção a todos, mas mesmo assim aproveitei o máximo para conversar e dancei duas vezes com ela. A animação de todos era evidente e a bebida nos deixava ainda mais a vontade e alegres. Após a comemoração, fiquei uns dois dias sem me comunicar com Eliane, mas ela sabia o motivo e compreendeu.
Tudo já estava sendo organizado para a mudança. As crianças estavam divididas sobre o novo recomeço, mas Tânia se mostrava tão empolgada que acabava contagiando e tornando o clima mais animado para eles. Ela ainda não sabia dos meus planos, após a venda da casa, eu compraria uma menor, para mim, no mesmo bairro. Estava disposto a mudar minha vida. E tinha certeza que isso seria ao lado de Eliane. Enquanto eles encaixotavam alguns utensílios, resolvi algumas coisas sobre a compra do novo apartamento por telefone. Logo mais tarde a transportadora veio carregar a mudança e os cômodos foram se esvaziando. Foram deixados apenas o necessário para passar alguns dias até a mudança definitiva. Tânia e eu não estávamos nos falando direiro depois da conversa. Por isso, nem pediu satisfação quando avisei que iria dar uma volta. Já estava escuro e encontrei Eliane no quiosque combinado.
- Boa noite - sorri e abracei sua cintura.
- Boa noite, Werner - ela retribuiu o abraço e beijej o canto da sua boca.
- Aqui não - sorriu e me empurrou olhando pros lados.
- Vamos dar uma volta? - perguntou.
- Vamos, mas está muito cheio ainda, não quer jantar primeiro? Tenho uma novidade - sorri.
- Claro, vamos - respondeu animada e fomos caminhando até o restaurante que ficava alguns metros dali. Nos sentamos em uma mesa de canto, afastada. Fizemos o pedido e segurei sua mão.
- Qual a novidade? - ela me olhou.
- Estou comprando um apartamento aqui no RJ - segurei sua mão e ela abriu um lindo sorriso.
- É sério? Você vai ficar mesmo? Eu não estava acreditando - disse eufórica.
- Vou Eliane, eu já disse que tudo o que me importa está aqui - beijei sua mão.
- Eu fiquei feliz com essa notícia - entrelaçou nossos dedos.
- Ah uruguaiana, você nem imagina o poder que tem sobre mim - ela riu.
- Onde você vai morar? - perguntou.
- Aqui no recreio mesmo, inclusive preciso de umas dicas suas. Você sabe que é minha conselheira oficial sobre imóveis - rimos e ela bebeu vinho.
- Eu te ajudo com o maior prazer - falou carinhosa e eu ficava hipnotizado cada vez que meu olhar se encontrava com o dela. Passamos um bom tempo comendo, bebendo e conversando. A companhia dela era maravilhosa, poderia ficar horas ao seu lado sem me cansar de nada. Saímos do restaurante e resolvemos atravessar a rua para voltar a praia. Há essa hora já estava deserta. Raras pessoas estavam na areia.Tiramos os sapatos e fomos andando de mãos dadas. Nos sentamos próximos ao mar, contemplando a brisa deliciosa e o barulho das ondas. Sentamos e a abracei de lado.
- Que lindo né? - ela me olhou.
- Muito, um lugar especial - beijei sua testa.
- Muito especial - abraçou meu pescoço.
- Só não é tão especial quanto você - beijei seu pescoço e ela subiu por cima de mim. Puxei suas pernas e as ajeitei entre meu corpo.
- Que bom que você vai ficar perto de mim - Eliane falou sussurrando entre os beijos em meu ombro.
- Você vai ter que aguentar minhas visitas - bati levemente em sua coxa e ela riu.
- Você sempre vai ser bem vindo - nos olhamos.
- Você pode cozinhar pra mim todos os dias - passou o dedo pelo meu rosto.
- Só pra isso que você me quer? - ela riu.
- Um dos motivos - ri ao ouvir.
- E quais os outros? - apertei sua barriga para fazer cócegas e ela empurrou meu ombro rindo.
- Ouvir você cantar... humm... me ajudar a decorar meus textos - pensou e ri.
- Você quer me escravizar dona Eliane? - mordi seu pescoço e ela gargalhou.
- Quero - sussurrou em meu ouvido.
- Mas eu vou te recompensar muito bem - apertou meus braços e a girei em um impulso, a fazendo cair na areia.
- Assim não - reclamou manhosa e subi por cima dela.
- É só pra te dar um beijo - esfreguei nossos lábios e nos beijamos. Eliane também me abraçou com as pernas e apertei as coxas dela.
- Chega - mordeu meus lábios.
- Por que? - apertei seu seio.
- Humm - arranhou minha nuca.
- Chega werner - riu e me empurrou. Cai deitado ao seu lado e ela levantou rapidamente.
- Não chega não - segurei seu pulso e tentei derrubá-la, mas ela riu e saiu correndo ao se soltar.
- Volta aqui, já é a segunda vez que você corre hoje - falei rindo e não foi difícil alcançá-la. A segurei por trás.
- Não acredito que você fugiu de mim de novo - a apertava e ela ria.
- Me solta - balançou as pernas quando a levantei.
- Werner não, está fria, por favor - começou a gritar quando viu que eu estava entrando no mar com ela.
- Você não quis mergulhar hoje cedo, mas agora vai - ela se debatia.
- Tô morrendo de frio, Werner - resmungou manhosa.
- Tá muito calor - respondi olhando a imensidão escura.
- Werner não - ela se virou e grudou em meu pescoço, mas foi inevitável, eu já havia entrado e a onda passou por nós. Nos molhando completamente.
- Ahhh - ela gritou e se agarrou em meu colo.
- Nem foi tão ruim - ri.
- Eu estou com frio - falou baixinho próximo a minha boca. Seu queixo tremia, segurei seu rosto.
- Você é linda - a beijei. Nossos corpos e nossa roupa ficaram totalmente molhados, sentia o gosto da sua pele salgada pela agua do mar, mas não parávamos de nos beijar. Alguns minutos depois, voltamos pra areia e nos sentamos.
- Você é louco e agora nossas roupas? - bateu em meu braço e ri.
- A gente pode tirar - a abracei e ela riu também.
- Você não existe - empurrou meu rosto de seu pescoço e nos olhamos. Sorri pra ela e passei o dedo polegar por sua bochecha. Em seguida arrumei seu cabelo pra trás.
- O que foi? - perguntou sorrindo.
- "Quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar, ai que bom que isso é meu deus que frio que me dá o encontro desse olhar" - cantarolei e vi seus olhos verdes brilharem. Ela me deu um selinho e voltei a cantar.
- "Meu amor juro por deus que a luz dos olhos meus já não pode esperar, quero a luz dos olhos teus na luz dos olhos meus sem mais la ra la ra" - passei o dedo por seus lábios e ela encostou a testa na minha.
- Werner... - chamou por mim.
- Sabe de uma coisa, Eliane? - a interrompi e nos encaramos outra vez.
- Eu te amo! - falei pela primeira vez e senti meu coração bater mais rápido. Ela agarrou meu pescoço e esfregou a boca na minha.
- Eu também Werner. Eu amo você - sua voz, seu olhar, estava claro que essas palavras eram verdadeiras. A agarrei e nos beijamos outra vez.
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