1. Spirit Fanfics >
  2. Contigo en la distancia >
  3. Entre o coração e a razão

História Contigo en la distancia - Entre o coração e a razão


Escrita por: Valentinas1782

Notas do Autor


Olá meninas, como de costume o último capítulo sempre é feito um agradecimento especial a todas que ajudaram a escrever essa fanfic.

ValentinaEli
Senhora mia
Merceditas - obrigada pela ajuda nos primeiros capítulos
E especialmente a Fanficdevelhos, obrigado por entrar nesse grupo já tarde e ter ajudado de forma fantástica, o grupo das Valentinas ficou muito grato em ter você.

E o agradecimento primordial as leitoras, sim vocês meninas, com as visualizações e comentários ajudam MUITO , não é fácil fazer uma fanfic e muito menos quando se tem um compromisso com a realidade, agradecemos de coração a cada uma de vocês.

Desculpa a demora, estamos postando um capítulo a cada semana, mas esse festival de gramado, deixou todo mundo louco, infelizmente a nossa expectativa, acredito que a de vocês também não tenha sido suprida, o nosso casal, estavam no mesmo ambiente depois de 10 longos anos, e não temos nenhuma foto de recordação, sem falar que um sumia enquanto o outro estava no palco, enfim deixa quieto isso kkkk...

Um grande abraço meninas e boa leitura ! 😘

Capítulo 16 - Entre o coração e a razão


Fanfic / Fanfiction Contigo en la distancia - Entre o coração e a razão

Narrado por Eliane Giardini

 

 

Ficamos alí na areia abraçados um ao outro, apenas sentindo a brisa do mar colidir em nossos corpos. Eu estava sentada entre suas pernas e ele envolvia-me com seus braços quentes e fortes. Não tivemos necessidade de falar muita coisa depois de confessarmos nossos sentimentos, apenas aquietamos e absorvemos as revelações. Eu estava em paz, e definitivamente Werner era o homem que havia conquistado todo o meu afeto.

- Fica esta noite comigo - inclinei meu corpo de lado e o encarei. Ele me olhou e fez carinho em meu rosto, me pareceu um tanto pensativo.

- Fico, uruguaiana - disse em sussurros, por fim e nos levantamos. Sacudimos as roupas sujas pela areia e seguimos para a minha casa. Assim que chegamos, tirei a rasteirinha e a deixei de lado mesmo. Joguei a bolsa em cima do sofá e girei meu corpo com os braços abertos no meio da sala, como quem se sente leve, feliz. Senti minha cintura ser abraçada gostosamente e virei meu corpo, ficando de frente para ele. Não precisei dizer nada, pois de maneira rápida, meu lábios foram roubados num beijo ardente e apaixonante. A sensação que eu tinha era a de que estávamos descobrindo algo que estava escondido em nós, mesmo estando juntos durante esse tempo. Nossas línguas lutavam por espaço e ele gemeu quando repuxei seu lábio inferior, deixando-o preso entre meus dentes.

- Você está mais linda hoje - me apertou contra ele e sussurrou em meu ouvido.

- Você também - sorri e acariciei sua barba.

- Vamos tomar um banho? - convidei ao ver seu olhar desejoso por mim.

- Hurum - disse contra a pele entre meu pescoço e o ombro, onde chupou com intensidade arrancando de mim um gemido sonoramente excitante. Fiquei de costas para ele e começamos a andar em direção ao pavimento superior de minha residência. Ele se esfregava e mordicava faminto minha nuca. Apalpava meus seios e respirava ofegante em meu ouvido.

- Tão linda - falou rouco e sensual quando adentramos à porta de meu quarto. Puxou a barra de minha blusa para cima e a tirou pelos meus braços. Abri o fecho de meu sutiã na parte frontal e logo senti a textura de suas mãos em mim. Ele mesmo tirou a própria camisa, enquanto eu buscava desesperada me livrar da calça jeans que apertavam minhas pernas. Werner me impressou contra a pia de mármore do banheiro e desci o zíper de sua calça, minha mão logo adentrou à cueca box preta e percebi o quanto ele estava eufórico. Seu membro duro e quente deslizava facilmente com meus movimentos e molhava aos poucos em minhas mãos. O tecido jeans caiu em seus pés e fiz questão de descer a cueca até tirá-la por completo, o olhei de baixo pra cima e foi irresistível seus olhos maliciosos sobre mim, abocanhei seu membro com maestria fazendo com que ele soltasse um ruído de satisfação.

- Aahh - me apoiava em suas coxas e arranhava as laterais de suas pernas. Apertava sua bunda para senti-lo entrar mais fundo em minha boca. Era delicioso demais provar do gosto dele. Ao mesmo tempo em que movimentava seu membro, eu devorava a ponta e em seguida, sugava a mesma com se fosse um doce. Uma de suas mãos estava apoiada na pia e a outra, tratava de emaranhar-se em meus cabelos.

- Isso Eliane... Só você faz gostoso assim - choramingou as palavras e sorri chupando-o mais uma vez. Aumentei o ritmo e ele já se movimentava como se estivesse penetrando a minha boca. Seus lamurios ecoavam pelo banheiro e eu me deleitava com isso. Mas cessei as carícias quendo ele me levantou rapidamente e me encurralou para dentro do box.

- Você me enlouquece - esmagavamos nossos corpos e a parede gelada atrás de mim só foi aliviada quando ele ligou o chuveiro, deixando o líquido morno cair sobre nós.

- Agora você é só meu, vou te deixar louco todos os dias - declarei quando meu corpo foi erguido do chão e acabei circundando sua cintura com minhas pernas. Gemi alto ao sentir seu membro rígido ser esfregado contra minha Intimidade encharcada, que por sinal, mesmo com a água morna do chuveiro, escorria por minhas pernas. Cravei as unhas em sua nuca e encostei minha testa na dele.

- Não me tortura Werner, mostra logo o quanto você me ama - seus olhos azuis tornaram-se cinza escuro pelo desejo. Ele soltou a mão de seu sexo e firmou meu queixo, ficando nossos olhos.

- Amo você, Eliane. O teu corpo, o teu gosto... Esse sorriso que não consigo mais ficar sem - ele confessava e me penetrava lentamente. Abri a boca, porém não emiti nenhum som.

- Os teus olhos me hipnotizam, eu quero olhar para eles todos os dias. Quero te pegar gostoso assim, sem pressa ou preocupações porque eu amo você - eu apertava meus seios e o encarava com arrepios descomunais percorrendo meu corpo. Quando entrou por completo, sorri de satisfação por tê-lo comigo. Ele afundou os dedos em meus quadris e passou e se movimentar intensamente dentro de mim. A água lavava nossos corpos e esquentava ainda mais nosso ato. Eu repuxava seus cabelos na tentativa de aguentar a excitação entre minhas pernas, ele fazia de mim o que bem entendia e de maneira fácil me equilibrava suspensa na parede. Werner forçava seu membro cada segundo mais fundo e eu girava a cabeça de um lado para o outro alucinada, tudo em mim estava quente quando ele passou a se deliciar com meus seios, eu sabia que não ia suportar por muito tempo.

- Gostosa demais, uma delícia - falava malicioso e mordiscava os bicos durinhos. Eu não conseguia pronunciar mais nada, minhas pernas já adormeciam e em sintonia, passamos a respirar pesadamente. Eu sentia os dentes dele em minha carne, chupava meu pescoço, delineava o lóbulo de minha orelha com sua língua e mordia meu queixo, minha bochecha. Adorava o jeito como ele fazia e me sentia cada dia mais desejada por ele. Assim que sua mão direita desceu para o ponto de prazer, consegui falar.

- Humm Werner, eu adoro assim - sussurrei contra sua boca e nos beijamos mais uma vez. Ele fazia dois movimentos ao mesmo tempo só para me ensandecer. Já estávamos desesperados bastou friccionar meu ponto fraco com mais força que não pude me conter.

- Aahh - apertei sua punho e gozei prazerosamente. Eu me contorcia em seus braços, mas ele não parava e suas feições de excitação por meu gozo trouxeram ainda mais delírio. Ele deu mais algumas estocadas e foi possível sentir seu jato dentro mim.

- Oohh - ele gemeu rouco por longos segundos olhando compenetrado dentro dos meus olhos. Mordia o próprio lábio derramando-se de maneira deliciosa. Uma parte de seu liquido escapa pela lateral de minhas pernas e Werner deitou a cabeça entre meus seios buscando controlar a respiração. Ele ainda apertava meu corpo pelo frisson que acabara de sentir e eu o abraçava com firmeza e paixão. Quando conseguimos recuperar um pouco de nossa energia, ele me colocou no chão e entramos em baixo do chuveiro. Ele ficou por trás de mim e passou o sabonete líquido por toda a extensão do meu corpo. Fiz o mesmo com ele e restante do banho foi mais calmo. Sorrimos mesmo sem dizer nada e finalizamos a ducha.

 

Narrado por Werner Schünemann

 

Meus pensamentos eram todos dela, eu só queria estar onde ela estivesse e não via a hora de me estabelecer definitivamente em meu novo apartamento para que pudéssemos nos ver sem impedimentos, sem ter que se esconder de ninguém. Estava feliz porque esses dias de liberdade estavam chegando e eu poderia sair com ela sem medo de ser visto. Andar de mãos dadas e viajar de problema algum.

- Acho que deixei umas roupas minhas aqui - falei ainda enrolado da cintura para baixo numa toalha branca.

- Deixou mesmo, pega alí no closet, estão separadas - peguei apenas a cueca e por cima, fiquei com o hobby que ela havia me emprestado. Eliane colocou uma camisola de seda vermelha e uma pequena calcinha que ficava escondida em seu bumbum largo. Ela estava sentada de frente para a penteadeira e amassava os cachos de seus cabelos com destreza, jogava de um lado para outro e eu amava ver aquilo. O cuidado que tinha ao perfumar o corpo e a forma delicada com que fazia. Eliane era verdadeiramente uma dama. Uma mulher maravilhosa que dava orgulho de admirar. Como eu era sortudo por tê-la comigo. Farei de tudo para lhe dar as maiores felicidades.

- Tô com fome, sabia? - ela veio engatinhando na cama, abriu o hobby e beijou meu corpo desde as coxas, de onde subiu mordiscando até chegar em minha boca.

- Eu também. O que você vai oferecer para o seu hóspede hoje? - ela gargalhou tímida ao ouvir.

- Vamos lá embaixo comigo, a gente vê o que faz - falou sexy e a acompanhei. Já na vizinha, pegamos pão integral, peito de peru, queijo branco e algumas laranjas para fazer um suco. Enquanto ela montava o sanduíche eu cortava as laranjas. E o mais incrível é que na casa de Eliane, na presença que se fazia tão profunda, eu me sentia realmente o homem dela. Alguém em quem ela confia e se entrega. Sentei ao seu lado na bancada e comemos.

- Como está o assunto do apartamento? - perguntou após tomar um gole de suco.

- Só falta assinar a última papelada e pegar a chave - ela abriu um largo sorriso.

- Na semana que vem quero te levar lá, você é minha decoradora de plantão - rimos juntos.

- Vou adorar - fiquei feliz pela alegria dela.

- Eu quero uma cama bem espaçosa e macia, Werner, pra quando eu for te visitar - apontou intimando.

- Você escolhe a cama, senhora minha - dei a ela carta branca.

- No dia em que eu for comprar os móveis você vai junto e escolhi as coisas que você quer - me olhou diferente quando falei.

- Eu sou exigente, general - assenti positivo.

- Eu sei, adoro quando você é mandona e exigente - apertei sua coxa direita.

- Você vai me visitar todos os dias - inclinei-me em sua direção e ficamos com nossos rostos próximos.

- Vou - afirmou com seus grandes olhos verdes a me fitar.

- Vou cuidar de você - disse umedecendo os lábios com a língua.

- Eu quero que o apartamento tenha a sua cara, o seu cheiro no ar, seus toques femininos - subi a mão por sua cintura e depois aténseu seio.

- Ah, bem que nós podíamos sair com o Rio Grande e passar pelo litoral carioca, depois quem sabe por outros lugares - ela tinha ideias e gostos muito semelhantes ao meu e isso né completava.

- Só que para viajarmos pelo litoral brasileiro vamos precisar de um veleiro. Há muito tempo eu já pensava nessa ideia e minha maior vontade é de comprar um - tomei o último gole do meu suco.

- E só há um nome com o qual irei batizá-lo - falei convicto e ela pensou em qual seria.

- E como vai se chamar? O barco é Rio Grande, o veleiro então vai ser Petrópolis, nosso cantinho - sorri com a ideia.

- É uma ótima ideia, mas não é esse o nome - arqueei a sombrancelha esquerda.

- Então qual vai ser? - indagou curiosa.

- O veleiro vai chamar Eliane - vi seus olhos brilharem com o anúncio, ela me abraçou e beijou várias vezes meu rosto e minha boca.

- Que linda homenagem, é uma honra - assenti.

- Vai ser meu presente para você - ela ficou encabulada.

- Mas já faz a surpresa da casa - concordei.

- A casa marca os nossas momentos íntimos ainda na tribulação, mas o Eliane vai marcar a nossa liberdade - nos abraçamos.

- Viva o Eliane! - ela bradou.

- Viva o Eliane! Viva o nosso futuro! - dei-lhe um selinho demorado e terminamos de arrumar as coisas. Conversamos amenidades e rimos ao relembrar de alguns fatos recentes e também gargalhamos muito ao relembrarmos os erros de gravação da novela. Após esse momento de descontração fomos para o quarto e deitamos na cama.

- Tô cansada - reclamou baixinho e a puxei para deitar em cima de mim. Fiz massagem em suas costas e afaguei as laterais de seu corpo.

- Que massagem boa - falou manhosa e subi as mãos até seu ombro. Apertei sentindo sua tensão muscular e aliviei um pouco. Massageei suas temporas e terminei por fazer cafuné.

- Por que o amor nos deixa assim, Werner? - indagou erguendo a cabeça para me olhar. Entrelaçou as mãos e apoiou o queixo em cima delas.

- Assim como? - perguntei sorrindo.

- Assim... Um tanto bobos - deixou o lábio inferior preso entre os dentes e brinquei com seus cachos.

- Por que nos faz bem, nos deixa felizes. Leves - ela retribuiu soltando um beijo no ar.

- Eu gosto de sentir isso por você - sua pele do rosto enrubesceu.

- Eu também, Eliane... Gosto de demais - ela roçou o rosto no meu e nos olhamos.

- Eliane - chamei por ela. Deixei a face mais séria e contei algumas notícias.

- Hum - balbuciou.

- A Tânia e as crianças partem para o Rio Grande do Sul amanhã - suas pupilas dilataram-se e saiu de cima de mim.

- Nossa, pensei que fosse demorar mais um pouco. Como você está? - indagou um pouco cabisbaixa e receosa por minha resposta.

- A viagem foi antecipada, não era exatamente pra agora, mas acharam melhor assim - me ajeitei na cama e sentamos encostados na cabeceira. Entrelaçamos as mãos e continuamos a conversa.

- Ela já sabe que você vai ficar? - questionou. Pensei em contar que Tânia já sabia de nós, mas para não causar transtorno ou uma reação enfurecida, preferi não contar. Fiz isso para protegê-la.

- Ela sabe que nosso casamento já não vinga mais. Tivemos uma longa conversa e amanhã direi a ela que não posso ir, que vou ficar aqui no Rio. É o momento da minha decisão. Da minha escolha definitiva - toquei o rosto dela ao dizer.

- Como ela reagiu? - fez nova pergunta.

- A Tânia e eu Eliane, de uns anos pra cá, mudamos a nossa forma de nos relacionar. Conto no dedo as discussões que tivemos por conta de ciúme. Praticamente zero. Sempre optamos mais pela conversa e o jogo aberto. Sem cobranças, sem choro ou o que quer que seja. No fundo ela sabe que tenho uma decisão a tomar. E que ela vai ter que seguir em frente. Por que é assim que a vida é. Não vamos ser inimigos um do outro, mas meu afeto e amor moram em outra pessoa e é com ela que eu escolhi ficar. Amanhã só vou desatar o laço, quero ficar livre pra você - ela me abraçou de lado e suspirou.

- Sabe, Werner... Olhando para a época em que nos conhecemos eu só consigo lembrar da última coisa que disse pra mim antes de nos despedimos. Que o que aconteceu entre nós é coisa de alma. Quem diria que estaríamos aqui agora? - fiz sinal de positivo com a cabeça.

- É que as coisas acontecem no momento certo, Eliane. Agora é a nossa vez e eu não vou perder isso por nada nesse mundo. Nós passamos por muitas coisa, chegou a hora de resolvermos tudo. Minha decisão é lógica e clara. É no Rio de Janeiro e com você que quero ficar - ela me puxou para deitar e entrelaçamos nossas pernas também. Puxamos as coberturas para o nosso corpo e estiquei o braço para apagar a luz do abajur. Mesmo no escuro não cessamos o papo.

- E as crianças? - indagou com preocupação.

- Meus filhos estão na idade de descobrir o mundo, querem independência. Já sabem que nem tudo é do jeito que eles querem. Mas Eliane, os pais são para a vida toda, eles nunca deixarão de ter meu apoio. Só que não posso mais ficar com a mãe deles - ditei com exatidão e por alguns minutos, silenciamos.

- Está apreensiva - afirmei baixinho acariciando a maçã de seu rosto alvo.

- Não estou, é que são grandes acontecimentos. Finalmente você disse que me ama e amanhã mesmo vai deixar a sua família. É uma notícia séria - a olhei compreensivo.

- Não é uma decisão fácil, mas estou seguro e convicto do que quero. Não volto atrás. Não tenho motivos para apagar tudo o que vivi com usted, uruguaiana. Estou decidido a ficar com usted, senhora minha. Você me quer tanto quanto eu te quero? - ela sorriu lembrando a fala de meu personagem.

- Desde de que te conheci, eu não soube o que é querer outro homem. Mesmo longe, acho que meu inconsciente dizia isso. E no fundo, meu coração também - nos aconchegante mais e ficamos alí, fazendo carinho. Contando as horas para a último ato antes de minha liberdade. Antes de estar livre para Eliane. Em poucos tempo nos dormimos agarrados um ao outro.

Assim que acordei, quase dei um pulo da cama ao ver a hora, o relógio já marcava oito horas. Aí me remexer na cama, relaxando os músculos de meu corpo, acabei acordando Eliane.

- Que coisa boa acordar com você aqui - aconchegou-se ao meu corpo e beijou meu peitoral.

- É uma delícia, quero isso mais vezes - confessei e subi por cima dela - rocei minha barba por seu pescoço e ela riu.

- Para! - riu mais alto com as cócegas e me diverti com ela.

- Eu não posso demorar muito hoje - lembrei do assunto importante.

- Então vamos levantar rapidinho, aí da tempo de tomar café comigo - selou nossos lábios e fomos direto para o banheiro, entre toques e mais beijos demoramos mais do que devíamos, mas finalizamos o banho e nos arrumamo. Fizemos um café rápido e sentamos para apreciar a refeição.

- Hoje a noite te levar a um restaurante - falei e ela se animou. Depois ficou pensativa.

- Assim em público? Não acha melhor aqui em casa? É muito cedo para nos expormos assim - pensei melhor.

- É, você tem razão. Não vejo a hora de tudo isso se resolver. Mas nada impediria de sairmos como amigos - comentei.

- Não te quero assim, agora usted é muito mais que um amigo - foi enfática, porém sua voz saiu doce.

- Eu sei, sou o seu amor, mas não deixo de ser o seu melhor amigo - sorriu esbanjando beleza.

- "O meu amor melhor amigo é o meu amor" - beijei o dorso de sua mão que repousava sobre a mesa ao ouvir a frase da música.

- Linda! - elogiei e terminamos de tomar o café da manhã. Peguei minhas coisas e estava prestes a me despedir dela.

- Eu te ligo assim que tudo se resolver - beijei sua fronte e ela me levou até a porta.

- Estou com pensamentos positivos - me abraçou tão forte que quase não nos largamos.

- Até breve, minha Eliane - selei nossos lábios.

- Até daqui a pouco, amor - caminhei em direção ao meu carro e acenei para ela. Não tardou para eu estar a caminha de casa. Tomando coragem para dizer tudo à Tânia. Meu coração pulsava por Eliane e certamente ele é a melhor decisão que vou tomar na vida. Minutos depois, manobrei o carro em minha rua e vi o caminhão de mudanças estacionado em frente à casa. Parei o carro é desci do mesmo. Respirei fundo e entrei em casa. Apesar de ver as caixas e tudo sendo levado eu estava feliz por tudo o que passei com Eliane, mas meu sorriso se desfez ao olhar animação dos meus filhos, o último caminhão estava perto sair, a Dagui veio em minha direção com uma mala cheia de coisas.

- Finalmente, né pai? - a olhei confuso.

- Mamãe disse que o senhor saiu para caminhar cedo, estamos cheio de coisas para fazer, sem falar que o nosso voo é daqui a pouco - disse eufórica.

- Vou ajudar! - sorri sem mostrar os dentes, peguei as malas da Tânia, das crianças e coloquei no carro, enquanto isso, Arthur ficou conversando comigo.

- A gente bem que podia fazer aquele passeio para uruguaiana, ficamos de fazer a tanto tempo, mas agora que o senhor não vai fazer novela agora, temos tempo - olhei para ele com cuidado.

- Vamos sim, aproveitamos e viajamos para o Uruguai - ele sorriu entusiasmado.

- Pai, eu posso te perguntar uma coisa ? - terminamos de colocar tudo no carro e fechei a mala.

- O que quiser - fiquei de frente para ele.

- Porque o senhor não vai pegar o mesmo avião que a gente? O senhor não vai voltar? - essas perguntas me destruíram por dentro, respirei fundo.

- Eu irei para Porto Alegre e a gente vai sair como combinado, só não irei pegar esse voo - respondi e continuamos a conversa, minutos depois a Dagui também se juntou à nós, até que Tânia me chamou.

- Oi - falei ao entrar em casa.

- Werner, os meninos esqueceram de comprar algumas coisas, vou deixar aqui anotado e você compra e depois leva - ela falou como se não estivesse acontecendo nada.

- Tânia, a gente precisa conversar, eu não passei a noite em casa e... - ela interrompeu e me olhou de lado.

- Eu sei onde você estava e o que está pensando, mas também sei que tomou a decisão certa - ela veio em minha direção e me deu um abraço apertado e sussurrou em meu ouvido.

- Eu ainda te amo - as crianças entraram na sala.

- Ah, eu também quero um abraço - a Dagui falou brincalhona e o Arthur se juntou, nos abraçamos por longos segundos.

- Agora precisamos ir para não perder o voo - os meninos se afastaram e acenaram para mim, dando tchau. Tânia me olhou e eu a encarei, parecia que estávamos conversando pelo olhar.

- Adeus Werner - mandou um beijo no ar.

 

Narrador por Eliane Giardini

 

Eu estava tão impolgada, uma energia descomunal pairava sobre mim. Arrumei toda a casa, coloquei um cd no aparelho de som e fui cantarolando. Ajeitei tudo casa para recebe-lo, forrei a cama com lençóis novos e sobre ela coloquei uma linda rosa. Fui para cozinha e coloquei uma bebida na geladeira, procurei uma roupa no closet e uma lingerie, deixei o que havia escolhido em cima dá cama e resolvi tomar um banho e acabei me distraindo, cantando alegremente "Olha você tem todas as coisas que um dia eu sonhei para mim, a cabeça cheia de problemas, não importa, eu gosto mesmo assim." Enquanto passando o shampoo lembrei nele a todo estante, eu estava muito feliz. Até me assustei com tamanha euforia. Assim que saí do banho, olhei para roupa que tinha escolhido e tive uma ideia melhor, coloquei outra roupa qualquer e fui para o shopping. Dirigi tão serena e cheia de planos. Pensava em tudo que Werner e eu ainda tínhamos pela frente e era nítido um sorriso largo em meu rosto. Entrei numa loja e comprei um belo vestido, em seguida me dirigi a uma agência de viagens e fiz um pacote de para duas pessoas para Buenos Aires. Eu queria fazer uma surpresa para ele, essa viagem vai marcar o início de um novo tempo. Tudo será novo como o cheiro das flores brotando no meu jardim. Nada será melhor do que andar com ele para todos os lugares e poder beijá-lo quando eu quiser e dizer a ele coisas que jamais disse a homem nenhum, nem mesmo para meu ex marido. Na volta para casa eu estava plena. O ar entrava em meus pulmões e me presencia com vitalidade, força. Apenas esperar, eu tudo o que eu podia fazer, porque assim que ele bater em minha porta tenho que estar pronta para chamá-lo de meu. Meu Werner.

Quando cheguei em casa, coloquei o meu vestido na cama e fui almoçar, quando comecei a comer, escutei o som do interfone, eu sabia que era ele. Tive certeza mesmo ser vê-lo. Não deu tempo de colocar a roupa, apenas corri para o banheiro do andar de baixo, arrumei o cabelo, deixando os cachos bem soltos como ele gostava. Passei um pouco do perfume que ele adora e escutei o som da campanhia insistente, fui correndo para a porta. Ao abrir a mesma, ele estava bem arrumado como sempre, com uma rosa e carta junto, ele estendeu a mão me entregando e eu puxei seu braço, trazendo-o para dentro das casa e nos abraçamos, finalmente.

- Você não sabe o quanto eu te esperei - falei eufórica.

- Vem ver o que eu preparei no quarto - ele me puxou, fazendo nossos corpos colidirem e me beijou, depois me abraçou forte, muito mais do qualquer outra vez, deixando-me fiquei confusa.

- Eli - o seu semblante era triste, e foi quando eu entendi, eram os filhos e o fim do casamento

- A situação foi e é difícil - eu passei a mão no rosto e ele sorriu de lado para mim.

- E como foi? Ela vai voltar para Porto Alegre - ele abaixou cabeça, me deu rosa e a peguei.

- Vai sim, ainda hoje - ele falou de cabeça baixa, relutou em me olhar.

- Eu imagino a situação - acariciei o seu rosto e o levantei.

- E as crianças? - ele levantou a cabeça e olhou para mim, acariciando os meus cabelos.

- Estão bem, quando eu cheguei em casa, estava tudo sendo empacotado, tudo será levado para Porto Alegre - a sua respiração tava pesada ele segurou a minha mão e os meus olhos ficaram vermelhos, involuntariamente uma lágrima caiu na hora. Paralisei, pois meu coração ditava coisas estranhas que eu não queria decifrar.

- E você também vai? - do fundo do meu coração, tomei coragem e perguntei, ele me encarou apenas.

- Eu não sei como as coisas chegaram a esse ponto, eu te amo... - interrompi.

- Você vai embora, não é? - as lágrimas começaram a cair e não tive mais controle sobre elas, comecei a ficar agitada.

- Eu estou aqui, Eli - ele me olhou e também estava chorando, me segurou intensamente pelos ombros.

- Sim você está - me afastei.

- Mas está aqui para dizer que vai embora, que essa foi a última rosa, não é? - ele chorou de forma dolorida, veio em minha direção e quando me tocou eu não consegui mais me conter, as lágrimas caiam pesadas por meu rosto e o meu corpo tremia por inteiro. Ele me abraçou, me agarrei em seu corpo para não cair e quando ele me envolveu com os seus braços, senti o seu cheiro e não consegui acreditar que essa seria última vez. Enquanto eu me afastava, as promessas e os planos que fizermos passavam na minha cabeça, encarei e olhei em seus olhos que estavam vermelhos.

- Então o barco, as promessas - solucei.

- Eram tudo mentira? Uma ilusão? - ele segurava a minha mão e balançava a cabeça negativamente e eu o apertei.

- Petrópolis fazia parte de algum esquema para me envolver? - soltei suas mãos.

- O que foi eu fiz para você me tratar assim? - respirei entre os soluços sufocantes. Todo o meu corpo doía.

- Eu pensei que haveria um pouco mais de amor, guardei cada bilhete, cada verso das notas das canções que tocava pra mim, toda ternura que eu te dei, ninguém vai te ofertar - ele chorava e me encarava desesperado.

- Ninguém, Werner! - enfatizei entrecortando as palavras.

- Nada foi uma mentira. nada! Tudo que eu te dei e tudo que eu sinto é verdade, eu estava certo em acabar com tudo hoje com a Tânia, mas os meus filhos... - ele respirou.

- Foram tantos anos de casamento, é difícil para mim - seu rosto estava demasiadamente vermelho.

- Você sempre soube que seria difícil, mas decidiu insistir - ele me tocou e tentou se aproximar.

- Não! Nunca mais toque em mim, você não sabe o que estou sentindo agora - comecei a chorar compulsivamente e a frase quase não saia audível, pois abafada pelo choro.

- Porque Werner? - ele me olhava mais perdido do que eu, buscando repostas para essa situação.

- Eli, eu queria dizer que... - interrompi mais uma vez.

- Não diz nada - respirei fundo.

- Não fala mais nada, as suas palavras, me iludiram muito, Werner. Você fez a sua escolha, volte para sua família e me deixe sozinha. Quero que você seja bem feliz junto dela - ele tentou me segurar e me afastei, indo em direção à porta e abri.

- Vai Werner, siga o seu caminho - ele me olhou, as lágrimas banharam o seu rosto e antes dele ir embora tentou dizer mais alguma coisa.

- Eu não planejei nada, mas tudo aconteceu e foi crescendo e me absorvendo e me vi assim, completamente seu, mas a Tânia e as crianças... - ele tentava justificar e eu interrompi pela terceira vez

- Não vê, que essa despedida me destrói, que suas palavras me deixam angustiada. Fizemos promessas, Werner, planos, não foi um caso, pelo menos pra mim - minhas palavras saiam com tom de indignação.

- Pra mim também não foi, eu vi um grande amor gritar dentro de mim, como eu sonhei um dia - ele buscava se aproximar e eu não deixava.

- Mas agora você está deixando todo esse amor para atrás, você fez a sua escolha, não tenho raiva. Eu só quero que você se encontre - ele foi falar mais uma vez.

- Já chega, Werner, siga o seu caminho - abri a porta e esperei que ele saísse. Quando ele passou por mim, parando do lado de fora da casa, Seu cheiro ficou preso à minha roupa e vi sua imagem sumindo à medida em que fechava a porta. Depois de fechar por completo e de sua imagem desaparecer diante de mim e definitivamente da minha vida,

uma dor descomunal me contaminou de maneira severa. Já sem forças, minhas costas deslizaram pela madeira da porta e caí no chão, lembrando dos nossos planos. Fiquei chorando por longos minutos até que criei forças para me levantar e fui para o quarto. Vi a rosa em cima da cama e no impulso da raiva, peguei todas as rosas e amassei em minhas mãos, minha cama ficou manchada por elas, joguei no chão os bilhetes que estavam espalhados sobre a cama, mas não tive coragem de rasgar. Doentiamente, reli alguns deles varias vezes e relembrei dos momentos que passamos. Peguei a sua última carta, com sofreguidão e com os olhos inchados de chorar, li arrebentando a minha alma.

“Uruguaiana,

Fiz essa última carta como forma de lembrança de tudo que a gente passou, nesse momento você deve estar com muita raiva de mim, mas espero que em algum momento você possa me perdoar. Nada que tive com você, eu consegui compartilhar com outro alguém, mas você deve se perguntar o motivo de ter terminado assim... Bom uruguaiana, os meus filhos, foi a principal razão, vou partir por causa deles, mas o meu coração ficou no Rio, você sempre terá a melhor parte de mim.

Besos! Mi amor.”


Notas Finais


Eu sei que devem tá se perguntando " Porque eles não ficaram juntos?"

Meninas, na vida real o Werner continuou com Tânia, então não poderia ser diferente o final, lembrando que fazemos uma ficção com traços de realidade, mas não se preocupe, teremos uma TERCEIRA TEMPORADA!

Nessa terceira temporada teremos elementos do cotidiano deles, as redes sociais vai ser a base disso tudo, e sim vamos construir esse romance embasado nas últimas duas temporadas e daremos um suposto final com a Eliane e o Werner com a idade e a vida que eles levam hoje, então nos aguarde, iremos voltar em breve e dessa vez não vamos demorar tanto.

Um beijo grande das Valentinas!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...