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História Contos de Amor da Família Weasley - Dominique Isabelle Weasley- parte II


Escrita por: AnaLannister

Notas do Autor


Hey! Eu disse que postava até quarta passada, mas tive problemas (vulgo nota baixa em desenho geométrico e outros). PORÉM, eu to aqui. É isso que vale, né? Não? Ok

Espero que gostem. Tudo o que não estiver óbvio no capítulo, eu vou explicar nas notas finais. Comentem! Beijosss

Capítulo 7 - Dominique Isabelle Weasley- parte II


Fanfic / Fanfiction Contos de Amor da Família Weasley - Dominique Isabelle Weasley- parte II

PARTE II

 

Ben apenas parecia intimidado, mas se manteve quieto. Chelsea ficou vermelha e eu voltei a conversar normalmente com Savanna. 

Eu não disse o nome Chelsea por três anos. Não a via nos corredores, nas aulas e nem nas refeições. Não nos conhecíamos mais. 

O quarto ano acabou relativamente bem. Eu já estava superando Ben e tinha novas – e muito melhores – amigas, que me apoiavam e ajudavam. Foi quando, na Seleção dos alunos menos, no quinto ano, ele apareceu beijando Mia. Meu rosto não ferveu, não fiquei irritada ou gritei. Nada disso. Eu não estava com raiva, mas sim, triste. Decepcionada. Por algum motivo, uma parte de mim não queria vê-lo com mais ninguém, muito menos feliz com isso. 

Savanna, que sempre comeu pouco, pegou outro pedaço de carne. 

– Desculpe – sussurrou. – Eu devia ter contado. 

– Contado o quê? – perguntei. 

Ela foi direto ao ponto.

– Eles estão namorando sério desde o Acampamento da sua irmã. Peguei-os conversando sobre isso perto do lago. 

Respirei fundo. Minha garganta se fechou e eu fechei os olhos para o caso de eles lacrimejarem. Eu estava bem até ali. Por que algo sempre tinha que dar errado? 

Então, Holland e Dylan disseram que podíamos ir na festa de início de ano dos quintanistas. Afinal, nós éramos quintanistas e populares. 

Fomos relativamente rápidas, se considerarmos que éramos quatro e nem fazíamos ideia do que queríamos vestir. Eu fora para o quarto delas naquele ano, já que Jenna Hills, que dividia quarto comigo e outra menina, se tornara monitora e ganhara um quarto próprio. Abrimos o malão expandido ilicitamente de Savanna e fomos pegando roupas aleatórias. Peguei um suéter fino cinza, shorts pretos, um par de meias pretas altas e coturnos de salto grosso. Dobrei as mangas do suéter, deixei-o com mais caimento e arrumei meu cabelo. Fui com a maquiagem que estava, apenas reforçando meus cílios enormes e pretos por causa da máscara. Nada mal para vinte minutos. 

Gostaria de poder dizer que a festa foi boa, mas nã foi. Há dois anos, eu diria que foi maravilhosa. Porém, eu não tinha mais 13 anos. Ressentida ao ver Ben e Mia do outro lado da sala durante a festa, fiquei com qualquer pessoa que apareceu a minha frente. No final, nada valeu a pena. Não faria Ben gostar de mim novamente. Não faria Chelsea voltar a ser minha melhor amiga. 

Voltei para o quarto sem qualquer perspectiva de dormir feliz. As meninas tentaram me animar, mas nada. Até que Savanna chegou com quatro coisas em uma sacola, quando Holland e Dylan já dormiam. 

– Não queria mostrar isso na frente delas – falou, tirando os objetos da sacola.

O primeiro era um pote de sorvete, e o segundo era uma colher. Ela sorriu sincera e fez sinal para que eu comesse. Então, tirou os outros dois. 

– Isqueiro e… isso é cocaína? – sussurrei. 

– É – respondeu. – Eu só uso em caso de emergência, e você também vai usar. Agora é emergência. De verdade, Nique. Eu aprendi a me controlar e não sei se você pode fazer o mesmo. Sabe usar? 

– Acho que sim – disse. 

Receosa, fiz o que via os trouxas fazerem nos filmes. A sensação era estranha, mas boa. 

Então, ela murmurou algo com a varinha em punho. Lendo minha mente, explicou:

– Feitiço. Faz o ar circular. Holly tem asma e passaria muito mal se respirasse isso. O ar sai pela janela aberta e entra um novo, limpo e bom. 

Parece clichê assim como tudo que eu faço, mas aquela fumaça levava consigo minha mágoa. Terminem o sorvete, ficando um tempo na cama antes de dormir. O dia seguinte seria um novo dia. 

Sonhei com aquela sensação. Queria aquilo novamente. Quando Savanna foi para o Salão Principal, eu disse que ficaria para pegar meu livro de Transfiguração que estava no malão. Então, procurei por toda sua cama, malão e cabeceira. A caixa com a droga distribuída em potinhos estava na última gaveta, a que ficava trancada. Com um grampo de cabelo, destranquei-a e peguei dois. 

Depois de um tempo, eu não pegava mais dois. Eu comprava vários com Kemmet Lincoln, da Corvinal. As meninas não percebiam. 

Ver Ben e Mia me dava vontade de vomitar. Eu pegava um pouquinho e ía para o canto mais afastado e isolado de todos nos jardins. Acendia com a varinha e ficava quanto tempo precisasse. Faltava algumas aulas, que começavam a se tornar muito importantes para os NOMs no fim do ano. Perdia algumas refeições. 

And it's all fun and games 'till somebody 
falls in love
But you already bought a ticket and there is no turning back now

(Caroussel– Melanie Martinez)

Não havia volta. Meus olhos pareciam sempre mais carregados para esconder as olheiras. Lápis e sombra pretos se tornaram bons amigos. 

– Tudo bem, Nique? – Savanna perguntou, preocupada, no almoço. – Está comendo pouco. Está dormindo pouco. E tem duas trouxinhas faltando na minha gaveta. Eu sei que foi você. 

– Eu não…

– Precisamos ter uma conversa séria – disse. – Definitivamente. 

Vamos para uma sala vazia, e ela me obrigou a comer pelo menos um bolinho de sobremesa. 

– Não me interrompa, por favor. Tudo que vou falar é muito sério – mandou. – Não se deve dizer a um viciado que ele é viciado, porque ele não compreende. Porém, você ainda não se tornou uma completa viciada. Mais um pouco e talvez se torne. Ainda tenho certeza de que posso te salvar. Não devia ter te dado aquilo. Eu sou diferente. Já aprendi a controlar tudo que pode me fazer virar uma completa viciada. Mas você não, e não tem culpa. Só precisa parar de se drogar. Está acabando com a sua vida. 

(...)

Depois disso, eu empurrei Savanna e deixei-a lá, espantada. Sentei em um corredor e apenas chorei. Como se Merlin me odiasse, ele passou por lá com Mia. 

Ben me viu aquela tarde, certamente. Ele passou por mim. Deu uma olhada, franziu a testa e continuou andando. Dois minutos depois, ele voltou.

– Dominique… está bem? – perguntou. 

– Não – eu assoprei o ar. Onde estavam os pacotinhos? 

– Sua maquiagem está borrada. Está vermelha e fria. Quer se explicar? 

Droga. Eu tinha deixado eles caírem quando empurrei Savanna. 

– Digamos que eu nasci para morrer e que não é da sua conta. Por favor, saia. Saia daqui. De verdade. Dói olhar para você. Sabia disso? Machuca. Você sente o mesmo? – perguntei. – Deixa. Você tem Mia. Saia daqui. 

– Mia? O quê? Deixa para lá… Eu juro. Eu te amava, Nique – sussurrou. 

Ergui o rosto, olhando em seus olhos. 

– Se me amava, por que me deixou? – perguntei. Ele ficou quieto. – Só quero achar alguém. É tudo o que quero. 

But if you loved me
Why did you leave me?
Take my body
Take my body

All I want is
And all I need is
To find somebody
I'll find somebody

(All I Want- Kodaline) 

Mia estava no final do corredor. Caso contrário, tenho certeza de que Ben teria me beijado ali mesmo. É, ele teria. 

No fim, eu havia perdido tudo. Amigos, amor, sanidade, felicidade, motivação. Meus pais não estavam ali. Vic também não. Louis era muito pequeno (um ano a menos que eu, tudo bem) para entender tudo aquilo. Meus primos certamente não ligavam. 

Cheguei na Torre de Astronomia decidida. Dumbledore morrera ali com a maldição da morte e a queda de uma altura absurda. Bem, eu era absurda. Nada mais junto. 

Terminei aquela última carta como sempre terminava. Dobrei-a com carinho, deixando-a no chão gelado. Não olhei para baixo. 

Eu já podia sentir a queda e ouvir meus ossos se estraçalhando, o sangue parando de fluir. 

– Pare! 

Eu fui virada ao contrário. Caí nos braços dele, que me roubou um beijo calmo e coberto por lágrimas. 

Depois, desmaiei.

UMA SEMANA DEPOIS

– Merda, Dominique! – Savanna gritou moderadamente. 

Eu estava tonta – bem tonta. Meus olhos pesavam. 

– Shhh – ela fez sinal para que eu me calasse. – Te acharam drogada na Torre de Astronomia há uma semana. Tinha uma carta e você lá, deitada, dizendo coisas. 

– Eu estava falando com Ben – disse. Então, abaixei meu tom de voz. – Ele me beijou quando eu ía me jogar. 

Ela arregalou os olhos. Eles lacrimejaram. Puxou os cabelos para trás com uma expressão de desespero. 

– Nique… 

– O quê?

– Benjamin voltou para Beauxbatons no começo do ano, um mês após o começo das aulas – ela disse baixinho, chorando mais. – Como eu deixei isso chegar a esse ponto? É tudo culpa minha. Eu sou uma idiota e…

– Ele não saiu de Hogwarts, Savanna – afirmei. – Vi ele várias vezes pelo corredor. Ele e a Mia. Eles estão namorando, ou pelo menos estavam. 

– Mia Huston? – perguntou e eu assenti. – Mia Huston está namorando Theodore Harrenhal, aquele sextanista, desde o fim de setembro. Ben e Mia terminaram na noite da festa de Halloween. Eu te contei isso no dia seguinte, na aula de Trato das Criaturas Mágicas.

Minha boca se abriu e não se fechou. Aquilo que Savanna estava me dizendo queria dizer que tudo o que eu vira era mentira, muito provavelmente decorrente das drogas. Ben não estava mais lá, não namorava mais Mia e não me beijara. Mia gostava de outra pessoa e eu havia imaginado tudo. 

– Vou tirar você daqui – afirmou. – Precisa de ajuda de verdade. 

Ajuda de verdade era o Saint Mungus. Meus pais foram chamados e fui transferida para uma nova ala, onde tratavam-se doenças trouxas. Vício era uma doença. 

Me disseram que era grave. Comecei a pensar, então, que muito do que aconteceu e não aconteceu poderia ter sido efeito das drogas. Não apenas com Mia e Ben. Então, todo aquele período pareceu ser uma farsa. Eu era uma farsa. 

Foi difícil. Voltei a Hogwarts três dias depois, dando falsos sorrisos e fingindo que estava tudo bem. Andava com minha postura autoritária e popular nos corredores enquanto, por dentro, estava quebrada. Voltei a comer de verdade. Comia até sentir que poderia vomitar. Então, vomitava. A falsa menina perfeita. Eu já era farsa, não era? 

Todos achavam que estava tudo bem. Viam minhas falsas risadas, falsos meninos e falsos interesses e não pensavam que eu poderia estar apenas falsa. 

Dois anos. 24 meses, 730 dias ou 17520 horas. Não importa. 

Qualquer um que me visse não acreditaria. Jamais pensaria que a Weasley loira e visivelmente feliz escrevia músicas tristes e não tão doces poemas no diário velho sob a cama, ou que comia todo aquele chocolate apenas para vomitar em seguida. 

Foi na formatura que eu desisti de tudo e de todos. Deixei uma duplicata daquele diário para todos poderem ler e finalmente entenderem o que eu sentia. Então, eu poderia ser livre, ir para onde eu era mais plena. Eu seria feliz novamente. 


Salém, 2022

Está tudo bem, Vic. Não direi onde estou. Sabia que mandar três cartas de uma vez não irá funcionar. Não volto para casa, nem para a Inglaterra. 

Com amor,
Dominique

Terminei a carta com pressa, pegando o cinto e colocando alguns frascos essenciais lá dentro. 

– Já vai para o quartel, Savanna? – Lancel perguntou. 

– Já? – perguntei. – Como assim já? Tenho dois minutos para estar lá dentro. Sabe como é difícil abrir aquelas portas com pressa? 

– Se tivesse prestado atenção durante o primeiro dia de treinamento, saberia – eu revirei os olhos, pegando tudo que precisava e aparatando. 

FIM


Notas Finais


Coisas que vcs podem ter boiado:
-sim, ela imaginou tudo

-sim, ela tava bem drogada (oq eu achei bem imprevisível, considerando a parte I, por isso achei que ía ficar ótimo e surpreendente)

-gente, eles são weasleys. Eles SÃO complicados dkdksk

-ela foi para Salém, como foi dito, e está em um quartel como o de aurores, mas completamente secreto. É quase um FBI

-sim, ela está usando o nome da Savanna. Só o chefão de lá sabe que ela é Dominique Weasley

-não, ela não tem nada com esse Lancel

-por fim… no fim da fic, postarei vários epílogos pequenos ou histórias antes dos capítulos ou entre eles e o epílogo. Vai ter da Nique sim! Já podem especular.

Enfim… comentem, please. Não sei quando volto. Sério, não consigo prometer e cumprir datas. Beijossss!


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