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História Contos de Fadas?! - Conto de fadas?!


Escrita por: Cass_YK

Notas do Autor


Farei vocês ficarem bravos com meus dois personagens principais e brigarem por eu não atualizar os capítulos logo, mas espero que gostem. >_<

Capítulo 1 - Conto de fadas?!


Fanfic / Fanfiction Contos de Fadas?! - Conto de fadas?!

Sabe aquela história que sua mãe te contava antes de dormir quando você era pequeno? Sabe, aquela em que a princesa conhece o príncipe e eles se apaixonam instantaneamente, se casam e vivem felizes para sempre? Conhece? Sim, essa mesmo. Então, elas não existem. Pode acreditar em mim, estou falando a verdade. Senão porque mais eu estaria me casando com um estranho que eu nem ao menos sabia pronunciar o nome direito? Se isso for um conto de fadas me avise porque acho que eu vou ter que rever o meu conceito disso.

-Sett Willian Volkan, você aceita Alice Marrie Vanderwall como sua legítima esposa?

-Aceito.

Alice Marrie Vanderwall, filha única e herdeira do império plutocrático Vanderwall. É, essa sou eu. E o idiota que acaba de dizer "sim" para o padre é Sett Willian Volkan, agora, o meu mais recente marido.

Tudo começou há uns dois meses atrás, me lembro muito bem desse dia: a noite estava um pouco nebulosa e as nuvens anunciavam chuva. Como nesse dia não tinha nenhum encontro ou reunião marcada referente aos assuntos da empresa estava na biblioteca lendo um livro de economia, papai adentrou na sala com um senhor com seus cinquenta anos e um outro homem mais ou menos da minha idade. "Deve ser um dos parceiros de negócios de papai”, pensei, eu poderia imaginar qualquer coisa sobre o homem que entrou na sala menos que o garoto que tinha entrado junto com ele seria meu futuro marido. Eu sei, o termo “casamento arranjado” não é uma coisa que costumamos escutar em pleno século XXI, mas cá estamos, não é?

Quando o noivado entre a herdeira do império Vanderwall e do herdeiro do grupo Volkan foi anunciado todos pareceram ficar contentes, claro, com a consequência da fusão que aconteceria entre esses dois impérios econômicos qualquer um ficaria feliz, as ações iam subir, a economia iria aumentar, até os trabalhadores ordinários de uma pequena empresa seriam beneficiados positivamente com isso, todos ficariam felizes. Mas não eu. Eu tinha apenas 25 anos, ainda haviam muitas coisas que planejava e almejava para minha vida antes de me casar e perder minha liberdade para ficar acorrentada a um único homem para o resto de minha vida, ainda mais com um cara que eu nem sequer conhecia ou amava.

Não pude acreditar quando meu pai me deu a infame notícia. Briguei, gritei e esperneei com ele, até me tranquei em meu quarto por dois dias dizendo que jamais aceitaria essa farsa, mas isso não adiantou de nada. Um mês depois dessa notícia os preparativos para o casamento começaram a ser feitos: o lugar da cerimonia e da festa foram alugados, o vestido foi feito, as damas de honra e padrinhos foram escolhidos, a decoração foi meticulosamente planejada, os músicos e buffet contratados e, por fim, os convites foram enviados. E o resultado de todo esse esforço foi o dia de hoje: esse inferno, o pior dia da minha vida, o meu casamento.

-Srta. Alice? – A voz do padre me desperta de meus devaneios.

-Ah, aceito.

-Então, pelo poder investido em mim eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva – Essas eram as palavras que eu queria que ele nunca dissesse.

Respiro fundo e me viro de frente para ele. Apesar de minha idade esse seria o meu primeiro beijo. Ele parecia não estar nervoso com o que estávamos prestes a fazer (talvez eu fosse a única nervosa ali) ele só passou um dos braços por trás das minhas costas, apoiou meu queixo com uma das mãos e desfez a pequena distância que existia entre nós. Tenho certeza de ouvi-lo dizer “desculpa”, em um tom quase inaudível, um pouco antes d e nossos lábios se tocarem. Quando nossos lábios se separam ele tinha um sorriso bobo estampado em seu rosto, imagino quanto tempo ele treinou para fazer aquela expressão, apenas tento devolver a mesma expressão sem parecer enojada com aquilo tudo.

O resto da cerimonia correu como o esperado para todos: os dois pombinhos idiotas andando pela festa cumprimentando os convidados fingindo que estavam loucamente apaixonados um pelo outro como se esse fosse o dia mais feliz das suas vidas. O que me admirava era que nem sequer um deles aparentava desconfiar da bizarra situação. Tudo o que eu queria era que essa palhaçada acabasse logo e eu pudesse voltar para casa.

Optamos em não ir em uma viajem de lua-de-mel, mesmo com a insistência de nossos pais. Talvez esse foi o modo que eles encontraram para nos compensar pela fraude que estavam nos forçando a fazer, mas acho que lá no fundo eles acreditavam que esse casamento daria certo de alguma forma. Patético.

As pessoas ainda festejavam despreocupadamente quando saímos da festa. Um pipocar de flashes nos atingiu no momento em que abrimos a porta do salão de festa, provavelmente essas fotos estariam estampadas em todas as revistas e sites de fofocas na manhã seguinte com uma manchete extravagante, corremos por entre a multidão de fotógrafos e entramos no carro que nos aguardava logo à frente.

-Finalmente acabou – ele disse quando a porta se fechou, apenas revirei os olhos e comecei a olhar a paisagem noturna da cidade pela janela do carro. Sett vinha sendo bem gentil e amigável desde o primeiro dia em que nos encontramos, mas não podia acreditar em uma gentileza de uma pessoa que aceitara esse tipo de situação que nos acontecia de tão bom grado assim, uma pessoa assim só podia ser considerada como um ser desprezível, um corpo sem alma, uma marionete de seu pai.



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