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História Contos do corpo - Trust who?


Escrita por: peacefulover

Notas do Autor


oizinho bolinhas de algodão,
hoje tô badzinha então toma ai um capitulo cheio de emoções ruins e pesadas.
(pfvr olhe as notas finais se possivel)
Boa leitura, XOXO

Capítulo 7 - Trust who?


Ao cair da noite Cris começou a chorar, fizera isso toda essa semana, o que a assusta, mas apenas acontece, como o sangue fluindo pelo corpo, Cris chorava com tanto vigor, tanta dor, agarrada ao travesseiro, seus braços doíam e seus músculos estavam tensos, ela não conseguia parar, sua cabeça era totalmente motivos para deixar de existir, palavras de culpa na escuridão, por quê ela carregava tanta culpa? Por quê carregava tanta solidão? Ela merece isso?

Suas amigas a abandonaram, é por isso que grupos nunca dão certo, há sempre quem chega por último, quem fica de fora, e sempre dói, dói tanto. Ela nunca fez errado, sempre deu atenção, sempre foi o Sim quando todos foram Não, sempre apoiou não importasse o quê, mas ao olhar para suas amigas pôde enxergar que não tão fundo, todas elas nunca a amarão com a mesma intensidade, com a mesma vontade, todas elas aceitam esse amor, talvez até recusem parte dele por ser tanto e se acomodam enquanto Cris afofa as almofadas. Dói tanto nela, entregar toda sua intensidade em olhares vazios, mãos tão fundas como poços sem fim, sempre querendo mais e nunca será suficiente. Cris é a menos amada, que ironia, pois é a que mais ama. Cris nunca será reconhecida aqui, nunca se sentirá em casa nos abraços, pois não há abraços, que tipo de amizade Cris vive?

O que aconteceu com o Sol? Ele brilhava tão lindo no céu e agora tudo que ela vê são trovões altos ecoando na escuridão da noite na chuva eterna do verão. Onde ela está? Cris está perdida. "O que pode ser tão confuso que não se resolva?" - sua avó sempre dizia, Cris não consegue parar de pensar nisso, o que é tão confuso? Sua vida parece um emaranhado de fios de crochê que seu gato brincou depois do almoço, nada se resolve, nada parece ter solução e ao mesmo tempo não parece haver problema algum, apenas a vida mostrando a ela como é tudo tão sem sentido, tão triste. Seu corpo se arrepia às vezes, mas Cris não entende porquê, é uma sensação estranha, como se temesse algo, como se temesse a própria mente, como um aviso importante enviado em mandarim, Cris não entende mandarim.

Assistiu uns dias atrás, ao acaso, um documentário sobre depressão, seu cappuccino a distraía algumas vezes com o sabor doce e quente, esquentando seu corpo, sua alma. No documentário dizia alguns sintomas da doença e Cris sem querer prestou atenção, sem querer se identificou, sem querer temeu - "eu não sou depressiva!" - ela está tão perdida. Está se sentindo mal, mas não acredita que seja tão grave, ou acredita? Antes de perceber que não podia confiar em ninguém Cris confiou em alguém, alguém que achou que não se arrependeria e se arrependeu. Era um dia ruim, ela precisava desabafar e levou um soco no estômago quando a resposta foi algo como: "você está triste. Todo mundo está, todo mundo é triste." - e doeu tanto, quando percebeu que sua dor era apenas tristeza e passaria para a pessoa que achou confiar, não houveram palavras de afeto, nada que a fizesse sentir-se querida e importante, a partir daquele momento percebeu que ninguém entenderia, cada um tem suas dores... Mas Cris tentou tanto por suas amigas! Sentiu tanto no lugar delas! Por que se sente injustiçada, afinal? Ela que quis se doar. Mas de que adianta suas amigas confiarem nela se isso é tudo? - "Amizade é troca"  - seu pai costumava dizer a ela. É como se Cris lavasse a roupa para que elas rolassem na lama. Dói. Ela continuaria a fazer isso para sempre para vê-las felizes, mas Cris não está feliz, Cris se sente horrível, a pior sensação do mundo e não sabe como fugir, chorar sozinha é tão... sozinho.

A vida não faz sentido e esse pensamento a angustia, a faz se perguntar do por que de tanta dor, tanto caos, para acabar em nada? Em cada passo que dá, desde a ida para a universidade até o pulinho para subir na cama, mora a sensação em seu peito, em seu corpo, de que não existir é melhor, mais fácil, a sensação desconhecida de toda a dor psicológica transferir-se para o corpo de forma tão brutal. O quê é isso? O quê está acontecendo? Não é uma brincadeira. É intenso como o primeiro amor, maior, derruba ela de maneira tão sutil e ao mesmo tempo tão devastadora, é como cortar as arvores da Amazônia, rouba-lhe o ar e traz o desespero, o inferno de mil sensações desconhecidas e dolorosas que a trazem reflexões inúteis de dor e vazio. E de alguma forma sente que sempre esteve assim, toda a sua vida foram estágios de dor. Lembra-se de quando chorava aos doze anos, com tanta verdade, por não ser bonita e famosa como aquelas crianças da tevê, por nunca ter tido a chance de mostrar talento nenhum, Cris tinha todos os talentos do mundo, mas ninguém nunca se preocupou em testá-los. Hoje Cris não sabe mais nada do que sabia aos doze anos, mas ainda carrega consigo o sentimento que tinha, a inconformação com tamanho descaso. Ela só precisava de um minuto da sua atenção e hoje já não tem mais os sonhos que um dia carregou com tanta vivacidade no coração, hoje ela só sonha em ser feliz.

 

É realmente difícil!


Notas Finais


eu de novo :)
bem, o que acharam? Desculpa pela carga emocional pesada e intensa e desculpa se eu causar algum sentimento ruim em você com esse capítulo. Só quero que você entenda que normalmente posto o que estou sentindo ou uma reflexão q vem na minha cabeça, então não esquenta porque é coisa de gente paranoica. Não pira!!
contato no twitter: @jarussao :D
haha beijao e até o proximo, XOXO.


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