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História Contos do Inferno de Gelo - Eu voltarei, por você.


Escrita por: Uchiha_Sayto

Notas do Autor


Iai pessoal, tudo beleza?

"Nossa você demorou" sim, eu demoro. Sempre demoro, e se pá sempre demorarei.

No meu casamento eu vou entrar depois da noiva ainda arrumando a gravata. Nhaa

Então senta ai, prepara a pipoca, pega uma coca.

Que

AI

VAI

O

SAMURAAAI

Capítulo 10 - Eu voltarei, por você.


O dia amanheceu jogando os raios de sol pelo quarto mesmo a contra gosto da portadora dele, levantou-se depressa e afoita, não costumava dormir em um quarto com cama macia nessas devidas condições, mas Bern a forçara, a filha de Afrodite a obrigou ir para seu quarto e descansar após a encontrar velando a inconsciência de Alex e lendo sua ficha diversas vezes em plena três horas da manhã, fora necessário minutos de discussão e o charme da mais velha para fazê-la largar o moreno, e mesmo assim na primeira hora da alvorada estava ali, velando-o novamente, alguém bateu a porta e entrou em seguida, não precisou virar para saber que Max estaria ali, das poucas pessoas que estavam acordada a esta hora da manhã, apenas ela entraria assim. — Se... Fay, desculpe entrar assim, eu não te achei no quarto então suspeitei que estivesse aqui. — A escudeira era realmente bem dedicada, tinha que admitir e até isso era um feito do maldito que estava ali inconsciente, deu espaço para a outra falar, era fácil saber quando alguém tinha mais algo para falar, principalmente para Fay, sempre que alguém tinha algo a mais para falar e se dava o silêncio esta mesma pessoa era impulsionada a falar tanto que ficava inquieta, Maxine estava exatamente como pensou que estava, inquieta esperando algo que fosse uma ordem ou espaço para ela falar, aliviou-a desse fardo quando virou-se para ela incitando-a a continuar com o olhar. — Amy... Digo, Amanda Lewist ela, pediu que comparecesse no salão principal, Quíron também está lá. — Fay suspirou cansada, não gostaria de ver a maldita novamente antes de ir para a missão, inspirou o ar, também não estava em seus planos deixar Alex para trás.— Tudo bem, eu vou lá ver o que a vadia quer, pode por favor cuidar dele pra mim? Não precisa fazer nada, só que... Se acontecer algo, a variação de batimentos ou de oxigênio mudar muito, qualquer coisa, me chama, ok?— Dito isso a campeã foi-se pela porta em que a escudeira deixou aberta ao entrar, indo encarar a filha do Sol mais uma vez, mesmo com os pensamentos todos centrados naquele quarto de enfermaria.

 

A campeã se foi lhe deixando a sós com o moreno, permitiu-se caminhar até mais próximo a ele, e inspirar-lhe o perfume, uma mistura estranha de sangue seco, coca cola, tabaco e um cheiro forte selvagem, o mesmo odor instigante que desprendia do solo após uma chuva, fazendo uma mistura que faziam seus sentidos darem voltas, e ainda tinha todo o resto, com a mão deslizou pelos fios negros do cabelo dele, mesmo em tese mal cuidados eram belíssimos, lisos, macios, provavelmente se ele cuidasse não seria a mesma coisa, tinha um ar tão rebelde e selvagem, mas com um rosto esculpido em linhas retas ao mesmo tempo tão suaves que lhe fazia alguém que usava a rebeldia e selvageria como algo para protegê-lo de tudo a volta, alguém que era sensível e frágil para o mundo, um homem ideal, feito para manter-se com a carga de todos os problemas e ainda assim sorrir verdadeiramente, mesmo em sua falsidade, querer aquele garoto apenas para si seria um puro egoísmo. Então ela seria a mais egoísta de todas, desejava-o de todas as formas, desejava-o entre seus braços, entre seus lábios, entre suas pernas, entre suspiros de amor, entre toda sua vida, desejava-o e amava-o, um puro ato de egoísmo, invejava Fay e Amanda, cada uma por seus motivos, a primeira por sua determinação, seu foco, sua personalidade forte e sua habilidade em se destacar em meio a multidão, isso e a beleza da mesma, mesmo sendo uma beleza comum com a campeã se tornava algo selvagem e único, já Amanda invejava pela beleza estonteante dela, a facilidade com as coisas um sorriso que fazia aquecer a alma e um olhar que fazia incendiar o corpo e os ânimos, fácil com as palavras frágil e doce ao mesmo tempo, ambas o queriam, ambas eram superiores a ela.

 E mesmo assim o desejava em segredo com seu total egoísmo, não as queria mal em hipótese alguma, mas em seu enorme egoísmo não queria que ele se apaixonasse por nenhuma delas, seus dedos correram pela pele macia e morna, pelas maças do rosto com uma caricia suave com apenas as pontas dos dedos, tão proibida e tão próxima, hesitou em tocar-lhe os lábios, finos entreabertos, abaixou-se até ficar na altura deles, tão próxima que podia sentir sua respiração, lenta e ritmada, mais um pouco e poderia tocar aqueles lábios que tanto desejava com os seus, porém parou estagnada, o que pensariam se a visse ali, beijando-o enquanto estava inconsciente e incapaz? Aproveitando-se enquanto ele não poderia negá-la, apenas mais alguns centímetros, poderia ser apenas um toque rápido de lábios, ninguém poderia julgá-la, isso se visem, poderia dar uma desculpa qualquer que ouviu ele sussurrar algo e se aproximou demais para ouvir o que ele dizia, sim, era uma boa desculpa, mas mesmo assim seu corpo não se permitia abaixar mais um pouco e tocar-lhes aqueles lábios, suspirou sabendo que sua chance foi perdida ao ouvir Fay chamar-lhe pelo corredor, ergueu-se dando-lhe apenas um leve beijo na maçã da face do moreno e instintivamente sussurrando-lhe algo no pé do ouvido, uma promessa velada, que apenas ela mesmo saberia, feito isso inspirou se revigorando, colocou o sorriso na face e saiu atrás de sua superior.

 

Encontrou Fay sentada do lado oposto da sala em que Amanda se posicionava, ambas encararam-na assim que entrou. — O que foi? — Indagou inocente com seus passos ecoando na sala silenciosa, nenhuma das duas falou, apenas suspirou tentando chamar atenção delas, tinha que subir e ir até o oráculo. — Então tá, eu que vou ter que subir? As duas vão ficar de pirraça mesmo? — Resmungou subindo as escadas, tinha que ir até o porão antes de ter a tal profecia, pelo que sábia o oráculo se encontrava lá, e não conhecia muita coisa sobre ele, mas mesmo assim subiu as escadas de forma firme e decidida, as escadas eram traiçoeiras e conforme se aproximava estava um tanto velhas, mas nada que a fizesse desistir, pelo menos não até a porta, sua mão congelou antes de abrir a porta que levaria ela ao oráculo, medo, uma coisa primal que segurava ela de abrir, quase pulou quando a mão de Fay tocou-lhe o ombro. — Você não precisa ir se não quiser, eu sou a veterana, eu vou. — A menina iria tomar a frente, mas Maxine colocou as mãos em frente a ela. — Não, não posso deixar, a profecia, lembra? Aquela grande que o Quíron falou. “O violeta fará o equilíbrio perfeito”, eu tenho que ir! — Suspirou colocando o cabelo a frente delas. — Meu cabelo,eu sou o tal violeta! — A resposta simplista fez a veterana tocar-lhe a mão de forma terna. — Pode ser, mas pode ser também outra coisa nada a ver, como uma filha de Deméter que faça surgir violetas ou uma filha de Afrodite, que tem como cores o roxo, tem muita coisa que pode ser, por isso não gostamos de profecias, pode ser simples como pode ser a cor do manto de um romano morto que nos fará nos unir para lutar contra, nada é o que diz e tudo é o que não foi dito, por isso é uma profecia e não algo determinado. Mesmo as que você tem certeza que está certo, você pode estar errado, o Alex não acredita em profecias ditas pra ele nem que digam o número da certidão de nascimento dele, e o CPF, nem que digam que antes ele irá ter três farpas no polegar, ele vai tirar uma delas e dizer que estava errado, porque profecias são assim, Maxie, você pode ser o violeta, mas não precisa fazer tudo sozinha. — Amanda que estava em silêncio suspirou colocando-se atrás delas. — Fay tem razão, nem tudo é o que parece, não precisa ficar bancando a forte, eu também estou apavorada com tudo isso, é novo demais, por mais que pareça que eu pertenço aqui, isso me dá medo, não precisa ficar fingindo ser forte, pode ter medo, por isso vamos, todas nós, nós três... Juntas! — Encaram-se por longos segundos, mas por fim empurraram a porta do porão juntas.

O lugar era velho e tinha cheiro de podridão, quadros já empoeirados e outras coisas velhas que não era melhor nem saber, suvenires mais velhos que qualquer uma das três presentes, no centro havia um banco e um corpo que um dia pertenceram a uma mulher, que agora estava em uma decomposição horrenda, junto com as roupas de hippie, o cadáver abriu a boca lançando a névoa esverdeada e o som da voz estranha rompeu do local. — Argonautas vós serão/ Para ajudarem o vosso Jasão/ Sem sentido a que seguir/ Fantasmas tratarão de os confundir/ Um se perderá ao mar/ Longe demais para qualquer um encontrar/ Antes deverão aprender a sentença/ Fugindo assim de qualquer crença/ Ao norte para ir para o sul, o Tormento/ A leste para ir a oeste a favor do vento/ Na terra antiga desembarcarão/ Por fim a guerra, e acalmar o coração. — O oráculo despejou a profecia assim que entraram, sem nenhuma prévia ou algo do gênero, deixando-as aluídas, notaram que deveriam ir embora quando a cabeça do cadáver voltou a pender para a esquerda e a porta pareceu lançar uma lufada de ar as chamando, desceram as escadas atordoadas encontrando Quíron em sua forma mais humana preso em sua cadeira de rodas. — Creio que vão partir. — Fay tomou a frente, vendo que ambas as acompanhantes estavam trêmulas demais para falarem ou fazerem algo. — Sim, o mais rápido possível... Já sei onde começar a procurar, iremos arrumar as coisas, não é meninas? — Assentiram fraco enquanto seguiram Fay, tinham que ir até o chalés e fazer o preparo de armas e armaduras, pois mal chegaram ao acampamento e já tinham uma longa missão pela frente.

 

Amanda foi a primeira, o chalé de Apolo se armou para despejar boas viagens para a meia-irmã, mas ela não compareceu lá, o que fez o líder do chalé dar um leve sorriso e sair do chalé dizendo que voltava em breve, os passos da latina ecoavam pelo enorme galpão vazio, os olhos atentos em cada parte, cada peça, cada arma, o arsenal não era o lugar onde semideuses iam o tempo inteiro, só quando quebravam alguma coisa ou, como no caso dela, iam para alguma missão longe, então ali se tornava o centro de armas e diversas ferramentas para viagem, havia coisas ali de todos os tipos, desde armas usadas na guerra de tróia a uma lanterna encontrada numa vendinha em Connecticut, continuava olhando a esmo, até passos a acordarem. — Os arcos ficam do outro lado. — Ela virou-se assustada pela voz que não reconhecia, encarando o garoto com uma cara assustada. — Acho que não me conhece, não conversamos direito, cheguei a uns dois dias, sou Henrico T’iwati, o líder do chalé sete. — O garoto não era tão alto assim, deveria ter não mais que um e setenta, com cabelos cacheados cor castanho e a pele levemente escura, sobrancelhas grossas e olhos amendoados de cor castanha, pelo nome e a aparência era óbvio que ele era árabe. — Obrigada... Eu estava mesmo, eh, procurando arcos. — Ele riu e a levou com passos longos até onde havia arcos pendurados a parede, tinham diferentes tamanhos, curvaturas, tensões e material, que mudava peso, tipo de flecha mais adequada e potência e ângulo do disparo, coisas que descobriu apenas olhando e quase deu um nó em sua mente, não conseguia decidir, até optar por um arco curto feito de madeira, e o acompanhante pigarreou. — Eu recomendo um arco composto, é bem melhor pra situação. — Amanda o encarou séria como se não acreditasse muito no que estava falando, contrariar uma filha de Apolo quando a questão era arquearia seria estupidez, até lembrar-se que ele era o líder do mesmo chalé que ela, então tendia a ser mais experiente e poderoso que ela, então talvez soubesse melhor que escolha seria mais adequada, mas ela tinha seu orgulho e iria se segurar nele. — Não, não gosto dos compostos, é muito peso na tensão, força demais e acaba me fazendo desgastar mais para os tiros, vou ficar com o curto, que eu atiro melhor.

— A questão aqui, não é só você. — Ele interferiu novamente tocando a mão esquerda dela que mantinha o arco em riste, a abaixando levemente, forçando-a olhar ele com a indignação na face. — Você não é a única arqueira, quando se vai em missões na floresta sozinha tudo bem, você escolhe o melhor arco pra você e unicamente você, mas estamos falando de uma missão em grupo, tem missões que duram dias, outras que duram semanas, e outras que duram até um ano, e nem sempre você acha um arco a disposição no mundo lá fora, ou quando acha não tem condições financeiras e nem a desculpa pra comprar um, então, você tem a disposição apenas o arco que você levou. E quando você não é a única arqueira há situações a ser considerada, outros podem atirar quando você estiver ferida ou cansada demais, dormindo, e outras situações, nem sempre você pode estar presente e quando não estiver e o arco ser a única salvação ter uma arma que outros podem usar salvaria vidas, Fay sabe atirar com o arco e o Alex, por mais que negue, também sabe e atiraria com um caso fosse necessário, fora que, a potência e distância do tiro de um arco composto é bem maior, relevando também que ele não precisa de tanta angulação positiva para acertar o alvo com potência pra penetrar em carapaças ou armaduras. — Amanda encarou-o relevando os comentários, abaixou o arco colocando no lugar e suspirou indo até um dito arco composto. — Você realmente, sabe fazer alguém mudar de ideia... Mas o Alex, ele não vai, ele está ferido e... — O garoto começou a rir balançando a cabeça em negação. — Se você acredita nisso, tudo bem, não vou questionar, agora sobre fazer alguém mudar de ideia, escolhas salvam vidas, eu sei porque não pude salvar a do meu irmão... Ah, e tem outra coisa, eu sei como é, temos um pai muito... Narcisista? Egocêntrico? Arrogante? Ensimesmado? Acho que todas elas juntas, não tenho palavras para explicar, meu dom da poesia para explicar isso não foi desenvolvido, enfim, é difícil contar com ele sabe? Mas releva, não é como se ele não soubesse que você existe, é como se ele achasse que você está incrivelmente honrada por ter um pai tão legal e bonito quanto ele, ou coisas do gênero, então assim, alguns filhos de deuses, ganham presentes quando saem em missões, Apolo, bem, ele espera que você seja agraciada por ele te dar a chance de estar viva e ir em missão e dê um presente a ele, sabe como é... Faça uma oferenda na fogueira antes de ir, e quanto a ajuda na missão... Fica com isso. — O líder do chalé calmamente estendeu a ela uma aljava feita de couro com adereços em ouro e um grande sol feito completamente de ouro. — O meu pai super mega ultra legal, me deu, leva, coisas mágicas são sempre legais, ela faz alguma mágica com as flechas, deve caber umas quinhentas ai, vai ser útil pra você... Ah, e passa no chalé, seus, digo, nossos irmãos querem te desejar boa viagem, e toma cuidado com as escolhas das flechas, e ah! Califórnia, se for, evita San Diego, não está lá essas coisas, boa sorte!

 

O silêncio era reconfortante para Fay, principalmente quando envolvia o quarto de enfermagem do Alex, ela insistia em dar os últimos check-up’s pessoalmente, ver batimentos cardíacos, freqüência respiratória e como ele reagia a ambrósia e néctar, normalmente faria isso sem problema algum, mas a ideia de sair em uma missão e deixá-lo ali era estranha a ela, quase como se estivesse traindo a confiança dele, foi a ultima a vê-lo consciente, o olhar que ele lhe dera de pura confiança de quem podia se despreocupar se ficaria bem pois estava com ela, e agora iria deixá-lo sem se despedir, e ainda mais, sem levá-lo na missão, suspirou cansada sentando-se ao lado dele encarando o rosto sonolento do grunge. — Olhar pra ele não vai tornar as coisas mais fáceis. — Bern interveio próximo ao batente da porta, recebendo um olhar tristonho e um sorriso. — Eu sei disso, ele torna mais difícil, sempre torna tudo mais difícil, o mais difícil é que não sei nem sequer se ele vai acordar bem Bern, sei nem se ele irá acordar, isso que me incomoda, seria muito mais fácil me concentrar no dever, se eu não tivesse a preocupação que eu posso chegar e ele estar morto, ou pior, eu chegar tarde demais e vê-lo morrer... — A filha de Afrodite se aproximou passando uma das mãos pelos ombros da amiga. — Ei, relaxa, ele vai ficar bem, já passaram por coisa pior, além do mais se ele morrer é capaz dele insistir em sair do inferno pra matar alguns romanos! — A piada arrancou alguns risos fazendo a mais velha dar um longo sorriso. — Eu vou cuidar dele, não vou sair desse quarto até ele acordar se te faz melhor, e também juro solenemente que não vou abusar dele. — Fay não resistiu as piadas e acabou rindo, abraçando a amiga fortemente. — Obrigado Bern, você é demais. — A vez de rir veio da outra. — Eu sei! Sou Berenice Hampshire, né meu amor? Demais é sinônimo, e vem cá, já sabe pra onde ir? Que não sei se você sabe, pra variar, você é a líder. — A campeã a encarou com a expressão séria, do tipo que sabia exatamente que ela que comandaria tudo, e que nunca foi diferente. — Jura? Eu que comando? Que diferente... Enfim, a profecia disse sobre fantasmas... Eu conheço alguém que sabe sobre fantasmas e pode me ajudar, então minha primeira parada é em Manhattam, em Hell’s Kitchen, e pra que a senhorita quer saber? — Bern novamente sorriu dando um leve empurrão na amiga em direção a porta. — Porque? Não sou eu que quero saber, só que quando seu bofe lindo gostoso e maravilhoso acordar, ele vai querer saber por onde procurar, agora vai que você está atrasada, arrasa amiga.

           

Bernice ficou encarando Fay Amanda e Maxine do alto da colina meio-sangue junto com os vigias que observavam o ônibus em que entraram com destino a Manhattam, suspirou tensa jogando o cabelo para trás da orelha enquanto dispensava companhia até seu destino, desfilou até a casa grande, tendo a inconveniência de ter que resolver uma briga amorosa no caminho, que resolveu de forma simples, oferecendo um preservativo e que usassem ele de forma bem utilizada, alguns casos de brigas em que tinha que resolver simplesmente não havia resposta melhor, amores jurados eternamente, desafios de tudo por amor para acabar com uma simples briga, é porque alguma coisa faltava, e não era uma estranha que resolveria, seria uma cama bagunçada e roupas amarrotadas pela manhã que resolveria coisas assim, e sempre acertava, bom, exceto com Fay, que teimava em não ser mais uma na lista dele, afinal, qual era o problema? Parecia que não aprendia com ela, não havia lista que ela estava, havia uma lista das que tentaram ser como ela e falharam, mas sempre haveria receios vindo da Campeã quando se tratava de Alexander, porque ele inspirava coisas nas pessoas, inspirava coragem, liderança, incertezas, medo e na maioria vinha junto com desejo, porque o Alex que conhecia era um pacote de emoções não correspondidas ou não compreendidas ambulante que despejava tudo em todos, ele não sabia de meio termos, ou era completamente e insanamente intenso ou simplesmente não existia, entrou na Casa Grande com o chão de madeira fazendo eco do salto de seu sapato, tinha que conversar com Quíron da acústica daquele lugar, estava horrível, até podia ouvir um “Pí” extremamente agudo e prolongado, já ouvira sons estranhos mas aquele, não tinha nenhuma lógica a não ser que... O pensamento atravessou-a de súbito que a fez arregalar os olhos. — Meu deuses, Alex!

 

Andar rápido de salto alto em um chão de madeira era ruim, correr de salto alto era pior, correr de salto alto no chão de madeira velho era pior ainda, correr de salto alto no chão de madeira velho levando em conta que o juramento que fez para sua amiga de ficar sempre de olho no “bofe” dela e o coração dele parou de bater era muito, muito ruim! Agora, chegar correndo feito louca, quase tropeçar e cair — Agradecimentos a Afrodite pelo talento de andar em salto agulhas sem falhas, por Berenice Hampshire — para o dito “bofe” estar apenas brigando com os sensores, era literalmente horrível. — Alex!!!! — O grito parecia ter feito ele se assustar, pois o mesmo travou o corpo e o aparelho que ficava medindo os batimentos quase foi ao chão, dando apenas tempo dele largar os fios antes da filha de Afrodite saltar sobre ele e enfiar o rosto no peito dele. — Pelos deuses! Eu achei que tinha morrido Alex! Meus deuses, que bom que está vivo! Está bem? Como se sente? Dor? Queimação em algum lugar? Quer água? Coca? Um bo... — Alex interrompeu ela com a mão antes que encerrasse a frase. — Eu quero... Ar... Bern... Eu não to... Respirando. — Imediatamente a garota o soltou, o suficiente para que respirasse fundo, antes dela o abraçar novamente sendo dessa vez correspondida de forma adequada. — Seu idiota, louco, imbecil, retardado, burro burro burro! Você me assustou com esse troço, na próxima que for dar um susto em alguém me avisa pelo menos! Seu louco! — Ele riu levemente bagunçando o cabelo dela. — Ei, relaxa eu to vivo... Falando em vivo, quanto tempo eu fiquei apagado? — Ela se afastou sorrindo levemente, mas a feição dele pareceu perder o riso e a felicidade quando olhou em volta, primeiro morreu o sorriso depois o rosto endureceu-se ao ponto da tez ser fechada. — Cadê a Fay? — A pergunta principal mudou-se assim que ele não viu nenhum sinal dela, Bern sentiu um misto de emoções, uma mistura de raiva por estar ali na frente dele disposta a ajudá-lo e ele a ignorar, e uma felicidade sem igual que a primeira coisa que ele perguntou fora especificamente a amiga, um sorriso travesso surgiu nos lábios realçados de batom da mulher. — Ih, relaxa, ela está em companhias femininas apenas, sem ciúmes. — A primeira reação dele foi ruborizar-se, o que deixava ele extremamente fofo e fazia-a querer beijá-lo, mas prometeu que não abusaria dele então repreendeu os desejos, a segunda reação foi a tentativa de sentar-se e levantar, que falhou ridiculamente com um gemido de dor. — Fica deitadinho ai que nem um bom menino, eu vou trazer coca e chamar o Quíron... Vocês precisam conversar.

 

— Deixa ver se eu entendi... — Disse Alex cortando o silêncio da sala pela quarta vez, fazendo Quíron e Bern revirar os olhos, enquanto Mason ria tentando disfarçar em um dos cantos. — Me atiraram flechas, envenenadas, quem atirou em mim conseguiu fugir da Fay, houve uma profecia, Max Amy e Fay saíram em missão enquanto eu estava inconsciente? — O centauro e a menina quase deram graças aos deuses e queimaram a casa em oferenda aos deuses por ele entender. — Exatamente, viu Alex? Não é difícil entender as coisas meu amor. — O grunge com um resmungo pela dor colocou a camisa fazendo finalmente a filha de Afrodite quebrar contato visual com o torso nu dele desde que entrara na sala. — Não, não é difícil, eu só preciso do meu escudo, minha lança, minha espada e minha bolsa, ah e que me digam pra onde foram e qual próximo ônibus pro mesmo lugar. — Os olhares foram todos em direção a ele e em seguida para o filho de Hefesto. — Ai entra minha parte, você não vai. — O moreno levantou-se sério, fixando o olhar em Mason, mesmo debilitado encarou-o firme. — Ta bom, eu estava inconsciente, não puderam esperar menos de um dia pra mim acordar e ir pra essa droga de missão, tudo isso pela a porra de uma profecia, Fay, Amanda e Maxine estão lá fora correndo um provável perigo, sabendo de tudo isso. Me impeça Mason. — O clima na sala pareceu ficar mais pesado, mesmo com o mais novo debilitado, ainda existiam dúvidas se ele não passaria pelo mais velho, mesmo sendo menor e fisicamente mais fraco, todos ali já haviam visto ele fazer coisas que fugiam da lógica, Bern sorriu calma e tocou Alex no ombro. — Ai, calma meu amor, não é pra tanto vai, deixa eu te explicar... Hum... Quíron poderia nos deixar? Um minutinho? Por favoooor.... — A entoação no tom de voz sedutor dela fez tanto efeito que o outro presente teve que se conter para não seguir o centauro, tamanho charme que carregava a voz dela. — Alex, não to te impedindo de ir meu lindo, acho muito fofo quando você banca o cavaleiro da armadura branca, fora que você fica extremamente sexy quando está preocupado, só que assim... Você está machucado, e eu não posso deixar você sair assim, fora que, eu nem arrumei minha mala ainda, vai descansar, depois vamos, ta bom? — Ela sequer esperou ele confirmar, sabia que ele aceitaria, com isso em mente deixou-o com a cama do leito do hospital e saiu com Mason pela porta. — Seu charme... É bem poderoso, mas, ele vai ficar mesmo? — A filha de Afrodite sorriu mais ainda. — Um segredinho do Alex bebê, ele não caia nem no charme do Josh, como iria cair no meu que é mais fraco? Não funciona charme nele, eu só uso pra parecer um pouco mais certa do que já estou, descanse você também, e arrume sua mala. — Finalizou ela com um leve selinho antes de sair para seu chalé em desfile.

A noite logo chegou com Bern resolvendo mais alguns casos de romance enclausurado ou brigas, a pior parte era sua estranha vocação natural pra se interessar por essas coisas, lembraria de xingar sua mãe depois, mas adorava tanto ouvir de coisas de casos românticos ou nem tão românticos assim, tanto quanto pintar sua unha, então fazia as duas ao mesmo tempo, uma meia-irmã pintava suas unhas da mão direita enquanto uma filha de Atena mais envergonhada que preocupada contava seus casos românticos, até um filho de Hermes louco suficiente para colocar o rosto na janela de um chalé de Afrodite interromper. — GOSTO... DIGO BERN! Mason ta implorando sua ajuda, acho que é algo a ver com o Alex, envolve armas e eu quero manter distância, boa sorte.— Imediatamente a líder do chalé interrompeu sua conversa, e ela mesmo terminaria suas unhas, porque no momento Alex tinha sua prioridade. Desfilou o mais rápido que pode, encontrando o moreno com a gladius em mãos fitando Mason por trás de um elmo que não era dele, e o maior tinha nas mãos um martelo de forja e um escudo, que também não era dele, provavelmente Alex tentava sair da mesma forma que tentou mais cedo, só que sem ela pra impedir. — Bebê, deixa essa comigo, eu vou fazer ele parar, vai me dar algumas horas... — O filho de Hefesto a encarou sério. — E como raios vai parar ele? Ele quase me matou! Ainda bem que trouxe esse escudo, sei lá de quem é... Seu charme não funciona nele, e conversa não aparenta funcionar. — Bern deu em resposta um risinho alisando o bíceps do homem. — Eu não disse que ia usar o charme, e nem que era minha única arma meu bebê, eu tenho um nível plus de conversa, se chama, conversa de travesseiro, vou dar um jeito de sossegar aquele ali, rapidinho... Quer dizer, rapidinho não, que o Alex nunca é rápido. — Ela sorriu travessa, havia uma coisa que ela gostava muito mais que casos românticos alheios e suas unhas bem pintadas, era de dormir, e quando ela dizia dormir, era ter a companhia masculina tirando seu sono, e tirar seu sono no momento indicava que ela iria marcar as costas ou o que viesse na frente do grunge com suas unhas, e ele tiraria seu sono por um bom tempo, sorriu mais travessa ainda e se aproximou mais, Alex tinha esse efeito nas mulheres, uma rajada de emoções intensas geralmente acompanhadas de desejo.

 

Fay guiava as duas por entre os becos. — Tem certeza que estamos no caminho certo? — Perguntou Amanda pela sexta vez, quase enfiou a adaga que levava no nariz latino dela por duvidar, Maxine estava quieta e centrada pelo menos, tentava ocultar a espada que trouxera na bolsa junto com comidas e bebidas não alcoólicas em excesso, coisas de filhos de Dionísio, principalmente os meios irmãos dela, já que ela era uma rara filha do deus do vinho e das festas sensata e focada, chegou a porta certa e bateu na porta, sete vezes, na oitava parou. — Você não disse que tinha que bater nove vezes? — Indagou a menina de cabelos violeta, fazendo ela sair do transe com um sorriso. — Desculpe, me desconcentrei... Acho que alguém quebrou alguma promessa ou esqueceu de algo que ia fazer, acontece. — Voltou a bater na porta, dessa vez completando as nove vezes, até que uma mulher abriu a porta, trajava um longo vestido florido, colar com o símbolo da amizade e um óculos escuros mesmo com a noite em Manhattam, o corte de cabelo e a roupa, parecia que ela estava indecisa se estava vinte ou cinco anos atrás, por mais estranho que fosse uma mulher que estava indecisa entre estar nos anos setenta ou oitenta, a campeã fez uma leve referência e fez as duas a acompanharem. — Senhora Irene, poderia me dar a honra de uma hora com a senhora?


Notas Finais


Sem enrolações por que estou com preguiça.

Agradeço quem leu e agora terminou os caps já prontos. Se eu demorar pra postar, é porque to com preguiça, ou parei de postar mesmo.

Obrigado por sua paciência, por me aturar nas notas finais e do autor

Que os deuses lhe deem boa sorte

e

TCHAU


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