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História Contos do Inferno de Gelo - Planos


Escrita por: Uchiha_Sayto

Notas do Autor


Eae pessoal tudo beleza?

Vim deixar mais um capítulo desse projeto no cenário de PJO/HDO.

Agradeço quem leu e no de mais.

AI VAAAAAAAAI

O

SAMURAAAAAI

Capítulo 5 - Planos


Alex era quase imperceptível no meio dos corpos dos romanos, a garota de cabelos violeta, fez-se visível ante as tochas que foram acendidas as pressas, correndo, tropeçou três ou quatro vezes em corpos, sentia nojo dos corpos, não gostava de mortes muito menos de sangue, mesmo assim não se importou quando chutou um corpo de um garoto de aparentemente treze ou quatorze anos que jazia com uma lança atravessando-o no pescoço, correu até o garoto caído e o segurou nos braços, sabia primeiros socorros que aprendera com o pai — Que na realidade podia ser o padrasto devido as atuais circunstancias — mas nenhum primeiros socorros lhe preparava para o enorme ferimento que jorrava sangue no flanco esquerdo do moreno, berrou por ajuda enquanto tentava tirar a camisa pra estancar o sangramento dele, já tinha a barra da camisa na altura do queixo quando uma mão a impediu.

Fay ofegava, correra da terceira base de vigia até a quinta, ainda não tinha expressão no rosto, tocou a ferida e o garoto tossiu deixando um flerte de sangue escorrer pelo canto da boca enquanto grunhia de dor. — Filho da puta, perfurou o pulmão, seu arrombado! RODERICK!— Berrou pelo garoto. E logo surgiu-o dito, correndo em desespero pelo chamado dela, tinha cabelos castanhos com um corte simples, trajava o uniforme do acampamento e uma armadura, que parecia muito pesada e desconfortável para ele, já que corria meio desajeitado, abaixou-se ao lado dela, levando já sua caixa de primeiros socorros. Max que não saia do lado do Alex viu os olhos do garoto e segurou um resfolegar de surpresa, ele tinha olhos tempestuosos de cor acinzentada que chamava atenção mesmo contra o véu noturno, ele se ajoelhou ao lado dela torcendo o nariz para com o moreno. — Precisa de mais alguma coisa Fay? — Perguntou ainda indiferente com a situação deplorável que se encontrava o outro. — Sim, quero que mande trazerem uma maca para o Alex, chame Mason para fazer a vistoria e Bern para ir à enfermaria.— Disparou as ordens rapidamente enquanto tomava-lhe das mãos a caixa de primeiros socorros. — Alex, seu imbecil, por que foi pra luta sem armadura? Tem problemas mentais por acaso? Não responda! Eu sei que tem! Você só vai conseguir acabar sendo morto desse jeito! — Resmungou enquanto tentava estancar o sangramento no peito do garoto. A outra não foi retirada de inicio, só foi delicadamente convidada a sair dali, depois que três ou quatro filhas de Apolo apareceram de súbito pra cuidar do “Alexzinho” e também viu por que foram enxotadas, todas elas só faltavam ter trago o próprio babador de casa, pareciam nem sequer enxergar o ferimento dele, só ficavam descaradamente o comendo com os olhos, secando o torso nu do rapaz, coisa que ela não fez, mas ainda sim teve que se retirar, logo a maca chegou e ele sumiu de vista. Só então lembrou-se da amiga que também estava ferida, e ela talvez pudesse ajudar.

 

            Caminhou, não, desfilou por entre as pessoas entrando na enfermaria, desfilou por mais algumas divisões — Todas devidamente vazias — Até chegar ao fundo, parou, cruzou os braços sob o busto e deu um sorriso brincalhão. — Senhorita Fay, posso saber por que metade do meu chalé, e também do resto da população feminina está querendo sua cabeça espetada? — Fay que estava terminando de sedar o garoto para devidamente começar a cuidar de suas feridas, já que ele acordado só faltava gritar de dor cada vez que ela tocava-lhe no ferimento — coisa que devidamente não era muito bom para quem tinha o pulmão perfurado — parou para encarar a morena que acabara de entrar. — Por que são um bando de idiotas que ficam babando no magrelo estraçalhado aqui, e não vou deixá-las entrar, só me atrapalham... Sinceramente, o que raios elas vêem nele? — Bern não conteve a risada, iria alfinetá-la mas decidiu que não era uma boa hora deixá-la nervosa ou instável, era uma situação delicada não iria provocar-lhe, não agora.

— Simples por que ele é gostoso. — Recebeu um olhar que lhe condenava ao fuzilamento da outra — é a verdade oras, ele é gostoso. E também não tem muita competição. Os filhos de Apolo são metrossexuais mais preocupados consigo que com as garotas, filhos de Ares são brutos e ignorantes, de Hefestos, bem não são lá muito bonitos, exceto meu bebê, claro, os de Hermes não são confiáveis suficientes, os de Atena são chatos, muito lógicos e pouco sensíveis, fora que não sabem conversar, e os de Afrodite bem, os que não são comprometidos, ou estão na parte que adoraria o Alex por um dia, ou noite... Não são lá mais preocupados com as meninas que com a maquiagem ou a beleza... Então, não sobra muitos concorrentes disponíveis descentes, e ele é muito gostoso.— Deu de ombros e a outra revirou os olhos, mas era pura verdade, os garotos do acampamento todos tinham infinitos defeitos, principalmente ele. — É, mas vendo por esse lado, ele presta menos atenção nas garotas que os filhos de Apolo, na verdade ele não presta atenção em nada — Bern concordou, isso era a pura verdade, Alex tinha a infame mania de não notar em nada, principalmente nas garotas que se lançavam aos seus pés — Ah, mas é tão fofinho o jeito que ele te ignora, e fora que, ele tem um sorriso lindo. Mas você não me chamou pra discutir o porquê elas ficam babando nele, do que precisa? — Imediatamente Fay corou dos pés a cabeça, virou o rosto pro lado e lançou o pano que usava para fazer o ferimento do garoto parar de jorrar sangue num balde cheio d’água qualquer. — Ele está muito sujo de sangue, não dá pra saber quando é ele que está sangrando ou quando o sangue é de um romano... então... eu.... preciso....dar um banho nele. — Disse virando o rosto em chamas e a outra riu — Tudo bem, eu lhe poupo desse trabalho, e juro aqui solenemente que não irei atacá-lo enquanto está incapacitado!

 

            Piscou algumas vezes, o corpo todo doía e queimava, ultima coisa que lembrara-se é de uma flecha brotar no pescoço do ultimo romano que vinha em sua direção com uma lança, abriu novamente os olhos dessa vez conseguindo distinguir algumas coisas já acostumado com a luminosidade, conseguiu ver o teto branco, correu os olhos pela sala, tudo branco, claro estava na enfermaria, tentou sentar-se e sentiu a pontada enorme de dor muito superior a todas nas costelas esquerda, praguejou mentalmente, ficou alguns segundos recuperando o ar, tentou mover as pernas, e viu que ainda não as sentia, praguejou e virou a cabeça pro lado e viu Fay dormindo, deu o melhor sorriso que as dores permitiam e a sacudiu — O sua anta, depois que fica com o pescoço doendo não sabe por que... Quanto tempo to aqui? — Fay coçou os olhos para afastar o sono e se levantou — Uma noite. Não ficou sedado tanto tempo, você tem recuperação boa, o corte não foi tão fundo, não vai ficar nem cicatriz, agora me explica, o que raios você estava fazendo no campo de batalha, sem a sua espada e sem armadura? — Ele engasgou, sábia que a pergunta viria, mas não a queria tão cedo e nem nunca, deu de ombros, o que podia mover sem a dor lacerante lhe atingir — Me pediram eu fui, você tinha pedido pra um idiota me acordar, ele me acordou e eu fui. — Ela virou-se pra ele e deu um sorriso de descrença — Sem sua espada? Sem sua armadura? Sem seu escudo? Sem sua lança? Alex, você pode ser tudo, até imprudente, mas a primeira coisa que você ia querer é sua espada. Nem sua adaga que está com aquela novata você pegou de volta, se você tivesse de armadura nem sequer teria se ferido, mas foi idiota. —Deu as costas para ele com um sorriso vitorioso e caminhou até a porta, ele pigarreou limpando a garganta — Quantas baixas? Quantos prisioneiros? — Ela tocou a porta a abrindo — Seis baixas são dez horas, você tem até as duas pra levantar dessa cama, faremos as mortalhas nas homenagens dos soldados ao por do sol, você tem que estar lá não é opcional. E pra aprender a não ser idiota, vou te deixar com suas fãs. — Se retirou com um sorriso maquiavélico, e logo o sossego do moreno foi quebrado por dezenas de garotas que ele não lembrava os nomes — Nem rostos, nem parentesco divino, nem nada, por que não eram importantes — lhe bajulando. Como odiava isso.

            Entrou no chalé onze, ofegava pelo maldito ferimento que doía e lhe retirava o fôlego, deixou-se cair pesado sob a cama respirando com dificuldades, o caminho da casa branca era longo, ele estava cansado, ferido e tinha fugido de um bando de garota retardadas e obviamente odiava-as, isso era bem claro, olhou o relógio na parede que marcava onze horas, ainda tinha um tempo sobrando, voltou-se pro teto e fechou os olhos, tateou em volta da cama até achar a capa do seu violão, fechou os dedos em torno dele com força, levantou-se ainda resmungando das dores, era horrível a sensação, vasculhou com os pés embaixo da cama até achar seu tão adorado skate.  Colocou sua jaqueta padrão xadrez já que estava com o maldito uniforme do acampamento — Ainda falaria com o Quíron sobre poder enfiar aquela camisa laranja goela abaixo nele — aproveitando-se que as próximas horas seriam livres, ajeitou o violão nos ombros de forma que não machucasse tanto o ferimento e remou para fora do chalé.

            Após cinco saltos, uma quase queda, duas cantadas e dez mil pragas pelo machucado, finalmente sentou-se sob a sua árvore. Sim, sua árvore, ele mesmo plantara-a a cinco anos assim que chegou ao acampamento, tinha o hábito de trazer mudas de plantas toda vez que saia do acampamento, contava agora quatro mudas, uma de Aberdeen a primeira cujo qual se encostava agora, outra de Seatle, a maior — obviamente propositais, como cidades capitais do Nirvana — uma da Califórnia, que estava apenas um pouco menor que a de Aberdeen, e uma pequena a mais nova, não muito maior que si mesmo, vinda diretamente de Las Vegas, a única que tinha espinhos, sempre fazia trocadilhos por achá-la mais bonita que todas, porém não podia-se aproveitar já que lhe feriria, a nomeara em um de seus devaneios — que no dia estavam muito mais loucos que o normal — de Callie, o porque nem ele mesmo sabia, mas gostava desse nome. Sentou-se sobre o skate, retirou o violão de sua capa a jogando em qualquer canto ao seu redor, encostou a cabeça na árvore, e se pôs a dedilhar a canção primeira canção que estava na sua mente. Come as You Are.

            Segundos se tornaram minutos, minutos em horas e horas em metade do dia. Já era quase fim de tarde quando uma silhueta surgiu contra o sol, o vento forte jogava-lhe a trança pra esquerda e balançava fortemente a barra da camisa laranja do acampamento, o mesmo vento maldito que jogava o seu cabelo pra cima dos olhos, não que precisasse ver muito para saber quem era, apenas o barulho de seus passos lhe era tão familiar que já saberia quem se tratava, ela parou alguns centímetros a sua frente e estendeu-lhe uma lata de coca que foi aceita de bom grado, ela sentou-se a sua frente e abriram a lata simultaneamente, com ele lutando para os fios negros não grudassem nos lábios nem fossem molhados com o líquido da latinha. — Cabelo maldito ainda vou cortá-lo — Resmungou lançando-os pra trás e colocando o violão de lado, respirou fundo e fitou-a, tinha uma expressão cansada, havia acontecido algo, deu outro longo gole e a fitou dando espaço para que fala-se. — Interrogamos o romano capturado, eles estão à procura de um lugar para um novo acampamento de romanos, uma legião quer se estruturar aqui na América, eles não tem muitos romanos, mas ainda assim defender duas frentes, com poucos campistas que temos preparados vai ser um problema. — Alex respirou fundo e secou a latinha de coca. — Perdemos seis soldados nesse ataque, os meios campistas mais próximos devem chegar entre amanhã e depois, pedi ao Quíron algum tempo, mande Josh levar metade dos soldados que temos aqui, e todos os cavaleiros. Extermine todos antes que causem algum problema. — Amassou a latinha e a jogou fora, erguendo-se com seus pertences caminhou em direção ao chalé até que ela o segurou pelo braço. — Alex, você está pedindo para eu mandar quase mil adolescentes para exterminar algumas dezenas ou centenas de crianças e adolescentes? Você está louco? Nem todos tem o sangue frio que você tem, nem todos lutam tão bem quanto você, e nem todos estão dispostos a matar centenas como você. — Alex soltou-se dela e continuou seu caminho — Fay, dessa vez eu não pedi sua opinião, se não matarmos agora morreremos, é um ciclo sem fim, então vamos acabar com ele, assim como é estupidez navegar metade do planeta pra ir lutar na União Soviética, é estupidez deixar o lobo a sua porta. Dessa vez eu pude rechaçar o ataque deles, na próxima eu posso ser morto envenenado ou com uma lança nas costas por um dos campistas do Quíron, você sabe que temos espiões aqui, mande acabar com essa guerra e fique de olho, não podemos confiar em qualquer um.

            Ao fim da tarde as mortalhas queimaram e as chamas lamberam os céus lançando as cinzas de soldados que lutaram ao seu lado um dia, mantinha a face fechada, uma ou outra garota sem escrúpulos tentou se aproximar dele enquanto assistia aqueles com quem dividiu a mesa um dia, com quem afiou a espada ou dividiu uma piada na fogueira, elas não entendiam nada fora maquiagem, não entendiam as coisas da guerra, ninguém o entendia, suspirou cansado e foi até Mason que estava abraçado com Bern em um dos cantos assistindo o corpo de antigos companheiros queimar, assim que se aproximou a morena deu um selinho rápido e carinhoso no outro e se retirou rapidamente, Alex então se aproximou do outro assim que ficaram a sós. — Enquanto as preparações? Algum andamento? Precisaremos daquilo o quanto antes. — O outro coçou a barba mal feita e bagunçou os cabelos ralos, coisa que fazia quando era pressionado e não tinha saída. — O bronze celestial acabou. Quíron mandou o ultimo estoque de espadas de bronze para os que estão na linha de frente na Rússia, quinhentos gládios de bronze puro, num navio nesse exato instante. — o moreno soltou uma praga — Idiota, pra que quinhentas espadas? Os que estão lá mal sabem como segura-las, não sobrou nada? Nenhuma folha de algum escudo? — A resposta negativa o fez chutar o chão irritado, bagunçou os cabelos em nervosismo, precisava achar alguma saída. — Estou indo pra forjas, preciso terminar aquele trabalho. Bom, enquanto isso vou usar o plano. Situações extremas requerem medidas extremas. Se prepare também, não sabemos quando a guerra baterá em nossas portas. — Alex tomou seu caminho para longe das mortalhas, não sem antes fazer uma reverencia marcial aos soldados mortos. Quando já estava longe ouviu Mason gritar — Então, se vai mesmo. Boa sorte Alex! — Assim que ele sumiu de vista se permitiu deixar os ombros caírem e dar um suspiro cansado e preocupado. — Pai, por favor.  Sei que não tem nada a ver com o senhor, mas fazendo o favor, protege o Alex. Ele é meio idiota, estúpido, até mesmo arrogante, mas ele é uma boa pessoa, ás vezes, se ele sair dessa eu prometo que queimo um leitão inteiro na fogueira pro senhor, só mantém ele vivo ok? Bern iria ficar muito mal se ele morresse

            A madrugada seguiu-se com trabalho pesado, a capa de proteção foi largada quando o calor se tornou insuportável, tinha o torso manchado de graxa, os cabelos desgrenhados e sujos, nas mãos pesadas luvas de couro e no rosto o visor, apoiava um enorme alicate que segurava um fiapo de metal dentro da fornalha que queimava o aço, o torso nu chamava até mesmo atenção das filhas de Hefesto que estavam na forja, de vez em quando ele se permitia até mesmo usar o charme pra conseguir ajuda com algumas marteladas quando o braço cansava, ou para conseguir uma latinha de coca para repor o líquido e melhorar um pouco o calor. Quando o tempo deu o suficiente abriu a fornalha e retirou de lá o que é que fosse, com a quantidade enorme de vapor nem mesmo ele conseguia identificar o que era, segurou firme o alicate colocando-o sobre a bigorna, antes de pegar o martelo e se por a bater, dobrar metais era a parte mais chata e mais divertida da forja, após as marteladas suficiente, jogou dentro de um tubo com água gelada e permitiu-se apoiar numa cadeira, enquanto mais vapor subia do tubo e o metal esfriava, contou até trinta e retirou colocando perto dos olhos, tateou a pequena mesa de ferramentas pegando um marcador, ajeitou na ligação da empunhadura com a espada e marcou aquela obra com o “A”, marca registrada dele, nunca usava nada dado pelos deuses, nunca pedia nada pelos dons dos filhos de Hefesto— exceto quando apenas esse dom podia resolver, e nesse caso fazia acordos com Mason—, sempre forjava seus próprios itens, e esse não seria nem um pouco diferente, viu o sol nascer no horizonte por uma pequena janela, colocou na fornalha e resfriou apenas mais uma vez, terminou as ornamentações e a empunhadura e saiu da fornalha pra o chalé, precisaria pelo menos estar limpo para seu plano dar certo.

 

 

            Duas semanas, duas semanas se passaram desde que ela fora reclamada por seu pai, não que mudasse muita coisa ser filha de Apolo, na realidade só fora retirada de perto de seus amigos — e de Alex— e lançada em outro chalé perto de garotos que só falavam de “Comer fulana”, “Pegar cicrana” e “Fazer beltrana chupar” e de seus egos enormes, as garotas pelo menos eram menos ridículas que os meninos, pareciam realmente irmãs, se sentia bem na companhia delas afinal eram parecidas até mesmo em alguns defeitos, sentia-se quase igual a elas, exceto que todas elas eram ótimas em algumas coisas, algumas conseguiam disparar flechas a uma centena de metros até de ponta cabeça e acertar o alvo, outras cantavam tão bem que invejaria algumas estrelas, outra escreviam poemas, outras dançavam tão bem, que imitavam perfeitamente as coreografias do Michael Jackson, mas nenhuma delas sequer conseguia empunhar uma espada. E não importava o quão bem elas cantassem, parecia que nenhuma voz conseguia tirar da sua cabeça a voz rouca, nenhuma dança conseguia tirar de sua cabeça os movimentos simples, e nenhum tiro de arco podia retirar a beleza da arte com a espada de certo Cavaleiro do Grunge, às vezes se pegava procurando uma desculpa pra entrar no chalé de Hermes ou até mesmo ir para o campo de treino de espadas, apenas para vê-lo fingindo que perdia pra dezenas de campistas toda vez. Não entendia o porquê de ele fingir ser tão ruim na esgrima quando na realidade derrubaria todos de uma só vez, da mesma forma que derrubara pelo menos duas dezenas de romanos com apenas uma espada. Mas não o fazia, pelo menos não de perto, na ultima semana o moreno estava estranhamente muito próximo de uma das filhas de Hermes, uma tal de Stacy, que parecia quase colocar os seios para fora toda vez que ele lhe dirigia o olhar, e quando ele lhe dirigia um sorriso, a garota só faltava ficar nua e se lançar nele. E claro que Amy tinha o desejo de lhe deixar uma flecha entre os olhos toda vez que dava um dos sorrisos sugestivos a ele, não que estivesse com ciúmes — nunca, jamais assumiria isso, muito menos quando Max estava por perto para alfinetá-la— mas aquela garota a irritava, e muitas outras partilhavam da sua mesma ideologia.

            Terminou de se arrumar e foi até o campo de treino de arcos, com suas novas irmãs que riam e se divertiam, tinha um sorriso estampado no rosto marcado pelo sol típico latino, que logo sumiu quando viu que ele estava ali embaixo de uma das árvores, ele tinha o violão dado pela Srta. Polly e ela um micro-short bem indecente, a maquiagem berrante e os cabelos loiros escovados na altura da cintura, os olhos verdes. Não sabia o que nisso mais a irritava, apenas tinha um ódio de tudo que a garota tinha, mesmo quando isolados fossem agradáveis, quando reunidos nela lhe causava um ódio sem igual, mas não, não tinha um pingo de ciúmes. Encordoou uma flecha para acompanhar as irmãs, mas sua fúria não deixou fazer pontaria, a flecha tremia, até que puxou tanto a corda que o elástico arrebentou acertando seu rosto, seu gemido de dor foi tão alto que chamou atenção do moreno, ele deu um sorriso atravessado por um segundo ignorando a garota ao seu lado, ele levantou-se pedindo a ela um segundo, enquanto batia a poeira do jeans rasgado nos joelhos, não soube quando, mas só quando ele estava sobre si foi que sentiu o chão, havia caído sentada, ele estendeu-lhe a mão, aceitou-a e foi erguida, seu estomago dava voltas apenas por sentir o cheiro dele tão próximo novamente, ele pediu um arco e colocou-o em suas mãos com um toque rápido que fez um arrepio correr espinha acima.

 — Você atira errado. — Foi tudo que ele disse, mas soou como a mais maravilhosa música para os seus ouvidos, ele posicionou atrás de si e posicionou os braços em volta dela a colocando na posição correta, não via nada, apenas sentia o hálito dele, uma mistura de menta e coca que lhe conferia o hálito único que lhe fazia ir às nuvens. Não ouviu nada que ele disse apenas quando ele perguntou novamente se tinha lhe escutado que foi desperta de seus sonhos, sorriu envergonhada e ele revirou os olhos. — Você deixa o músculo tenso, não se tenciona os músculos, aqui, venha, jogue o peso nas costas, flexione mais os joelhos, deixe o arco na altura do ombro deixe essa mão mais leve, solte o ombro. — Dizia as instruções grudado atrás dela para arruma-lhe a postura.  As suas irmãs lhe dirigiam olhares de inveja ou apenas davam risinhos bobos enquanto cochichavam uma com as outras, não se importou, mas mesmo assim errou a postura uma ou duas vezes apenas para prolongar o contato com ele, quando por fim acertou e ele se separou dela. — Agora simples você vai puxar a corda até o meio do queixo e soltar de uma vez. Deixe que seus olhos achem a mira correta. — Prestava atenção nele quando ele lhe deu o espaço para disparar, fez a postura que lhe foi ensinada e olhou para o boneco, por um segundo deslumbrou a imagem da garota toda oferecida para o moreno, veloz e ferozmente encordoou uma flecha, a puxou até o meio do queixo e a disparou, a flecha se alojou no meio da testa, virou para agradecê-lo mas só então entendeu o que ele fizera, tudo foi apenas um jogo e ela foi uma peça para fazer ciúmes na tal Stacy, por um segundo teve vontade de lhe estapear, mas isso sumiu assim que ele se afastou com um sorriso até onde a garota estava, nunca sentira tanto ódio dele.

Alex voltou-se a sentar do lado da garota, tomou o violão em mãos e fingiu escutar-lhe falar de algo como sempre fazia, odiava-a era um fato, mas não podia deixar transparecer, Amy havia lhe caído como uma luva, de fato ela atirava errado, mas não precisava de toda aquela cena para fazê-la aprender, claro também usara pra causar um pouco de ciúmes na Stacy, e claro deu certo, garotas eram tão fáceis de manipular. Fingiu prestar mais atenção ainda no que ela falava, nem sequer sabia o que ela dizia, ou sobre o que ou qualquer coisa, obrigava-se a olhá-la nos olhos, dar pequenos sorrisos às vezes dependendo do tom de voz que ela usava, ou concordar. Quando à hora chegou praguejou os deuses, havia muita gente ali, pretendia fazê-lo em público, mas não com um público tão grande, amaldiçoou todos os deuses mentalmente, se perdoaria pelo que faria? Era por uma boa causa, mas os fins não justificavam os meios, mesmo assim mandou tudo pro inferno, tinha um plano, tinha uma causa, e tinha uma guerra a vencer, não era hora de ficar se remoendo pelos meios usados. Ignorou o que a garota falava, rapidamente colocou o violão de lado colocou uma das mãos na nuca dela enquanto a outra repousava sugestivamente em sua bunda e a puxou para um beijo, um beijo bem longo, se forçou para parecer que estava gostando, e ao julgar pelos aplausos, xingamentos, maldições e, o barulho de uma voz grave gritando seu nome furiosamente, uma espada sendo desembainhada, dera bem certo.

Empurrou-a pra longe fingindo surpresa quando a enorme espada de duas mãos feita inteiramente de bronze celestial partiu o chão onde estavam, rolou pra longe colocando-se de pé, imediatamente Stacy deu um grito — Bran?! O que você está fazendo aqui — O líder do chalé de Ares se erguia alto, talvez pouco mais baixo apenas que Mason, nas suas mãos uma espada de quase dois metros de lâmina com um palmo de largura, inteiramente de bronze, no pomo um javali marcado, símbolo do deus da guerra, ele fez um novo arco buscando o moreno com a lâmina mas acertou apenas o vazio. — Vendo a minha namorada agarrada com um vadio não reclamado! — Urrou dando um novo golpe que novamente passou no vazio, mas dessa vez conseguiu acertar um golpe com a manopla no queixo do moreno que foi atirado ao chão, porém antes do filho de Ares erguer a espada, Fay surgiu dando-lhe um chute no peito que o atirou para longe, e em poucos segundos dezenas de campistas se interpunham entre ele e Alex. — Vou te matar maldito! Não reclamado! Ninguém mandou tocar na minha garota filho da puta! — Com o braço lançou três campistas ao chão, porém mais se colocavam em seu caminho, principalmente Fay, ao vê-la ele estremeceu — Seu maldito! Vou te matar, Hoje, as duas, na praia, traga sua armadura, mas não vá de elmo, quero ver seu rosto quando eu lhe arrancar a cabeça!— dito a sentença ele se virou e saiu bufando com a espada raspando no chão. Assim que a multidão começava a se sumir Alex limpou o sangue que teimava escorrer pela boca e ergueu-se batendo a poeira.

— Obrigado Fay, fico te devendo por me prote... —Não pode terminar por que foi cortado, recebeu um tapa tão forte da garota que o rosto imediatamente começou a queimar, levou a mão ao local surpreso — O que eu fiz?— Ela o fuzilou com os olhos, furiosa, suas mãos tremiam e teimava em tocar o cabo da adaga — O QUE VOCÊ FEZ?! Você provocou caos em toda a zona da quadra! Você praticamente provocou brigas internas em que você podia morrer, onde campistas poderiam ter sido feridos e pior! Você me...! Você me fez ter que resolver isso tudo. Roderick; chame filhos de Apolo pra cuidar de quem estiver machucado, se por ventura alguém estiver e também chame Bern e diga a ela que estarei no meu quarto na Casa Grande, não entre lá e barre a entrada de quem tentar. — Dito a ordem ela deu as costas e saiu em marcha batendo os pés irritada, Alex tentou segui-la e chamá-la, mas a espada de Roderick ameaçou-lhe o pescoço —Seling pediu claramente para ninguém incomodá-la e devido a situação, creio que muito menos você, acredite, eu não hesitaria em partir-lhe a garganta sob ordens dela. — Alex murmurou um “tão prestativo” em tom irônico enquanto olhava a garota de cabelos cor mel sumir de sua vista, em algum momento que não soube explicar Stacy grudou em seu pescoço enfiando a cabeça em seu peito pedindo para não ir a luta que Bran era um temível guerreiro, e coisas que ignorou logo depois, seus olhos estavam perdidos no caminho traçado pela outra garota e sua mão no local em que ela o atingiu. Não ficou muito tempo e deu uma desculpa pedindo pra qualquer escudeiro de seu exército ali que chamasse Mason para o chalé onze, e que ele levasse “O pacote”.

Terminou o banho rápido para relaxar os músculos e pediu — na realidade mandou — que todos os filhos de Hermes saíssem do chalé, logo Mason entrou quando terminava de amarrar a calça, ele caminhou até a cama com um embrulho em mãos e sentou-se o olhando pelas costas. — Fay está puta com você — Alex parou de amarrar a calça, de tecido leve e folgado para não atrapalhar os movimentos, respirou fundo e continuou o que fazia. —Não me importo. Sabia que aconteceria, o plano é mais importante. — Disse enquanto calçava as sandálias e as amarrava, Mason a suas costas levantou-se com um olhar crítico. — você sabe que não adianta mentir pra mim eu sei o qua...— Alex o cortou, o tom de voz frio e direto — Eu já disse que não me importo. O plano é mais importante que a Fay. — mentiu — O dia que uma amiga for mais importante que algo eu tomo outras atitudes. — Deu grande ênfase no “amiga” para que o outro parasse de lhe encher o saco, desistiu de por a sandálias da armadura e colocou um all star preto, levantou-se e arrumou o cabelo para que não caísse sobre os olhos — Me alcança meu peitoral. — O outro o fez e entregou a ele o peitoral de aço que imitava os músculos do torso. — Só pra te lembrar você sabe que contra uma espada daquele tamanho esse peitoral não te protege mais que a camisa do Nirvana, não é? — O moreno deu de ombros e amarrou o peitoral pegou o cinto afivelando a adaga e o embrulho, uma gládios com o pomo em “A” com a empunhadura de couro e borracha pra amenizar o impacto. — Sei, mas a Fay diz q... — suspirou cansado— É uma luta de guerreiros, usar o peitoral é reconhecê-lo como um. Eu preciso disso, pelo menos agora. — O outro iria dizer mais algo, mas ele colocou o elmo demonstrando que a conversa já fora longa demais, apanhou o escudo e a lança, carregando-os na mão esquerda, deu mais uma suspirada longa e iniciou marcha para o local da luta.

Meia hora de marcha até chegar ao lugar marcado, Alex tinha já os ombros tensos do peso da armadura e uma parte das costas em carne viva pelo esfolar lento do aço, o braço esquerdo doía por carregar o peso do escudo e da lança aquele tempo todo em marcha, permitiu-se sentar enquanto o adversário fazia as preparações, Mason estava consigo, porém era o único quase todos que foram para assistir ou estavam do lado de Bran ou se afastavam dele — como era o caso de Bern, Max, Amy e Fay que insistiam em assistir de longe desviando o olhar dele sempre que buscava olhares amistosos — jogou uma praga quando viu que determinado movimento com as costas já não podia mais ser feito sem uma dor lacerante devido a pele em carne viva. — Você sabe que precisa de um escudeiro não é? — A voz do filho de Hefesto foi um martelo em sua mente nublada, respirou fundo e fincou a lança no chão — Sei, admito que sei... Por que todas estão me evitando? Fiz alguma coisa de errado? — Mirou os olhos no outro que estava em pé, ele o olhou e revirou os olhos, Alex não tinha o mínimo de inteligência emocional. — Não sei —Mentiu— mas vamos lá, você tem que espancar esse idiota, se você sobreviver eu queimo um leitão inteiro pro meu pai e... Espera, isso não vai acabar com seu disfarce de mal lutador? — O moreno riu e ergueu-se estalando as costas com uma praga pela dor — Sim, vai, mas foi exatamente para isso que fiz o disfarce, roupas largas pra evitar ficar mostrando os músculos, apanhar de qualquer um... Pra quando eu precisar mesmo lutar e usar a força, ninguém ter nem noção da minha habilidade. E é por isso que vou vencer.

O outro ergueu-se completamente protegido por aço, a armadura de anéis trançados de aço protegia-lhe do pescoço a bota, em uma couraça sem falhas de metal, no peito por cima da malha de anéis de metal havia uma placa sólida de aço polido, e na cabeça um elmo de metal bruto, um dos filhos de Ares bruto alto e feio lhe trouxe a espada embainhada e ele a sacou. Quase dois metros de bronze celestial polido rugiu quando foi sacado, a espada era a coisa que mais bem representava os filhos de ares, grande, pesada, extravagante e extremamente desnecessária, Alex em resposta enfiou a lança na areia e retirou seu elmo, o colocando na haste da lança com um sorriso travesso. — Não é o que queria? Aqui estou eu, sem elmo, pode vir e tentar arrancar minha cabeça, mas, a condição é simples, se você perder vai ter que se afastar da Stacynha e sua espada será minha, um preço justo. Não acha? — O outro riu aceitando o desafio e brandiu a espada com ambas as mãos, Alex imediatamente lançou seu escudo na areia, aliviar o peso no braço que estava cansado virou para Mason dando um sorriso confiante, o grandalhão apenas assentiu e o moreno sacou sua espada. A arma era uma espata de dois gumes com setenta centímetros de lâmina e mais quinze de empunhadura, empunhadura que parecia perfeitamente ajeitar-se a mão do moreno, a lâmina fina de aço recém escovado brilhava com o sol, até podia-se ver as dobradiças onde o metal fora dobrado meia centena de vezes, mas o que mesmo de longe mais impressionava era a lâmina, a espada toda era feito de aço cinza e polido, mas a lâmina fora feita especialmente de bronze celestial, uma folha fina do metal divino fora usada na lâmina, pelo bronze celestial ser fino se tornara ainda mais afiado que deveria, no pomo levava a marca um “A” em obsidiana que brilhava negro toda vez que o sol acertava o ponto, marca que ele mesmo a fizera, e fizera um trabalho magnífico

Deu um sorriso enquanto girava a espata, o balanço perfeito fazia-a dar voltas sem separar-se dele, mesmo sendo segura apenas pelo dedo médio, o outro ignorante não conteve a gargalhada — Você acha mesmo que vai me ferir com isso?! Não tem força para empunhar uma espada de verdade e vem pra batalha com uma faca de cortar pão?!— As risadas explodiram e Alex deu um sorriso vitorioso e debochado, caminhou até ele entrando perigosamente no alcance da outra espada que era bem maior — É, não tenho força para empunhar uma espada como a sua, mas garanto que metade do seu chalé ouvia como a Stacy gemia e urrava meu nome durante a noite não é?  — O sorriso se alargou quando o outro deu um urro furioso e brandiu a enorme espada com as duas mãos. Bran atacou com um arco na horizontal, o golpe fora tão avassalador que levantara uma pequena cortina de areia devido ao deslocamento do ar pela enorme espada, mas fora inútil pois Alex arqueara o corpo para frente no ultimo instante e a pesada lâmina atingiu apenas o ar. O garoto soltou outra bravata e Bran atacou novamente num arco na vertical, a lâmina enterrou-se fundo na areia no local que o moreno estava a alguns segundos atrás, o visor da armadura atrapalhava a visão com aquela fina cortina de areia, não sabia onde estava o outro até que um golpe brincalhão com a parte chata no elmo do filho de Ares o despertou — Aqui o grandão, alem de corno é cego? — Riu, bem alto para revelar sua posição e deu um passo para trás quando a enorme espada partiu o ar a sua frente, golpeou novamente com a parte chata da espada no elmo rindo, abaixou-se desviando de um novo golpe na horizontal, bateu novamente no elmo e afastou-se em pequenos saltos quando o novo golpe partiu o chão onde estava. Alex tinha o sorriso no rosto, parou apresentando o flanco direito a frente do oponente e o golpeou com a parte chata no visor do elmo, deu um passo para o lado fazendo a espada cair no chão inofensiva, um outro golpe no elmo, abaixou-se deixando a arma do oponente passar no vazio, um novo golpe no elmo, recuou meio passo deixando o golpe encravar a sua frente e um novo golpe no elmo.

Bran já ofegava tanto de ódio quanto de cansaço, os golpes no elmo não lhe atingiam, mas faziam um barulho infernal que conseguia por alguns segundos até mesmo o atordoar, mal enxergava, apenas golpeava mais e mais forte, o peso da cota de malha e as placas de aço começavam a pesar no ombro, mas golpeava mais e mais, e a cada golpe dado no vácuo um novo golpe surgia no elmo, sempre em posições diferentes, até que pareceu que ele cansou de rodeá-lo e começou a golpear parado, apenas desviando-se dos golpes de espada enquanto batia-lhe uma ou duas vezes no elmo, berrou em fúria usando toda força que podia num golpe horizontal, acertou o vazio, porém pode sentir algo varrendo-lhe as pernas e jogando-o de costas ao chão enquanto seu elmo era lançado longe. Alex mantinha-se parado, evitando os golpes que ficavam cada vez mais lentos, até que o oponente projetou todo o corpo em sua direção berrando de ódio, apenas retirou o corpo da frente deixando-o passar enquanto mantinha a perna esquerda na mesma posição, o enorme filho de Ares chocou-se com a perna e tropeçou caindo num meio giro na horizontal que lançou o elmo para longe e estatelou-se de costas no chão, Bran estava acabado e qualquer um podia ver isso em seu rosto, os cabelos castanhos grudados ao rosto empapados de suor, ele respirava com dificuldades fazendo a placa de metal subir e descer a cada vez que puxava o ar, o moreno caminhou até ele e tomou-lhe das mãos a enorme espada de bronze celestial. — Fico grato, e como um homem honrado, irei poupá-lo, não tem nenhum motivo para lhe retirar a vida. — Fez uma pequena reverencia zombeteira e se retirou.

Com passos largos e pesados chegou até Mason que assistia sentado numa pedra, tinha um sorriso no rosto. — Por um segundo até mesmo pensei que você fosse perder Alex.— O moreno largou sobre ele a enorme espada recém conquistada e embainhou a sua própria. — Por um segundo? Também pensei, se importa de me ajudar com esse peitoral? Essa porra está esfolando minhas costas. Prometo que arrumo um escudeiro assim que terminarmos nossas metas. — Resmungou dando as costas pro outro que lhe aliviava do peso do metal que lhe protegia o peito, assim que pode lançou-o para a areia deixando o torso nu, com uma pequena parte das costas esfolada. — Temos ai o que? Dois quilos de bronze celestial? Sem contar que olha o tamanho dessa coisa, agora sim temos materiais suficientes. — O outro concordou com uma gargalhada, após apanhar o escudo, a lança e o elmo que foram lançados cada um em um canto, começou a rumar em passos leves e tranquilos para o caminho de volta, especificamente para o chalé onze, estavam já saindo quando a voz estridente de Stacy soou aos berros — Alex! — E em outro instante a garota estava ao seu lado tentando o beijar, a reação foi rápida e dura, retirou o corpo da frente no ultimo instante fazendo-a cair desamparada na areia, olhou para ela com o semblante frio balançou a cabeça em negação e deu as costas, mais dois passos e parou ainda sentia o olhar da garota em suas costas, olhou a sob os ombros com um sorriso divertido— Foi mal garota, não gosto de vadias. — dirigiu-lhe uma piscada e continuou a andar ignorando completamente os chamados da garota pela qual lutara. — Vamos grandão, temos muito trabalho pela frente. A guerra se aproxima.


Notas Finais


é isso ai, quem gostou gostou, quem não gostou desça o Monte Olimpo de Monociclo

Obrigado por ter lido, por me aturar nas notas finais e do autor, por ser essa pessoa maravilhosa e

Tchau!


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