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História Contos do Inferno de Gelo - Conflitos Internos


Escrita por: Uchiha_Sayto

Notas do Autor


Iai pessoal tudo beleza?

Só um leve Surprise pra quem achou que demoraria mais alguns bons dias até postar de novo um novo cap.

Há! Pegadinha, ainda tem mais vindo ai.

Então se acomoda, faz a pipoca, pega uma coca porque.

AI VAAAAAAAI

O

SAMURAAAAAAI

Capítulo 8 - Conflitos Internos


O sol se punha de mais um dia, um dia da morte de um herói, um dia de luto, o moreno ainda olhava o lago da canoagem totalmente vazio com um dos cigarros de Josh nos lábios, ainda tentando assimilar que o homem que o ensinou quase tudo que sabia se fora sob ordens dele, o mesmo homem que o próprio Alex achava que era muito melhor no comando, mas que o colocara a frente de todos, o mesmo que lhe foi o porto seguro, que lhe guiou em missões das duas primeiras contas, agora morto, parecia brincadeira, uma péssima brincadeira de mal gosto dos deuses, deu um ultimo trago no cigarro o atirando para longe, tingindo de cinza o ar a sua volta, de longe notou alguém se aproximar, virou o olhar e deparou-se com Amanda, sentando-se ao seu lado. — Você está bem? — Ele deu uma breve risada irônica. — O cara que simplesmente me criou acaba de ser queimado na minha frente, morto por uma estupidez minha... Como acha que estou? —Mentalmente ela se xingou e abaixou o olhar. — Não muito bem né? Vocês falam tão bem dele... Queria ter tempo de conhecê-lo, parecia um bom homem... Quíron diz que os de meio-sangue não vivem muito, a maioria morre na adolescência, mas ele viveu bastante, era velho, fazia até faculdade, devia ser muito forte, quantos anos ele tinha? — O garoto voltou o olhar para o céu que começava a ficar escuro. — Vinte e cinco... Ele era o mais forte que já lutei, se é que aquilo se chama de lutar, ele me surrava sempre... Só fui começar a ter boas lutas com ele, ou vencê-lo quando fiquei mais velho. Josh era o melhor com a lança em séculos dizia o Quíron, ele que me ensinou a lutar de lanças e arremessa-las... Ou, segundo ele, só me lembrou de como fazê-lo. — Ela achou o fim da frase um tanto estranha, mas achou melhor não comentar, soube por meio das garotas que Alex chegou ao acampamento com dez anos de idade e, segundo o que ele disse, ele não se lembrava de nada antes disso, foi tirada dos devaneios quando ele se ergueu preguiçosamente. — Vou atrás da Fay, faça um favor Amy, avise a Max, irei treiná-las, de madrugada, na praia, ambas, está na hora de começar a ensinar vocês pesado... Vão precisar. — Após dizer novamente que iria treiná-las ele saiu, indo em direção à casa grande completamente desleixado.

            Os passos foram ficando mais tensos à medida que se aproximou, avistou Roderick vestindo armadura, elmo, com escudo no batente da porta e a espada na cintura, ignorou-o como sempre fazia e ia tentar passar se a mão dele não barrasse o caminho. — Ordens da Seling, Alex, eu não hesitaria em lhe atacar por ordens dela, ela não quer lhe ver. — Alex gargalhou, para a surpresa do outro, abaixou a mão do filho de Atena com desprezo. — Ela não quer me ver... Ah que engraçado, ela disse que não é pra perturbá-la, mas ela me chamou aqui... Faz um favor some daqui vai. — Roderick novamente colocou o corpo a frente de Alex com as mãos na espada. —Cara, desiste você não é nada pra ela, você sabe que não é nada pra ela, por que insistir? Sabe que sou eu que fico com ela toda noite, sabe que sou eu que visto-a a armadura, sabe quantas vezes já a vi nua? Sabe o quão maravilhosos são os seios dela? Ah, espera você não sabe, agora faz um favor, vá vestir algumas roupas descentes, e fica longe da minha namorada. — O outro de um sorriso cínico, aprendera a sorrir para não matar alguns campistas, e esse era um desses casos, cerrou os punhos com força e fechou os olhos num largo sorriso falso. — Tá bom cara, foda-se, some da minha frente que eu quero falar com 'sua namorada'. — A falta de respeito ou o fator dele praticamente o ignorar irritou Roderick, tanto que seu rosto foi tomado pela cor vermelha de raiva. — Eu já disse pra desistir, por mais que ela seja meio vadia, ela não vai te dar uma chance cara, desiste. — Aquilo foi o estopim, Alex nunca se importaria se falassem dele, já até aprendera a ignorar enquanto o batiam, mas falar mal da Fay conseguia o irritar profundamente, abriu um sorriso debochado e encarou o outro. — Fay meio vadia? Não sabia que ela era filha de Atena. — após a frase apenas alargou o sorriso e esperou o impacto.

            Foi devidamente mais fraco que esperava, Roderick em fúria o socou com toda força que tinha, brincando Alex fingiu cambalear e recuar, nesse curto tempo apenas ouviu o barulho de metal contra couro e o ar sendo cortado. Desviou-se facilmente de um arco irritado do filho de Atena, ele era lento e ruim com a espada, começou a recuar desviando dos golpes dele facilmente, o outro lhe atacava como um idiota sem dar pausas para respirar, depois do sexto ataque consecutivo revidou, assim que o outro levantou a espada num ataque na vertical o moreno contra atacou, passou o braço por baixo do braço direito dele o acertando um potente soco de direita de encontro, o barulho de osso se partindo foi inconfundível, Roderick foi lançado ao chão com o nariz quebrado e sangue jorrando do ferimento, o elmo fora lançado longe e a espada perdida no soco, ele até tentou se erguer, mas um soco de direita o jogou novamente no chão tonto, pontos negros formavam-se em sua visão, isso e os punhos furiosos do moreno o acertando cada vez em um ponto diferente, olho, boca, nariz, queixo,recebeu até uma cotovelada no supercílio que rasgou e deixou sangue jorrar farto, aproveitando-se da brecha agarrou-o pelo cabelo e o puxou, girando para ficar sobre ele, acertou dois socos de direita enquanto puxava o cabelo longo do moreno, até que ele esquivou do soco e sua mão acabou acertando o chão, novamente o barulho de ossos e o sangue escorreu da mão do filho de Atena, Alex aproveitou a brecha e girou, colocando a mão que puxava seu cabelo em meio a suas pernas e o jogou de lado numa chave de braço, porém não seria tão bondoso, num movimento brusco quebrou-lhe primeiro o pulso esquerdo, Roderick gritou de dor, e para ele se calar o socou novamente, estava sobre ele socando — um, dois, três, quatro, cinco, seis. —era tudo o que sua mente raciocinava no sétimo alguém o tirou de cima do escudeiro, não precisou nem sequer virar pra saber quem foi, o cheiro, a forma brusca que o jogou de costas no chão, e o grito de "QUE PORRA É ESSA" foi claro suficiente para saber que Fay estava muito puta.

            Ela se afastou rapidamente, como se Alex fosse novamente um desconhecido, indigno de sua confiança. Seu olhar era cortante. — É isso o que faz quando preciso de você?! — Apontou para o escudeiro no chão, logo ajoelhando-se ao lado do filho de Atena para prestar algum socorro. — Que tipo de selvagem você se tornou, Alexander? Desde quando só resolve problemas com violência sem sentido? Eu sinceramente achei que pudesse contar contigo, parece que me enganei! — Enquanto ela apenas despejava suas palavras, incrédula e com o sangue fervendo, Alex não estava muito diferente. Tentando absorver as acusações, ele olhou em volta, estando ciente do show que proporcionava a alguns outros campistas, reconheceu os olhos de cores inconstantes que pertenciam a líder do chalé de Afrodite, era tão surreal que não pôde conter o riso, que surgiu queimando sua garganta, porém não mais do que sua resposta a Fay. — Quer saber? Me culpe, Seling. Seja hipócrita como só você consegue ser, como sempre é. Mas não comigo, que se fodam você e a porra do seu traidorzinho de estimação!  — O que Fay sabia para poder dizer qualquer porcaria em defesa de uma serpente como Roderick? Que direito ela tinha de fazê-lo sentir-se culpado e mentiroso pelo que dizia? Que direito ela tinha de continuar tão pétrea enquanto ouvia tanta injúria? — Pelo menos aprenda a perguntar a Bern antes de acusar seu próximo alvo de ódio. — A postura mudou, e aquela estátua de leoa imponente desmoronou, num baque que não passava despercebido nem mesmo com tanta raiva ainda o corroendo. Por fim, que mínimo direito Fay possuía nas mãos de feri-lo também, e continuar tão influente sobre seus sentimentos conturbados mesmo em uma situação como aquela? Manteve na face num desprezo que tentou convencer-se de que realmente possuía e cuspiu o sangue que acumulava-se na boca, dando as costas a decepcionante visão de Fay. Esta que baixou o olhar ao subordinado, dissimulando firmeza e seriedade ao socorrê-lo, enquanto nem ao menos prestava atenção no mundo a sua volta desde que Alex simplesmente se fora.

            O dia mal tinha amanhecido quando Bern adentrou as portas da Casa Grande pisando forte, pela primeira vez não rebolava, não tinha bom humor para aquilo, notou Fay debruçada em papeis e tinta e diversos livros, geografia, artilharias romanas históricas, armas bélicas russas, tudo que podia auxiliar na guerra, provavelmente ela não tinha dormido, soube que ela saiu para cuidar dos ferimentos do escudeiro, tentou amenizar tudo aquilo mas ao seguir Alex conseguiu apenas ser enxotada, parou a porta do quarto da mesma, ela estava tão alheia, nem sequer lia apenas olhava o papel tentando decifrar palavras que não faziam sentido, pigarreou chamando-lhe atenção, o que não era muita coisa, até mesmo o olhar da outra parecia um tanto vago, como se estivesse pensando em muita coisa ao mesmo tempo, ou em apenas uma só que lhe consumia tudo. — Não acredito que você fez isso... — Finalmente a frase fez a mais nova despertar, ela ia falar, mas Bern não lhe deu o mínimo espaço. — Você foi rude, imprudente e injusta! Você jogou tudo encima do coitado, sendo que nem sequer sabia o que aconteceu, pra começar a conversa, você o culpou ficando do lado do Roderick, onde você estava com a cabeça? Me diga, quantas vezes o Alex simplesmente bateu em alguém por bater? — Novamente Fay foi falar, e novamente foi cortada, quando brigavam e ela estava errada, a filha de Afrodite, fazia questão de expor todos os erros, para depois tentar a deixar falar. — Bran? Ele queria o bronze celestial para forjar alguma coisa, foi tudo que o Bebê me falou, Fay, acorda, quando Alex deixou ser levado por pouca coisa? Você sabe mais que ninguém ele não gosta de lutar! Você o açoitou por tudo, e no final de tudo, ele brigou por você! — O espanto estampado no rosto da campeã e o livro caindo ao chão, foi pelo menos uma resposta que Bern desejava, a outra viria assim que ela pedisse a explicação completa, e daria com todo o prazer.

 

            Seus passos eram audíveis no piso de madeira da enfermaria, quase deixando um rastro em chamas por onde passava. Pois eram assim que seus olhos cor de mel estavam, como sua voz soava: um crepitar feroz engolindo tudo a sua volta. E, com prazer desmedido, seu incêndio atingiu o escudeiro que não merecia um mínimo olhar seu desde sempre. Ainda com um poder dissimulado que sabia que possuía, sorriu solicita e sentou-se ao seu lado. O olhar de desconfiança e pavor meio contido dele quase a fez gargalhar, o desprezo e raiva avivando-a e borbulhando em seu sangue. Languidamente, perguntou como ele estava, se ainda sentia muita dor. E Roderick resfolegou num alívio tão ridículo mediante aquilo, Fay não sabia de nada, ainda era tão benevolente e crente em seu serviço. — Espero mesmo que esteja bem, conto com seu trabalho nesses tempos difíceis — Ao aproximar-se, ela teve de segurar o asco, e logo seus lábios quase tocavam a pele clara do pescoço fino do subordinado, sussurrando. — Afinal, eu sou apenas sua namorada meio vadia. — Foi como se ele tivesse virado pedra, e o sorriso de puro escárnio finalmente abriu alas, e ela riu para quem mais desejasse ouvir em toda a enfermaria, Roderick era um bichinho assustado que ela pisava. — Não é essa sua fantasia, seu empregadinho pervertido e traidor? Não são maravilhosos meus peitos? Não é bom me ter todas as noites? — As palavras mesclavam-se com a risada, e ela puxou o colarinho da camisa engomada do rapaz, sacudindo sua estrutura já danificada por Alex. — Mas sabe o que você é? — Ele abriu a boca, o que ele diria, afinal, que poderia justificar? mas isso só fez o gemido de dor ao levar um soco na boca do estômago se propagar mais, nenhum enfermeiro veio, sabendo dos boatos, sabendo que não importava um exército, ela continuaria ali a completar o serviço do dia anterior. Fay não se deu o trabalho de acertá-lo muito mais vezes, logo ele estava no chão. Seus olhos presos na jovem que no dia anterior havia o protegido.— Você é lixo, Roderick. — Sem remorsos de pisar em seu rosto com a sola do coturno prensando-o no chão, ela franziu as sobrancelhas. — E devia ter consciência disso e recolher sua insignificância. —Foi humilhação o suficiente para que ela pudesse ver seus olhos marejarem com a humilhação, e sair satisfeita. Trilha de chamas sendo novamente traçada, deixando sua destruição em tudo, em todos.

 

            Os passos furiosos foram diminuindo à medida que o avistou de longe, os cabelos negros balançando a cada golpe da espada de madeira, o reconheceria em qualquer lugar, sem camisa e suado com uma espada de madeira na mão, cercado por doze campistas e mais três ao chão ele movimentava-se pelo campo, desviando das espadas e golpeando, só pelo tempo que ela demorou até caminhar até ele mais três foram ao chão, ao vê-la os soldados pararam e a reverenciaram, o que fez Alex virar-se para ela, assim que ele o fez largou a espada para um soldado e pronunciou que terminaram por hora e virou-se para ir embora, em uma tentativa falha de parar-lhe deu um passo em falso, que conseguiu chamar a atenção dele, encheu os pulmões de ar e de coragem e iniciou. — Alex, eu... — A voz dele foi a mais afiada das espadas, ríspida e fria. — Não temos nada o que conversar Seling. — O chão dela foi perdido, ela parou estática a atônica fitando o nada, vendo seu mundo desaparecer lentamente a cada passo que ele dava enquanto se distanciava dela. Ainda estava irritado, ela teve a capacidade de ir atrás dele depois do que fizera na noite passada, como um furacão apanhou seu violão e saiu do chalé, seu caminho não foi longo logo estava esmurrando a porta do chalé 10, quando uma garota com um sorriso sugestivo abriu a porta a empurrou para dentro com o ombro e gritou pela líder do chalé, que saiu com a cara ainda cheia da máscara de lama para pele. — Avise pra... Pra aquela garota louca, bipolar, hipócrita, que eu não quero mais a ver, faça o favor, diga pra ela que não precisa vir falar comigo, já não temos mais nada que conversar.

 

 

 

            Precisava de muita paciência para aquelas crianças, de fato. Bernice quase se cansava de tanto drama enrustido em relacionamentos românticos uma pena estar no seu sangue todo aquele interesse sádico pelo assunto. Ouvia cada maçante palavra de Fay com uma atenção quase técnica, como se a qualquer momento fosse anotar tudo numa caderneta e perguntar "e como se sentiu quanto a isso?". Porém, apenas fitava as unhas nas quais passava esmalte colorido, acenando positivamente para que a outra continuasse a desabafar. Ela era a única que possuía o privilégio de ver Fay tão desnorteada, sem saber o que pensar ou dizer com clareza. Era fantástico o poder que uma paixão tem sobre as pessoas, e a semideusa mais comprometida com suas obrigações caía ao nível mais baixo que conseguia, ela estava afundada na lama, entre sua culpa e desilusão, entre o orgulho pisado e a ideia de que havia ido longe demais e merecia todo o desprezo que Alex poderia oferecer, talvez merecesse também o baque de um escudeiro traidor poderia proporcionar, Bern não se dera o trabalho de mandar a rude mensagem de Alex a amiga. Ela não precisava de mais isso para mais teorias infelizes, e sabia também que cada palavra dele era fruto de sentimentos demais conflitando-se. Pois ela tinha fé, e acreditava no seu taco quanto aos casais que sabia que terminariam juntos, eles tinham muito mais a dar do que uma briga boba. Juntos em guerra, juntos no amor e na morte, com os semideuses, nunca falhava.

            Duas semanas passaram como dias, Alex treinava manhã, tarde e madrugada, auxiliava soldados mais novos nas estratégias mais básicas e treinava junto com os veteranos, e era o que fazia agora, trajando armadura e escudo, estava no meio de uma formação, vinte veteranos, com em média dois verões de acampamento, e lutava contra todos, as espadas sem fio de aço puro tilintavam no ar, os escudos feitos de couro e madeira eram açoitados a todo o momento, o de Alex agora já era mais nada que um farrapo de gravetos e couro amassado, e ele ria, doze homens foram atingidos e estavam fora de batalha apenas oito estava em combate, e estavam melhorando a cada dia, no inicio vencera-os tão rápido que mal tocaram seu escudo, hoje num descuido recebeu um golpe na coxa e no elmo e por pouco não foi ao chão; aparou um golpe no escudo recuando, começavam a cercá-lo enquanto os outros assistiam de fora, aproveitavam-se de seu cansaço, pelo menos que eles achavam que tinha, recuou recebendo uma saraivada de golpes seu escudo sofrendo rachaduras conforme ia recebendo pancadas, mais algumas e ele cederia, aproveitou-se quando o seu atacante sentiu o peso da espada após atacar constantemente e desfirmou a base, bateu com seu escudo contra o escudo dele jogando seu peso sobre o outro fazendo ambos cair no chão, porém rápido como caiu usou o escudo de apoio para uma cambalhota por cima do oponente caído e saltou de pé novamente, caiu a frente de um outro veterano que lhe servia desde que chegou ao acampamento, já tinha suas cotas de cicatrizes por ordens dele, sorriu ele saberia como o moreno lutaria, esquivou de dois golpes de espada impreciso propositais: ele queria o encurralar, assim que o outro sentiu-se confortável para atacar, Alex lançou seu escudo sobre ele esperando ele tirar o escudo de cima de si assustado para recebê-lo com um chute com a sola dos pés no abdome o lançando ao chão, virou a tempo de desviar de um potente golpe que visava sua nuca, esquivou de outro arqueando o corpo para frente, aproveitou-se da postura errada do soldado, golpeou-lhe com a espada a coxa esquerda fazendo-o ajoelhar socando-o com a mão esquerda em seguida.

            Sobravam cinco, sorriu animado quando dois o flanquearam ao mesmo tempo, estavam aprendendo algumas coisas, jogou-se para a esquerda para pegá-lo no meio do ataque, aparou a espada dele com a sua e agarrou-lhe a borda do escudo, fechou os olhos, assim que escutou o gurnhido pela força exercida, girou o campista o colocando em seu lugar para receber uma golpe de espada nas costas, apenas saiu da frente o deixando cair num gemido de dor e quando o outro pareceu começar a entender o que aconteceu golpeou-lhe no elmo com a espada o jogando ao chão também, faltavam três, avançou, o primeiro tentou colocar o escudo a sua frente, fintou para o lado direito, ameaçando trocar de lado duas vezes antes de decidir, aproveitou quando ele foi atacar e esquivou-se pelo lado esquerdo dele saltou sobre o escudo e no meio do salto atingiu-lhe entre o pescoço e o ombro o lançando ao chão,  não parou a investida, apenas olhou o próximo alvo, abaixou-se desviando de um golpe que visava seu elmo e lhe acertou na linha da cintura, girou o corpo sobre o eixo do tornozelo e no mesmo movimento acertou-lhe a nuca o lançando ao chão, sobrava um. O garoto riu nervoso colocando-se em postura defensiva a frente do moreno, ele firmou a postura e atacou, vendo que Alex desviava-se recuou pra postura, achou outra brecha e atacou, errando novamente voltou pra postura defensiva, o outro o rodeava buscando brechas, tentou um golpe rápido na cabeça que foi defendido com o escudo, Alex bufou, ele era o típico guerreiro que não queria matar o oponente apenas manter-se vivo, e isso era bom, porém odiava lutar com gente assim, forçou um ataque mais potente e quando o garoto perdeu a base chutou o escudo com a sola dos pés, o fazendo cambalear e largar o escudo para ficar de pé, ele era poucos centímetros mais alto que si, músculos inchados e ombros largos, ele era mais forte fisicamente que o moreno e ainda assim deixou-se cambalear por um golpe na base da força bruta, chutou o escudo no chão pra longe quando o outro tentou se abaixar para pegar, apontou-lhe a espada sorrindo e ele aceitou o desafio, começaram a esgrimir, não durou muito. Alex num movimento preciso apanhou o pulso do outro, não teria força para desarmá-lo por tanto teria que usar a técnica, puxou o pulso do garoto colocando o pulso na parte de fora sobre os ombros, forçando o cotovelo junto e girando contra as costas do outro o golpeou com a espada no tornozelo, o jogando no chão e desarmando-o ao mesmo tempo. O garoto caiu sentado e quando foi erguer-se tinha a ponta da sua própria espada apontada para seu pescoço. — Venci, se fosse em batalha, todos vocês estariam mortos. — Sorriu olhando em volta, o primeiro a pronunciar foi o garoto que estava com a espada apontada para o pescoço. — Mas não vale, Alex, você é um monstro em batalha, você é invencível. — O moreno riu, recuou a espada para que ele pudesse se levantar. — Ninguém é invencível...  Você é? — O outro ficou avermelhado com a atenção do supremo superior toda em si. — Leonard senhor, Filho de Hebe. — Alex pareceu ficar satisfeito com a resposta. — Certo, Leonard, você lutou perfeitamente, lembrarei de você, e quanto ao que disse, eu sou bom, isso eu sei. Mas... — Girou a espada no ar a apanhando pela lâmina cega e oferecendo o cabo ao garoto. — Eu sangro se você bater em mim, morro da mesma forma, treinem mais, um dia me vencerão, e se não puderem apostar no combate singular, vençam em conjunto. — Assim que o garoto apanhou a espada Alex dirigiu um ultimo sorriso a todos, bateu no ombro de Leonard e saiu, deixando a espada e a armadura no espaço devido.

            Fay já estava caminhando em seus deveres, o sol estava ameaçando se por quando deu de cara com Amanda, estava acompanhada de algumas filhas de Apolo e uma ou outra eventual filha de Afrodite, a campeã torceu o nariz, não tinha nada contra Amanda, porém a proximidade que ela tinha com o moreno nas ultimas duas semanas a irritava profundamente, talvez ciúmes pelo fato dele a ignorar e dar atenção a Amanda. A filha de Apolo por sua vez, sorriu sádica. — Fay... Como você pode ser tão ignorante, arrogante e hipócrita? Como pode fazer aquilo com o coitado do Alex? Ele brigou pra te defender e você o tomou para cristo, como pode ser tão... tão... arg! Tenho nem palavras pra dizer Fay, ele faz bem e se afastar de gente do seu tipo. — A menina de cabelos cor de mel a olhou furiosa, como ela podia a acusar de tanto? Iria começar a cuspir palavras sobre ela, porém lembrou-se que brigar apenas por ciúmes do Alex era um motivo fútil, resolveu apenas a ignorar, e seguir seu caminho atravessando o grupo de garotas. Ouvindo um "Olha que nariz empinado, toda arrogante." E a voz da latina fez-se audível acima das outras. — Bem arrogante não? Ouvi falar que você tem bastante coisa na conta bancária, que metida. Talvez você seja tão nariz empinado que nem seu pai te quis, e te deixou sozinha enquanto se diverte em Vegas. — Aquilo foi o estopim, Fay virou-se com os olhos arregalados, as unhas cravaram-se tão fundo nas palmas da mão que pode sentir o sangue quente tocar a ponta dos dedos. — Sua puta, quem te deu permissão de falar do MEU PAI?!

 

 

            Dedilhava o violão largado sob a sombra das árvores próximo ao lago de canoagem, num misto de calma e preguiça, tinha algumas campistas assistindo o show, de um garoto totalmente largado com uma lata de coca vazia e uma na metade enquanto tocava qualquer coisa no instrumento, ouviu seu nome ser gritado e uma garota entrar a sua frente, colocou o violão de lado calmamente e apanhou a latinha de coca dando-a espaço para falar — Alex... A-Alex! A...A... A Fay, e-e-ela está na quadra de vôlei. — Em resposta o moreno apenas deu de ombros e levou a lata aos lábios. — Fay está apanhando na quadra Alex! — A voz masculina de Mason fez o finalmente entender o que acontecia, ele ergueu-se num salto largando a lata ainda com o líquido escorrendo e disparou em corrida, largou o violão sobre o filho de Hefesto e passou por ele por um furacão, ela precisava dele.


Notas Finais


Agradeço por quem leu, por quem tem acompanhado e comentado quando dá.

Muito grato por todos que leem, fico imensamente feliz.

Então, sem mais delongas, vamos pro próximo, três em um dia só? Pode isso?

Obrigado por sua audiência por me aturar nas notas do autor e nas finais.
Que os deuses lhe deem boa sorte e

TCHAU


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