História Contra-ataque - Yoonmin - Eu me demito!

Mesmo que a pessoa consiga pegar um táxi a essa hora, custaria bem caro. Além disso, a chuva forte piorava a situação. Jimin estava preocupado que o seu chefe ficaria impaciente esperando, então ele disparou pela rua. A chuva acertava o seu rosto tornando o guarda-chuva inútil.

Um velho senhor seguiu Jimin em sua moto, ele não podia aguentar assistir por mais tempo e gritou para Jimin:

— Garoto! Suba. Você não precisa me pagar. Aonde você está indo?

Jimin ficou profundamente agradecido ao ouvir algo assim nesse momento.

— Está tudo bem, é só até a próxima curva — com isso, ele tirou os 37 won restantes de seu bolso e deu para o senhor. — Tio, pegue esse dinheiro e vá para casa agora. Você está ficando velho, diferente de jovens como eu.

O velho homem queria devolver o dinheiro para Jimin, mas ele partiu. Quando ele montou em sua moto de novo, Jimin não estava mais a vista.

Depois de correr por mais 10 minutos, Jimin finalmente alcançou a empresa.

O chefe estava bêbado e desgastado. Ele estava jogando as coisas para todos os lados sozinho no escritório. No momento que Jimin abriu a porta, ele foi duramente criticado por ele.

— Olhe só para você, que inferno de horas são? Geralmente tem um monte de vocês e, quando eu realmente preciso de vocês, todos desaparecem! Pedindo aumento de salário todo santo dia. Vocês realmente acham que valem essa quantia! Por que você está me encarando? Eu estou pedindo para você consertar a máquina aqui, não para me encarar...

Jimin se agachou e começou a investigar a máquina sem palavras. Ninguém estava por perto para ajudá-lo. Ele só podia depender de si mesmo e conectar o cabo com as mãos nuas e uma lanterna na boca. Zap! Jimin estremeceu com o choque elétrico. O chefe só ficou olhando. Outro zap. Os cabelos de Jimin estavam quase para cima.

***

Jimin finalmente encontrou a causa do problema pela manhã. O chefe tinha acordado naquele momento.

— A peça da máquina está estragada, precisa ser substituída.

Quando o chefe ouviu que ela precisava ser substituída, ele enrugou as sobrancelhas de uma vez.

— Nós podemos substitui-la, mas você vai pagar os custos.

Ao ouvir que teria que pagar com seu próprio dinheiro, Jimin ficou nervoso. Umas poucas centenas não importavam muito, mas por que ele deveria pagar por isso? Resolver a preocupação do seu superior é a única responsabilidade de um empregado. Porém, nem o Jimin se permitia que se aproveitassem dele assim!

— A máquina já estava estragada antes de eu começar a consertá-la. Não é minha responsabilidade.

O superior não pareceu satisfeito.

— Jimin, você é muito limitado. Se você pode me ajudar a reparar a máquina, essas centenas importam tanto assim?

— Por que não? — Jimin argumentou. — Meu salário mensal é de apenas 2000 won.

— Está dizendo que o pagamento da empresa é ruim? — o chefe rugiu de repente. — Se você acha que não é bom, você pode muito bem se demitir. Existem muitas empresas privadas com salários bem melhores. Vá para onde você quiser, assim você não vai atrapalhar o desenvolvimento dos outros!

Jimin ficou pregado no chão como um poste. Seus olhos estavam sem emoção, seu rosto estava pálido.

— Você se atreve a barganhar comigo? Olha para você, tão burro todo dia. Se não fosse por mim ter dado o emprego, você viveria como um mendigo! Aqueles três no seu escritório já reclamaram comigo mais de uma vez para mudar você para outro departamento. Faz muito tempo que eles não gostam de você...

Jimin relembrou de seus três anos trabalhando nessa empresa. Ele sempre ajudava seus colegas. Ele sentia que era uma pessoa muito cooperante e que todos lembrariam dele bem. No entanto, aos olhos dos outros, ele era uma pessoa insistente e que só queria se mostrar na frente dos superiores enquanto pisava nos ombros deles para subir na hierarquia.

— Jimin, foi você quem reparou essa máquina, então é de sua responsabilidade se ela está pronta ou não. É melhor você entregar o dinheiro hoje e nós vamos fingir que nada aconteceu. Se você continuar persistindo, você terá que aguentar todas as consequências!

Jimin finalmente percebeu que essa era uma sociedade sombria. Não importava quantas coisas boas você fez, ninguém lembraria delas. Assim que você fizesse uma coisa errada, as pessoas te atormentariam o resto da vida.

— Eu me demito — Jimin falou de repente. — Eu decidi me demitir.

O superior finalmente percebeu que a pessoa saindo seria Jimin. Se ele saísse, quem faria todos aqueles trabalhos extras? Quem consertaria as máquinas?

— Estou te dizendo, Jimin, não seja ingrato! Você foi treinado por essa empresa, se você sair, eu não vou permitir que saia com licença remunerada. Seu dinheiro do seguro desses três anos seria todo em vão.

** Seguro? De que jeito eu sou segurado? Minha namorada me deixou. O que isso me assegurou?

Jimin se virou e se dirigiu à porta.

O chefe estava berrando atrás dele:

— Estou te dizendo. Você esteve ausente do trabalho por uma semana sem um motivo válido. Eu vou deduzir o triplo de acordo com seu salário diário, junto com a adição das partes da máquina. Não pense em sair sem entregar o dinheiro!!

Jimin discutiu confiantemente:

— Eu pedi licença por causa de um machucado!

O superior agarrou o colarinho de Jimin e rangeu as palavras por entre os dentes:

— Que porra é você? Como se atreve a gritar comigo!! Tem sempre algo errado com essa sua cabeça. Contanto que você tenha tocado na máquina, você tem culpa por tudo!

O rosto de Jimin ficou vermelho pela sufocação. Ele tentou abrir as mãos dele, mas o superior o chutou para o outro lado da sala. A bandagem em sua cabeça caiu.

— Como você se atreve a arranhar minha mão? Idiota! Filho da puta!! Dá o fora daqui!