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História Contra todas as probabilidades - Fazendo as pazes


Escrita por: Mallagueta

Notas do Autor


Finalmente as coisas se ajeitam!

Capítulo 35 - Fazendo as pazes


As moças ficaram ali durante todo o tempo acompanhando o treino da Mônica, que estava tão distraída que não percebeu a presença delas.

Isa: - Nossa, então a Mônica está ficando boa mesmo!

Maria: - Gente, eu não acredito! Tá lindo demais!

Cascuda: - Babei! Incrível!

Marina: - Ih, olha lá! Acho que a Mônica já acabou. Vamos falar com ela.

Cascuda- Ai, agora eu tô com medo! E se ela não quiser falar com a gente?

Magali: - Vai sim, Cascuda, vai sim. Tudo o que o Cebola falou sobre ela era mentira, então eu tenho certeza de que ela vai nos ouvir.

Quando saiu do ringue, Mônica levou um susto ao ver as meninas ali, paradas e olhando para ela. No início ela ficou com um pouco de receio, mas logo viu que não tinha nenhuma hostilidade ali. Elas tinham vindo em paz.

– Er... oi gente... vocês vieram me ver?

Ao invés de responder, todas partiram para cima da Mônica de uma vez e por pouco todo mundo não caiu no chão.

– Ai, Mô, desculpa!

– Perdoa a gente?

– Por favor, fica zangada com a gente não!

Elas falavam ao mesmo tempo, abraçando e dando vários beijos no rosto da Mônica até deixar o rosto dela molhado com suas lágrimas. Ela também chorava, feliz por ter suas amigas de volta.

– Nossa, eu pensei que vocês nunca mais quisessem falar comigo... – ela falou com a voz embargada pela emoção e não pode continuar por causa das lágrimas.

– A gente é que pensou que você não quisesse saber da nossa turma!

– Eu? Nada disso! De onde vocês tiraram uma coisa dessas?

Elas saíram dali e foram para um local mais tranqüilo onde podiam conversar. A praça de alimentação tinha várias mesas vazias e elas ocuparam uma delas.

À medida que conversavam, Mônica foi entendendo as intenções do Cebola e descobriu que ninguém fazia aquilo por maldade e sim porque foram levados a acreditarem que aquilo a traria de volta.

– Ah, esse Cebola! Eu devia dar umas bifas nele, viu?

– Ih, vai ter que entrar na fila porque todo mundo tá querendo acertar a cara dele agora!! – Magali falou imaginando uma cena onde todos fariam uma fila indiana e cada um daria um bom sopapo na cara dele.

Marina acabou achando graça da situação.

– Se a gente vai ter que fazer fila, nada mais justo do que deixar a Mônica bater primeiro, né?

Todas deram risadas e Cascuda continuou.

– E quanto ao resto, acho que vamos ter que distribuir senhas! Hahahaha!

Quando conseguiu controlar o riso, Mônica quis saber de uma coisa.

– Ele sabe que vocês estão aqui? – Magali respondeu.

– Sabe não. Os rapazes estão na casa do Cascão jogando videogame. Eles tiveram essa idéia pra manter o Cebola distraído a tarde toda. Por enquanto, a gente não falou nada pra ele.

Ela ficou pensativa por alguns segundos e um sorriso maldoso surgiu no rosto dela.

– Gente, acho que seria melhor ele nem saber. Por enquanto, façam de conta que tudo continua a mesma coisa, tá?

Elas arregalaram os olhos e Marina perguntou.

– Quer que a gente continue te isolando?

– Tudo bem, agora eu sei que é só encenação. Não vou ficar triste e nem chateada. Só acho que o Cebola tá merecendo uma boa lição e eu não vou deixar passar batido.

Risos e palmas ecoaram no ar.

Aninha: - E como você vai acertar as contas com ele?

– É isso que eu preciso pensar com mais calma. Tem que ser tipo assim: primeiro, ele pensa que está no topo e que me humilhou, só que depois a situação reverte e o humilhado fica sendo ele. Só preciso de uma oportunidade...

As garotas ficaram em silêncio, tentando pensar em alguma coisa até que Isa lembrou-se de algo que ninguém tinha prestado atenção antes.

– Olhem só! A gente tava tão distraída com tudo isso que nos esquecemos do show de talentos que vai ter na escola daqui a uns dias! – o susto foi geral. Aquilo estava sendo muito anunciado, mas elas estavam absorvidas demais com o problema da Mônica e nem perceberam.

– E será que dá tempo para eu me inscrever?

Magali: - Dá, Mô. Não é um concurso, é só um show mesmo. Pode inscrever até na última hora.

Maria: - Você vai cantar? Que demais!

– Vou sim. Cheguem mais que o plano vai ser o seguinte:

À medida que ela falava, todas davam risadinhas, batiam palmas e vibravam imaginando como ia ficar a cara do Cebola ao ser desmascarado. Para aquilo, ela também ia contar com a ajuda dos meninos para que tudo ficasse perfeito. Elas mal podiam esperar.

Com tudo planejado, era hora de colocar as fofocas em dia e todas estavam loucas para saber o que tinham perdido na vida da Mônica durante aqueles tempo de isolamento. Aninha não agüentou a curiosidade e acabou perguntando.

– E o Felipe? Como vocês...

Ela abaixou a cabeça, bastante triste.

– Você não devia ter perguntado isso, Aninha!

– Tudo bem Maria. É, eu gosto muito do Felipe e estou morrendo de saudade dele, mas ainda estou muito zangada porque ele acreditou numa mentira do Cebola e não me deu nenhuma chance de me defender!

Após contar o que o Cebola tinha aprontado, todas ficaram indignadas. Era difícil acreditar que ele tinha descido tão baixo. E quem seria a garota que ele usou?

Cascuda: - Será que foi a Irene? Para usar uma peruca, tem que ter cabelo curto e eu juro que não tomei parte disso!

– Eu ainda não sei. Depois vou pedir pro Felipe me mostrar a tal foto.

Marina: - Seja lá quem for, vai ter que se ver com a gente. Onde já se viu fazer uma coisa dessas?

– Bom, de qualquer forma, o Felipe não devia ter acreditado logo de cara antes de falar comigo.

Magali pousou a mão no braço dela e deu um sorriso doce, tentando confortá-la.

– Pode ser que a foto tenha ficado tão boa que ele acabou acreditando e não conseguiu reagir de outra forma, Mô. Pensa bem: você conhece o Cebola há anos e sempre foi doida com ele. O Felipe, coitado, mora aqui no bairro a pouco tempo. Ele deve ter pensado nisso e acreditado que você realmente voltou pro Cebola.

– Mas eu não voltei...

– Eu sei, mas vai ver ele ficou com medo de saber que no fundo, você gosta mesmo do Cebola. É por isso que ele ficou com medo e reagiu daquela forma na hora de acabar o namoro. Por que você não vai falar com ele?

– Eu? Mas eu não fiz nada de errado!

Elas riram. Claro, aquela era a Mônica teimosa e orgulhosa que todos conheciam. Magali continuou.

– Se você gosta dele, deixa esse orgulho de lado um pouquinho só e tente pelo menos mais uma vez.

– Será mesmo que ele ainda gosta de mim?

Marina: - Pode acreditar que gosta. A gente já viu ele te olhando várias vezes com olho de peixe morto.

Aninha: - Sem falar que eu notei um certo futum quando passei perto dele outro dia. Parece que nem banho direito ele tem tomado!

– E o que tem isso?

Cascuda: - Tirando o Cascão que é porco por natureza, quando um homem fica muito deprimido e com dor de cotovelo a primeira coisa que sofre é a higiene pessoal.

Maria: - E eu ouvir falar que nem patinando direito ele está mais, parece que o desempenho dele caiu muito.

Ao ouvir aquilo, Magali segurou os ombros da Mônica, lhe dando uma leve sacudida.

– Viu só, Mô? Ele ainda gosta de você! Ah, dá mais uma chance pra ele, vai?

– Tudo bem, vocês me convenceram. Vou dar mais uma chance sim. Ele vale à pena.

– É? Ah, como ele é, conta pra gente!

– O Felipe é carinhoso?

– Ele beija bem?

– Vocês já... você sabe!

Todas faziam perguntas ao mesmo tempo e Mônica teve trabalho para responder todas elas. Cada coisa que Mônica falava, todas soltavam um “ahhh” e “ohhh, que fofo!”

– Menina, se eu fosse você não deixava o gato escapar não! Ele sim vale a pena.

– A Maria tem razão! O Felipe parece ser a pessoa certa pra você. Ele sim te merece!

– Dá um jeito de fazer as pazes com ele!

– Pode deixar. Eu também sinto falta de patinar com ele. Sozinha é bom, mas com ele fica melhor ainda!

– Ahhhhh! – todas falaram ao mesmo tempo, quase histéricas.

– Tudo isso está muito bom, mas vamos aos negócios – Marina mudou de assunto – Mônica, você já tem a sua roupa?

– Roupa? Eu nem pensei nisso direito...

– Ainda bem! Nós vamos pensar por você! Que música você escolheu para a sua apresentação?

– Breakaway, de Kelly Clarkson. Vocês conhecem?

– Ai, eu adoro essa música! Que luxo! Olha, eu até já sei que roupa vai ficar maravilhosa pra você!

– E vocês vão mesmo me ajudar?

Magali pôs as mãos na cintura.

– Que pergunta! É claro que vamos, né meninas? Eu vou cuidar da sua alimentação. Você não deve estar comendo nada direito! Até emagreceu! Um atleta tem que se alimentar bem!

– Eu vou cuidar da sua roupa!

– Cascuda e eu vamos te fazer um tratamento de beleza completo!

– É isso aí! A Maria e eu vamos te deixar linda!

– O cabelo vai ficar por minha conta!

– E eu posso te ajudar na coreografia. Patinar envolve um pouco de dança também! – Isabela completou.

– Ai, gente, parece até que eu tô sonhando! – aquilo era bom demais para ser verdade. Até pouco tempo atrás, Mônica pensou que estava totalmente sozinha e agora todas suas amigas estavam em volta dela, oferecendo todo apoio e ajuda de que ela precisava.


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