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História Contra todas as probabilidades - Contra todas as probabilidades


Escrita por: Mallagueta

Notas do Autor


Pois é, chegamos ao fim da história. Espero que vcs gostem desse final, não sei se ficou bom. É que eu não consegui pensar em nada assim de extraordinário, fantástico e surpreendente (sorry).

Capítulo 44 - Contra todas as probabilidades


Fanfic / Fanfiction Contra todas as probabilidades - Contra todas as probabilidades

– Aiiii! Essa estalou forte!

– É assim mesmo, Mônica-chan. Apenas relaxe e deixe meu tio cuidar do resto.

– Uiiii!

Mônica estava deitada na cama de massagem enquanto o tio do Tikara exercia pressão nos músculos tensos do seu corpo. Ela nunca imaginou que houvesse tanta tensão acumulada assim. Nada como uma boa sessão de massagem para relaxar!

Depois da massagem, ela foi para a sauna que tinha vapores com ervas aromáticas e medicinais. Era como estar em um verdadeiro SPA e ela estava adorando.

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– Ô Cebola, anda logo seu lerdo!

– (puf, puf) já vou, Titi! Cara, esse troço pesa demais!

– Pesa nada, você é que tá muito fracote. São só uns pesinhos.

Cebola continuava acompanhando o amigo, carregando sua bolsa de ginástica e se perguntando por quanto tempo ele ainda teria que cumprir penitência. Várias semanas se passaram e seus amigos não estavam lhe dando nenhuma folga. Ele teve que limpar o depósito da padaria do Quim, fazer um novo visual para o blog da Denise e ainda produzir algumas músicas para os vídeos dela além de ajudar a promover seu blog para o país inteiro.

Ele também precisou lavar os carros dos pais de Carmen, fazer faxina completa no quarto do Cascão (ele quase desmaiou com o fedor que tinha ali), ajudar Cascuda com trabalhos escolares, pagar o lanche da Magali por quase duas semanas inteiras, ensinar suas táticas de jogo ao Xaveco, lavar as roupas sujas de tinta da Marina, ajudar Franja com alguns programas para seus inventos, limpar e lubrificar a cadeira de rodas do Lucas e ainda financiar o encontro dele com a Irene...

Cada um da turma inventava algo para ele fazer e Cebola não protestava muito. Afinal, ele não podia esperar que todos o perdoassem de graça. E até que tudo estava indo bem já que no inicio, todos estavam meio estranhos com ele, às vezes deixando-o de fora das rodas de conversa, jogos de vídeo-game e passeios. Pelo visto, ele tinha descido vários degraus na hierarquia da turma, ficando abaixo até do Xaveco.

Aos poucos as coisas estavam voltando ao normal, apesar de ainda não estarem como era antes. Ele sabia que era só questão de tempo.

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Felipe estava muito empolgado ao ver que o modelo de patins que ele havia desenhado ia ser colocado a venda. Ele até ia assinar um contrato com seu patrocinador aumentando o tempo de patrocínio. Também havia muitas propagandas de materiais esportivos esperando pela dupla e Luisa estava até pensando em investir em uma grife para garotas esportistas. Isso era algo para se pensar no futuro.

– Ô cabeção, você fica aí de cabeça virada com esses desenhos e tá esquecendo dos treinos para o concurso.

– Ah, é... mals aê.

– Vamos logo que a Mônica deve estar esperando.

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Era meio irônico ele estar fazendo aquilo. Nunca em sua vida ele imaginou que ia produzir uma música para Mônica e Felipe patinarem juntos.

“Hum... preciso aumentar o ritmo dessa batida e o coral ficou metálico demais.” Cebola trabalhava com afinco na música procurando não imaginar os dois patinando juntos e fazendo cara de apaixonados. E ele não tinha mesmo nenhum direito para reclamar, já que foi por culpa sua que ela o deixou para ficar com outro.

Ele trabalhou até de madrugada e adormeceu exausto, mas satisfeito com o resultado.

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Os meses passaram rapidamente e antes que Mônica se desse conta, já era julho e o dia do concurso de patinação se aproximava rapidamente. Ela e Felipe aproveitaram as férias para treinarem ainda mais e ambos estavam ansiosos pelo grande dia.

Suas roupas estavam prontas, as coreografias bem organizadas e as músicas foram escolhidas. O colégio inteiro estava em polvorosa por causa do concurso e todos queriam ver seus dois alunos competindo. Até os professores estavam ansiosos.

Então chega o grande dia. Primeiro, as apresentações solos. No dia seguinte seriam as duplas.

Mônica estava se aprontando com a ajuda das amigas. Keika fazia a maquiagem e Aninha arrumou seu cabelo, fazendo um penteado bem diferente onde o cabelo caia para um lado e era preso por um bonito arranjo de flores.

Aninha afastou-se um pouco para contemplar o resultado e ficou satisfeita.

– Ai, amiga, ficou um luxo só!

Mônica olhou-se no espelho, surpresa ao ver seu cabelo penteado de uma forma diferente e com um bom resultado.

Marina também dava os últimos retoques no vestido, abotoando aqui e costurando ali, sentindo-se empolgada ao saber que aquele concurso estava sendo transmitido pela televisão e que centenas de pessoas iriam ver seu trabalho.

– Aqui, beba um pouco – Magali falou oferecendo uma caixinha com água de coco. – hidratação é muito importante!

O local estava bem movimentado porque também havia outras concorrentes ali, todas também se preparando para o concurso e Mônica não pode deixar de ficar nervosa. Elas pareciam ter mais experiência do que ela.

– Não fica pensando nisso gatz e força na peruca!

– Denise, você tem que gravar tudo?

– Tudinho, em todos os detalhes!

– Espero que você não tenha me filmado trocando de roupa, né?

– Bem...

– DENISE! – todas falaram ao mesmo tempo, arrancando risos da ruiva.

– Claro que não, né gente! Eu dirijo um blog sério e decente!

Embora duvidassem seriamente das duas últimas palavras, elas se acalmaram e continuaram a produzir a Mônica. Antes que as concorrentes começassem a ser chamadas, Cascuda entrou na sala e entregou algo para a Mônica.

– Toma, o DC mandou isso.

– Protetores auriculares?

– Ele falou pra você colocar no ouvido e esquecer que as outras garotas estão patinando.

– Por quê?

– Porque se uma delas for muito aplaudida, você ficará nervosa e isso pode te atrapalhar. Melhor não saber o que está acontecendo.

– Boa idéia!

Uma a uma as concorrentes foram chamadas e Mônica esperava pela sua vez. No fim, a idéia do DC acabou sendo muito boa, já que ela se sentia mais tranqüila não ouvindo nada do que acontecia lá fora. Uma cutucada da Magali chamou sua atenção e ela tirou os protetores.

– Mô, é a sua vez, vai lá. A gente vai torcer por você!

– Tá bom.

Ela respirou fundo várias vezes e foi para o ringue de patinação. Seu corpo tremeu um pouco ao ver a quantidade de pessoas que tinham comparecido e também as câmeras de televisão. Em algum lugar das arquibancadas, estavam seus pais, amigos, professores e, claro, seu querido Felipe.

Mônica foi para o meio do ringue de patinação e após um breve sinal, a música começou e ela deu inicio a sua apresentação.

 

Todos estavam de dedos cruzados, torcendo por ela e seu Souza tentava não morrer do coração ao ver sua garotinha se apresentando para tanta gente.

Como não tinha experiência, Mônica não pode fazer as manobras com o mesmo grau de dificuldade das concorrentes, mas ela compensava tudo demonstrando graça, firmeza e com uma bela expressão que mostrava bem seus sentimentos e isso impressionava o público. Era como se ela nem estivesse fazendo força.

A moça deslizava agilmente pelo ringue, dando giros no ar, dançando e sorrindo para a platéia enquanto a música tocava. Denise não perdia nem um movimento seu e mal esperava para colocar tudo em seu blog. Ela estava até com medo de que sua página não fosse capaz de suportar tantos acessos.

Felipe acompanhava seus movimentos com olhar apaixonado, sem saber se admirava as manobras, a beleza dos movimentos, ou seu belo corpo. Talvez um pouco de cada. Ele estava tão distraído que nem reparou nos outros rapazes que também babavam pela sua namorada.

Também havia outra pessoa na platéia que acompanhava a apresentação com um leve sorriso no rosto. Apesar de ainda se culpar por tê-la deixado escapar, Cebola sentia que estava se conformando aos poucos, vivendo um dia de cada vez. De certa forma, seus amigos estavam ajudando o rapaz a superar aquela perda. Ao se esforçar para reconquistar a amizade da turma, Cebola tinha menos tempo para remoer seu passado com a Mônica.

– Cebola, por que você tá olhando pra ela com essa cara de bobo, heim?

– Hã? Eu não estava fazendo cara de bobo!

– Estava sim!

Leonor fechou a cara e cruzou os braços e ele procurou tranqüilizar a moça colocando um braço ao redor dos ombros dela. Ele não podia culpá-la, afinal era difícil não sentir ciúme da Mônica depois de saber toda a historia que eles tiveram juntos. Uma historia que acabou, infelizmente.

A moça acalmou-se um pouco e colocou a cabeça sobre o ombro dele. Ela era uma antiga paquera sua. Eles tinham começado um namorico na infância que durou muito pouco tempo e cada um seguiu seu caminho. Ela estudava em outra escola e ele achou que isso facilitava muito, já que evitava encontros dela com a Mônica. Assim não haveria os irritantes ataques de ciúmes.

Mônica continuava patinando graciosamente no gelo e ele percebeu que a música estava quase no fim, para sua tristeza. Era tão bom vê-la patinar....

Quando a apresentação terminou, todos aplaudiram entusiasmadamente e até jogaram flores e bichos de pelúcia no ringue, que Mônica foi pegando enquanto agradecia a platéia. Sua apresentação pode não ter tido muita técnica, mas teve arte, charme e carisma de sobra.

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– Ai, amiga, você foi demais! – Magali falou abraçando Mônica com força, sendo seguida pelas outras meninas. Seus pais também tinham vindo lhe dar os parabéns e Felipe a cumprimentou com um longo beijo mesmo sabendo que estava colocando a vida em risco ao fazer aquilo na frente do pai dela.

– Ai, Gsuis! (snif, snif) e pensar que eu fiz parte do seu treinamento! – Luisa também estava emocionada e muito orgulhosa do seu trabalho como treinadora. Era algo a se pensar no futuro.

– Quando os juízes vão anunciar o resultado?

– Ainda faltam três apresentações. Aí eles vão anunciar a vencedora. Nervosa?

– Ah, um pouco, né... mas pensando bem, eu não espero vencer hoje não. As outras meninas patinaram muito melhor do que eu.

– Vamos deixar isso para os juízes decidirem.

E finalmente chegou o momento da decisão. A colocação foi exibida em um painel eletrônico onde as garotas viam seus placares. Mônica tinha ficado em quarto, mas comemorou como se fosse o primeiro. Afinal, era sua primeira vez e mesmo assim acabou indo melhor do que muitas garotas com mais experiência do que ela.

No dia seguinte, foi a vez do concurso de duplas e Felipe mal disfarçava seu nervosismo. Ele só conseguiu respirar aliviado ao ver que sua roupa não estava repleta de lantejoulas. Sua roupa era preta, com alguns detalhes prateados no colete enquanto o vestido da Mônica era vermelho com uma manga só, dando uma boa combinação com a roupa dele. Dava para ver que Marina tinha mesmo talento para costura.

A música escolhida foi um remix de “O Fortuna” de Carmina Burana, feito pelo Cebola especialmente para eles. Era uma música intensa, apaixonada e vibrante assim como eles. Ambos entraram no ringue de mãos dadas e se prepararam para a apresentação. Quando a música começou, o casal desligou-se de tudo e deu o seu show, arrancando aplausos entusiasmados da platéia que vibrava com a performance deles. Dava para sentir a paixão que existia entre os dois e todos se emocionaram com a bonita apresentação e com o contraste da irreverência do Felipe, que tinha um estilo mais descolado e a graciosidade da Mônica que fazia os movimentos como se flutuasse.

Cebola fazia um grande esforço para aparentar indiferença, pois sabia que um acesso de ciúme na frente da namorada não ia dar certo. Leonor estava com um olho nele e outro na apresentação, atenta a qualquer movimento e expressão do rosto dele.

Ele sorria com o ciúme dela e aparentemente não se importava. De certa forma, ela tinha razões para ficar preocupada. Embora gostasse dela, ele não sentia nem de longe o mesmo que sentia pela Mônica. Ela ocupava um lugar especial no seu coração que nenhuma outra garota seria capaz de tomar. Ainda assim, o namoro estava bom, ele gostava de ficar bem com ela e os dois se divertiam juntos. Com o tempo, talvez as coisas pudessem ir melhorando entre eles.

– E agora será anunciado a dupla vencedora! – uma voz falou ao microfone e todos ficaram ansiosos a medida que a classificação dos casais foi mostrada no painel eletrônico. Contra todas as probabilidades, Mônica e Felipe tinham vencido, fazendo com que a turma inteira fosse ao delírio.

Os dois comemoravam abraçados e aos beijos, felizes e mal acreditando que depois de tantos tropeços, dificuldades e desencontros, a apresentação deles acabou sendo a vencedora. A expressão apaixonada deles, a bela música, juntamente com a coreografia impressionaram os juízes.

No ponto mais alto do pódio, eles ostentavam suas medalhas com um grande sorriso no rosto e Mônica tinha lágrimas nos olhos. Ninguém tinha acreditado que os dois dariam certo e no fim, eles tinham saído vencedores.

Os pais da Mônica também choravam emocionados enquanto a turma inteira vibrava como nunca.

– Você quer comer alguma coisa? – Cebola perguntou assim que Felipe e Mônica receberam sua premiação e saíram do ringue.

– Quero sim, fofo!

Os dois levantaram e saíram dali de mãos dadas para a lanchonete mais próxima. Não demorou muito e a turma inteira invadiu o lugar ainda comemorando a vitoria de Mônica e Felipe.

– Ai, que droga! Eles tinham que vir justo pra cá?

– O que tem? Deixa eles. Vem, vamos lá sentar com o pessoal e por favor, melhora essa cara. Eles são meus amigos, esqueceu?

– Não, não esqueci, só que ela está entre eles...

– Porque são amigos dela também. Não tem nada a ver, Leonor.

– Humpt! – ela fechou a cara tentando imaginar o que o Cebola tinha visto naquela dentuça afinal de contas. Ela não sabia. Só sabia que os dois só não voltaram a namorar porque ELA não quis, então Leonor ainda via aquela garota como uma ameaça em potencial.

– Ei, relaxa! Eu estou com você, não estou?

– Bem... mas...

– Vamos só viver o momento, certo? – ele deu aquele sorriso que fazia as pernas dela derreterem.

– Está bem. – ela foi se acalmando aos poucos e já não se preocupava mais com a Mônica. Afinal, ele parecia mesmo apaixonado por ela e não pela dentuça. Então não havia com o que se preocupar.

Os dois foram se sentar com o resto do pessoal e aparentemente Cebola se concentrava mais em sua namorada do que no resto. O que ninguém percebia era seus olhos acompanhando os movimentos da Mônica atentamente. Se tinha uma coisa que ele havia aprendido com aquela história toda, era que nada estava definido e muita coisa podia mudar e tomar rumos totalmente inesperados.

Era com isso mesmo que ele contava.

Fim(?)

 

Notas Finais


Pois é, pessoal. É o fim. Acho que o final ficou meio previsível, não sei. Achei que perderia um pouco a graça se ficasse de outro jeito. Afinal, eles batalharam tanto, né? Mereciam o primeiro lugar. Quem teve a paciencia de acompanhar até aqui, muito obrigada mesmo. Espero que tenham gostado.

Música da apresentação dos dois: http://www.youtube.com/watch?v=rKpwIAP5Wu4


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