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História Contraste - Capítulo XI- Dia de Neve.


Escrita por: AliceDracno

Notas do Autor


Olá unicórnios! Tudis bem? Espero que sim.
Eu serei breve hoje! Somos 143! Mais um pouco e poderemos dominar o mundo! Ou não!
E tiveram lindos e lindas que comentaram no capítulo passado!
~MarieOtaku,
~Evil-Uzumaki,
~Rock-you,
~Gisele_Haruno,
~AguiaBailarina,
~nekoryuu,
~vickloocka,
~Lumidy2904,
~OrfeuDeLira.
Obrigada a todos!

Capítulo 11 - Capítulo XI- Dia de Neve.


Acariciou sua testa limpando o suor, ela estava encolhida na cama, sendo engolida por travesseiros, cobertas e um enorme panda de pelúcia. A Hyuuga estava doente. Teve o azar de ficar de cama justo naquela semana, a primeira semana de férias de inverno. Seus pais viajaram para o Caribe, numa segunda lua-de-mel, e por isso não os incomodou dizendo que estava ardendo em febre. Tudo o que ela queria fazer era ficar sozinha, encolhida, vendo televisão. A empregada estava lá embaixo, o que significava que ela não estava totalmente sozinha.

 A neve caia lá fora, mansa e delicada, bonita de se ver pela janela. Ela se sentou, caminhando pelo quarto branco até a poltrona na janela, ainda enrolada em suas cobertas, agora vendo a neve com a testa fervendo encostada no vidro frio. Quase riu de sua comparação. Só queria saber porque não tomava tenência e ligava para seus pais. Ah, sim, se lembrou do motivo: odiava atrapalhar. Soltando resmungos grunhidos, ela fechou os olhos por tempo suficiente para que, quando os abrisse, visse uma mancha vermelha e rosa caminhando em direção a mansão Hyuuga. Sakura Haruno, aquela que agora tinha o título de melhor amiga de Hinata. E ela não vinha sozinha, trazia consigo dois copos de café numa bandeja comercial.

Quando notou a Hyuuga na janela, sorriu e acenou loucamente.

Hinata não mediu as consequências do que ia fazer, somente jogou as cobertas para longe e desceu as escadas na velocidade máxima que aguentava. Um surto de adrenalina a fez correr sem se preocupar com o cansaço que sentia. Abriu a porta da casa e já foi recepcionada por um abraço.

—Você não atendeu as minhas ligações, eu fiquei preocupada! —Exclamou, apertando ela com força e cuidado para não derramar o café. —Por que não me atendeu? —Quando se separou de Hinata, olhou bem dentro de seus olhos. Cansados e apáticos. Notou o rubor fora do normal nas bochechas claras, depois encostou sua testa na dela, fazendo Hinata corar ainda mais. —Você está com febre! —Quase gritou.

A empregada chegou logo depois, resmungando com Hinata por ela ter saído da cama. Fechou a porta e guardou o casaco de Sakura. Por baixo, ela usava calças grossas e pretas, um suéter rosa bebê e botas de montaria. Brava, a rósea entregou o café para a menina Hyuuga e pôs as mãos na cintura.

—Pensei que fosse mais responsável! —Rugiu. A empregada, Miiko, gostou do que via. Era o mesmo sermão que deu para a menina na noite anterior. —Por que não me ligou? Ligou para seus pais? Já visitou um médico?!

Antes de Hinata abrir a boca para responder, Miiko fez por ela: —Não e não. Não falou com os pais e não foi a um médico. —Arregalando os olhos verdes, Sakura olhou de Miiko para Hinata e de Hinata de volta para Miiko. Antecipando a próxima pergunta, Miiko disse: —Está assim desde sábado.

—Hinata! Agora as estradas estão fechadas por conta do mal tempo, não há meio de irmos até o hospital e duvido muito que um médico se arrisque tanto para vir te ver! —Corada pela febre, pelo sermão e pela presença de Sakura, Hinata baixou a cabeça e fez os cabelos cobrirem seu rosto. —E ainda por cima desce para abrir a porta pra mim, pegar friagem e descalça! O que você tem na cabeça?

Por um momento, se lembrou de sua madrasta com Neji. A primeira vez que viram o estado do garoto depois de um treino, com um olho roxo e a boca sangrando de leve. Era o mesmo tom acusador, o mesmo tom de mãe preocupada.

—Eu não quero atrapalhar ninguém —porém, ao contrário de Neji que insinuaria que aquilo nada tinha a ver com os outros, ela murmurou aquela resposta bem baixinho. As feições de Sakura se aliviaram, suspirando, ela disse:

—Suba para seu quarto, vamos cuidar de você —a troca de olhares de Miiko e Sakura por um minuto preocupou Hinata. Obedecendo a moça, ela subiu. Sabia como Sakura ficava quando contrariada e não era nada bom.

Minutos depois, quando Sakura entrou no quarto, Hinata estava na posição em que acordou: enterrada entre cobertas, travesseiros e um urso. Quase riu, a menina era tão pequenininha ali, parecia até uma criança. Os móveis brancos e os tons de roxo e lilás no quarto destoavam dos ursinhos nas estantes. Os dois lados de Hinata estava ali, naquele quarto: o sério, expresso pelos livros e a escrivaninha arrumada, e o infantil, cheio de ursos e bonecas de pano.

A Hyuga não conseguia se sentar tamanha era o peso dos ursos e cobertas juntos. Sendo seguida pelos olhos da morena, Sakura colocou a sopa e o chocolate quente no criado-mudo, depois a ajudou a se sentar.

—Vai tomar sopa de tomate e depois um chocolate quente, depois passamos o dia vendo televisão e jogando conversa fora, o que acha? —Estendeu uma sobrancelha, persuasiva.

—Nada de remédios? —Inflou as bochechas como uma criança. Sakura automaticamente se lembrou do dia que teve que cuidar de Naruto, ele fez exatamente a mesma coisa. Bom, aquilo a Hyuuga e ele tinham em comum: detestavam tomar remédio. Não importava o tamanho da dor, remédios estavam fora de cogitação. Por isso, usou com Hinata a mesma estratégia que com o loiro: misturou o remédio na sopa e no chocolate. Saber que eles tinham esse ponto em comum fez o coração de Sakura se apertar por algum motivo tão idiota que ela nem soube qual era.

Sorriu, inclinou a cabeça para o lado e disse: —Nada de remédios. —As feições de Hinata voltaram ao normal, a não ser, é claro, por ela estar ainda mais fofinha com aquelas bochechas da cor dos cabelos de Sakura. Além de manhosa como um gatinho.

Sakura teve uma influência em cima da personalidade de Hinata, nos seis meses em que estavam sendo amigas, Sakura deixou a menina mais livre, mais falante. Normalmente, Hinata não estava mais tão tímida e manhosa, além de agora estar muito menos susceptível a opinião alheia.

—Coma tudinho —disse, levando uma colher de sopa, que foi encarada com desconfiança, até a boca de Hinata. —Diga “ah” ou chamo seus pais agorinha! —É, a boa e velha chantagem ainda funcionava com Hinata. A morena abriu a boca e engoliu tudo. Sakura sorriu satisfeita. —Posso saber como a senhorita ficou doente?

—Sexta-feira, depois do treino do Neji, peguei o carro dele emprestado e fui patinar no lago —na sexta o tempo ainda não estava nevado, estava apenas muito frio, frio o suficiente para o lago Merida congelar o suficiente, na parte rasa, para que se patinasse. Bem, até a noite daquele dia, quando a tempestade começou. Não foi preciso mais, ela retornou da patinação no meio da neve. —Acho que não estava agasalhada o suficiente.

—E você ainda duvida? —Sakura negou com a cabeça, massageando as próprias têmporas. Ás vezes Hinata era impossível. —Vocês checaram quanto de febre você está? —Hinata assentiu.

—37,5° —sussurrou.

—Não está tão alta —murmurou. Hinata terminou a sopa, sozinha. Depois, tomou metade da xícara de chocolate quente. —Termine de beber —pediu. Ficando de pé, Sakura começou a mexer nos livros de Hinata. —Sério? Madame Bovary? Nada de Harry Potter ou, sei lá, Pequeno Príncipe, mas Madame Bovary?

—É um clássico!

—Harry Potter também é um clássico —piscou. Hinata revirou os olhos, colocando a xicara vazia na mesinha.

—Por que sempre que você vem aqui, fala exatamente a mesma coisa?

—Porque você tem que entender que Harry Potter é um clássico —piscou, inocentemente, para ela. —Agora, o que quer ver?

—Um dorama —pediu no tom de voz mais manhoso que pode. Sakura não era exatamente uma fã de doramas.

—Por que não um anime? Tem que ser justo um dorama?

—Um dorama —ali estava, não era mais a Hinata susceptível de sempre.

—Meu Deus, eu criei um monstro! —Pôs as mãos no rosto, negando veemente. Hinata soltou um risinho.

—Sim, criou, agora sente-se e veja um dorama com o monstro que você criou, Dr. Victor Frankenstein!

—Depois disso vamos ver Death Note —murmurou, derrubando os ursos de Hinata da cama e se jogando ao lado dela. Hinata sorriu para ela, pegando o notebook no outro criado-mudo. Abriu e ligou no site de sempre. Enquanto o dorama passava, Hinata mantinha sua atenção na tela e Sakura brincava com os cabelos da amiga. Três episódios se passaram sem que elas trocassem sequer uma palavra. Até Sakura não aguentar mais: —Hinata, posso te fazer uma pergunta? —Sakura suspirou, olhou para o lado e viu que a menina cochilava. Ela era fofa daquela forma, toda encolhida e corada. Sakura beijou a testa dela com delicadeza, sentindo seu coração acelerar. Depois beijou uma bochecha, a outra, por fim, encarou-a. Hinata dormia tão profundamente que não notou. Cogitou a possibilidade de beija-la. Refutou a ideia.

Ela cochilava sorrindo. Acariciou as bochechas da amiga, colocou o computador na escrivaninha e depois se deitou ao lado dela, vendo o peito dela subir e descer, até cair no sono. 


Notas Finais


Sakura parece minhas amigas quando veem que eu tenho Machado de Assis, mas não tenho Jogos Vorazes. Sarah me viciou em doramas. Esses dias eu peguei um belo resfriado por ter saido correndo atrás da minha cachorrinha que fugiu, na chuva. Não tive uma Sakura para cuidar de mim, mas tive a companhia de alguns doramas maravilhosos. Obrigada a todos que estão aqui!


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