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História Contrato - Prólogo


Escrita por: amandacarou

Capítulo 1 - Prólogo


O tempo é o bem mais precioso. E eu não sei quanto ainda tenho. Não posso fazer nada agora, apenas rezar o mais forte que posso e controlar minha respiração. Se me encontrasse, ei morreria.
Essa não pode ser a minha hora. tanta coisa a ser feita. 18 anos vividos é muito pouco tempo. A culpa não é minha.
Passos. Está longe, mas consigo escutá-lo caminhar pela casa.
Eu não fiz nada. Não entendo o que está acontecendo, quero que acabe.
Segundo andar. O homem parece me chamar. E não está muito longe.
Por favor, não. Eu não quero morrer. Eu não posso morrer. Por favor. Alguém me ajude.
Está no quarto ao lado. Meu coração bate tão forte que posso jurar que o som reverbera pelo cômodo. Minha garganta se fecha.
Qualquer um. Alguém me ajude, farei qualquer coisa, mas eu quero viver. Alguém! Agora!
Sinto um arrepio subir pela coluna. O homem abre a porta devagar. Eu me encolho no armário, continuando a implorar por pensamento.
Você quer ser salvo?
A voz não vem do quarto ou do guarda-roupa. Alguém falava comigo nos meus pensamentos.
Sim!, respondo, de imediato. Sim, eu quero. Me ajude, por favor.
Eu posso te ajudar.
Checa o banheiro, abre a janela.
Então me ajude. Faço qualquer coisa!
Qualquer coisa?
Sim!, eu berrava, internamente. O homem se arrastava até o guarda-roupa.
Desejas contratar meus serviços, então?
Serviços? A porta se abre. Tento chutá-lo, mas ele segura meus tornozelos e ri enquanto me puxa até o meio do quarto.
Cadê você? Me salve.
Tento levantar, mas ele me derruba de bruços e me prende contra o chão. Ergo a cabeça, mas de nada adianta.
Dedos frios seguram meu queixo e viram meu rosto para o lado. Deitada ao meu lado no carpete, parece ser uma pessoa, mas não tenho certeza. Enxergo três olhos amarelos, mas o resto é enevoado. Está bem próximo.
Não quer ser salvo?, sussurra na minha mente.
O homem se mexe. Tira algo do cinto.
Sim! Por favor.
Ele encosta algo na parte de trás da minha cabeça.
Então digas que me aceita. Que me contratas.
Ouço um clique. Ele balbucia um "tchauzinho, aberração".
Eu contrato você, criatura. Eu te aceito. Mas me salve, AGORA!
Todos os meus músculos estão contraídos. Um vento leve sopra enquanto espero o disparo, mas nada vem. Um objeto cai ao meu lado. Uma arma, cromada. Nada mais me prende ao chão, mas giro devagar o corpo. O homem não está mais no quarto, nem sinal dele. No seu lugar, encontra-se uma menina. Não é tão velha para ser uma mulher e nem tão nova para ser uma adolescente. É alta, esguia, de cabelo cortado na altura dos ombros. Está de braços cruzados, me encarando.
-Foi você quem me ajudou?- pergunto.
Silêncio. A aura dela não parece ser tão... Inofensiva.
-Muito obrigado. Não sei como te agradecer apropriadamente por...
-Agradecer? -sua voz é sarcástica, assim como seu meio sorriso.
O que eu farei agora? Fugirei para onde? Preciso pensar nisso após me livrar da estranha.
-Você ainda não entendeu, não é? -ela indaga.
Franzo o cenho enquanto me apoio para levantar. Minhas pernas estão duras como pedra. Do nada ela se aproxima e me agarra pelas bochechas.
-Você me contratou.
Contrato. Essa palavra... Minha mãe me alertou sobre eles. Que eu devia ficar longe, nunca fazer um porque os contratos eram negociados com...
Arregalo os olhos e arfo. Não. O que foi que eu fiz?
O lindo demônio de olhos amarelos sorri, satisfeito.



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