História Contrato de casamento - (Em correção) - A Festa - Part II - Final

A festa já estava cansativa, Jimin aparentava estar  um pouco alterado devido às várias taças de champanhe que tomou. 

Já sentia o sono chegar, pesando em meus olhos, vi que no relógio e já passava das 23:00h. 

Jimin estava com sua mão em minha cintura vez ou outra acariciando minha pele através da fenda de meu vestido. O vi sorri travesso quando me arrepiei ao seu toque, logo deslizando sua mão por toda a extensão de minha espinha, lentamente dedilhando-me com a ponta de seus dedos, fazendo movimentos de pequenos circulos. 

 Mordi meus lábios na tentativa falha de controlar minhas reações aos seus toques provocativos.

-Está com frio? - sussurrou de forma sexy em meu ouvido.

Sem conseguir responder adequadamente, somente acenei levemente com a cabeça, sentindo-me acanhada com sua aproximação. Porém ainda não me esqueci de que é Park Jimin e de suas ameaças, pensando nisso novamente uma onda de medo paira sobre minha mente, fazendo desviar meu olhar para qualquer ponto naquele lugar que não seja Jimin.

Em um ato inesperado, Jimin tirou seu terno e o colocou sobre meus ombros, surpreendendo-me. 

-Se você continuar me olhando assim... - Sussurrou novamente aproximando seu rosto perigosamente do meu. -  Terei que te beijar na frente de todos aqui... 

Em uma tentativa desesperada de disfarçar minha timidez, viro meu rosto para o lado contrário ao seu. Concentrando-me em estalar meus dedos de forma nervosa.

-Ya! Não vou fazer isso, calma! - Ouço sua voz divertida seguida  de um sorriso. - Venha vamos ver aquele velho nojento para podermos ir embora, também estou cansado disso aqui. 

Então levanto-me junto a ele, de mãos dadas.  Recebendo olhares curiosos de todos ali na mesa.

-Uah! O Jimin parece um homem de verdade ao lado da Katy não é Jin? - Hobi brinca sorrindo.

-Concordo, vocês são o casal mais bonito dessa festa. - Jin sorri tomando um gole de sua bebida.

-Vocês estão bêbados já. - Jimin respondo-lhes revirando os olhos. -  Nós já voltamos, vou ali resolver uma coisa, e depois vamos embora, vocês vão ficar? 

-Ah! Jiminie, você disse que iria para a boate com a gente, vai dar pra trás agora? - Hobi pergunta fingindo mágoa.

-É verdade eu me lembro, até chamei umas "amiguinhas" se tu não for vai perder. - Foi a vez de Namjoon dizer descontraído.

-Eu vou pra casa! - Jungkook diz sem animação.

-Você é bebê ainda, tem mesmo que ir dormir cedo.  - Suga diz bagunçando os cabelos do mais novo.

-Para Hyung! - Jungkook reclamou, arrumando rapidamente seus fios.

Enquanto todos riem à mesa, eu paro para observar minha mão entrelaçada a de Jimin, pensando em como tudo isso é novidade para ambos, somos casados, porém não temos relações amorosas, e isso permite que Jimin saia para se divertir em seus momentos de folga, é a parte que ele mais gosta depois de ter casado.

-Tá, eu vou ver o que eu faço! - Diz puxando-me para acompanhá-lo.

-Se for deixar a Katy em casa me avisa, por que ai eu fico em casa também. - Suga brincou, provando-o.

-Hahaha! Vou tentar achar a graça tá! - Jimin forçou uma risada irônica.

Os meninos sabem a forma como Jimin me trata em casa, e sabe também que ele tem outras mulheres, porém preferem não opinar. 

Eles imaginam que eu sou o tipo de mulher que aceita tudo por amor.

Ah! Se eles soubessem...

Fomos em direção a mesa em que seus pais se encontravam conversando animadamente, notei que assim que nós aproximamos, recebi diversos olhares de ódio de todos que ali estavam.

-Olá tio Jhon, Boa noite a todos! - Jimin curvou-se em cumprimento ao mais velho da mesa.

-Achei que não viria cumprimentar seu tio mais. - O homem velho respondeu-me o encarando.

-Eu estava resolvendo umas coisas... - Jimin disse desinteressado.

O senhor que ele chamou de Tio Jhon, encarava-me de forma maliciosa fazendo-me constranger imediatamente, sentia-me nua em sua frente. Levo minha mão livre para o terno de Jimin sob meus ombros, na tentativa de esconder-me mais dos olhos daquele homem intimidador.

Ao mesmo tempo uma moça muito bonita, e com aparência bem jovem, puxa Jimin pela mão para que ele se sente ao lado dela. Jimin deixou ser guiado por ela, mas s soltar-se de minha mão. 

Seu Tio Jhon, veio ao meu encontro e pegou-me pela mão, forçando-me a soltar a mão de Jimin. O encarei desesperada, porém ele parecia entretido demais com a moça ao  seu lado para notar meu desespero.

-Você parece estar perdida meu anjo!  - disse maliciosamente aproximando-se de meu corpo. - O que acha de me fazer companhia nesta noite?  

Senti seu bafo carregado de bebida alcoólica, o que quase me asfixia por um momento. Fecho meus olhos automaticamente, dando passos curtos para trás tentando esquivar-me de seus toques insistemtes. 


-Afaste-se dela! - Ouço Jimin dizer em voz alta e autoritário. 

-Ahhhh! Você sempre está com o melhor... - Seu Tio diz fingindo mágoa, apertando ainda mais suas mãos em minha cintura. -  Ouvi falar que tinha se casado mais não imaginei que era com essa jóia preciosa. 

Uma lágrima solitária cai dos meus olhos, a imagem daquele homem me pegando me fez reviver o que passei na lanchonete. Tento de maneira falha me soltar de seu aperto, o que faz ele colar nossos corpos rapidamente, impedindo-os de fugir.

-Não toque nela! - Jimin novamente grita, e puxa-me em sua direção, tirando-me dos braços daquele velho asqueroso.

-Calma filho! Você era pra ser marido da minha filha, ainda podemos trocar, você fica com ela e eu cuido dessa belezinha ai... Pense nisso! - O velho diz ignorando a expressão raivosa de Jimin, sentando-se novamente à mesa.

- Nunca mais fale dessa forma sobre minha  esposa. - Jimin ordenou entre dentes. - Eu jamais irei me casar com sua filha, que por sinal é minha prima. Espero que eu tenha deixado bem claro isso. E jamais toque em minha esposa novamente, ou eu não respondo por mim.

-Isso só desperta mais meu interesse... - O velho diz bebendo novamente sua bebida, encarando-me dos pés a cabeça.

Fecho meus olhos, soltando a respiração que nem sequer percebi que havia prendido, quando sinto Jimin me arrastar em direção a saída daquele salão.  Rapidamente entramos no carro e o motorista acelerou percebendo a pressa de Jimin.

O mesmo ainda estava extremamente nervoso ao meu lado, e repentinamente inicia uma seção de  socos na porta do carro, tão fortes à ponto de  ferir suas mãos.

O encarei apavorada, sem saber se interferia ou não em sua situação. 

Logo após alguns minutos, seus socos foram diminuindo a intensidade, sua respiração estava pesada e seus olhos fechados.

-Ele te beijou? - perguntou-me amargamente.

-Ahn?! - respondi-lhe confusa, ouvindo-o bufar ao meu lado. - N-Não! 

Sinto suas mãos ensanguentadas pousar sobre meu rosto, fazendo-me encara-lo.


-Não deixe ninguém te tocar. Eu te falei isso...  - Disse entre dentes fixando seu olhar  nos meus. - Primeiro Jungkook babando em cima de você, e agora aquele velho tarado... Eu te avisei não avisei? 

Sinto suas mãos apertar meu rosto, e me desespero ao pressentir que serei agredida novamente.

-E-Eu não sabia o que fazer... - respondo-lhe sinceramente, sem conseguir segurar meu choro preso na garganta.

-Me chame! - gritou desesperando-me. - A qualquer momento, me chame! 

Então sinto seus braços me puxar para deitar a minha cabeça em seu peito. Ainda completamente apavorada, o faço sem me mexer.

Sem entender suas ações, tento pensar nos possíveis  sentimentos de Jimin. 

Ele poderia estar com ciúmes? 

Ou ele tem medo de que eu fuja com outro?

 Não sei...

Chegamos  em casa, e Jimin ainda me apertava firme em seu peito.

-J-Jimin? Nós chegamos. - o chamei em voz baixa quando o carro parou, e ele nem sequer se mexeu.

Sem responder, Jimin somente saiu comigo do carro, logo abraçando-me novamente. 

O senhor Pyo não me cumprimenta quando eu estou com ele, pois ele conhece bem o gênio forte de Jimin. Então fomos direto para o elevador sem trocar palavras ou sequer olhares.

As mãos de Jimin estava muito machucadas, pude notar meus dedos sujos com seu sangue. 

Ao entrar no apartamento, sem dizer nada, ajudei tirar seus sapatos e retirar suas roupas, o levei para seu quarto, e aproveitei o escuro do quarto para ajudá-lo melhor. Depois de despido, Jimin foi direto para o banheiro tomar seu banho. Rapidamente preparo o kit de primeiro socorros, em cima de sua cama esperando sua volta.

-Katy? - Ouço-o gritar.

-Estou indo!  

Bati na porta, e a abri em seguida me arrependendo de ter feito esse ato. O vejo completamente nú, enquanto a água do chuveiro caía pelo seu corpo, tentei desviar meu olhar envergonhada. 

-Katy, vem aqui! - estendeu-me sua mão.

-Q-Que??? - não consigo esconder a surpresa.

-Eu estou te chamando, vem aqui. - disse chamando-me novamente.

Em passos lentos, adentrei devagar no banheiro, eu ainda não tinha trocado de roupa  e senti o chão um pouco escorregadio. 

Andei pelo banheiro com os pés descalços e segurando a barra do longo vestido. 

Aproximo-me de Jimin, muito envergonhada, com certeza meu rosto estava  mais vermelho que um tomate, abaixei minha cabeça e encarei o chão para não ver o corpo despido em minha frente.

-Está na hora da sua punição! - ouvi sua voz em tom malicioso, sentindo meu coração querer saltar pela minha boca.

-Q-Que??? 



                                 (...) 

Jimin Onn

Ouço batidas na porta, e logo Katy entra, dando-me visão de seu rosto completamente corado.

"Ah! Com aquele vestido que me fez ter pensamentos sujos durante a noite toda."

Aperto meus olhos por um segundo e os abro rapidamente, sem que ela perceba que eu estou fora do meu controle de sanidade.

-Katy, vem aqui! - estendeu-lhe minha mão para que ela se apóie.

-Q-Que??? - pergunta-me assustada.

-Eu estou te chamando, vem aqui. - repito impaciente.

Vejo-a tentar equilibrar-se no chão escorregadio, segurando a barra do seu vestido, dando-me uma bela visão de suas pernas, aproximando-se cada vez mais de forma lenta e tímida, o que de fato só me atiça ainda mais.

Não sei o que deu em mim, mais quando ela esta me olhando com esses grandes olhos azuis, tudo que eu quero fazer é... 

Beija-la... 

Preciso fazer ela minha mulher... 

De verdade!

Tento afastar esses pensamento mais é inútil, me vem a memória de mais cedo na festa.

 Aqueles homens babando por ela.

"Ela é minha"

"Eu só posso ter ficado louco, só bata nela e a mande embora".

"Não... Não tenho vontade de bater nela mais."

Em minha mente essas questões estão brigando incessantemente, levando-me a uma "quase loucura".

"Eu a avisei para não se deixar ser tocada, agora eu preciso puni-la."

Ela se aproxima e consigo ver melhor sua face  completamente corada, seus olhos estavam vidrados no chão. Então lentamente ela os levanta, e me olha assustada.

-Está na hora da sua punição! - disse maliciosamente.

-Q-Que??? - sua voz quase não sai.

Estendo minha mão para que ela pegue, e lentamente ela a segura, suas mãos ainda estão trêmulas, mas ela continua com seu belo olhar fixado nos meus, quase posso dizer que vejo sua confusão por eles. 

Mais são coisas que eu nem entendo ainda, sequer posso explicar a ela então.

Minha mão corre de encontro a sua, e imediatamente eu a puxo para de baixo do chuveiro comigo. 

Seu rosto bate em meu peito e imediatamente ela levanta seu rosto para me olhar com seu par de olhos incríveis.

Seus cabelos molhados, a água morna caindo em sua pele branca, seus lábios vermelhos... 

Tudo isso está ao meu alcance agora, e eu não pensei duas vezes para beija-la novamente. 

Não fechei meus olhos, até ver os seus fechar lentamente. Em um beijo intenso e  cheio de desejo, não precisei insistir para que ela desse passagem para minha língua. Que imediatamente se junta com a sua, deixando-me sentir seu sabor levemente mentolado em minha boca. 

Minhas mãos passeiam deslizando-as até o zíper de seu vestido.

Eu quero mais, eu preciso de mais dessa mulher...

(Continua...)