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História Contrato selado - "Cuida dele por mim"


Escrita por: umaentremuitas

Capítulo 15 - "Cuida dele por mim"


  Sentada de frente ao enorme espelho, me preparo para mais uma de minhas bizarras apresentações de namoradinha apaixonada. Suspiro fundo, eu me sentia uma virgem prestes a perder o lacre quando tenho que fazer isso, é muito estranho estar indo para a casa de Alexandre jantar com seus pais. Minha roupa estava simples, comportada. Apesar de conhecer muito bem os Nero Vieira, quis mudar um pouco. Porra, eu sou a primeira "namorada" que Alexandre leva para jantar com seus pais. 

7:00 horas em ponto, nossa daqui a alguns minutos Alexandre passará para me pegar. Meus pais não reagiram muito bem a esse nosso "namoro", eles sabiam a fama que Alexandre tinha, mas mesmo assim não se intrometerão na minha escolha. Eles me respeitavam, e olha que até toparam ir no micão vulgo jantar na casa dele. 

  ─  Mãe, eu já vou indo! - falo ao descer as escadas e encontrá-la sentada em uma poltrona ao canto da sala, ela já estava elegantemente arrumada, mas iria esperar por meu pai. ─  O Nero já está esperando aí fora e... - paro de falar ao sentir o olhar dela me analisar de cima a baixo. ─  O que foi? 

  ─  Tá bonita.. - balançou a cabeça, estreitando os olhos. ─  Eu vou só esperar seu pai, nos encontramos lá! - assenti, dando um beijinho rápido em sua bochecha antes de sair. 

... 

Alexandre e eu passamos o caminho inteiro ensaiando textos para não haver controversas na hora de responder alguma pergunta. As vezes ele me zoava por alguma palavra que eu dizia errado, qual é, eu estou nervosa. As vezes quem arrasava ele era eu, ele é claramente um idiota. Entre brincadeiras e xingamentos, chegamos á casa dele. Uau, esse lugar está muito mudado. Dá ultima vez que eu vim aqui, não me lembro de ser tão lindo assim. 

  ─  Tá preparada? - ele entrelaça seus dedos nos meus assim que descemos do carro, sorrindo ao perceber o tremor das minhas mãos. 

 ─ Pra ser sincera? - neguei com a cabeça. ─  Nem um pouco! 

 ─  Ah Giovanna, todo mundo aqui gosta de você! - revirou os olhos, e eu bufei de raiva. ─ Relaxa que vai dá tudo certo!

─  Ah, obrigada por me deixar ainda mais nervosa por estar mentindo para pessoas que não merecem! - falei rápido, e ele gargalhou alto.  ─  Qual é a graça, seu idiota? - desfiro um soco sobre seu braço direito. 

─  Opa, é assim que você trata seu NAMORADO? - falou um pouco mais alto a palavra namorado, ele faz essas coisas pra me irritar.  ─  Finge que me ama, pelo menos na frente dos nossos pais!

─  Fingir que te amo já é um pouco demais! - resmungo entre os dentes, forçando um sorriso ao ver que os pais de Alexandre nos esperavam na porta principal. Respira fundo Giovanna, a noite está apenas começando.  ─  Posso no máximo fazer um carinho no seu rosto! - fazendo o que digo, acaricio seu rosto devagar, dando um tapa pouco forte em sua bochecha, apertando a mesma entre as mãos logo em seguida.  ─  Fica esperto comigo! - pisco o olho, caminhando até a entrada onde seus pais sorriam como se estivessem em um comercial de pasta de dentes. 

... 

Como eu disse, aquilo estava constrangedor, e a cada minuto eu sinto meu rosto corar um pouco mais. Eu não sabia onde enfiar minha cabeça, cada vez mais incrédula com a curiosidade de todos que ali estavam. 

  ─  Vocês formam um casal muito bonito! - a mãe dele comenta sorrindo, e eu sorrio de volta, ela é adorável. A quem Alexandre puxou?  Ele é insuportável. 

  ─  Ela que é linda mãe! - apertou minha mão por cima da mesa, me remexo na cadeira desconfortável. Percebendo isso, ele olha para mim sorrindo, o que para os outros soou como um simples sorriso, pra mim foi como uma forma dele dizer que aquilo estava divertido. 

 ─  Tenho que concordar, minha filha é linda! - meu pai suspira, num misto de orgulho e decepção pelo meu "namoro".  ─  Eu espero que você cuide muito bem dela, Alexandre!

 ─  Eu vou cuidar! - forçou um sorriso, eu revirei os olhos. Mal sabem eles que nosso contratro só dura até o fim do ano. ─ Vou fazer da sua filha a mulher mais feliz do mundo.

... 

A noite seguiu arrastada ao meu ver, todos riam se divertiam. Nossos pais eram amigos, se sentir familiarizado ali era fácil. Eu me sentia um pouco culpada por estar mentindo para eles, eles não merecem isso. Se meu pai descobre que o dinheiro que eu dei pra ele veio desse acordo, ui, era uma vez eu. Todos já estavam sentados na sala, se deliciando com um café maravilhoso que a mulher que trabalhava com eles fez. Eu já disse o quanto eu amo café? Pois é, eu amo! 

  ─   Gente tava muito bom, mas nós temos que ir! - Alexandre chama a atenção de todos para ele, eu o olho com a sobrancelha arqueada. 

─  Pra onde? - pergunto confusa.  

─  A festa do Kevin, Giovanna! - ah sim, a festa.  ─  Ele já me mandou duas mensagens! Ah, e perguntou também se iremos para angra com o pessoal. - oi? Angra? ─ Eu te falei, lembra? - fiz que não.

─  Esse jovens! - sua mãe revira os olhos.  ─  Tem certeza que já vão? Tá cedo ainda! 

─  Voltamos semana que vem, né amor?! - ele faz que sim, mordendo o lábio ao me ouvir chamá-lo de amor, na certa segurando o riso. 

─  Eu vou cobrar! - ela afirma, me dando um abraço caloroso. 

─  Cuidado com a minha filha hein rapaz! - seu Hilton tenta ser duro, mas acaba trocando um abraço rápido com Alexandre.  

 ─  Pode deixar! - cumprimenta minha mãe, eu faço o mesmo.  ─  Como diz você: Isso foi micão! - depois de nos despedirmos de todos, caminhamos lado a lado até o carro. 

─  Pelo menos eles não pediram para que nos beijássemos! - suspiro aliviada, ele me mostra o dedo. 

─  Podemos ir? - desvia do assunto, e eu apenas concordo com a cabeça.  ─  Esse festa deve ter muita mina gata, lembra da que ele deu a semana passada? Quero só ver como vai ser em angra. A gebte, vai, né?

─  Nem me lembre! - espanto as lembranças, engolindo em seco.  ─  E nada de "mina gata" pra você hoje! Lembra da regrinha, né?! Enquanto a angra, é óbvio que iremos!

─  Impossível esquecer! - resmungou, mas eu ouvi.  ─  Será que o mala do Léo vai estar lá? 

─   Eu não quero falar sobre ele! - suspirei novamente, sentindo um arrepio ruim percorrer a minha espinha.  

─  Tá tá bom! - pareceu me compreender, mudando de assunto.  ─  Quer ouvir uma música? 

─  Se tu não cantar, pode ser! - digo com desdém. ─ Coloca aí!

─  Já mandei você se foder hoje? - faço uma careta, e ele finalmente liga o carro.  ─  Pois então, vai se foder! 

... 

A festa estava animada, o centro da sala de estar servia de pista, e muitas pessoas dançavam descontraídas. Rolava bebidas, beijos, mãos bobas e muito mais. Aquele lugar estava ficando quente demais, e eu já sentia minha pressão subindo para os ares. 

 ─  Eu vou lá fora pegar um ar! - grito devido o som alto. ─ Tô sufocada aqui...

─  O que foi, cê tá bem? - gritou de volta, segurando minhas mãos entre as suas.  ─  Giovanna, sua mão tá gelada, o que cê tá sentindo?

─  Nada! - me levanto, e ele faz o mesmo segurando em minha cintura.  ─ Preciso tomar um ar! 

─  Eu vou com você! - eu assenti, ele então começou a abrir caminho entre as pessoas.  ─  Quer uma água? - questiona assim que paramos no jardim, ali o movimento de pessoas era menor. 

─  Só preciso tomar um ar! - puxo-os dos pulmões.  ─  Lá dentro tava muito quente! 

─  Cê que quis entrar lá, eu ainda avisei! - me abanou com as mãos, ele realmente parecia preocupado.  ─ Tá melhorando? Pelo menos a cor tá voltando ao normal.

─  Aham... - resmunguei, conseguindo respirar melhor.  ─  Olha quem tá vindo aí! - Alexandre olha para trás, olhando todo bobo para Karen que se aproximava de nós.  ─  Disfarça pelo menos, oh retardado! - não deveria, mas aquilo me incomodou.

─  Oi gente! - ela parecia animada, eu apenas sorrio falso. Já disse o quanto não gosto dela? pois é, eu não gosto. 

 ─  Karen, oi! - puxo Alexandre de encontro ao meu corpo, o abraçando fortemente. Que é? Só estou fazendo meu trabalho. 

─  Gio, você poderia me emprestar o seu namorado por alguns minutinhos?! - Gio? Uau, olha o excesso de intimidade aí. 

  ─ Pra? - sou grossa mesmo, não sei disfarçar que não gosto dela. 

 ─ Eu queria dançar essa música com ele! - diz simplesmente, ah mais se eu namorasse com ele de verdade.. Olhei para ele que me encarou surpreso, não esperávamos uma reação dela nem tão cedo.  ─  Se você não se importar, é claro! 

 ─  Tu quer ir? - ele não respondeu. Sério que ela o tira de órbita assim?  ─  Quer?? 

 ─  Melhor não, eu nem sei dançar! - hã? qual é a dele? ─ Sem contar que não quero te deixar sozinha, cê não tá muito bem!

 ─  Ah Nerinho, por favor!!!! - ela diz, e eu arregalo os olhos. Ela só pode estar bêbada. 

 ─  Vai lá amor, eu tô bem, pode ir! - eu incentivo, me controlando pra não avançar em cima dela.  ─  Óh, cuida dele por mim viu Karen! - ela não me respondeu, simplesmente segurou as mãos de Alexandre o guiando até a pista de dança. Isso não vai dar certo.


Notas Finais


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Obs: Não revisado


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