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História Contrato selado - "Agora vai"


Escrita por: umaentremuitas

Notas do Autor


Vocês me xingam, mas eu amo.. amo muito!

Não revisado, boa leitura

Capítulo 19 - "Agora vai"


Ele foi atrás de mim, tentou segurar meu braço e conversar. Mas eu estava nervosa demais, não conseguiria ouvir nada além da minha raiva. Ele me fez de palhaça, me usou. Sua voz ecoava em minha mente me deixando ainda mais irritada. Eu disse, avisei pra ele que anularia o contrato caso ele ficasse com alguém, mesmo que esse alguém fosse essa pônei dos infernos. Eu já estava adaptá a subir e descer aquelas escadas rapidamente. Preciso sair deste lugar o mais rápido possível.

- Amora, vamo embora! - a encontro no mesmo lugar que deixei, ainda com o copo de tequila em mãos.

- Embora? - pareceu confusa, eu fiz que sim com a cabeça. - Ainda tá cedo, Giovanna!

- Vai ficar ai? - a encaro sem paciência, ela levantou as mãos numa alto defesa. Entornando a tequila, chupando o limão logo em seguida. A careta que ela fez, quase me faz sorrir, mas me controlei, ainda estou brava.

- Já tô indo! - revirou os olhos, se levantando da poltrona devagar. Peguei seu braço e sai a guiando para fora da casa.

- Vai logo criatura, eu quero ir embora! - bufei, e ela também. Ela não me questionou, me conhecia muito bem a ponto de saber que eu consigo ser ainda mais grossa quando estou irritada. Eu sou extremamente insuportável quando estou brava.

.....

Era sete da manhã daquele domingo nublado, eu gosto quando o tempo tá assim. Gosto de poder me enrolar em meio aos cobertores e me esconder do mundo, me esconder os problemas que lá fora me esperam. Problemas esses que se fazem presentes em minha mente desde que Alexandre me propôs esse trato ridículo.
Alexandre me ligou praticamente a noite inteira, tive que desligar o celular pra conseguir por a cabeça em ordem. Ele insistia dizer que não aconteceu nada entre ele e a oferecida, e assim foram mais de cem mensagens no aplicativo falando isso, ele sabe ser insistente quando lhe convém.

Não acredito que estou acordada a essa hora por conta desse babaca. Caralho, acabo de me dar conta que estou com fome, muita fome. Ontem jantei na casa dele, e por educação comi muito pouco, BEEEM menos do que o habitual. Ótimo, vou ter que levantar pra comer alguma coisa.

Me levanto preguiçosamente, ainda enrolada ao cobertor. Quer saber, eu não preciso dele, estou sozinha em casa, posso andar até pelada que ninguém vai ver. Joguei o cobertor na cama, seguindo para o andar de baixo na intenção de comer alguma coisa. Meus pais haviam saido muito cedo, e só voltariam ao anoitecer, o que significa que terei que me virar sozinha, EU NÃO SEI COZINHAR.

Meus pensamentos sobre comida são espantados quando ouço o som da campainha. Quem é que vem a casa dos outros a sete da manhã? Eu não estava vestida adequadamente para receber alguém, mas não subiria as escadas novamente pra colocar outra roupa! Não mesmo. Que se foda, estou na minha casa, atenderei de pijama mesmo!

- Já vai! - me apreso em atender, o infeliz não para de tocar. - AFF.. - me decepciono com o que vejo. - É você! - ia fechar a porta novamente, mas ele colocou o pé na mesma, me impedindo de fechá-la. - Não temos nada pra conversar! - disparo, sem dar chances dele falar nada.

- Claro que temos! - rebateu, me empurrando levemente pelos ombros, conseguindo espaço para entrar em minha casa. - Te liguei a noite inteira, já que não atendeu resolvi vir pessoalmente! - fechou a porta atrás de si com força, fazendo meu corpo estremecer com o barulho estridente.

- E o que te faz pensar que eu te quero aqui? - cruzei os braços abaixo dos seios, o que fez sua atenção voltar para eles. Ele ao menos disfarça. - O que eu tinha pra te falar, falei ontem! - descruzei os braços, e me virando de costas caminho lentamente até a cozinha. Eu preciso comer alguma coisa. - Não tenho máár nada pra falar contigo!

- Passar bem? - indignou, repetindo a frase que eu havia dito na noite anterior. - Isso que tinha pra me falar? - ele me seguia, e eu cantarolava alheia ao que ele falava.

- Esqueceu do "nosso acordo acaba aqui" - debochei, abrindo a geladeira pegando a jara de suco. - Sede.. - enchi o copo até a metade, bebericando devagar. Fechei os olhos, sentindo o líquido descer suavemente em minha garganta. Eu preciso ignorá-lo, assim ele vai embora mais rápido. - Ué, tu ainda tá ai? - disse ao abrir os olhos e encontrá-lo na minha frente, com o rosto avermelhado e os olhos arregalados. Ele parecia bem nervoso.

- Me deixa explicar, Giovanna, pelo amor de Deus! - pediu, eu juro que estou a ponto de explodir de tanta raiva. Revirei os olhos, respirando fundo para conseguir continuar fingindo aquela calmaria. - Não aconteceu nada, eu nem relei nela! - coloquei o copo sobre o balcão, o encarando com o ar debochado.

- Ela tava com aquele peito caído praticamente na sua cara! - tá, exagerei, ela não estava tão próxima a ele assim.

- Isso não é verdade! - avança sobre mim, segurando meu braço direito com força. Pronto, não vou conseguir manter a indiferença agora, meus olhos estão queimando de ódio.

- Solta a porra do meu braço! - resmungo entre os dentes, tentando puxar o braço que ele segurava com força. - Cê tá me machucando. Porra Alexandre, me solta!

- Caralho, você não me escuta! - gritou, na certa começando a se irritar com a minha insistência em acabar com essa palhaçada que não deveria nem ter começado. - Eu não comi ela! - eu batia o pé direito no chão, fazendo a criança mimada que não queria ouvir a bronca vinda da mãe. - Para de ser criança!

- Não comeu porquê a palhaça aqui chegou a tempo! - explodi, gritando no mesmo tom que ele. - Quer fazer o favor de sair da minha casa? Vai lá, termina o que começaram ontem. Mas oh, toma cuidado pra não engravidar ela, vocês são feios demais pra procriar! - era claro que ele não é feio. Pelo contrário, é gostoso até demais, ele é exageradamente gostoso. Mas eu precisava provocar, sabia que sua vaidade séria atingida.

- Eu já sei porquê você tá nervosa assim! - balançou a cabeça de um lado para o outro, apertando ainda mais a mão entorno do meu braço.

- Você não sabe de nada, sai daqui! - puxar o braço séria em vão, ele tem mais força que eu. - Você quebrou o trato, o acordo acabou, the end!

- Sabe o que é isso? - grunhiu entre os dentes, aproximando seu corpo do meu. - Cê tá frustrada por não termos terminado o que começamos.. - É O QUE?? COMO ELE OUSA? - Mas a culpa é sua, você me deixou lá sozinho!

- Não viaja! - dei de ombros, vendo aquele mesmo brilho intenso incendiar seu olhar. Putz, ele vai querer concluir o que começamos ontem. "VAI DEIXAR ELE TE USAR NOVAMENTE? DEIXA DE SER IDIOTA, GAROTA!", olha só quem resolveu se manifestar, meu querido subconsciente. - Se você não sair daqui agora, eu vou chamar meu pai!

- Qual pai, aquele que saiu de manhã? - debochou. Droga, qual o problema dele?

- Vai dar uma de Leonardo agora? - a frase surgiu efeito, ele soltou meu braço andando para trás.

- Eu nunca te tocaria sem sua permissão! - a voz saiu branda. Isso me fez pensar o quanto eu estava sendo injusta com ele, era nítido que ele não ficou com ela. Ele estava de roupa quando eu entrei lá. Pena que minha raiva não me deixou pensar direito. Alexandre morde o lábio inferior, suspirando pesadamente. - É melhor eu ir embora? - ele perguntou, mordendo dessa vez o lábio interior.

- É! - ergui o queixo ao responder.

- É... - ele repetiu, coçando a cabeça de modo desconcertado. - Então é isso? Acaba assim?

- Se eu estivesse bêbada eu te convidaria para ficar! - eu disse e ele me olhou com as sobrancelhas franzidas. - Porque só assim eu teria coragem. - qual é o meu problema? Eu quase dei pra ele sem um pingo de álcool no sangue.

Ele deu um sorriso brincalhão e piscou lentamente, balançando a cabeça em sinal de afirmação, como se estivesse absorvendo o que eu disse. Ele é bem debochado. Seu olhar dizia "eu só não te comi ontem porquê disseram que sua amiga havia arrumado uma briga".

- É..tchau! - e então ele se virou de costas e foi em direção à porta, sem dizer mais nada. Uma onda instantânea de arrependimento me tomou, não sei se é por vê-lo ir embora sabendo que eu poderia tê-lo comigo, ou pelo que eu estava prestes a fazer, quando eu somente poderia deixá-lo ir embora.

- Alexandre... - saiu num sussurro, espero que ele tenha ouvido. Ele parou quase perto da porta que dava acesso a sala e se virou para mim. - Talvez eu não precise estar bêbada, não é?! Quer dizer, ontem eu não estava.. - Esfreguei o dorso de minha mão em meu rosto, sem saber onde aquilo me levaria.

Ele abriu um sorriso sacana e voltou para onde eu estava, colocando uma mão na minha cintura e a outra na minha nuca, e me beijou, enquanto meus braços envolveram seu pescoço e eu comecei a brincar com os seus cabelos. Agora vai, eu vou conseguir gozar!


Notas Finais


Volto na quinta. Mas, prometo que não terá tombo no próximo (PELO MENOS NÃO NO PRÓXIMO)

Comentem, tchau


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