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História Contrato selado - "Boate na barra"


Escrita por: umaentremuitas

Notas do Autor


Gente, eu não tô parando com a fic por causa de ninguém. Os comentários desanimaram sim, mas não intervieram em nada na minha decisão. Eu sou. As ideias surgem na minha cabeça, mas não consigo executá-las. Tô num block, a fic tá ficando chata, perdendo a essência. Por isso, resolvi parar de escrever. Me entendam por favor!!

Não revisada, boa leitura!

Capítulo 28 - "Boate na barra"


E por mais que eu quisesse, não consegui me mover. Amora me encarava com certa expectativa, e eu, mordia o lábio inferior suspirando pesadamente. Eu queria sim poder ficar com ele, mas, as coisas não eram tão simples quanto pareciam ser. Ele declarou seu amor, nossa, como isso soa estranho, mas não disse que queria realmente ficar comigo. 

– Eu não posso! - me levanto a cama, negando com a cabeça enquanto ando de um lado para o outro. – Eu não posso, isso não tá certo! 

– Como não? - franziu a testa. – Giovanna, tu acabou de dizer que quer ficar com ele. Bata na tua cara antes que EU bata! 

– Querer eu quero, mas não é tão fácil assim! - estava me segurando para não roer minhas unhas, o Alexandre não vale o sacrifício de ficar com as mãos feias, ah mais não vale mesmo. 

– Como não? Vai lá, diz pra ele que perdoa as falhas, e pronto! The end. Sejam felizes para sempre! - ironizou a última parte, me fazendo revirar os olhos. – Oh queridinha, não é todo dia que um ALEXANDRE NERO se declara apaixonado por alguém não, para de ser trouxa. Se joga. Me agradeça depois. Tchau! 

– Cê acha que ele realmente tá gostando de mim? Sei lá, foi só a gente transar pra ele vim com essa ladainha... 

– Ah Giovanna, me economiza pelo amor. - levantou as duas mãos, e eu cruzei os braços. – Cê não vai lá falar com ele? - neguei com a cabeça. – As vezes tu me dá a maior preguiça! - bufou, eu dei de ombros. – Depois não diga que eu não avisei. Vamo descer, eu tô com fome! - se levantou da cama, pegando em minha mão e me guiando para fora do quarto. Cheguei a achar estranho, ela desistindo de me convencer a algo tão rapidamente. Eu ein. 

...

Dias depois

Depois daquele dia, eu não o vi mais. Não senti seu cheiro, não ouvi sua risada contagiante ecoar em meus ouvidos, nem mesmo suas piadas sem graça faziam parte dos meus dias. Ele realmente estava disposto a me dar o tempo que eu pedi. Ele sumiu do prédio de jornalismo, curso no qual eu estudo. Não me procurou em casa, não ligou, mensagem, sinal de fumaça, nada. E isso, de alguma forma me deixava frustada. Por mais que eu havia confessado para Amora que realmente queria ficar com Ele, não conseguia dizer em voz alta que o amava. Esse sentimento, que era bastante desconhecido por sinal, por mais que eu já tivesse tido outros namorados antes, namorados de verdade é claro, começava a me sufocar. Eu sentia necessidade de estar com ele, de sentir o cheiro dele, o jeito infantil que só ele conseguia ter, sentia falta do homem que ele era na cama. Eu precisava dele. Mas, ainda me sentia confusa, traída. Não poderia simplismente passar uma borracha em cima de tudo o que ele me disse, não podia passar por cima do meu orgulho e ficar com ele. Ou podia?

E fazia exatamente cinco dias que minha rotina era da faculdade pra casa, de casa pró trabalho. E assim sucessivamente. 

Era uma tarde de sábado, e eu, como sempre não tinha nada o que fazer. O escritório não abria durante o final de semana, e agora eu estava sentada no sofá de casa com uma panela de brigadeiro, enquanto assistia "uma linda mulher", filme romântico, o que não era do meu feitio. 

– Oh garota, não tá ouvindo a campainha tocar não? - minha mãe me trás ao tempo real, movendo as mãos de um lado para o outro. – Eu hein. Tu anda tão estranha... 

Eu não respondi, e voltei a me concentrar no filme. Ela abriu a porta, e consigo ouvir a voz eufórica da minha melhor amiga ecoar em meus ouvidos.

– Não acredito que tu tá aí largada em pleno sábado! - se aproximou retirando a panela da minha mão, sentando-se ao meu lado. – Isso é uma tentação! - se refere ao brigadeiro, antes de encher a colher e enfiar na boca. 

– Sinta-se em casa! - debochei, voltando a atenção para meu filme. 

– Ah não, que bad é essa?? - olhou para a televisão, e eu dei de ombros. – Uma linda mulher, sério? 

– É um filme ótimo! - respondi com desdém, tomando a panela de sua mão novamente. 

– Na época que minha mãe era virgem, realmente era maravilhoso! - revirei os olhos, fingindo não ouvir o que ela disse. – Tu nunca foi de ver esse tipo de filme. 

– Agora eu sou. E fica quieta que eu quero terminar de ver o filme! 

– Nem pensar! - se levantou, alcançando o controle remoto na mesinha de centro. 

– Amoraaaaa não.. - suspirei, era tarde demais, ela já havia desligado a televisão. – Ah mano, tava na parte que eles davam o primeiro beijo. Liga! 

– Quer rever um primeiro beijo? Vai no Instagram do Alexandre e olha o vídeo que ele postou de vocês dois! - rolei os olhos, suspirando fundo pra não tacar a panela na cara dela. Essa retardada tinha mesmo que ter me lembrado desse maldito dia? Argh! – Levanta, vai tomar um banho, nós vamos sair! 

– Fale por você, eu não vou pra lugar nenhum! - neguei, e ela estreitou os olhos. – Trabalhei a semana inteira, tô exausta. 

– Ah você vai! - ela afirmou, tomando a panela da minha mão novamente. – Eu vou na cozinha levar essa panela, e quando eu voltar espero não te encontrar aqui! - já ia saindo quando pareceu se recordar de algo. – Ah, pega uma roupa pra usar mais tarde, iremos a uma boate! - e saiu. Como ela consegue ser tão mandona? Bufei, levantado lentamente. Ela não vai me deixar em paz enquanto não me ver pronta pra sair. 

...

– Amiga, espera aqui! - Amora diz assim que entramos na boate, tentei impedir, mas ela já havia saído. Ótimo, passarei a noite sozinha. 

Revirei os olhos, a música alta começou a ecoar em minha cabeça que insistia em querer doer. Resolvi então ir até o bar e tomar alguma coisa que me fizesse apagar nem que fosse por algumas horas a semana que tive ao lado de Alexandre, juntamente com a semana que sofri com a ausência dele. Comecei na tequila.. e depois só Deus sabe.. 

Amora só se esqueceu de dizer, que me deixaria bebendo sozinha pra dançar sei lá com quem. Eu estava vestida com um vestido curto, acima dos joelhos, com um decote nos seios e aberto nas costas. Ele brilhava, era feito para festas, eu o amava e me deixava com o corpo incrível. O salto 15, e o cabelo preso num coque proposital, para deixar amostra minhas costas. Eu nem sei em qual copo de tequila já estava quando sinto alguém e aproximar. 

– Posso me sentar aqui? - colou o lábio em minha orelha, me fazendo arfar com o susto. – Desculpa, não queria te assustar. 

– Mas assustou! - falei mais rude do que deveria. – Desculpa, pode sentar ai. - tentei concertar, ao ver a casa de decepção que o homem a minha frente faz. Ele então abriu um sorriso torto, e se sentou. Eu já estava mais tonta do que deveria, e isso de certa forma me fazia esquecer os problemas, então resolvi beber ainda mais.

– A morena tem nome? - "imagina, ela é indigente" meu subconsciente revirou os olhos,  e eu sorri. 

– Giovanna! - respondi simplismente, não tava muito afim de papo. Ultimamente meus pensamentos eram minha melhor companhia. 

– Prazer, eu me chamo Murilo! - oh sim, é tu mermo que vai me fazer esquecer o Alexandre. 

– O prazer é todo meu! - Seguro a mão que ele me oferece, olhando-o maliciosamente. 

– Você vem sempre aqui? - questionou, e eu mordi o lábio. Um tanto vulgar, mas estava bêbada demais pra pensar nisso agora. 

– Tu vai ficar me interrogando ou vai me beijar? - ele arregalou os olhos um tanto surpreso, mas, não exitou em me puxar para um beijo, como é que eu posso dizer? Estranho? É, essa palavra define perfeitamente bem. – Espera! - puxei seu cabelo pra trás, afastando seus lábios dos meus. – Eu preciso ir no banheiro! 

– Agora? - tentou me beijar novamente, mas consegui virar o rosto a tempo. 

– Aham, eu já volto! - sorri amarelo, me levantando dali rapidamente. Era impossível beijar outra boca sem comparar com a boca dele, com o gosto dele, a pegada dele. Resumindo, sem ele não tinha graça. 

Quando cheguei ao banheiro, a fila estava gigante. Ótimo, eu vou fazer xixi na roupa. Cruzei as pernas e me mexi de um lado para o outro, rindo da situação das outras pessoas que eram semelhantes a minha. Então, pra passar o tempo mais rápido resolvi pegar o celular dentro da bolsa tiracolo que trazia comigo. Olhando coisas aleatoriamente, até olhar o número de Alexandre que estava salvo carinhosamente como "meu bobão favorito", sorrio.

– Bobão! - e, num gesto mal pensado clico em chamar, colocando o celular no ouvido, sorrindo com a língua entre os dentes.  – Atende logo... - no terceiro toque, quando eu já estava quase desistindo e encerrado à  chamada, ouço sua voz rouca ecoar em meu ouvido. 

– Alô? Giovanna?! - pela voz sonolenta, eu podia jurar que ele já estava dormindo. Aliás, que horas são agora?

– Até que enfim, bobão! - gargalhei, um tanto exagerada.

– Onde você tá? Que barulho é esse? Porra Giovanna, já são 3 horas da manhã! - sua voz passou de sonolenta a irritada em frações de segundos. – Onde você está? 

– Não é da sua conta. Tu não manda em mim! - minha voz sai mais embolada do que deveria. 

– Você está bêbada, Antonelli? 

– E se tiver? O que tu vai fazer? - provoquei. – Escuta aqui, você é um idiota, sabia?! - ria sem parar e as pessoas já me olhavam. – Você acha que pode me levar pra cama por cinquenta mil, transar comigo, me usar. E ainda dizer que tá apaixonado.... Eu odeio você! 

– Giovanna.. - sua voz soa como alerta. – Eu não vou perguntar de novo, ONDE VOCÊ ESTÁ? 

– Aiin seu bruto, não grita no meu ouvido. - fingi voz angelical. – Você me fez ter a pior semana da minha vida sabia? Por que você sumiu? Por que você me deixa tão fútil? Por que você é desgraçadamente gostoso?? Eu te odeioooooooo. 

– Giovanna.. - consigo ouvir seu suspiro, eu sorri, ele estava bem nervoso. – Onde é que você se meteu? 

– Pera, é minha vez de fazer xixi! - entrei na cabine, segurando o celular entre os dentes, na tentativa de levantar o vestido e abaixar a calcinha. Tentativa falha, quando gargalhei sem me lembrar do celular preso entre os dentes, o mesmo caiu de tela no chão. – Porra! - peguei-o correndo, quase chorando ao ver a tela rachada. – Quebrei a tela do meu celular, vou ter que sair pra comprar outro! - avisei a ele que continuava na linha. 

– Oh retardada, são quase 4 da manhã. Não tem loja aberta! - ele gritou, e eu senti vontade de chorar. Efeito da bebida. 

– Para de gritar comigo! - apertei o celular quebrado contra o rosto. – Você não é o meu pai! 

– Onde é que você tá? - ignorou o que eu disse. – Você tá conseguindo me irritar Giovanna, eu juro que você tá conseguindo... 

– Não te interessa onde eu estou! E sabe porque não te interessa?? Porquê nós não temos nada, eu não devo satisfação da MINHA vida pra você. Imbecil! 

– Antonelli.... 

– Agora eu tô aqui, ficando com o... - parei pra tentar lembrar do nome da criatura que beijei. – Não importa o nome dele,  o que importa é que ele é gostoso pra caralho, e eu vou sair daqui da boate da Barra com ele... - porra, falei demais. – Alexandre não..Não desli.... - tarde demias ele já havia desligado na minha cara. – Desgraçado!!


Notas Finais


Acho que tô devendo um tal de hot, né? Aguardem, o próximo capítulo promete... Bruto ou manhoso? Declaração ou provocação? Ela sai da boate com Murillo ou Nero vai buscá-la???? Me ajudem, tô zonza hahahaha

Comentem, tchau!


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