Ao acordar naquela manhã, eu tive a certeza de que não estava em minha casa. Sinto uma maciez que não é do meu colchão. E, um cheiro misturado ao meu, o teto, a coberta... AAAAH, ONDE É QUE EU TÔ?
Uma dor de cabeça malditamente forte me acompanhava, eu não lembrava de muita coisa da noite passada. Com dificuldade me sento na cama. Vendo pela janela de vidro que ia do chão ao teto que já havia amanhecido.
- Aain... - resmungo ao sentir uma pontada na cabeça. Eu estava vestida em uma camisa do melhor time do mundo, MENGÃO. Só me resta saber onde é que estou. Não havia ninguém ao meu lado, mas um cheiro de homem se fazia presente aos travesseiros. Me deitei novamente, tentando lembrar da noite passada, e... PORRA!
Eu sai, fui a uma boate, fiquei com um cara que nem lembro o nome agora, liguei bêbada para Alexandre e ele me trouxe para cá. Porra, eu dormi com ele, na casa dele, na cama dele. MEU DEUS O QUE EU FIZ??? Se minha cabeça não estivesse doendo tanto, juro que eu estaria negando com ela agora.
Sou tirada de meus devaneios quando a maçaneta da porta gira e Alexandre entra no quarto, me fazendo fechar os olhos rapidamente.
– Pelo visto vai dormir o dia todo! - o ouço resmungar. – Ah magrela, se você soubesse o quanto me importo com você... - pelos passos que ouço, sei que ele está se aproximando de mim. Respira devagar Giovanna, ele tem que achar que você está dormindo.. – Tão linda. - tocou meus cabelos de leve, na certa com medo de "me acordar".
Eu pensei em continuar a "dormir" e ouvir ele falando, mas precisava olhar em seus olhos, precisava tocar seu rosto, dizer o quanto eu senti falta do seu calor. Dizer o quanto eu sofri com sua ausência essa semana que se passou. E precisava ainda mais, brigar com ele; dizer que mesmo que eu peça mil vezes, não é pra ele se afastar de mim. Jamais. Me mexi lentamente, ensaiando abrir os olhos. E rapidamente ele tirou a mão de meus cabelos.
– Alexandre?? - arregalei os olhos propositalmente. – Que cê tá fazendo no meu quarto?? - era óbvio que eu sabia que não estávamos em meu quarto. Mas, ele não precisa saber que eu sei disso, né? – Porra.. minha cabeça tá doendo! - coloquei a mão na testa, gemendo baixinho ao sentir a cabeça latejar ainda mais. E, nessa parte eu não estava atuando, minha cabeça realmente doía.
– É claro que tá doendo! - ele bufou. – Toma isso! - estendeu dois comprimidos, e um copo de suco de laranja em minha direção. Advil, tudo o que eu precisava.
– Advil!!! - me sentei na cama rapidamente, como se fosse uma criança prestes a ganhar um pirulito. – Obrigada.. - agradeci quando ele coloca os itens em minhas mãos, sentando-se na Ponta da cama. – Como eu vim parar aqui? - perguntei ao terminar de entornar o líquido do copo.
– Agora você não lembra, né? - ironizou, prendendo a cabeça para trás. – Você me ligou as três horas da manhã, bêbada, rindo como se a vida fosse um verdadeiro show do bozo! - puts, ele me parece bem nervoso. – O que você foi fazer naquele lugar? Porra Giovanna, enquanto eu estava aqui, dando o tempo que você me pediu, sofrendo como nunca pensei em sofrer por filha da puta nenhuma você tava lá, ficando com aquele idiota que aposto que você não lembra nem o nome!
– E você acha que eu estava fazendo o que lá? - pensei em gritar assim como ele, mas não arrisquei minha cabeça explodir.
– Beijando outro cara! - levantou da cama, fechando os olhos como se a lembrança o torturasse. – Você não para pra pensar no que poderia ter acontecido? Ele poderia ter te estuprado, Giovanna.
– E a culpa séria sua! - também me levantei. Assisti seus olhos descerem e subirem pelo meu corpo pelo menos três vezes, demorando-se mais nas regiões das minhas coxas, que por sinal estavam bem expostas por causa da sua camiseta. Isso era hora de pensar nessas coisas?
– Minha? Pelo que me lembro, eu estava dormindo, quietinho dentro de casa!
– Eu estava lá por você! - finalmente elevei o tom, frazindo a testa de dor.
– Estava lá pra te tirar daqui! - apontei pra cabeça, ele me encarou estático. – Já que daqui.. - apontei pro peito. – ..Você não sai! - o vi abrir a boca pra dizer algo, mas não deixei que ele falasse. – Eu senti sua falta, foi preciso ficar longe desse seu bom-humor irritante pra ter a certeza que a vida não faz sentido sem ouvir sua voz, dia risada, seu calor... E..e..Eu te amo seu idiota!
– Giovanna... - vi um brilho em seus olhos, e não demorou para que seu corpo se cole ao meu. E, ao sentir seu corpo tão próximo até a dor de cabeça é esquecida. – Olha pra mim... - afastou seu corpo do meu, olhando diretamente em meus olhos. – Essa última semana que passei longe de você, sem ir no prédio de jornalismo me fizeram pensar em algumas coisas.. - começou, e eu o observei atentamente. – Vendo todas aquelas garotas que já dormi no campus, sabe o que eu pensei? Como é que eu pude viver tanto tempo sem você? Como é que eu consegui? Porque hoje isso parece impossível. Você bagunçou minha vida, Giovanna, e a deixou incrivelmente melhor. Me trouxe emoção, motivos para continuar, para lutar por você, para ver um sorriso seu. Motivos para te ajudar e me ajudar também. Quando eu tive você nos braços, eu soube que não iria querer te soltar nunca mais. Eu te amo, acredita em mim!
– Eu acredito! - afirmei, vendo-o sorrir com os olhos. – Eu também te amo...
– Você ainda quer? - me perguntou, pisquei os olhos algumas vezes tentando absorver a sua pergunta.
– Que..quero o que? - merda de voz que insiste em falhar quando eu preciso que ela seja firme.
– Fazer amor, você disse que queria. - diz encarando meus lábios.
– Eu disse??? - quase gritei, ele gargalhou jogando a cabeça pra trás.
– Ah você não lembra? Você me atiçou no carro, chegou aqui e me fez entrar no banho com você, saboar seu corpo... e...
– Ainda tem mais??? - arregalei os olhos quando ele afirmou que sim. – Cê tá mentindo, eu não fiz isso!
– Fez sim. E ainda correu pelada, dizendo que queria fazer amor!
– Pelada?
– Sem nada!
– E nós transamos??
– Aham, cê me fez um oral maravilhoso, e pediu pra eu..bem, você sabe, você pediu na boca!
– QUÊ????? - arfei com sua confissão, negando com a cabeça. – Não era eu.
– Era sim. Eu te coloquei de quatro.. porra Giovanna, você consegue ficar ainda mais gostosa quando tá bêbada! - se eu estava envergonhado? Meu rosto estava num tom vermelho pimentão.
– Eu não posso ter feito isso. Alexandre, eu estava bêbada e.. - parei de falar quando ele gargalhou. – Tá rindo do que? Tá vendo alguma palhaça aqui?
– Oh sua louca, cê acha que eu ia fazer essas coisas com você inconsciente? Você me atiçou, correu pelada dizendo que queria fazer amor, mas não passou disso. Eu te coloquei pra dormir pelada mesmo, e depois coloquei a roupa em você!
– Seu idiota! - bati em seu ombro. – Pô alexandre, olha como eu fiquei constrangida! Meu Deus, você é um imbecil.
– Fica quietinha, fica, vem aqui.. - o sorriso sumiu de seus lábios, dando lugar a lascívia de desejo. – Você ainda não me respondeu. - e, eu estava tão abobalhada por tê-lo tão próximo de mim que acabei demorando pra processar sobre o que ele falava.
– Quero... - sussurrei depois de um tempo sem nada dizer. – Me faz esquecer que essa semana longe de você existiu, me ensina a te amar.. - em resposta a minha súplica, ele me agarrou forte pela cintura, me trazendo para mais perto. Roçou seu rosto no meu inúmeras vezes antes de finalmente me beijar. Seus lábios encontraram-se com os meus com delicadeza e sem nenhuma pressa. Sua mão seguiu para a minha nuca, e a outra me apertava a cintura. Eu chupava a língua dele enquanto minhas mãos apertavam seus ombros com força. Como se sentissem falta de tocar seu corpo, de sentir seu calor, elas tinham vida própria. Alexandre me segurava com tanta firmeza que chego a gemer de dor contra seus lábios.
Quando o nosso fôlego teve fim, ele se afastou o suficiente para olhar em meus olhos. Ele não precisou pedir com palavras o que eu já sabia que ele queria. Balanceio positivamente com a cabeça, vendo a camisa vermelha e preta passar sobre meus ombros, indo diretamente pró chão. Alexandre colocou meu cabelo para trás e foi beijando meus ombros, depois meu colo, entre meus seios… foi abaixando e beijando minha barriga, meu umbigo… já de joelhos ele segurou nas laterais da calcinha e lentamente começou a abaixá-la, mas antes fez questão de beijar meu ventre. Conforme ele ia se livrando da última peça de roupa que me restava, Alexandre beijava minhas coxa e meu joelho. Já sem a calcinha, ele fez o caminho de volta. Joelho, coxa, beijou meu sexo, subiu para o ventre, umbigo, barriga, seios…
Segurei em seus cabelos e o fiz voltar a postura ereta. Era a minha vez de deixá-lo nu. Fui direto ao ponto e abaixei sua cueca. Sim, ele estava somente de cueca. Quando me livrei completamente dela, beijei sua coxa, depois seus oblíquos, seu caminho da felicidade inteiro, até chegar em sua boca, traçando uma linha reta. Apenas depositei um selinho, e quando ele quis iniciar um beijo de verdade, o chamei para a cama. Era nítido que estávamos cheios de vontade, a pele quente e os suspiros inacabados insistiam em denunciar nosso estado.
Alexandre me empurrou lentamente, até que minha cabeça descansou em seus travesseiros. E ali eu pude sentir, e reconhecer o cheiro que estava misturado ao meu.
– Você é tão linda... - ainda de pé, completamente nu ele me encara. – Eu passaria o dia todo aqui, só te olhando... - sussurrou, encarando milimetricamente cada centímetro do meu corpo.
– Nero.. - minha voz saiu ainda mais rouca, eu estava excitada demais. – Vem. - o chamei, ele negou com a cabeça. – Para de graça, deita aqui logo.
– Não, vem comigo! - me estendeu a mão, e mesmo sem entender entralacei seus dedos aos meus, me levantado da cama. Minhas pernas já estavam bambas, e tive que me segurar firme pra não cair de joelhos.
Em seu quarto havia uma parede feita de vidro. Era enorme e a vista era magnífica, dava para ver a orla e boa parte do mar já que seu apartamento ficava no último andar, na cobertura. De frente para essa parede havia uma banheira, estrategicamente colocada lá. Ah, ele queria tomar banho de banheira. Alexandre me beijou novamente, e eu deixei que seus braços fortes me carregassem até a banheira.
A água estava na temperatura ideal, os sais deixaram um cheiro doce delicioso tanto na água quanto no ambiente, e para completar, havia pétalas cor de rosa. Não tive tempo de parar pra pensar em como aquilo havia parado ali, daquele jeito.
– Nero, como…? - perguntei quando chegamos perto da banheira.
– Eu pedi pra Maria preparar tudo isso pra nós. - sorriu, confiante. – Eu sabia que cê ia acordar bem..se é que me entende. - Eu neguei sorrindo,
Quando ele já estava sentado confortavelmente dentro da banheira, me ofereceu a mão, para que eu me juntasse a ele. Me aproximei, Nero me olhava com desejo, seu membro já duro sob a água. Mordi o lábio e entrei na banheira junto com ele. Me sentei em suas pernas, de frente para ele e puxei seus cabelos, fazendo-o inclinar a cabeça para trás.
– Você me bagunça toda, sabia? - mordi seu queixo, passando a língua em seguida.
Joguei meus cabelos para um lado e passei a língua com vontade nos lábios dele para depois beijar sua boca. Explorei toda a sua boca, sugando sua língua para dentro de minha boca. Ele também não ficava para trás e me correspondia com tamanha intensidade. Simultaneamente suas mãos seguraram com força a minha bunda e me trouxeram para mais perto, esfregando meu sexo em seu caminho da felicidade… Quando percebi que logo ele me penetraria, parei de beijá-lo.
– Espera! - falei – Quero sentir você…
Aos poucos fui beijando sua garganta, seu peito… seu abdome e seu umbigo até chegar onde eu queria. Segurei seu membro e acariciei algumas vezes observando bem as expressões de prazer que ele fazia, o que eram como um estímulo a mais para mim. Empinei a bunda, ficando de joelhos dentro d’água e coloquei o membro em minha boca. Chupei com vontade e depois mais devagar… dei boas lambidas na cabeça sem parar com o contato visual. Ele estava mordendo o lábio com força. Eu sorri. Sorri de satisfação por poder proporcionar tanto prazer ao MEU homem. Então continuei chupando, arranhando levemente meus dentes por todo o comprimento, em seguida fui enfiando tudo que podia na boca, movimentos de vai e vem, sem parar… parando somente quando o fôlego me faltava.
Depois de alguns minutos ele puxou bruscamente a minha cabeça, me forçando a parar.
– Para, eu quero você! - ele falou quase gemendo.
Limpei os lábios e me coloquei sobre ele. Alexandre segurou seu membro e me penetrou. Segurei nas bordas da banheira e comecei a rebolar, para frente e para trás, rebolando em cima dele. Ele por sua vez, segurou meus seios e apertava-os com desejo. Nossas respirações estavam cada vez mais ofegante, meus gemidos mais constantes até que alguns minutos depois eu cheguei ao clímax. Gemi alto, ele me segurou firme pela bunda, fazendo eu me movimentar ainda mais, aumentando a intensidade do meu orgasmo. Quando eu já não aguentava mais, ele me soltou.
– Vem, eu quero te sentir inteira agora. - ele disse e levantou-se.
Ele me pegou em seus braços e me jogou na cama. Não deu a mínima importância ao fato de que estávamos molhados e iríamos molhar a cama toda.
– Alexandre, a cama vai ficar toda molhad… - ele me calou com um beijo, separando minhas pernas com as mãos.
– Shii… não estou nem aí. - ele disse.
Ele deitou-se em cima de mim e beijou minha boca com vontade, tesão. Foi descendo… mordeu meu pescoço, beijou minha garganta… mordeu a carne macia dos meus seios e em seguida sugou meus mamilos. Gemi. Continuou me beijando, a barriga, o umbigo… separou minhas pernas o máximo que pôde e se dedicou a chupar meu sexo. Ele chupava e me olhava nos olhos ao mesmo tempo, sua língua áspera me invadindo e me estimulando a todo momento… Enquanto ele beijava meu corpo, me senti vitoriosa. Não importa quantas mulheres ele tenha tido, nenhuma delas o tinha conquistado como EU consegui fazer, nenhuma delas o fez declarar o amor como ele declarou para mim. Ele me amava, assim como eu também o amava. E nós dois tínhamos um ao outro, sem contrato nenhum interferindo. Eram apenas o presente e o futuro que nos aguardavam.
Eu estava perto do ápice novamente, mas ele parou de me chupar para ficar de joelhos e me penetrar. Envolvi minhas pernas ao seu redor, acolhendo-o. Ele deitou-se por cima de mim outra vez e foi beijar meu pescoço enquanto fazia movimentos ritmados. Segurei em sua nuca, acariciando com minhas unhas… apertei seus braços com força e fechei meus olhos, para aproveitar cada sensação.
– Eu te amo tanto. - sussurrei, e puxei seu lábio inferior.
– Eu te amo mais… - ele sussurrou de volta, antes de sair completamente do meu interior, voltando a me penetrar lentamente.
– Aaaah.. - gemi baixinho quando ele colocou-se completamente dentro de mim. E pela primeira vez a vida eu estava fazendo amor. E, confesso que estou amando. – Mais... Forte. - proferi em sua boca, em meio aos milhares de gemidos e sussurros meus que morriam em seus lábios. – Não.. - choraminguei quando ele saiu, somente para me provocar.
– Você é tão gostosa. - passou somente a pontinha sobre minha abertura, sem consumir o ato. – Tão apertada...
– Então para de me provocar; entra logo! - em resposta a minha feição desafiadora, ele sorriu malicioso. Suas mãos vieram velozes para minha cintura e, com um puxão, ele acabou com toda distância entre nossos corpos.
Nossos olhares estavam ligados numa espécie de luta interna para ver quem iria ceder primeiro, quem iria se deixar dominar e fechar os olhos de uma vez. Eu não cedi. E nem ele.
Meu corpo todo tremia de arrepios com as sensações que estavam tomando minha sanidade, Nero respirava pesadamente no meu ouvido. Ora ou outra beijava meu pescoço, meu rosto, meus lábios com avidez. Nossos corpos aumentando o ritmo da dança aos poucos, enquanto o pré-prazer ia nos torturando. Eu estava ofegante, empurrava meu quadril com força contra o dele, a fim de intensificar o sexo, a sanidade me abandonando de vez.
– Amor da minha vida.. - suas mãos procuraram a minha, entrelaçando-as no alto da minha cabeça. – Eu quero ficar aqui pra sempre... sempre! - dizia entra uma investida e outra. E, sentindo uma dormência que nascia no meu sexo e se espalhava por todo o meu corpo, fechei os olhos, entorpecida de prazer. Ele ganhou, eu fechei os olhos primeiro. – Sabia que você ia ceder.. - depositou um longo selinho em minha boca, depois puxou meu lábio inferior e enfim me deu um beijo de verdade. Sua língua adentrou em minha boca sem pressa, explorando… sua respiração ficava mais difícil a cada segundo, pois ele não queria desgrudar sua boca da minha, tão pouco eu queria isso também. Ele entrava e saía de mim ritmadamente, enquanto suas mãos apertavam as minhas ainda no alto da minha cabeça.
Aos poucos ele foi aumentando o ritmo das estocadas até chegarmos ao clímax juntos. gemeu em meu ouvido e derramou-se dentro de mim. Alexandre apenas se deixou seu corpo relaxar sobre o meu enquanto nossas respirações voltavam ao normal. Acariciei seus cabelos com ternura. Ele olhou para mim e sorriu.
– Te amo. - me deu um selinho
– I love you too. - respondi devolvendo o carinho.
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