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História Contrato selado - "Pedido oficial"


Escrita por: umaentremuitas

Notas do Autor


Coloquei a imagem pra vocês terem uma certa noção do lugar.

Espero que gostem, boa leitura!

Capítulo 8 - "Pedido oficial"


Fanfic / Fanfiction Contrato selado - "Pedido oficial"

"5° comentar sobre o acordo também anula o trato! "  lembro dessa regra de imediato. Alexandre não sabia o quanto iria facilitar nossas vidas caso Amora soubesse, ela poderia ajudar muito, muito mesmo. Mas como eu impus as minhas regras, não podia interferir nas dele.  

- Deusa! - essa é a unica coisa que consigo falar, ela me olhava com um ponto de interrogação na testa. - Tu tá bem? 

- O que tá acontecendo aqui? - ela me olha, depois olha para Alexandre. - Você pegou carona com ele? Que novidade é essa?  - ela se quer me responde se estava bem, mal-educada.

Respira Giovanna, não deixa ela perceber que você está nervosa. Você tem o controle da situação, você tem o controle da situação. Repito essas palavras minha mente tentando convencer mim mesma que eu realmente tinha o controle de tudo.

- Vou pegar carona com ele todos os dias! - olhei para Alexandre, forçando meu sorriso ao máximo possível. Só Deus sabe o quanto está sendo difícil fazer isso. - Estamos juntos e... - tentei concluir, mas fui impedida por Amora. 

- Juntos? Como assim "ESTAMOS JUNTOS"?  - ela me olha, depois olha para Alexandre. - Vocês transaram? - quase grita, me fazendo abaixar a cabeça, envergonhada. - Giovanna, que porra é essa? Foi por isso que não quis vim comigo hoje? 

- Para de gritar, maluca! - a repreendi. - Estamos juntos sim! - peguei na mão dele, o sentindo estremecer. Não acredito que esse filha da puta vai me deixar falando sozinha, o combinado foi ele me ajudar. - Se pra tu a palavra certa quer dizer transando.. Sim, estamos transando! - ela me olha um tanto incrédula, eu tentei soar o mais convincente possível. Se ela não acreditar, eu juro que me jogo do alto de um precipício. 

- Cê tá de sacanagem com a minha cara! - ela sorri, pena que seu sorriso não acompanhou os olhos. - Desde quando vocês se dão bem? Não porque semana passada mesmo tu tava dizendo que queria tirar sua carta logo, pra passar com o carro em cima dele! - Alexandre arregalou os olhos, me olhando fixamente. E se eu não tivesse tremendo toda, teria rido da situação.

- Desde sempre, aquilo que ela falou sobre passar com o carro por cima de mim foi um teatro, pra ninguém desconfiar! - ele é quem diz, suspiro aliviada, eu não saberia como responder ao "questionário" dela sozinha. - Mantemos em segredo por um tempo.. Você sabe, ela ainda estava com o Léo, eu tava de rolo com uma e outra por aí.. optamos por não alastrar, mas agora não temos nada o que esconder de ninguém, estamos namorando! - como ele conseguia manter o alto-controle assim? Tive que morder o lábio inferior para o queixo não cair. 

- Mas.. - tenho certeza que ela ia me xingar, a minha sorte foi que o bendito sinal bateu, interrompendo o raciocínio ligeiro dela. - Porra, eu tenho que ir.. Mas olha aqui, Giovanna Antonelli! - a fitei, assim como ela havia mandado. - Nós vamos conversar sobre isso depois, pode ter certeza que vamos! - ela diz, dá um tapa razoavelmente forte em minha bunda e se vai. 

- Meu Deus.. - soltei a mão dele, passando as mão pelo rosto. - Tem certeza que não posso contar nada pra ela? Tá na cara que ela não acreditou nisso! 

- Antonelli, precisamos sustentar o texto! - ele diz, a voz passível matutando em minha mente. - Não podemos contar pra ninguém, nem mesmo para ela! 

- Tá tá bom.. - amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo, com o elástico que mantinha no pulso direito.- Eu tenho que ir.. 

- Também não posso perder o primeiro horário! - ele avisa, eu faço que sim. - Te pego 13:00 hora? - afirmo novamente. - Então tá, tchau! 

- Ah, Nero! - chamo-o quando ele já estava de saída. - Não esquece da regra número 4! - ele franziu a testa, na certa não se lembrava mais da regra. - 4° Ficar com outra pessoa que não for a "namorada" anula o acordo de imediato! - eu constato, ele apenas revira os olhos antes de dar as costas para mim e sair rumo ao prédio onde funcionava o curso de artes cênicas.

...

A manhã passou rápido, voando pra ser mais exata. Que porra, quando eu quero que acabe logo, essa desobediente demora a passar. Eu não queria sair daquela sala e enfrentar todo mundo novamente, não queria ter que pousar novamente de namorada dele. A mensagem que chegou em meu celular me incentivou a querer continuar com aquela maluquice. O banco me informa através de uma mensagem de texto que a quantia prometida por Alexandre já estava em minha conta. Eu sorrio, poder ajudar meu pai vai ser muito bom. O difícil vai ser convencer o meu pai que esse dinheiro veio de economias. Em meio a esses penamentos percebo que estou com fome. Uau, quase 13:00 da tarde e eu ainda não comi nada. que ótimo, estou mal-humorada. 

Dois minutos pra aula acabar, meu corpo já começava a tremer. Eu sentia o olhar de todos direcionados a mim, como se eu fosse uma criminosa foragida da justiça. Reviro os olhos, essa gente não tem vida própria.  O sinal bateu, respiro pesadamente, pesando seriamente em sair correndo dali. Mas não faço, recolho minhas coisas devagar, sem pressa de sair e andar de mãos dadas com Alexandre. 

...

- Já ia entrar pra ter certeza que você não tinha morrido aí dentro! - ele dispara assim que deixo o prédio da faculdade. Ele já me esperava no campus. - Falou com a Amora? 

- Comida, eu preciso de comida! - coloquei o caderno que trazia nas mãos, sobre a mão dele. Se for pra ser meu NAMORADO que carregue as minhas coisas. - Minha cabeça tá doendo de tanta fome! - não era exagero, minha cabeça realmente doía quando eu estava com fome. 

- Tá né.. - falou simplesmente, eu até estranhei o fato dele não ter me zoado. - Pra onde você quer ir? 

- Sabe aquele parque que fica uns cinco quarteirões daqui? - ale assentiu positivamente. - Lá tem uns sanduíches bem legais! 

- Só você mesmo pra querer comer sanduíche na hora do almoço. - não respondi, apenas comecei a caminhar em sua frente. - Nós chamamos atenção quando estamos juntos! - ele constata, apertando o passo para ficar ao meu lado. 

- Deve ser porquê até ontem  não nos dávamos bem, e agora estamos pousando de casalzinho! - reviro os olhos, arrumando a bolsa que estava jogada sobre meu ombro direito. 

... 

O caminho até o parque é feito em silêncio, eu não queria falar, ele também não. Aquele silêncio era perturbador. Eu queria gritar para ele parar o carro e me deixar descer, mas não fiz. Não daria para trás agora, ele já depositou o dinheiro. 

- Eu já depositei o seu dinheiro! - ele quebra o silêncio, parecendo ter adivinhado meus pensamentos. 

- Recebi a mensagem de texto! - afirmei. 

- Legal.. - me olhou rapidamente, voltando a atenção para a estrada novamente, nós já entravamos nas redondezas do tão conhecido parque. - Chegamos! 

- Graças a Deus! - joguei a bolsa no banco de trás, a mesma ainda estava pousada em meu colo. - Eu vou pegar a fila, estaciona o carro! - digo, antes de sair em disparado em direção a fila que pra minha sorte estava curta. 

Aquele parque era uma coisa de tão lindo. um verdadeiro oásis oriental com lago de carpas, os belos jardins ornados com obras de arte, as árvores em miniatura (com alguns exemplares com mais de 80 anos) e arranjos florais. Num palco que ali tinha, uma banda ao vivo tocava MPB, fazendo um cover MARAVILHOSO da deusa suprema Ana Carolina.  Crianças brincavam livremente, correndo de um lado para o outro. Eu sorrio, não era sempre que tinha a oportunidade de estar ali. Pois além da faculdade, eu trabalho em um escritório, mas isso é história pra contar em outro capítulo. 

- Cheguei! - ele diz, me tirando dos meus devaneios. - Que sorte, normalmente isso aqui tá lotado! - se refere ao local. 

- Esse lugar é um sonho.. - sussurro feliz, Alexandre me fita também sorrindo. - Fazia tempo que não vinha aqui.. 

- Eu tenho vontade de roubar umas duas carpas dessas! - ele confidência me fazendo gargalhar alto. 

- Não pense que seu rostinho bonito vai te salvar caso tente roubar mermo essas carpas! - logo chega a nossa vezes, fazemos os pedidos. Alexandre opta por um sanduíche natural, com o suco também natural. Já eu, bem, eu sou exagerada demais, então pego dois sanduíches naturais e uma coca-cola. 

- Eu queria saber pra onde vai tanta comida assim! - depois de pagar, caminhamos até uma árvore um pouco distante do resto das pessoas. 

-Eu como por dois, Nero! - me divirto com a sua expressão de espanto. 

- Como assim? - tosse incomodado. - Cê tá grávida do Léo? 

- Claro que não, tá maluco?! - o sorriso que eu mantinha nos lábios desaparece, mas logo volta a brotar quando ele suspira aliviado. - Como por dois sim, cristo vive em mim! 

- Palhaça! - faz uma careta, batendo em minha cabeça de leve. - Onde eu fui arrumar uma namorada tão palhaça assim? - ele zomba, eu mostro o dedo para ele. 

- Eu não sou sua namorada! - rebati, antes de morder um pedaço generoso do meu lanche. - Você não me pediu em namoro, apenas me propôs um trato! Tecnicamente não namoramos! 

- Que cabeça a minha, esquecer de pedir minha própria namorada em namoro! - ele sabe ser irônico quando quer. - Segura meu lanche, não é pra comer! - peguei o lanche confusa, ele se levanta sem me dizer nada. 

- Onde tu vai? - ele não responde, apenas faz sinal para que eu o espere, se afastando de mim. - Eu hein.. - o perco de vista, me distraindo com um menininho que jogava uma bolinha para que o cachorrinho pegasse, ele soltava gritinhos cada vez que o cachorro soltava a bolinha próximo aos seus pés. 

Continuo a comer meu lanche, encantada com aquela pequena e esperta criança. Sou tirada de meu momento comercial de margarina por uma voz conhecida que ecoa pelos altos-falantes do parque, Alexandre havia subido no pequeno palco improvisado. 

-  Boa tarde! - ele diz, e algumas pessoas que ali estavam respondem ao seu boa tarde em um plural. Meu queixo caí, eu ao menos havia notado que a música havia se cessado. - Bom, eu sei que vocês devem estar me achando um maluco agora.. Mas eu não ligo, não me importo com opiniões alheias. - ele estava olhando diretamente para mim, que mantinha a boca aberta, incrédula com sua atitude. - Vocês estão vendo aquela menina lá no fundo? - ele pergunta, apontado para mim, todos ali olham em minha direção. - É essa mesmo, a gulosa com os três lanches em mãos. - as pessoas sorriem, e sinto meu rosto queimar de vergonha. 

- Desce daí! - eu peço entre os dentes, ele faz que não ainda sorrindo. - Desgraçado! - sussurro, Alexandre segurava baloes em diferentes formas nas mãos, na certa comprou do tiozinho dos baloes. 

- A poucos minutos atrás, ela reclamou que eu não havia a pedido em namoro corretamente! - O QUE ELE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? - Então, na frente de todos vocês eu digo: Você aceita namorar comigo, Giovanna Antonelli? Aceita ser oficialmente a minha namorada? 


Notas Finais


E esse beijo que não saí? E a Amora desconfiada? E a Karen que é o pivô disso tudo, por onde anda? Ainda tem muita água pra rolar!!! COMENTEM O QUE ESTÃO ACHANDO!!!!


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