História Controltale - O Anjo

De repente, Frisk acorda, ela parecia nova em folha, apesar de ter dormido apenas algumas horas, quando foi se levantar, viu uma barra de chocolate.

Frisk: Valeu Chara...

Frisk foi até ela,e a pegou, guardando em seu inventario, ela arrumou a cama e saiu do quarto.

Frisk: Realmente, somos apenas crianças, mas ela é realmente impressionante por conseguir viver tão bem sozinha, vou dar uma olhada na casa...

Nesse momento, Frisk andou para direção contrária da entrada da casa, chegando até o quarto de Chara, quando entrou tomou um pequeno susto, haviam várias facas nas paredes, como se fossem troféus, e em cima de uma pequena mesa, havia um livro aberto, quando ela se aproximou, viu que aquilo na verdade era um diário.

Frisk: Talvez uma lida não vai fazer mau...

Quando Frisk se aproximou, começou a ler.

*Hoje foi um dia diferente... quando eu estava limpando perto da saída das ruínas, ouvi uma batida na porta, quando perguntei quem era, uma voz me respondeu: “Deve ser tão triste ai... não é mesmo...?” Eu fiquei um pouco abalada pelo comentário, então me sentei perto da porta, e conversamos por horas... mas o que realmente me chamou a atenção nele foi quando ele disse:”Eu tenho o controle...” eu não entendi muito bem o que ele quis dizer com isso, mas não perguntei, ele então foi embora, mas eu disse para ele voltar mais vezes, ele de vez em quando vem e conversa comigo, ele é um bom ouvinte...*

Frisk: Parece que a Chara tem um amigo fora dessas ruínas... falando nisso... não quero ficar presa aqui... vou pedir para Chara me mostrar a saída.

Frisk antes de sair do quarto, de uma última olhada nas facas na parede, muitas delas não pareciam leves o bastante para uma adolescente de 14 anos carregar, logo em seguida, Frisk saiu do quarto.

Quando continuou seu caminho, passou pelas escadas, e foi em direção da sala de estar, lá havia Chara babando enquanto dormia, com metade de uma barra de chocolate em sua mão.

Frisk: (Você deveria ficar um pouco mais ajeitada tendo visitas...)

Sem fazer barulho, Frisk passou por Chara, e foi até a cozinha, nela, haviam vários livros de receitas de bolos, tortas, docinhos, pudins, cremes... todos com base em chocolate.

Frisk: Nossa... ela gosta mesmo de chocolate... será que ela só come isso...?

Em resto, a cozinha era normal, quando foi abrir a geladeira, havia........... chocolate...

Frisk: ...

Frisk: Talvez uma hora dessas, eu deva fazer uma comida saudável para ela...

Seguindo seu caminho, Frisk foi até Chara.

Frisk: Chara... Chara... CHARA!

Chara: HAM!? O QUE FOI?! Ah... é você...

Frisk: Que animação em me ver...

Chara: E ai? Pegou o chocolate?

Frisk: Peguei sim, vou come-lo mais tarde.

Chara: Deveria guardá-lo para uma ocasião especial, esse chocolate tem um dos meus remédios mais fortes, o meu segundo passatempo além de comer chocolate é criar remédios, e adoro misturar os dois.

Frisk: Eu percebi... então... tem algo que eu quero te perguntar...

Chara: Diga.

Frisk: Você sabe um caminho para fora das ruínas?

Chara: ...

Frisk: ...

Chara: Sei sim... você viu aquelas escadas ali na entrada de casa né? Aquelas escadas levam para o resto do subsolo, mas não te recomendaria ir para lá...

Frisk: Por que...?

Chara: Bem... você é uma humana... e tenho certeza que os monstros não teriam piedade de você se você fosse para lá, principalmente... ela...

Frisk: De quem você está falando...?

Chara: Da rainha Muffet... ela é quem governa o subsolo... um dia... algo terrível aconteceu... ela então se virou contra a humanidade, e vem matando todo o humano que cai aqui...

Frisk: Nossa... que horrível...

Chara: Mas se quiser ir mesmo assim... não vou te impedir... se está mesmo decidida, venha comigo.

Chara e Frisk desceram as escadas, chegando até a porta para a saída das ruínas.

Frisk: Chara... muito obrigada por tudo... por tudo mesmo...

Chara: Frisk... tem uma última coisa que quero fazer antes de você ir...

Frisk: O que é Chara...?

Chara: Eu sou a única humana aqui a um bom tempo... e eu nunca tive a chance de enfrentar outro humano... será que você poderia me enfrentar...?

Frisk: Mas Chara... por que...?

Chara: Eu não tenho um motivo... eu não luto contra os monstros pois muitos deles são fracos, então eu os poupo e fico amiga deles, mas você é como eu... você é forte... então por favor... me enfrente... me deixe liberar esse sentimento em mim...

Frisk: Tudo bem Chara... se isto te deixará feliz... pode vir...

Chara: Obrigada...

De repente, lágrimas negras começaram a escorrer dos olhos de Chara, seus olhos escureceram, ficando pequenos pontos vermelhos em cada um dos olhos, seu rosto sofreu distorções, ela então pegou em sua cintura, duas facas.

Frisk: Chara... o que aconteceu com seu rosto...?

Chara: Não se preocupe com isso... isso é normal quando liberto esse sentimento... esse sentimento de exclusão... de rejeição... de ódio...

Frisk: Chara, você parece ter passado por maus bocados... por isso, farei esse favor para você... tirarei esse ódio do seu coração...

Chara: Que assim seja...

A Batalha começa.

Rapidamente, Chara sai correndo para cima de Frisk, que se esquiva.

Chara: O que foi Frisk...? Não vai me atacar...?

Frisk: Falei que concordava em você me enfrentar... mas nunca falei que reagiria...

Chara: Bem... não reclame se ganhar uma nova cicatriz!

Chara novamente foi para cima de Frisk, que se esquivou novamente, e logo em seguida.

Frisk: Chara... por favor... me conte o que aconteceu entre você e a rainha...

Chara: Isso não importa Frisk... passado é passado...

Frisk: Eu te entendo... eu sou como voc-

Antes que Frisk pudesse terminar sua frase, Chara a atacou,a jogando no chão.

Chara: O que você sabe sobre mim?! Você deve ter vivido uma maravilha na superfície...

Frisk: Você não acha que existe um motivo para mim estar aqui...?

Chara: ...

Frisk: Sofrer em casa... sofrer no colégio... sofrem em todo lugar... não ter paz para pensar direito... te faz fazer escolhas estúpidas... eu sei bem como é sofrer... quando vim para o Monte Ebott, no fundo da minha alma... eu queria cair e morrer... e fazer parte da lenda...

Chara: Entendo... Você me lembra ele... sempre alegre... dizia-se ser grandioso para tudo que acontecia...

Frisk: ...?

Chara: Bem... acho que isso é o suficiente... Você se provou forte com as palavras... acho que vai ser capaz de se virar bem lá fora... Mas lembre-se... Tenha cuidado... nem todos os monstros são amigáveis... lembre-se daquela borboleta... quero só te pedir uma coisa... quando você sair... tenta não voltar... espero que você entenda...

Nesse momento, Chara voltou ao normal e guardou as facas, logo em seguida indo até Frisk, e estendendo sua mão para ela.

Chara: Sabe... eu não fui capaz de salvá-los... mas talvez você seja o anjo que irá libertar a todos do subsolo...  foi um grande prazer conhecer uma pessoa como você Frisk...

Sem hesitar, Frisk apertou a mão de Chara.

Frisk: O prazer foi meu, Chara... muito obrigado por tudo...

Depois de alguns segundos, Chara sumiu na escuridão, deixando Frisk sozinha. Ela então prosseguiu, indo para fora das ruínas, quando de repente, chegou em uma grande sala, e no meio dessa sala, estava Whimsun.

Whimsun: V-Você foi bem esperta hein...? Você poupou todo mundo que encontrou no caminho, mas agora você está sem LOVE, continuando fraca, vamos ver até onde você consegue chegar seguindo essas regras... T-Te vejo depois...

Nesse momento, Whimsun saiu voando, Frisk logo em seguida continuou, chegando em uma grande porta, quando a abriu, um vento gelado veio a ela, mas com seu moletom, não sentia muito frio.

Frisk: Vamos ver como é esse lugar...