História Controversial of Love - Call

Allison Argent P.O.V

- Não acha que já é o suficiente? - O garoto diz adentrando a cozinha, me ajeito no banco enquanto segurava o copo com as duas mãos. Cochilei apenas um pouco no sofá e me levantei novamente, insônia.

- Bom senhorito, se não percebeu, isso daqui é refrigerante. - Tiro minhas mãos e o mostro, o mesmo balança a cabeça negativamente e se aproxima sentando em um banco a minha frente.

- Vejamos... - Ele puxa o copo bebendo todo o líquido. - É refrigerante. 

- Descoberta fascinante. - Cerro meus olhos e o mesmo passa a língua nos lábios fazendo minha atenção focar naquilo. Aposto que eu parecia uma retardada olhando. - Cadê Stiles e Lydia? - Balanço minha cabeça e encaro um ponto fixo.

- Foram dormir, Lydia disse que ia pegar uma roupa confortável pra ela. - Dei de ombros, era mega comum aparecer roupas minhas do nada na casa dela e aí está o motivo.

- E você? Não vai dormir? - Me levanto indo até a geladeira para pegar mais refrigerante. Eu estava tentando aliviar o álcool já que nem dormir eu conseguia.

- Estou sem sono. - Ele olha a tela do telefone e acaba por bocejar.

- Sem sono? - Me sento novamente com o copo na mão.

- Talvez eu não queira te deixar acordada sozinha. Nada de importante. - Eu iria abrir minha boca pra responder quando o telefone do mesmo começa a tocar. Ele encara o celular como se estivesse tentando raciocinar algo.

- Atende anda. Pode ser algo importante. - Dou um gole no copo e tento ver a tela do celular que brilhava muito.

- Defitivamente não é nada importante. Não toque, vou ao banheiro. - Ele coloca o celular na mesa e aponta para o mesmo enquanto se levanta, ou ele não raciocina direito, ou ele queria que eu olhasse, porque olha querendo ou não eu vou olhar sim! Espero a imagem do garoto sumir, dou mais uma olhada e pego o celular que já havia se apagado. Clico no botão fazendo ele se acender olhando quem era. Chamada perdida de Kath. Kath? Fala sério. Queria jogar esse celular o mais longe possível, mas me aguentei, respirei fundo e assim que eu iria verificar se o celular havia senha ele toca novamente.

Parei pra pensar no que fazer, mas acabei atendendo de imediato. Arregalei os olhos, olhei pra porta e me levantei. Olhei pros lados e o que me veio em mente foi correr pra fora, e foi isso que eu fiz enquanto a embuste falava sozinha. Corri pra fora de casa e me escondi atrás de uma árvore levando o celular ao ouvido.

- Alô? - Falei o mais sínica possível.

- Finalmente! Espera, esse número não é do Isaac? Quem está falando? 

- Oi querida, então... o número é do Isaac sim, mas ele está no banho agora, quer deixar recado? - Sorri brincando com os dedos da minha mão livre, olho pro lado avistando a porta e o vejo saindo de lá com uma cara não muito boa, olhando para os lados. Droga, ele vai me achar.

- Como é? Quem é você garota? 

- O que acha? Estou com ele no meu banheiro tomando banho e nós... - Sou interrompida assim que ele olha pra onde eu estou e cerra os olhos.

- ALLISON! - Ele grita vindo em minha direção.

- Oh Isaac querido, a toalha está na cadeira. Pode vir, nada que eu não tenha visto e volte pra cama logo. - Digo manhosa fazendo a garota da outro lado da linha sussurrar algo que não decifrei.

- Você, você é aquela vadia que me jogou água! Avisa pro Isaac que ele é um imbecil e você não passa de uma vagabunda, isso não vai ficar assim!

- Vagabunda é você sua puta de cabaré, acha que está falando com quem? Não tenho culpa se ele me prefere a você, eu vou arrastar essa sua cara no...

- Me dá essa merda. - Ele puxa o celular de minha mão desligando a chamada. Olho pra ele pressionando os lábios tentando impedir o riso. - O que acha que está fazendo? - Ele me parecia irritado, bem irritado.

- Nada e você? Preocupou comigo? Não se preocupe, te livrei de uma barra, levei um xingamentos, mas nada com que...

- Caralho! O que você fez? Quem era? O que disse? Eu vou matar você. - Sua mandíbula trinca e eu arregalo os olhos.

- Era a... a Katherine daí, eu só te ajudei... - Ele balança a cabeça negativamente enquanto passa a mão no rosto.

- O que você disse? - Ele suspira, nem sequer me olhou uma vez.

- Quer mesmo saber? Não vai me engolir nem nada? 

- Fala logo!

- Eu disse como se nós tivéssemos dormido juntos e você estava no banho. - Digo rápido. Ele ri e balança a cabeça novamente enquanto bagunçava seus cabelos.

- Genial. Que susto. - Ele me olha se virando para entrar em casa novamente. Suspiro aliviada e vou atrás dele em passos devagares, entro e encosto a porta o vendo sentado no sofá com o seu celular em mãos.

- Explicou pra ela a verdade? - Falo atraindo sua atenção enquanto caminhava até ele.

- Claro que não, essa garota não sai do meu pé, não quero relacionamento. - Vou até ele me sentando ao seu lado enquanto tentava ler o que o mesmo digitava. - Não me odeia? Desencosta. Dois metros de distância. - Ele se levanta sentando no outro sofá, bufo cruzando os braços.

- O que tem aí? Por que está escondendo as mensagens?

- Primeiro que, não estou escondendo nada, as mensagens são minhas e segundo pessoas que odeiam outras tem que manter distância. Fique daí e eu daqui. Não arrumamos problemas, já que sempre arrumo quando você está por perto. 

- Fala sério! Eu vou dar o fora daqui, estou com insônia e ainda do seu lado. Afinal quantas horas são?

- São 2:48. Boa viagem, se quiser levar roupas pra ficar mais tempo fora, não vejo problema algum. - Ele diz com a atenção voltada ao seu celular. Me levanto indignada, subo as escadas correndo e vou direto ao meu quarto, puxo qualquer roupa que vem em minha frente, coloco as peças debaixo do braço e desço correndo.

- Até mais, se a Lydia ou o Stiles, meus amigos, acordarem, você pode avisar pra eles que estou na casa do Jackson? Meu celular está descarregando, não sei cadê o caregador e não sei se ele tem. - Vou caminhando até a porta, Isaac me ignorou por completo. Abro a porta e saio. Fazia frio e eu havia me esquecido de pegar um casaco. Seguro firme minhas roupas e pego um caminho qualquer já que eu não fazia ideia de pra onde ir, nem sabia onde era a casa dele. 

- Allison! - Escuto alguém me chamar. Me viro e vejo Isaac na porta com algo em mãos. - Vem aqui, anda. 

- Não! Eu odeio você. Me deixa em paz! - Grito de volta. Madrugada e eu gritando na rua.

- Você não sabe onde ele mora, mas eu sei. - Ele sorri convencido. Como ele sabia? Volto até ele em passos rápidos e assim que paro em sua frente ele ergue a mão. - Ah e você esqueceu isso aqui. - Olho pra sua mão vendo um sutiã vermelho, arregalo os olhos e seguro ele, mas Isaac não o soltava. - Se for pro Jackson, isso daqui agora é meu.

- Para de ser imbecil, isso é meu! - Ele revira os olhos cedendo.

- De qualquer forma não irei te levar lá, agora anda, pra dentro. - Ele abre passagem.

- Você não manda em mim. Dois metros, não era?

- Se você cooperasse. Mas como eu disse você é sinônimo de encrenca. Vai logo pra dentro. - O empurro e passo reto entrando, escuto seus passos logo atrás de mim e me viro pra ele.

- Por favorzinho, me leva lá... - Falo manhosa. Ele nega com a cabeça puxando as roupas da minha mão e jogando no sofá. Cerro meus olhos enquanto ele ia se sentar no sofá. Vou atrás dele sentando ao seu lado, cruzo meus braços feito uma criança esperando que ele tivesse dó de mim.

- Está perdendo seu tempo tentando me convencer assim. - Ele pega seu celular.

- Assim? Então quer dizer que... - Parei e pensei um pouco. Vamos aproveitar, isso que meu subconsciente dizia. Tentei lutar contra essa ideia enquanto o observava, mas acabei aceitando. Puxo seu celular e o coloco embaixo de mim.

- Que foi agora? Eu já disse que não vou te levar lá. - Ele vira seu rosto aos poucos para o meu lado.

- Me beije. - Digo com tranquilidade.

- Que? Essa é sua maneira de conseguir as coisas?

- Me beije logo, anda. - Me aproximo dele.

- Isso também não vai fazer eu te levar, Allison. - Nesse momento eu nem ligava mais pra isso, eu só queria tocar seus lábios.

- Não quero ir mesmo. - Pego sua mão e a coloco em minha perna. - Qual seu problema comigo?

- Problema? - Me encara confuso.

- Você sempre agarra todas, mas comigo você não faz nada.

- Sério? Bom... não tem motivo, mas se quiser... - Ele aperta minha coxa. O puxo de uma vez fazendo nossos lábios de colarem. Iniciamos um beijo calmo e cheio de desejo, logo ele se intensificou e virou um beijo necessitado. Ele pede passagem com a língua e eu cedo facilmente me deixando levar por seus encantamentos. Com uma mão ele acariciava minha cintura e a outra apertava minha coxa enquanto eu rodeava meus braços em seu pescoço, estava quase indo pro seu colo quando nos afastamos ofegantes.

- Calma. Melhor não. Não seja safada. -  Ele diz beijando o canto da minha boca. - Lydia e Stiles estão aqui, não sei se você ainda está sob efeito de álcool e se seu pai pega a gente eu tenho a plena certeza que eu morreria.

- É você morreria, quanto ao resto eu não estou nem ai. - Me levanto em um movimento rápido indo pegar minhas roupas espalhadas pelo sofá.

- Vai dormir? Ou vai tentar ir pra casa do Jackson de novo? 

- Vou dormir. Empatei sua foda, eu ia pra casa do Jackson sabe Deus fazer o que, fiquei com você, e quase transamos. Acho que é demais pra hoje. 

- Já que você não vai mesmo... - Isaac enfia a mão no bolso retirando algo. Olho pra sua mão e vejo a calcinha do meu conjunto vermelho.

- Isaac! - Vou até ele puxando de sua mão.

- O que? Não achou que eu ia ficar aqui igual um imbecil quando você estragou meu lance com a Katherine e ainda ia sem mais nem menos transar com um cara qualquer? 

- Tarado! - Vou correndo até as escadas, subo e vou direto ao meu quarto. Jogo as roupas em meu guarda-roupa, tiro meus chinelos e me deito em minha cama junto com Lydia que ocupava quase todo espaço da cama. Stiles dormia em um colchão no chão, estava todo jogado enrolado em um lençol e pra variar roncava. Fico pensando no que poderia ter acontecido se Isaac tivesse deixado sua parte sensata de lado até que caio no sono, finalmente.