Allison Argent P.O.V
- Estou com vergonha. - Digo assim que adentramos a cozinha.
- Do que? - Ele vai até a geladeira.
- Dessa roupa. - Ele ri. - Que foi? Acostumado demais em ver garotas com suas blusas?
- Não. Na verdade nenhuma nunca usou antes. - Ele me olha enquanto enfiava ondedo na boca lambendo algo.
- Não? - Arregalo os olhos.
- Não. Já que estamos sendo verdadeiros... Elas ou eu vamos embora antes que dê tempo de chegar nessa parte.
- Ai que nojo. Cala a boca, sem detalhes. - Ele sorri e vem caminhando até mim com uma caixa.
- Me ajudaria a fazer essa lasanha?
- É só por no forno. - Falo seca.
- Ta aí uma coisa que não sei fazer. - Olho pra cara dele e começo a rir.
- Que imprestável você. - Me entrega um isqueiro. Vou até o fogão e me abaixo, quando percebo de como estou me agacho e olho Isaac que sorria. Ligo o forno e me afasto.
- Acabei de perceber que eu deveria ter ligado o negócio na tomada. - O olho incrédula com uma pitada de raiva.
- Você não fez isso. Não fez.
- Fiz o que?
- Não fez isso só pra mim me abaixar, foi? - Cerro meus olhos.
- Não... Claro que não Allison. - Pego uma laranja que estava no cesto e jogo em seu peito.
- Eii, o que eu já te disse sobre agressão??
- Tarado.
- Foi sem querer. - Ele levanta as mãos em forma de rendição.
- Coloca a lasanha lá dentro antes que eu mesma te enfie lá e te asse. - Ri. Ele pega a lasanha e a coloca dentro do forno. Me sento no balcão e fico desenhando linhas imaginárias na fruteira.
- Pensando em que, ou em quem? - Ele joga o pano de prato na mesa e se apoia na mesma.
- Alguém. Um aí, estou pensando, o que será que ele está fazendo agora?
- Não sou advinha, mas, é o Jackson? - Ele desvia meu olhar.
- Sim... - Minto. Ficamos calados, não tínhamos assunto até eu quebrar o silêncio. - E seu pai, cadê? - Ele me olha e coça a nuca.
- Ah, sobre isso... Ele desapareceu tem uma semana.
- O que?!? E não se preocupa?
- Claro que me preocupo, você acha que eu sou o que? Ele já fez isso antes, deve estar por aí tentando ganhar dinheiro de forma errada. - Da de ombros.
- Sinto muito. - Digo quase num sussurro, mas era realmente sincero.
- Não se preocupe com isso, cada um com seus problemas. Mas confesso estar meio feliz por isso, não corro risco de nada.
- Não corre risco do seu pai te pegar de pancada se você trazer putas pra cá? - Ergo uma sobrancelha e cruzo meus braços.
- Se quer saber... Eu nunca trago. - Ele abre a geladeira novamente comendo a mesma coisa que comeu antes. Acho que era um doce.
- Katherine?
- Atrevimento. Nem sei como descobriu onde eu moro. Não vou trazer qualquer uma pra transar no meu quarto e sujar minha cama. - Ele se vira pra mim e eu gargalho. - Fora que o quadro da minha mãe está bem lá, sinto como se fosse observado. Ela não se orgulharia nem um pouco disso.
- E por que você é assim então? - Ele abre um sorriso sarcástico.
- Só curto mais a vida, não choro pelos cantos por alguém que não está nem aí comigo.
- Você definitivamente é um panaca. - Ele faz um joinha com as mãos. - Uma droga que eu não me importe. - Sussurro.
- Que? Não escutei, estava pensando no corpo da Ju...
- Cala a boca eu não quero saber, vai a merda. - Bufo irritada e ele ri.
- É brincadeira, sei como isso te irrita. Mas eu não escutei mesmo. Algo importante?
- Não. - Brinco com uma laranja que estava ali.
- Você e o Jackson... - Olho pra ele. - Namoram? Sei lá. - Balanço meus pés em forma de nervosismo e solto a laranja no balcão. Essa é a hora, pensa Allison, só pensa.
- Ham... Não. - Mexo em meus cabelos disfarçando a vergonha. - E você?
- O que? Se eu namoro? - Assinto e ele ri balançando a cabeça negativamente. - Não gosto desses negócios. É basicamente você ficar preso a alguém que vai quebrar seu coração e depois ir embora como se não tivesse acontecido nada.
- Por que fala isso?
- Por nada. - Diz seco e vai conferir o forno. Ele não queria falar sobre isso e era visível, mas eu sou insistente.
- Como está aí? - Me refiro a lasanha.
- Acho que não demora muito já que ela nem é grande e não estava congelada. - Fecha o forno e se apoia na mesa novamente.
- Já se apaixonou? - Ele olha pra mim passando a mão nos cabelos e suspirando.
- Pra que quer saber disso? - Faço cara de coitada e viro meu corpo pro lado como se o ignorasse. - Já. - Ele fala depois que o ignoro por um tempo. Me viro com um sorriso no rosto. - E nem vem, sem detalhes.
- Conta anda. Prometo guardar segredo. - Ele bufa.
- Foi horrível se quer saber. Pior coisa que já fiz em toda minha vida. Uma verdadeira merda.
- Uma única vez só?
- Não. Está aí o problema. Não foi só uma vez, mas chega cansei desse assunto. - Cruza os braços. - Uma pergunta. - Desvio meu olhar pra ele. - Você tem mesmo que me odiar? - Solto um riso.
- Para de ser burrinho. Não odeio você.
- Ah eu sabia. Ótima atriz a propósito. - Ele desce os olhos pras minhas pernas e meu rosto esquenta. - Ficou boa em você. - Ele aponta pra blusa.
- É eu sei. Tem seu cheiro nela, achei incrível. - Solto isso sem querer e ele sorri. - Quer dizer, eu acho cheiroso seu perfume.
- Se importa se eu ficar na sala? - Ele olha pra mim dos pés a cabeça. Me segura god.
- Não, pode ir. Eu olho aqui. - Ele assente e vai até a sala. Seria fugindo de mim? Uma pena porque ele não vai conseguir. Espero até a lasanha ficar pronta indo as vezes olhar. Assim que ela fica pronta, desligo o forno e vou até a sala vendo Isaac sentado no braço do sofá e de costas a cozinha. Caminho devagar tentando não fazer barulho e fico proximo as suas costas. - Ficou pronta. - Digo proxima ao seu ouvido e levando uma das minhas mãos ao seu ombro. Ele sorri e vira seu rosto pra mim.
- Não queimou? - Diz em tom divertido.
- Não. Com toda certeza eu olhei melhor do que você olharia.
- Convencida, talvez.
- Não mais que você. - Levo minhas mãos ao seu pescoço esperando ele retirá-las de lá, mas não. Em vez disso ele me puxa pra perto dele. - Quer comer agora?
- Ah... não... - Ele sorri. - E você? - Balanço a cabeça negando. - Ótimo. - Assim que ele termina de falar, pressiono meus lábios no dele. Ele aperta minha cintura e leva uma de suas mãos ao meu rosto enquando pedia passagem com a língua. Abro minha boca permitindo que ele explorasse todo aquele local. Paramos assim que o ar fez falta, mas voltamos a nos beijar logo em seguida. Como se fosse algo necessário pra nós. Me afasto e apoio minha perna em seu colo. Ele segura minha perna e sorri enquanto ofegávamos. - Se queria me deixar maluco, parabéns conseguiu.
Abro um sorriso sem mostrar os dentes e tiro minha perna. Me afasto e puxo suas mãos fazendo ele se levantar, seguro-as posicionando em minha cintura. Encosto minha cabeça em seu peito e ele se abaixa beijando meu ombro e meu pescoço enquanto eu fechei meus olhos e enfiei minha mão por debaixo de sua camisa arranhando sua barriga. Ele estava sendo lento e aquilo me corroía. Começo a fazer uma trilha de beijos do seu pescoço subindo pro queixo e parando em sua boca. Ele logo leva sua mão a minha bunda e a aperta me fazendo arfar. Entendi o por que dessas putas ficarem loucas por ele. Seguro a barra de sua camisa, mas assim que um estrondo enorme é feito paro e me separo dele.
Que não seja o pai dele, por favor!
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