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História Conversa de Chuveiro - Capítulo Único.


Escrita por: _Mag

Notas do Autor


Oi, gente!
Essa cena, porque é só uma cena, ficou martelando na minha cabeça desde o dia em que o Byun resolveu abrir a boquinha bonita dele pra revelar os segredos dos membros.
Então, é só isso mesmo, não me matem, tô tentando escrever algo para não ficar totalmente parada e sei dos capítulos atrasados em outras histórias.

Boa leitura, amores. ♥

EDIT: A BURRA BOTOU A CAPA DA FIC NO CAPÍTULO SOCOROROROROOROOR.

Capítulo 1 - Capítulo Único.


Uma curiosidade sobre Park Chanyeol que Byun BaekHyun amava: seus banhos são sempre noturnos, no banheiro principal do segundo andar, quando o dormitório transforma-se no mais profundo silêncio e sua inspiração se esvai. Não sabia como, mas Park costumava se inspirar nos barulhos, no caos de Seul, nas pessoas indo e vindo o tempo todo, no oceano de fãs, enquanto caras discutem no dormitório sobre a toalha molhada deixada no sofá. Simplesmente parava e absorvia o mundo ao seu redor, se lembrava de velhos clichês da vida, do amor e – de repente – largava tudo e se mandava para seu estúdio.

Ou refúgio.

Tanto faz.

Park apenas deixava tudo para compor e, nesses momentos, sentia inveja das letras e das melodias que roubavam toda atenção para si, roubavam os minutos, as horas e o rosto bonitinho quando concentrado. Testa franzida, uma eterna cara de dúvida, olhos atentos e bico nos lábios, a combinação que o tornava tão... Adorável. Uma boa palavra e uma boa definição para Chanyeol, desde a primeira vez, na qual foi apresentado em uma sala de prática como o garoto que se tornaria um junto aos outros onze. Ele o encarou com essa exata expressão, como se tentasse compreendê-lo como uma melodia nova ou decifrá-lo como os acordes das canções que aprendia a tocar só de ouvir.

E então, Chanyeol sorriu.

BaekHyun sorriu de volta, exagerado, mostrando a fileira de dentes e apertando os olhos pequenos até se tornarem meias luas. Quando os abriu, aquele garoto alto e desengonçado, usando um conjunto de moletom cinza e largo, ainda sorria e Byun se perguntou como alguém poderia ser sol o tempo inteiro. Foi dessa forma que os olhos de meia lua se encontraram com o garoto sol, com certo rubor nas bochechas e coração acelerado, lembrava-se, com perfeição, que Chanyeol gaguejou e que durou dez segundos.

Tudo entre eles eram em segundos, em olhares cruzados que gritavam ou diziam sentenças inteiras, em horas que nunca eram suficientes, em beijos escondidos que se quebravam rápido demais, em cinco anos que se passaram e os mesmos dez segundos ainda o atormentavam. E entre esses segundos-horas, os que mais gostava eram os marcados no relógio entre os passos de Chanyeol no corredor e o barulho do chuveiro sendo ligado, os quais imaginava mil juras de amor ou toques suficientes para lhe deixarem insano.

O tipo de insanidade bem-vinda, que escapa em gemidos e estalos de lábios, que aperta entre os dedos e que evapora como água quente do chuveiro.

Naquela noite BaekHyun contou, foram quatro minutos do quarto do Park até o barulho da água contra o piso indicar que ele estava debaixo da água, o suficiente para lembrar-se de cada momento juntos no banho, o qual, de fato, nunca tomaram juntos. Seu cabelo ainda estava úmido da própria ducha que tomou para dormir, para relaxar os músculos e lhe garantir uma boa noite de sono durante a rotina puxada do comeback. Não que fosse uma novidade, seu corpo muitas vezes atingiu o limite do cansaço, mas – de uma maneira extremamente favorável – seu organismo não pedia descanso.

Como em todo clichê idiota de amor, era como se desejasse apenas se moldar ao mais novo em um abraço, em toque de corpos, pele com pele e sem nenhuma distância. Fosse carência ou qualquer coisa parecida, não importava, sabia que não dormiria sem ao menos tentar, embora raras às vezes nas quais Chanyeol não o correspondeu. Os dez segundos novamente significavam algo, a estranha conexão entre eles, que nenhum dos dois negava, apesar de não existir nenhuma explicação para no fim, ficarem juntos de alguma forma.

Simplesmente... Acontecia.

Boliche juntos, passeios de madrugada, quartos compartilhados nos hotéis pelo mundo, um dormitório vazio, o pequeno sofá do estúdio ou... O box do banheiro, este sendo o que menos presenciou a redenção do Park e do Byun, na relação não nomeada que mantinham.

- Você sempre vem. – a voz do Park soou tranquila enquanto, pelo vidro, o observava passar shampoo nos cabelos róseos.

Geralmente, apenas conversavam.

- Insônia. – mentiu, sempre mentia.

BaekHyun trancou a porta do banheiro.

Fazia aquilo apenas com Chanyeol.

- Esse não é o seu andar, hyung. – provocou um pouco, sem encará-lo, pois, sabia que ele estava se despindo. – E está tarde.

- Nunca se importou com isso. – rebateu, jogando suas roupas no chão, nenhum pouco acanhado com sua nudez.

Eram íntimos afinal e aquele era um hábito do menor conhecido por todos.

- Agora me importo. – apontou, fechando os olhos e tirando o produto dos fios. BaekHyun observou todo caminho da espuma pelas costas nuas. – Vá dormir.

Byun franziu o cenho, estranhando aquela atitude defensiva, a qual não via há longos meses. A ignorou também, abrindo o vidro do box e entrando no espaço um pouco apertado, aquele banheiro era o mais simples do tríplex que formava o dormitório do grupo.

- Pare de me afastar de você.

- O que quer? – Chanyeol respondeu direto.

- Nós sempre tomamos banho juntos. – pensou que era óbvio, se aproximando e abraçando Park por trás, fechando os olhos ao sentir a água do chuveiro em seu corpo. – Qual o problema?

Sentiu as mãos grandes em seus braços, os afastando do corpo esguio, sem entender o que estava acontecendo.

- Qual a porra do problema, Chanyeol? – acabou se irritando, encostando as costas no canto do box.

Ouviu o riso debochado.

Ele estava puto, merda.

Merda. Merda. Merda.

Esperou que ele terminasse de se lavar, acompanhando cada movimento, mesmo sabendo até de olhos fechados como era cada contorno, cada tom, curva ou textura do corpo do Park. Não havia nenhuma parte que não foi beijada, adorada, tocada, arranhada... Conseguia até ver algumas marcas um pouco abaixo das clavículas, as quais fez sem autorização noites atrás, uma vez que a regra entre eles era nunca marcar em lugares visíveis.

Porque existiam regras entre BaekHyun e Chanyeol, algumas apenas para serem quebradas, como dois bons filhos da puta que adoravam o perigo.

Acabou se lembrando do primeiro banho juntos, quando eram dois moleques e passaram a dividir o dormitório com caras tão inexperientes quanto eles, cheios de sonhos nas malas que levaram, sabendo que provavelmente não voltariam tão cedo para casa. De maneira inconsequente e até mesmo petulante, colocou em mente formas de se aproximar dos membros e ganhar intimidade rapidamente, ou seja, tomou banho com os onze, um por um, a fim de quebrar qualquer tipo de vergonha que pudessem ter.

O que não foi difícil, até chegar a vez de Park Chanyeol.

Porque absolutamente tudo com o rapper ganhava outro sentido, sendo inegável e algo que parou de tentar lutar contra após algum tempo. Park, diferente dos outros que brincaram de o empurrar ou sequer ligaram para sua intromissão no banho, ficou em silêncio por tempo demais encarando o corpo pequeno que invadiu o box do banheiro. Um olhar intenso, mas que BaekHyun não soube decifrar a princípio, apenas corou e passou a se lavar depressa, se virando para não denunciar o rubor nas bochechas, até sentir a bucha macia em suas costas e a mão livre em sua cintura.

Imaginou, com a calma que Park o banhava, que ele não falaria nada, mas, de repente, a voz grossa reverberou pelo banheiro e ele passou a perguntar sobre várias coisas, como uma conversa normal em um café de esquina. Mas o aperto em sua cintura se manteve, tão firme, que ofegou quando foi virado e Chanyeol lhe deu um de seus sorrisos enormes, como se nada estivesse acontecendo ali. Como se não tivesse colocado os olhos nas curvas do menor, na masculinidade de seus traços contrastando com aspectos extremamente delicados, como a cintura e a boca bonita.

Em meio aos seus devaneios, acabou entendendo o que estava acontecendo.

- Está assim pelas coisas que eu disse hoje, não é? – foi direto, esperando não ser ignorado naquela vez. – Sabe que eu estava brincando e...

- Brincando? – Chanyeol se virou, cruzando os braços na frente do corpo.

Os músculos dos braços se tencionaram e Byun tentou não reparar no quanto ele ficava sexy.

- S-Sim, é claro, eu...

- Porra, Baek, você fez insinuações que com certeza vão ao ar, você... – bufou, extremamente irritado. – Você falou que o pau do Sehun é grande, tem noção do quanto me senti idiota? É nisso que você fica reparando nele? Tem algum interesse por acaso?

- Eu não tenho interesse algum, só quis ser engraçado, não falei nada diferente das brincadeiras de quando estamos longe das câmeras. – tentou argumentar, mas Park com ciúmes nunca era bom.

- Nunca pensa em mim, não é? Em como vou me sentir.

- Não imaginava que ficaria bravo por causa de um comentário bobo. – suspirou. – Certo, alguns comentários...  – Chanyeol ainda o encarava sério. – Talvez editem tudo, ok? Me desculpe, hm? – se aproximou, desligando o registro do chuveiro. – Vai me perdoar, não vai?

Estavam imersos no vapor e Chanyeol desejou que o vocalista não fosse tão bonito.

- Não está merecendo. – o puxou pelo braço, jogando o corpo pequeno sem medir sua força contra a parede de azulejos, mas BaekHyun gemer de dor, apenas o fez sorrir. – Porra, você me tira do sério, eu o odeio tanto nesses momentos. – o prendeu firme ali, prensando seu corpo molhado contra o moreno, o segurando pela cintura com uma das mãos. – Não sabe calar essa maldita boca, Baek.

- Talvez porque eu espere que você cale. – provocou, sentindo a mão livre percorrer seu peito nu até chegar em seu rosto, o segurando um tanto bruto. – Chanyeol...

- Sehun é melhor do que eu? – movimentou o quadril para frente, em uma linguagem corporal clara. – Porque é pra mim que você quer abrir as pernas agora, não é? – riu rouco, deslizando os lábios pela bochecha gordinha, até chegar à orelha do menor. – Prefere tomar banho com o KyungSoo agora?

- Você está com ciúmes. – acusou, mexendo o quadril devagar em busca de maior contato, quase rebolando. – Eu quero... Ah... – retesou ao sentir Park duro contra sua própria ereção. – Eu só estava brincando. – disse mais uma vez.

- Quero brincar com você agora. – sussurrou, lambendo a cartilagem da orelha do vocalista, mordendo-a em seguida. – Vou calar essa tua boca gostosa, Baek. – seu tom era completamente autoritário. – Desce.

BaekHyun sorriu e ajoelhou-se no piso molhado.

Naquela noite, não iriam conversar.


Notas Finais


Se tô morrendo de saudades de vocês? Sim, eu tô.

Como me achar na internet:
https://twitter.com/ahjummag
https://curiouscat.me/real__pcy

Beijos, até um milagre. ):


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