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História Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 12 ''Escolha o meu amor''


Escrita por: Witchlynn

Notas do Autor


Hey 0/
Tem alguém acordado ai nesta madrugada de quarta feira de cinzas?
Estou de volta por essas horas msm. O capítulo de hoje está um pouco mais emotivo que os outros, então nada mais digno que postar-lo na madrugada. rs'
Porque bem, é como dizem, a madrugada pertence aos poetas, as putas e aqueles que morrem de amor.
Então sem mais delongas, boa leitura. ♥

Capítulo 12 - Capítulo 12 ''Escolha o meu amor''


Fanfic / Fanfiction Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 12 ''Escolha o meu amor''

Delphine estava estática e há exatos 45 segundos cogitava uma resposta. O que diria?

Que ‘’ não estava transando, sim havia acontecido, e provavelmente aconteceria de novo e talvez estivesse acontecendo agora mesmo caso uma certa esposa desconhecida não estivesse aparecido’’?

Ou apenas um longo e balbuciado ‘’ não’’?

E será que ela não poderia usar a expressão ‘’ tendo um caso’’?

Era transparente demais, não sabia fingir o que não sentia. Não conseguia sustentar uma mentira.

- O quê? – Tentou fingir um abismo, tentou fingir que aquela acusação era a coisa mais absurda do mundo. Mas sua expressão, ah sua expressão risonha estampara um sim enorme com luzes piscando na sua face. – Porque? – Shay a olhava impaciente, balançou a cabeça de um lado para outro, o tom de reprovação demonstrava que Delphine era uma péssima mentirosa.

- Quer que eu pergunte de novo? – indagou sarcástica. – Porque talvez não tenha me ouvido. – segurou ainda mais firme em seu pulso.

- Não! – Delphine rebate. Soltando-se de brusco. – Não é necessário, e sabe porquê? Porque eu não vou me dar o trabalho de responder. Obviamente sabe a resposta. Caso contrário não perguntaria tão convicta. – Shay arqueou uma sobrancelha duvidosa. E Dephine viu a chance de provocá-la. – Ao não ser que seu interesse seja nos detalhes.

- Oh... Meu... Deus... – bufou, indignada.

- Sabe eu me peguei ouvindo muito esta frase nos últimos dias... – Delphine pisca com audácia. – Duas vezes atrás dessa porta. – Mentiu, mas a feição que apossou do rosto de Shay valeu o exagero.

- Oh, então vai ser assim? Ótimo então isso vai ser divertido. – ela dá passagem. – Depois de você.

- O quê? Não acho que isto seja uma boa ideia. – E enquanto a Cosima?

- Porque? Está com medo? – Shay confrontou-a. Delphine sentiu um tremor percorrer seu corpo, fechou os punhos com força.

- Olha aqui garota, eu não sei que tipo de pessoa desalmada você é, mas gostaria muito de perguntar isto a Cosima, e como gostaria! Só que como médica sei que Cosima acabou de passar por um procedimento de emergência, ela não está 100%. Ela está estável, mas está fraca. Então nos duas somos demais pra ela, consegue entender?

Por mais que Shay odiasse admitir,  a médica que estava transando com sua esposa estava certa. 

- Está bem. – concordou, mas não daria o braço a torcer. – Então te vejo mais tarde? – perguntou sarcástica. -  Quer mandar algum recado?

- No inferno, talvez. – Delphine rebate no mesmo tom. – O que te faz pensar que vai primeiro? Eu sou a médica dela.

- Eu sou a esposa.

- E eu posso vê-las pelas brechas da cortina. – Cosima se pronuncia. Sua voz era frágil, porém firme a ponto de fazer as duas paralisarem. 

**

- Cosima? – dizem em uníssono. Shay atravessa na frente, passando por Delphine e chegando até Cosima.

- Ei meu amor você acordou. – diz carinhosamente. Alisa seus cabelos de forma terna atentando-se a qualquer reação de Cosima. – Eu queria te fazer uma surpresa. Me desculpe por isso...

- Tudo bem... – Cosima exprimi piscando os olhos incontáveis vezes, atordoada e com um tubo de respiração fixo em seu nariz. –Eu nem sei exatamente o que aconteceu. Eu só... é muito pra mim. Então se vocês... – Shay olha pra baixo. Ah agora ela fica quieta? Delphine murmura sem se dar conta do que tornava-se o centro da atenções. – Delphine. - Era sua vez. 

- Ok. Você desmaiou nas escadas de emergência, Paul te encontrou e te trouxe p/ o quarto, você iniciou um sangramento nasal, eu o encontrei no caminho. Fizemos uma intubação porque você estava sem respirar. Fizemos o que tínhamos que fazer e....  – Shay finge uma tosse. – E claro, foi quando Shay apareceu, ela te viu na maca durante o procedimento. Alegou que era sua esposa... – ela riu relutante em acreditar. – Isto... Isto é verdade Cosima? – precisava ouvir dela.

- Sim. – ela responde baixo.

- Oh Meu Deus... – Era um tapa na cara, um acorda pra vida. Delphine alisa suas madeixas de forma preocupante. Ouvir dela ainda era mais doloroso. – Certo.

- Shay você pode me fazer um favor? – Cosima pede.

- Claro meu amor, qualquer coisa. – Pode parar de chamar de meu amor? Achava que era assim? Chegar com palavras dóceis e fazer tudo desaparecer?

- Pode esperar lá fora por um minuto? Preciso falar a sós com minha médica.

- Claro. – responde com desdém. Não queria ir, mas teria que ser compreensiva caso quisesse tê-la de novo. Se rebelar certamente não ajudaria em nada. Ela desfilou pela cômodo enquanto Delphine a xingava mentalmente. – que cínica, vadia!

Bastou Shay deixar o cômodo para um silêncio constrangedor se instalar no ambiente. Delphine senta-se com cautela na ponta da cama, cabisbaixa, lançava o ar pesado que se encontrara nos seus pulmões.

- Delphine eu não sei o que dizer... Estou tão surpresa quanto você. – Cosima fala, diferente dela, ela a olhava. Delphine suspira, nada convencida.

- Podia me dizer que era casada. Quando pretendia me contar? – seu tom era manso, mas pesava muito.

- Quando fossemos casar? Daí eu diria ‘’Hey, antes de casarmos, preciso me divorciar primeiro’’. – Brinca. - Mas claro isto não é engraçado. – Ela diz mudando seu tom divertido. Bem, teria que ao menos tentar. – Sinto muito que tenha sabido desta forma. Em minha defesa eu não achei que ela fosse voltar... Assim, tão cedo. E não sei porque ela decidiu voltar logo agora. É uma longa e complicada história.

Delphine enfim levanta a cabeça e quando a olha Cosima pode perceber seus olhos úmidos. Lhe fitando com certa amargura. E se ela nunca tivesse aparecido?

- Então é isto? Você estava mentindo o tempo todo? Foi só um jogo pra você? – Delphine disparava as perguntas irritada e ao mesmo tempo melancólica. – O que eu sou pra você afinal? A garota que ferrou pra esquecer ter sido ferrada?

Cosima amaldiçoa-se por vê-la naquele estado emocional tão abalado. Delphine não poderia odiar-la mais do que estava se odiando momento.

- Não, não...Não... – negaria infinita vezes.  – Delphine.... –Não queria afastá-la. Ela estica seu braço e com esforço consegue agarra em uma das mãos de Delphine, trazendo-a para mais perto. Delphine não hesitou, mesmo que percebesse aonde seus lábios estavam prestes a encostar. Cosima os movimentou e mesmo que relutante a médica retribui aos seus incontáveis beijos desesperáveis. Agarrando em seu rosto, Cosima a olha bem no fundo dos olhos, p/ deixar bem claro que prestasse atenção no estava prestes a dizer. Num gesto desesperado de forçá-la a entender. – Você foi como recuperar o fôlego... Como se no dia que me encontrou eu estivesse me afogando, sem conseguir respirar mesmo se tentasse, você me salvou Delphine. Me trouxe de volta a superfície. É tudo que eu sei.  

- Vai mandá-la embora?

Delphine pousou as mãos sob suas veias perfuradas.

- Delphine...

E de repente, toda a sua proximidade tornou-se inválida. E se a maneira em que Cosima desviou suas órbitas fosse uma indicação do que estava tentando insinuar, Delphine quebraria-se em mil pedaços. 

- O que você vai fazer Cosima? Enquanto a ela, enquanto a nós?

- Eu... Eu não sei... – Cosima balbuciou.

- Como...- Inacreditável. – Me desculpe Cosima, sei que é muito pra você processar. Mas... Cosima aquela garota te abandonou.

- Eu sei, mas é um longa história.... Nos formos casadas por tanto tempo, não é uma coisa que se vai assim... sabe?

E foi ai que Delphine pareceu entender.

- Você a ama? – perguntou. Sua fala colocada pra fora de maneira impulsiva.

- Delphine... – é claro que amava mas não era isso que esperava ouvir. Separou seus dedos, suas mãos, seus corpos e distanciou-se. 

- Quer saber? Estou fora! – esbravece, aumentando o tom de voz. – Não posso ser uma pessoa que vai separar uma família. Estou fora disto tudo! Te vejo pela manhã nos exames matinais Senhorita Niehaus. 

Shay que tem escutado tudo, abre um sorriso perveso observando a médica sair em estilhaços.

**

Mal humorada, Delphine andava pelo hall do hospital acompanhada de Evie Cho e também de Victor Schmidt, o novo enfermeiro do caso Malone. Delphine não conhecia o rapaz barbudo, alto e quase careca. Mas deduzira ter algo ou qualquer relação pessoal com Evie pelo simples fato dos dois ficarem de cochicho atrás de si trocando apelidos que denominara ridículo, tais como Vic e Ev.

- Boa tarde Senhora Malone! – Victor a cumprimenta juntamente de Evie, se não falaram na mesma hora.

– Bem vinda de volta. – Delphine também a corteja, forçando um sorriso.

- Tecnicamente eu nunca sair. Estive apenas em outra ala do hospital.  – A paciente responde. Porque ela não podia dizer um obrigado? Dói dizer um ‘’ obrigado’’?

- O que temos? – Evie estava ensinando a Victor. - Doutora Cormier....

- Kendall Malone, 65 anos...? –  Delphine notou que havia feito aniversário dia anterior. Deveria desejar parabéns? Definitivamente não combinaria com as sentenças a seguir. – Pneumonia pós operatória. Trataremos com antibióticos. – disse direta. – Alguma pergunta senhor Schmidt?

- Sim... Tem certeza que é o diagnostico certo? – Victor questiona. Delphine pode perceber um riso cúmplice com a doutora Cho.

- Está respirando mal, tem febre. É pós-operatório. Não deveríamos iniciar os antibióticos? – rebateu.

 -  Talvez ela não tenha pneumonia. Pode muito bem ser embolia pulmonar. Logo, tem certeza que é o diagnóstico correto? – Victor indaga, crente de seu asserto.

Delphine não estava em um dos seus melhores dias. Certamente não aturaria aquilo. 

- Bem, não sei, sou só uma médica atendente. – Disse sarcástica, acidando sua voz. – Porque não passa quatros anos numa faculdade de medicina, um ano em internato, quatro anos numa residência e depois me diz se é o diagnóstico correto?

Um silêncio se alojou na sala, e nem mesmo a paciente ranzinza revogou. Nenhum som foi ouvido.

- Senhora Malone, tem alguma dúvida/ pergunta? – Kendall negou com a cabeça. – Senhor Schmidt? Doutora Cho? Não? Foi o que eu imaginei. – muda a postura. – Victor quero que cuide dos medicamentos, monitore-os e me mantenha atualizada. Estão dispensados.

Victor saiu, contudo Evie recuou. 

- Ah eu tenho uma pergunta Doutora Cormier. – Evie segreda. – Se lembra deste quarto? – Delphine para e olha em volta. Droga!  – Foi o que eu pensei.

**

No final do dia, Delphine descobriu que definitivamente aquele não era o seu dia.

Kendall a chamou duas vezes, obrigando-a a estar de volta no quarto 36C. O cômodo que deu início a sua rixa com a Doutora Cho e que também a colocou de volta no jogo. A primeira vez que a beijou foi quando saltou daquela janela que fechara apenas por Kendall estar com frio. Nem era um caso urgente.

Quando Delphine veio do refeitório pôde perceber que a dor que sentira no estomago não era falta de comida, e sim de um vazio, mas isto ela só evidenciou ao cruzar o corredor e passar do 36C p/ o 324b21. Praguejando-se. 

Estupida, sentimental, idiota.

Porque de repente ela se deu conta que não queria que aquele fosse o último beijo. E daí que ela tinha que pedir desculpas a Victor? Tinha que entrar já naquele quarto, pois tinha algo a fazer. Algo estupido e vergonhoso. E bem, foi isto que fez.

Ella Henderson - Yours ♪

- Achei que só ia passar aqui daqui a 13 horas e doze minutos. – Cosima enuncia ao perceber sua presença. Seu cheiro único podia ser sentido a dois quarteirões dali. - E 29 segundos. - Estava contando as horas? 

- Hey! É....Eu só vim devolver um...  – Delphine diz coçando a nuca, meio embaraçada. – Nada. – Caminha em direção a porta.

- Okay. – Cosima volta a ler o livro, soltando um riso abafado. Curiosa, a médica regressa alguns passos. 

- Do que está rindo?

- Nada.

- Okay. – Delphine devolve dando as costas. Cosima destetaria assisti-la ir embora pela segunda vez no dia.

- Você contou pra Shay que transamos em cada canto desse hospital? Você quer acabar com meu casamento Delphine? – brinca, arrependendo-se logo em seguida. Quando ia parar de fazer aquilo? Bancar o Scott assustado.

Delphine fecha a cara, notando assim que além do fato de Cosima ter uma esposa também não gostava daquele riso. 

- Na verdade... Eu quero. – Delphine responde, séria. Cosima abaixa o livro sentindo seu estomago embrulha-se todo. Porque isso não é um casamento...  – pensou ainda calada.

- Eu menti... – Delphine continua.

- Estou vendo, está adiantada. – Cosima levanta-se da poltrona ao lado a qual estava lendo e fica de pé segurando-se num ferro unido ao um soro.

Delphine respirou fundo, pensando em como começar a botar pra fora tudo que estava a sufocando. ‘’Qual é Cormier, você consegue’’.

E a médica que até então estava encostada na parede perto da porta, movimentou-se até ela, e empresou na madeira da cama. A tocando, acariciando sua pele macia. Cosima sabia que aquele gesto não tinha apenas o intuito de ajudá-la.

- Não Cosima, eu menti!  Não estou fora... Ainda estou brava com você e minha confiança está abalada. E talvez não tenha terminado com Shay, mas devia. Porque você e eu, estamos juntas não é? – Delphine expressa-se com pausas, tentando controlar a voz, seu coração. – Estou nessa... Estou tão envolvida... Tão envolvida com você que chega a ser humilhante... Porque estou quase Implorando... Como uma grande boba, praticamente de joelhos.

Suas respirações falhas ficavam em sincronia, assim como as órbitas que temiam em ficar molhadas.

- Delphine... – Engoliu em seco. – O que isto significa?

Ok, lá vai.. Delphine pondera. Permitiria sentir-se.  Colocaria pra fora tudo que estava reprimindo. Expeliria todas as borboletas. Sangraria de amor. Porque seu coração estava pronto para explodir. 

- Você tem uma escolha a fazer. E não acho que seja difícil. Shay, eu conversei com ela, ela é tão gentil quando não está sendo uma vaca. Eu não sei que o que ela foi pra você, talvez tenha sido ótima. Mas Cosima... Estou apaixonada por você. Estou tão... Apaixonada por você. – enfatiza, não se importando mais com tanto sentimentalismo que antes denominara patético. –Do tipo querer que o tempo passe depressa na sua ausência e desejar que o relógio pare quando estou com você. Do tipo manter um narciso intacto por semanas sem esquecer um dia sequer de rega-lo. Suspirar que nem uma adolescente sempre que passar pelo quarto 36C. Do tipo não conseguir dormir, não conseguir comer. O que eu sinto por você... Não acredito que alguém sinta o mesmo agora. E eu não sei o que realmente existe entre nós, só sei que eu gosto, gosto de tudo em você até as coisas que eu não gosto. Você sente o mesmo? Eu não sou tão boa com as palavras quanto sou com a ciência, mas eu quero que saiba que se você sentir.... Você tem que deixar isto se prolongar. Você tem que escolher. Me escolha. Escolha o meu amor. 


Notas Finais


Então, o que acharam desta declaração???! digna de Cophine?
Ai, muito amor por esse shipper s2
Espero que tenham gostado. Até a próxima.
bjs bjs bjs ♥


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