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História Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 15 ''Mais do que palavras''


Escrita por: Witchlynn

Notas do Autor


Hey 0/
Tem alguém acordado ai?
Quem é que posta as três da manhã? eu mesma kkkkj
Bem, acabei de escrevê-lo e não queria esperar amanhecer p/ postar-lo.
A música que indico hj p/ o caps é Birdy - Words
Então sem mais delongas, tenham uma boa leitura ♥ ♥

Capítulo 15 - Capítulo 15 ''Mais do que palavras''


Fanfic / Fanfiction Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 15 ''Mais do que palavras''

— Ele é tão... Atencioso com ela. A forma como ele explica o diagnóstico, a forma como relata cada detalhe, a forma como ela pousa o estetoscópio no lado esquerdo do peito dela. 

Não muito distante, a situação de ''Mark conduzindo uma cadeira de rodas pelo hospital'' era acompanhada não só pelo time de médicos, mas sim por todas as pessoas dispersas pelo hall do hospital. 

— Já teve o bastante, precisa de mais humilhação? – Delphine pergunta p/ Adele. Não gostava de presenciar-la se torturando daquela forma. – Você não precisa disto, porque não vai pra outra ala?  – Contudo Adele não parecia ouvir-lá. 

— Que tipo de pessoa miserável e vazia vai pra cama com um paciente? – indaga incrédula. – Sem ofensas. 

— Oh, eu não estava ofendida até agora. – Delphine rebate, ofendida. – O que será que está havendo ali? 

—  O senhor não tem permissão de vê-la. – a recepcionista levanta sua voz visto que o homem de estilo cowboy não parece submeter-se a sua ordem. Ele invade os corredores e também pode ver a cena.

— Grace! – grita chamando atenção de todos. 

— O que meu pai está fazendo aqui? – pergunta com pavor. 

— Eu não sei, não devíamos deixá-lo entrar e descobrir? É o seu pai. – Mark diz calmamente.

— Aquele homem quebrou meu coração todos os dias, durante 15 anos. Não sou mais Grace Johanssen, Sou Grace Rollins.

— Eu ainda sou seu pai. – o homem esbraveja.

— Como não está preso?

— Preso? – Mark pergunta. – Ele perdeu sua guarda?

— Eu era sua filha, deveria me amar e não me fazer de experimento. – Grace fala, sua voz trêmula. –  Eu não sei como você fugiu da cadeia, mas deveria ir embora antes que eu chame a polícia. – berrou, ecoando por todo hospital. – Mark livre-se dele.

—  Chamem a segurança. – Mark gritou. – Ei, vai ficar tudo bem. – Mark a conforta vendo Grace chorar em seus braços. – Vou me certificar que ele não volte nunca mais. 

— Ok. Por esta eu não esperava. – Adele diz boquiaberta. — Delphine? – chama a médica que parecia em transe, refletindo. De fato, não dá pra se desligar da família. 

— Eu tenho que ir.

**

— Com licença. – Delphine diz ao atravessar a porta. – Me desculpe, não sabia que estava acompanhado, volto depois.

— Não é necessário. – Art responde. – Aldous já estava de saída. Certo, Doutor Leekie?

— Posso ficar se quiserem. – O homem mais velho disse, não sabia se era suas pálpebras envelhecidas mas Delphine podia jurar que soltou uma leve piscadela. O jeito como a fitava lhe causava calafrios. –  Estou brincando. Tenho uma cirurgia daqui... – ele para checando seu relógio de pulso. – Bem, agora. – ele se despede, arrancando no máximo um sorriso forçado da médica. 

— Sente-se. – Art indica a cadeira a frente. – Em que posso te ajudar? Precisa de algo? – Ela acomoda-se na poltrona e esfrega as mãos de nervosismo.  

— Sim. 

**

— Donnie, te mandei uma lista online. – Delphine fala com o celular empresado no ouvido. – A lista, Donnie! Foco na lista. Isso, reserve os espaços e não esqueça os adaptadores, okay? – No laboratório do segundo andar, estava analisando amostras no microscópio enquanto instrua seu assistente a arrumar uma mala. – Eu não sei, é quase meia noite, vou ver se consigo um táxi. E...  – A porta rangeu e o barulho que soou a desconcentrou, quer dizer, alertou-a, pois a concentração já havia partido a algum tempo. – Hey! O que está fazendo aqui? Deveria estar dormindo... Você... – Ela balbucia, enfiando o celular no bolso do jaleco. Deveria estar dormindo quando passasse pelo seu quarto. – Deveria estar dormindo.

— Hey...! – Cosima anuncia com certa falta de jeito. – Eu sei... É tão tarde. Mas eu não conseguir dormir então... – gesticula com um braço enquanto esconde outro atrás das costas. – Enfim... Eu vim me desculpar... Por insinuar que... Todas aquelas coisas que eu disse fossem reais. Eu sinto muito Delphine. Acho que eu não tinha/ tenho – corrigiu-se mentalmente. - Este direito de interferir em sua vida.

— Okay. – Delphine fala ignorando seu olhar penoso e voltando p/ o microscópio.

— Desculpas aceitas? – Cosima diz, recostando-se num balcão de granizo.

— Yep. Precisa de mais alguma coisa?

— Eu meio que trouxe um presente de desculpas... – ela mostra o que estar posterior. – Eu percebi que você tem andando meio estressada. E eu entendo isto, e eu sei que isto não faz sentindo...

— OH MEU DEUS! – Delphine exclama, espantada, ela se dirige até a porta e fecha o trinco depressa. As trancafiando de fato numa espécie de aula prática.  –  Isso é um vaporizador de ervas? Isto é.. Oh Meu Deus, maconha? Sério Cosima? Aonde você arrumou isto?

— Delphine, literalmente relaxe! – Cosima exprime soltando o vaporizador próximo as placas de petri. Delphine inspira o ar e solta devagar, daria uma chance para explicar-se. – Eu encontrei nas coisas de Shay. O zíper do segundo bolso estava aberto, praticamente caindo da mochila. Não se preocupe, ela está dormindo agora. E qual é Delphine? Nunca fumou no ensino médio, na faculdade?  - Cosima não via nada demais naquilo. Não entendia por que Delphine estava surtando.

— Eu estudei em um colégio preparatório que era extremamente rígido, okay?  – Delphine dizia devagar puxando todo o ar que conseguia captar para os pulmões. – Eu não tive muitas oportunidades. E vem cá isto não é proibido? – ela continua voltando com os ataques de surto.

— Você não vai pra cadeia Delphine. 

— Mas vou pra o inferno. – rebate. – Quer dizer, segundo minha mãe. – Segundo ''Dona Constante'', havia um lugar especial nas profundezas das trevas para todos aqueles que ousassem daquilo usufruir. – Okay... Eu já fumei uma vez na faculdade. Porém, não desta forma. E você não pode me ensinar. Está doente! – salienta.

— Doutora Cormier, eu sou médica também. E posso evidenciar que este é o jeito que diminui consideravelmente os males que a fumaça do baseado causa, não há riscos p/ saúde. Natural como flores. E bem, eu já adaptei. Qual é? Eu sei que você curte. Porque não aceita? - Que teimosia. 

Porque-é-de-você. – Delphine ressalta em sua menta. Quando ia se dar conta disto? Contudo, após ponderar ela bufou e deu-se por vencida. Delphine era um tanto quanto impulsiva, gostava das coisas no calor do momento. 

— Okay... Mas não posso demorar.  – Delphine foi até o armário e peguei outro jaleco. – Vista isto, está num laboratório. 

— Está bem. – Cosima aceita, alegrando-se. – Eu vou fazer uma vez, você só tem que puxar, certo? – Cosima põe o aparelho na boca e puxa todo ar captado dos pulmões. – Pronto. Sua vez.

— Acho que não funcionou. – Delphine imitara seu gesto mas não via muita diferença em seu estado.

— Não é de primeira, Fica puxando sai um gostinho bom. 

Alguns minutos depois quando se deram conta já estavam lado a lado, de ombros colados debaixo do balcão.

— Me desculpe também... – Delphine fala, sua voz alterada. Cosima levanta as sobrancelhas e faz um ligeiro movimento com a cabeça. – Por insinuar que você é um robô frio e insensível. Que você não processa as emoções...

— Você não disse isto. Você foi um pouco rude, mas não disse isto.

— Oh, então pensei alto! – respondeu, assim sem gentileza. Sem pensar muito. – Estou neste laboratório há horas. E Acho que estou chapada...  Porque fez isso? – ela vira o pescoço também a encarando.

— Achei que poderíamos ser amigas. Você não acha? – perguntou, calma.

Não, ela não achava. Como poderia ser sua amiga se ainda a queria? O que deveria dizer? Enquanto estava engasgada e ela bem. 

— Pare... – Delphine diz, cansada. Tão forte por fora, tantas confusões por dentro.  

— Você que começou...

— Não, pare... Você fica me olhando. Eu tenho planos. Não consigo respirar. Então pare.

— Eu não estou olhando pra você. – Cosima responde. Fingindo estar indignada, mas a verdade era que não conseguia tirar os olhos dela. – Eu sou casada. Com a Shay... E talvez você tenha outro alguém, tenha planos. Porque bem, quem não queria ter um encontro com você?

Cosima tocou a região do seu colo despertando na médica um arrepio que desta vez não era de medo ou de frio.

— Talvez não... Talvez eu esteja tão ocupada sendo sua para me apaixonar por outra pessoa. Eu sempre... –  Delphine abaixa o rosto. –  Esqueço disto. 

Cosima não tinha palavras. 

Com a ponta dos dedos, Cosima ergueu seu queixo até seus olhos cruciantes ficarem alinhados aos seus. Os lábios da médica maior encontravam-se entreabertos, Cosima roubou-lhe um beijo de leve.

Mal respiravam, ambas se fitaram e de repente aquilo pareceu uma boa ideia.

Começaram a se despir depressa. Delphine começou com as caricias e Cosima a retribuiu, puxando a pelo pescoço a medida que Cormier ajeitava-se e deitava por cima. Os lábios se aproximaram e mais uma vez Delphine a beijou, com mais força, mais intensidade.

Uma estranha e agradável sensação, como uma dosagem de algo relaxante. Como se seus sentidos ficassem aguçados, como se o toque dos lábios durante o beijo fosse em câmera lenta. O cheiro de flor concentrada exalava. 

Coxas úmidas, pernas trêmulas de desejo e pegada intensa, Cosima queria congelar-se naquele instante perfeito. 

Cosima se virou e ficou por cima, o clima foi esquentando, as mãos já passeavam por todas as partes visíveis da pele. Gemidos baixos,falhos e cortados apenas por Delphine, que soltou um riso durante a excitação.  

— Porque está rindo? – Cosima pergunta analisando a médica por baixo. Seus rostos próximos, Cosima podia sentir o hálito quente. 

— Porque é ridículo! – ela solta com o ar, gargalhando.  – Estamos chapadas e.... Você é casada e isto é ridículo. E eu não sei que horas são e eu preciso ir... E quando eu vi meu reflexo naquele mesa foi como se eu tivesse saído do meu corpo e me ouvir dizendo ‘’Você é estupida’’. Você é amante fantasma.

Cosima sai de cima e deita-se ao seu lado no chão gélido.

— Bem, eu sou casada. – Cosima fala, também entre risos. 

— Eu sei.  

— Muito embora, até algumas semanas atrás ela não retornava minhas ligações. E não sabia aonde minha esposa estava.

— Foi tão estranho. – Delphine confessa. – Foi tipo ‘’Ei Cosima aonde estava sua esposa até uns dias desses''?

— Eu-não-sei.

As duas gargalham, sorrindo até perder o ar, e aos poucos vão recuperando o fôlego.

— Acha que pode esquecer isto que eu te disse? – Delphine pergunta.

— Bem, acho que tenho que fazer isto, porque o problema...

— O problema é que você é casada com a Shay. - Delphine completa. – Eu tenho que ir. Preciso conseguir um táxi. – ela fala bocejando e se levantando. 

— É, este é o problema.  – Cosima rebate num mísero sussurro. 

Apesar de tudo ainda era a mais ''lúcida'' entre as duas, e cabia a ela auxiliar nos cambaleios de Delphine. Cosima não ''fumou'' tanto quanto Delphine, então ajudou-a se vestir e também a levar-la p/ o dormitório. Não podia deixar que fosse pra casa sozinha. 

Segurou em seu braço e a conduziu até a cama. 

— Ei, eu tenho uma pergunta pra fazer. - Delphine murmura.  – Lagostas são sereias para os escorpiões? – Sonolenta, estava chapada demais pra ser levado a sério. 

— Durma bem.  ​– Cosima puxou o cobertor e a cobriu. Dando-lhe um beijo casto na testa. 

— Cosima. – Delphine a chama. – Você me machucou quando escolheu ela.

— Eu sei. - exprimi com um nó na garganta - Boa noite Delphine. – Apagou a luz e fechou a porta. 

Delphine revirou-se na cama, as últimas palavras lhe causaram um replay em seu cérebro, déjà-vu. 

— Boa noite Delphine, estou esperando por você. 

— Boa noite mãe. - e encerrou a ligação. 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Peço desculpas se deixei passar algum erro, estarei revisando pela manhã rsrs
Espero que tenham gostado e até a próxima bjs bjs ♥


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