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História Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 18 ''As lágrimas do Diabo''


Escrita por: Witchlynn

Notas do Autor


Hey 0/
MDSS que hora é essa, socorr kkkkkj
Bem, terminei agora de escrever e decidi postar-lo.
A música do caps de hoje é um cover de Adele:::I Can't Make You Love Me
Sem mais delongas, tenham uma boa leitura ♥

Capítulo 18 - Capítulo 18 ''As lágrimas do Diabo''


Fanfic / Fanfiction Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 18 ''As lágrimas do Diabo''

— 6 St Alban’s Street, London SW1Y 4SQ.

Sarah anunciou o local o qual se situavam. Estacionou o carro em uma vaga no meio fio e saíram do veículo. 

— O que é isso? Uma catedral gótica? – Delphine questiona se encolhendo no único poste de luz em meio a rua deserta. O lugar parecia mais um domínio isolado de grandes muralhas saído diretamente de alguma obra escrita por Edgar Allan Poe. 

— É o orfanato o qual cresci. – Sarah corrige caminhando ao seu lado pela grama. Diferente de Delphine não se importava com a falta de movimento, bastava apenas que tivesse uma pessoa p/ procurar informações nos arquivos. – Ei. – aponta animada. – Está vendo os vidrais medievais? Minha parte favorita.

— Legal. Porque não vai na frente? – Delphine sugere recuando seus passos.

— Não sou uma ex-agente do serviço secreto, mas posso ser sua guarda-costas. –  Sarah tinha um sorriso perverso nos lábios.

— Eu não estou com medo. – rebate na defensiva. – Sabe o que a história dos vitrais nos remete? Tempos medievais, surgiu na Europa, século 10...

— Não, eu não sei. – Sarah a interrompe. Ela sorri de modo travesso e empurra de levo o ombro direito da francesa. – Nerd.

— Você é nerd... – Delphine empurra de volta.

— Eu sequer terminei o ensino médio. – Sarah diz, cessando o riso aos poucos ao se deparar com uma figura masculina na sua frente. 

— Você veio! – exprimi fascinado. O homem que aparentava o dobro de sua idade, tinha cabelos grisalhos e barba por fazer. Possuia um óculos de grande armação no rosto e também uma expressão indecifrável. – Você encontrou o subscrito no livro. Você é Sarah, não é?

— Como sabe meu nome? 

— Eu te mandei uma foto há alguns anos atrás. Todos os dias eu venho ao mesmo lugar, aguardava uma resposta. 

— Foi você? – Sarah franziu a sobrancelha e retirou a fotografia amassada do bolso.  – Você a conhece? – O homem sentou-se nas margens de uma fonte de água e induziu que fizesse o mesmo. 

— A última vez que a vi foi em 1989... Época que Siobhan Sadler era apenas uma interna do antigo hospital que residia. Naquele verão, sua vida pareceu mudar,logo após atender um paciente com dificuldade respiratória e acúmulo de líquido nos pulmões, melhor dizendo, um caso usual de overdose.  S posicionou duas placas sobre sob seu tórax e o trouxe de volta a vida. Foi assim que  se viram pela primeira vez. Ele apelidou suas órbitas, os olhos que faria qualquer coisa.

— Então eles se apaixonaram? Do tipo Romeu apaixonado cantando serenatas para Julieta na rua, encontra uma luz, sai da sombras...  - Sarah não tinha paciência para romantismo barato. 

— Bem, não foi o romance do século mas foi alguma coisa. Ela tinha 23 anos e uma carreira pela frente e ele uma maleta de metanfetamina e um voo marcado para as quatro da tarde.

— Logo, ele se foi?

— Infelizmente,  e quando regressou ela havia partido. - Sarah revirou os olhos. Havia alguma parte daquela história que não soasse clichê?  –  Não estava mais lá. Anos depois descobriu que ela não só ocultava aonde estava como também uma gestação. 

— E sou eu? O fruto da gravidez indesejável? Como sabe destas coisas? Você espera que eu acredite nisto? Quem diabos é você afinal? - Sarah disparava as perguntas abruptamente. 

— Ethan Duncan, sou seu pai. 

ANTES

— Mrs S. 

— Você a conhece? – Sarah pergunta sem esboçar nenhuma reação. 

—Ela trabalha no mesmo hospital que eu.

— O que ela é? Ela é médica? 

— S é uma cirurgiã cardiotorácica, chefe da cardiologia. A melhor na área. – Delphine falava com admiração até se dar conta. - Oh... Sinto muito.

— Tudo bem. Então ela é tipo uma ‘’badass’’ ein? – Sorriu torto. – Essa... 

— Mrs S. – completou. 

— S... – Sarah coçou a cabeça um pouco confusa,  seus pensamentos embaralharam-se todo. Não sabia o que sentir. – Ela tem filhos...? Ela tem alguém...Ela é feliz? 

— Eu não sei Sarah. Doutora Sadler é muito reservada, não tenho algum tipo de afeição com ela fora do hospital. Sinto muito, não sei te responder. – Sarah assentiu.  Delphine analisava seu comportamento. Deveria abraçar-la? 

— Você gosta de ficar por cima ou por baixo? – Sarah mudou de assunto repentinamente.  Poderia ser mais direta? Delphine tosse incontrolável as vezes.

— Depende...

— Depende do quê? – Sarah arqueou uma sobrancelha.

— Do clima. Do momento...

— Tipo se chover você prefere dormir em baixo da beliche. Por causa das correntes de ar, algo assim?

— Oh, você tá falando de camas... 

— É... Na beliche. Como seu dia não foi dos melhores, pode escolher o lado. Do que você estava falando?

Delphine fez um gesto com a mão insinuando que não era nada. Portanto, Sarah indicou onde ficava as toalhas reservas do banheiro e ordenou que se sentisse a vontade. Estava exausta, colocaria Kira p/ dormir e faria o mesmo.  Como Delphine não respondeu acabou ficando com a beliche de cima. A médica não se opôs, afinal estava na casa de uma estranha, além do mais a posição que Sarah adormeceu facilitaria a retirada de um fio de cabelo. 

**

Os dias se passaram... 

Delphine consegue uma indicação p/ residir em um hospital da cidade. Nos intervalos em meio ao laboratório ligara para Paul e perguntava dos exames. Se algo mudou. Se estava tudo bem. Tinha que estar, Cosima não seria Cosima se não fosse o tipo de pessoa que tenta fazer o casamento dar certo. Porque bem, isso significava que Delphine não estava errada sobre ela.

— As três está bom pra você? Porque olha  eu tenho uns Ecstasy de alta qualidade aqui... Ótimo! - Sarah encerrou a ligação contudo, ao chegar, Delphine acaba escutando – Para denunciar imediatamente as autoridades. - Completa. 

— Não precisa mentir pra mim. Eu sei o que você faz. - Delphine diz entregando uma casquinha de sorvete e ficando com outra em mãos.   – Eu fiz umas ligações. 

— Quanto tempo demora pra sair o resultado dos exames? - Sarah pergunta. Fazia sol, situavam-se na praça principal, estavam vendo Kira brincar no parquinho, fazendo desastrosos castelos de areia. 

— Alguns dias. Geralmente leva algumas semanas, mas sabe como é. Consegui uns contatos. 

Sarah batucava o cimento com os dedos, como se quisesse perguntar algo mas não sabia como.  Passou as mãos pelo cabelo, e suspirou, seria direta. 

— Quem é Cosima? – Delphine quase se esgasgou com as frutas vermelha na sua garganta.  

— O quê?

— Você murmura o nome dela enquanto dorme. Acho que sonhou cm ela quase todas as noites dessa semana. É alguma ex-namorada? Caso não resolvido? 

— Bem, eu não sei... – Exprimiu com as bochechas coradas. – Queríamos coisas diferentes.

— Tipo o quê?

— Ela queria a Shay e eu não. – Delphine tinha um dom divertido mas Sarah não fazia ideia que era ainda mais doloroso, visto que estava se abrindo com uma pessoa que era fisicamente idêntica a culpada por seu coração partido. 

— Que merda! – Sarah ri. Era sua forma de dizer ''sinto muito''. - Não acho que podemos escolher por quem nos apaixonar.

**

Cosima estava lendo um livro, absorta, entretida com ‘’ o fascinante restaurante no fim do universo’’. Shay tentou tomar vantagem de sua distração, contudo seus aparecimentos momentâneos não parecia surpreendê-la mais.

Encostou sua boca nos imóveis lábios de Cosima e desta vez trouxe uma rosa. Não tão vermelha assim, pois assim como o sentimento nada florescia mais como na primavera passada. 

— Obrigado. – ela sorriu fraco. Tão fraco quanto suas articulações. Shay notara.

— Porque não me conta? De repente eu posso ajudar. – Sugeriu ajoelhando-se na frente de Cosima, passando a massagear seus joelhos com calma. 

— Ajudar com o quê?

— Com o que está chateada, com o que estava triste... – continuou, com uma típica expressão que exigia uma resposta.

— Eu não sei do que está falando. – ela suspirou e voltou a folhear seu livro. Não achara que queria ouvir.

— Claro que não. Você nunca sabe de nada, você nunca me conta nada, você nunca sente nada...  – Sua face esquentou rapidamente. Cosima constatou a acidez em sua voz.

— O que você quer de mim Shay? – ela abaixou o livro e a olhou abatida. 

— Eu quero que você converse comigo. – respondeu um tanto quanto desesperada. Aqueles olhos azulados tornaram-se úmidos e suplicantes p/ Cosima. – Eu quero que você me toque, quero que você se importe Cosima!

— Shay...

— O que mais eu poderia fazer? Talvez eu devesse tentar algo novo... – Shay respirou forte e fundo. Há tempos Cosima não contemplava um ataque histérico da ''cônjuge''.  -Como arrumar uma nova colega de quarto e viajar para a França, por que isto sim faria você perder a cabeça. Ah, mas espere ai, isso também não vai funcionar porque EU NÃO SOU DELPHINE CORMIER. – berrou. As lágrimas já desciam sem aviso. – Você gosta dela.

Cosima havia tentado, mas era difícil ver algum sentido naquilo. Tudo que sabia é que os dias se passavam. 

— Delphine está viajando, ela se foi... E quer saber, se você quiser ir, pode ir também. - Já colecionava ausências. 

— Cosima eu vejo seu rosto quando aparece a foto dela no celular do Felix, ou em qualquer lugar... E você fica... Feliz. – ela sorria incrédula. – Você gosta de outra garota. - Do fundo coração ela sabia. – E eu não posso te curar...

Cosima ainda tinha dúvidas de suas reais intenções contudo, apesar disto, prezava por sua tentativa ineficaz de salvar-lá. 

— Sinto muito...Você estava tentando fazer algo legal.

— Oh não sinta, eu estava fazendo isto pra me sentir melhor e nem deu certo. - Shay soltou a respiração que nem sabia que estava segurando, parecia aliviada. – Talvez seja porquê, os Deuses... O universo todo.... Saibam a verdade.

— Qual é a verdade? 

— Eu te amo Cosima. - ela a olhou profundamente. -  Sou seu contato de emergência, eles me ligaram. Só queria passar os últimos dias com você. - Estava de malas feitas. – Mas  a verdade é que eu não posso fazer você me amar se você não me ama mais. - Não podia fazer seu coração sentir algo que ele não sentira mais. Porque as vezes não importa o quanto você ame alguém, ela simplesmente não pode te amar da mesma maneira. – Talvez ela seja seu destino. 

Shay estava indo embora mas Cosima não ousaria pedir que ficasse. 

— Muitas coisas parecem destino e não são. – murmurou baixo. Vendo-a se afastar. Atravessando a porta, só que desta vez com um adeus definitivo. 

— Talvez algumas coisas sejam. Adeus Cosima.

**

AGORA

Sarah levantou-se de brusco e deu as costas para homem que até então alegava ser seu pai. Sem ao menos ouvir o final da história. A parte onde contaria o crucial, como o livro chegou até Delphine. Ethan jurou a si mesmo que as encontraria. E foi isto que fez, pois assim como encontrou Sarah, encontrou Cosima. Uma doce médica Pediátrica, inventou uma consulta e logo após seus cuidados deu o livro como forma de agradecimento. Só não esperava que nunca chegaria a lê-lo, que nunca chegaria até ele. Bem, Cosima não chegou. 

Mas Delphine sim, e mais uma vez sobrou pra ela terminar a história. 

— Sarah... – Delphine corre atrás dela. – Espere...

— Você acredita neste cara? - ela vira-se, incrédula, irritada. 

— Sinceramente... - A médica pondera, contando até três mentalmente.  – Eu acredito. Sarah, tem algo que quero te contar... - Sarah deu pequenos passos em sua direção. - Sabe quando peguei as amostras de sangue... 

— Oh Meu Deus, Kira? 

— Kira está bem... - a tranquilizou. Começou a suspirar, como contaria algo deste porte? – Você tem uma irmã. - soltou com o ar. 

— O quê? Como? Tirou uma amostra do meu sangue enquanto eu dormia? 

— Olha Sarah eu não acho que tenha o sono tão pesado assim. - rebateu. - Eu usei o sangue que coletei pros exames de Kira. Eu tinha algo pertencente a ela e usei junto com um fio de cabelo seu. O teste deu compatível. Você tem uma irmã, e ela está doente. 

Delphine explicava cautelosamente enquanto Sarah apenas observava com uma cara  indecifrável. 

— É a Cosima não é?  Vem cá, não é a mesma que fez aquilo com você? 

Delphine ignorou. Ela sabia. 

— Eu comecei um método... Com as células-tronco de Kira. E há uma grande chance de.... 

— Espere... Você está me pedindo algo... O que está me pedindo Delphine?

— Sarah... - mas também sabia de algo. –  Eu não queria fazer isto. Eu nunca quis te pedir nada. Eu juro... Eu te parei da rua porque você é exatamente igual a ela. Mas te ajudei porque é o que eu faço. Então imaginei que se eu fizesse o teste e vocês não fossem irmãs. Tudo poderia ser uma coincidência e não teria motivos pra te pedir alguma coisa. Mas não foi isso que aconteceu. Eu sei que você não a conhece, eu sei que a Kira não a conhece. Mas... - Sarah podia ver o temor nos olhos de Delphine, seu tom era aflito, desolado. – Ela vai morrer Sarah. Kira pode ser a salvação. Então sim, estou te pedindo algo, estou te pedindo para curá-la. Por que sabe... Quando a gente ama alguém, amor é amor, não importa se era pra ter ficado junto. 

 

 


Notas Finais


Primeiramente fora Temer, segundamente fora Shay! kkk
Terceiramente, acho que foi o capítulo mais dramático que já escrevi kkkkk sos
Mas bem, isto significa que Cosima será curada!!1
E último caps sem cenas de cophine mesmoo
Peço desculpas se deixei passar algum erro, porque bem, são 04:34 da manhã rsrs
espero que tenham gostado, até a próxima. ♥ ♥


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