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História Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 20 ''Algum Dia''


Escrita por: Witchlynn

Notas do Autor


Hey 0/
Tenham uma boa leitura ♥

Capítulo 20 - Capítulo 20 ''Algum Dia''


Fanfic / Fanfiction Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 20 ''Algum Dia''

Há exatos 35 minutos Cosima encarava seu reflexo. Inclinada sobre a pia, olhava-se intensamente no espelho decorativo do banheiro.

O tratamento com as células tronco de Kira foi imediato e após dias os exames retornaram e mostraram boa reação. Sentiu-se sem altas esperanças por tanto tempo que mal podia acreditar que enfim estava curada. E bem, não sabia como Delphine descobrira de fato este avanço cientifico, contudo tinha conhecimento que a médica de cabelos amarelos planejara publicar tal conquista, logo poderia entender a fundo sua melhora.

Além de que, as coisas estavam indo tão bem, não queria complicar. 

‘’ Você é uma paciente incrível’’. Fechou as pálpebras e relembrou da despedida de sua médica. ‘’ Só falta uma coisa pra te mandarem pra casa p/ um descanso merecido. O amanhecer. ‘’

Nesta manhã com resquícios de primavera receberia alta e regressaria finalmente ao seu cargo. Seu retorno assemelhava-se a seu primeiro dia de aula, tenso e emotivo. O tão esperado ''algum dia'' havia chegado, e a agora era hora de se libertar, deixar o quarto 324b21 e começar de novo.  

Cosima contornou seus olhos verdes com um delineador negro e pintou seus lábios de vermelho. Há três dias (quando não houve mais sinais da doença)  pôde recuperar seus dreads de linha e seu piercing nostril. Logo apos ajeitar-los, optou por uma calça vinho e uma blusa de mesma tonalidade, calçou suas botas, pôs seu óculos e deixou o cômodo em suspiros vagarosos.

De volta ao quarto, sentou-se uma última vez naquele colchão e a observou. Delphine dormia toda esparramada pela poltrona ao lado de sua cama. Tão desjeitosa e adorável ao mesmo tempo.

— Você acordou com o frio? – Delphine murmura abrindo os olhos. 

— Não, só estou vendo você dormir. – Cosima respondeu docemente, retirou uma mecha de cabelo de seu rosto e o acariciou de leve.  

— Você está linda. – Delphine sorriu inclinando a cabeça mais para o lado, assim poderia analisar com detalhes seu antigo/atual aspecto. 

— Você também.

— Não, não estou. – A médica maior discorda e levanta espreguiçando-se. Veio de um plantão de 48 horas. – Como está se sentindo? – Delphine apanhou o jaleco na mesa de cabeceira e ajudou Cosima a terminar de vestir-se.  

— Estou pronta. – disse a beijando suavemente. Suas mãos entrelaçaram-se ao pescoço da francesa e reduziu a zero qualquer distância entre elas. 

— Vai ser um longo dia, tem certeza que não quer que eu fique? – Delphine sugeriu segurando Cosima pela cintura, ainda relutante. 

— Sim, eu tenho. – Respondeu. Nem os olhos luminosos de filhote a fizeram mudar de ideia. Afinal, Delphine manter-se no hospital praticamente todos os dias do tratamento.  – Você também precisa de um descanso merecido.

— Okay... – Bufou, dando-se por vencida. Delphine pressionou seus lábios mais uma vez contra o da sua ex paciente e acariciou suas maças do rosto enquanto findava o beijo. Pegou sua bolsa e caminhou até a saída.  – Você vai estar lá no final do dia não vai? 

—  Vou estar contando as horas.  – Exprimiu vendo-a se afastar.  – Te vejo mais tarde.

—  Cortas estas crianças Doutora Niehaus. – Delphine vozeou gesticulando.  – Quer dizer, no bom sentido. Com o bisturi... – Andava de costas feito uma lunática, atropelando as pessoas dispersas pelo sanatório. Cosima ajeitou sua postura, deu um passo a frente e  sorriu, um sorriso digno de seu codinome. 

*****

—  Não sabia que tinha voltado. – A médica de certa idade enuncia assim que cruza o corredor. Seu cabelo loiro platinado, seus olhos claros e sua pele com marcas de expressão pareciam irreconhecíveis p/ Cosima. – Susan Duncan, sua substituta na pediatria. – identificou-se estendendo a mão com um sorriso. – Quis dizer, como você está?

— Oh claro. – Cosima prontamente retribuiu ao gesto com uma feição alegre. – É bom estar trabalhando.

— Vejo que já se conheceram. – Art as interrompe de forma cortês. – Ansiosa? – Pergunta, sua atenção voltava-se a jovem médica.  

— Muito. – Cosima responde com um pequeno sorriso nos lábios. – O que temos? Grande caso?

— Alguns. Mas especialmente um reparo em um recém-nascido, precisará de uma cirurgia grave. Mas você dá conta. – Art fala entregando os prontuários. – Bem vinda de volta Doutora Nieuhas. E Doutora Duncan pode me acompanhar? – Ele sorri e passa seu braço por cima do ombro de Susan e juntos saem andando.

Cosima acenou e partiu em direção inversa. Chegando na recepção ela estagnou seus passos e começou a verificar os casos, por onde começaria, qual situação, quarto. E quando se deu conta Evie estava a seu lado acompanhando atentamente as viradas de páginas. 

 — Tenho que admitir... –  Articulou. – Não sou uma grande fã, mas a Cormier fez um bom trabalho. Afinal, está de volta. 

 — Doutora Cho. – Cosima assente forçadamente. – Precisa de alguma coisa?

 — Doutora Duncan me colocou com você. No caso do reparo. 

 — O quê?

 — A chefe da pediatria.

 — Chefe substituta. – corrigiu. – Desculpe, mas não pedi uma residente. Está dispensada. – Disse rabiscando algo em uma das folhas. 

 — Veja bem, Doutora-não-Duncan... – Evie mudou seu tom metido p/ um – se é que fosse possível – mais arrogante. – Acompanho este caso desde o início, ajudei a detectar o defeito congênito. Contei pros pais sobre o reparo da hérnia diafragmática então vou estar naquela sala cirúrgica. – Diante daquela acidez, Cosima levantou o olhar e ajeitou os óculos no rosto encaixando-o corretamente acima do nariz. 

 — Doutora Cho, eu sou sua superior, se estou dizendo que não pedi uma residente é porque não preciso de uma. – Rebateu no mesmo tom de voz.  – No entanto... Se é tão importante pra você o caso, está dentro, apenas... – ela abaixou a cabeça e tornou com os rabiscos. – Seja gentil. – Talvez precisasse de mais um par de mãos. Cosima fez um gesto com as mãos e insinuou que esperasse. 

 — Ok. – Evie cruzou os braços e deu as costas. Cosima podia ouvir-lá resmungar. – Sabe quem era gentil? Doutora Duncan. – Talvez se Susan tivesse passado mais tempo quem sabe aprendesse essa proeza com ela.

 — Ok. Escute... – Cosima guardou a caneta em seu bolso e juntou os papeis. – Eu sou mais gentil que a Doutora Duncan. Pergunte a qualquer um que já trabalhou comigo. Meu codinome era Doutora Sorriso por uma razão, acredito que aja comparações a serem feitas entre mim e a doutora Duncan, mas em termos de gentileza eu ganho. Ganho com grande vantagem. Eu sou a mais gentil. – Elevou a fala. Evie balançou a cabeça assentido, teria que aceitar sua volta. – Nada para ser discutido. – Cosima respirou fundo e marchou na frente, seu dia estava apenas começando. 

*****

Delphine passou a tarde decorando seu apartamento p/ que as dezenove horas em ponto tudo estivesse como planejado. Preparativos, comidas, convites, havia pensado em tudo. Quando a campainha tocou pela primeira vez, Delphine estava terminando seu penteado, jogou todo cabelo p/ um lado só e permitiu que seus cachos caíssem nos ombros. Fixou alguns grampos e borrifou o spray e logo após a fragrância.  Depressa, vestiu sua blusa de seda estampada com cavalos, pôs um jeans e saiu calçando as botas no caminho. 

— O que é isso? – perguntou ao abrir a porta e se deparar com o eletrônico colorido.

— O que você pediu. Uma jukebox. – Donnie respondeu. Largou o objeto no chão e alinhou seu suéter. – Arrumei com um amigo no bar do Francis.

— Não Donnie, eu pedi um aparelho de som que tocassem músicas – de graça – enfatizou – Delphine inspirou o ar e massageou suas têmporas, estava na hora, não podia surtar.  – Ok. Você tem algumas moedas ai? – Donnie consentiu. – Ok, então vamos fazer isto. Vamos fazer um festa, vai nos animar.

—  Não, vai animar você, eu vou ficar no canto sozinho comendo algodão doce. – Donnie  exprimiu se jogando no sofá e encarando os balões espalhando pelo gesso acartonado. 

—  Adele está pronta? 

— Qual sua fantasia? – Adele interroga, fitou Delphine circulando da cabeça aos pés, nada informal. 

— Lugares públicos. Você sabe. O risco e o frio na barriga são bastante motivadores. – Delphine responde sem dar muita importância, retocando sua maquiagem. 

— Qual sua fantasia pra festa? – Dar enfase. 

— Oh.... Não é uma festa a fantasia. É apenas uma festa. De bem vinda de volta.

— Que seja. – Dar de ombros, seu vestido de qualquer forma iria servir. – Hey Mark, cancele sua roupa de Jack! Não é uma festa a fantasia.

— Tudo bem. Não ia combinar eu vir de Jack e Grace não vir de Sally. – Mark rebateu direcionando as caixas ainda empacotadas de cerveja até o freezer. – Alias, porque ela não pode vir mesmo?

— Porque ela é uma paciente? – Adele retruca. – E o Doutor Bell e Doutor Leekie vão estar aqui. certo Felix?

— Sim eu fiz os convites. – Felix termina de passar o pó no rosto e  carrega as pizzas.  – Scott chega as nove, tem uma cirurgia.  – Deixa as embalagens na mesa e aproxima-se da ruiva. – Sei que você ainda não é a maior fã da Grace, mas ela faz o Mark feliz, pense nisso.

— Nossa... Sua glândula de auto piedade dá pra ver daqui. 

— Sou médico vou tratar com álcool. – Felix pisca seus olhos pintados e estende sua garrafa de cerveja p/ um bride. 

— É o mais recomendável. 

*****

Cosima estava no estacionamento, combinou com Delphine as oito e não queria se atrasar p/ o primeiro encontro das duas fora do hospital. Só que, seu carro estava na garagem de seu prédio e ali aparentemente não passava táxi algum. Tremendo de frio percebeu que não estava agasalhada o suficiente pra aguardar um veículo deste porte, estava já discando os números do parque central quando um cadillac modelo antigo de cor preto parou ao seu lado. 

—  Ei love, quer uma carona? – A mulher desceu o vidro e lhe sorriu simpática. 

—  Ei Siobhan! Você não mora no outro lado da cidade?

— Sim, mas suponho que estamos indo para o mesmo lugar. – Cosima franziu o cenho e S acabou confessando, inocentemente. – Apartamento da médica francesa. 

—  O quê? – Cosima entrou no carro e acomodou-se no banco de couro. 

—  Oh, eu sinto muito. Era uma festa surpresa. – Disse envergonhada. 

—  Tudo bem. Eu meio que já desconfiava... Visto que todos os conhecidos sumiram as sete. – ela ri. – Ouvi cochichos. – Sinceramente, não sei o que fiz pra merecê-la.  – sussurra as últimas palavras com afeição. 

—  Ela é uma garota especial não é? – S tira os olhos da estrada e a encara de modo atencioso. Cosima sente as bochechas arderem ao perceber que também deixou algo passar ingenuamente. 

—  Sabe quando você olha pra alguém e percebe que é tudo o que você mais quer na vida? –  Disse entre suspiros. – Queria que minha mãe estivesse viva para conhecer-la.  Você tem filhos? – perguntou. S não respondeu, parecia cada vez mais distante. – Mrs S?

— Oh... Não... – S piscou os olhos atordoadas. – Aposto que sua mãe iria adorá-la. Posso te pedir algo?

— Claro. O que é? 

— Pode fingir surpresa quando chegarmos?

********

A festa de ''boas vindas'' já estava acontecendo a todo vapor, tocava ''Joy Division - Love Will Tear Us Apart'' na jukebox iluminada por neons. 

— Entrem. – Felix disse dando passagem p/ Leekie, Evie e também Paul. 

—  Não sou muito sociável em festas. – Evie enuncia acanhada as cortinas de canto. 

—  Já experimentou encher a cara? – Felix sugere.  – Vou pegar cerveja. Mark fique aqui fazendo sala.

—  Ninguém nunca me convidava pra festas no colégio. – Doutor Leekie puxou assunto. O médico de mais idade bebericava sua taça de vinho tinto, havia optado pelo liquido de cor escura. 

—  Acho que você é um vampiro. – Mark falou de súbito. Já havia passado de completamente melancolico para inteiramente bêbado

— Adoro o Mark bêbado. – Adele gritou.  – Campainha!

— Deixa comigo. – Delphine correu p/ atender. – E ei se ele vomitar, um de vocês vai limpar. – condenou antes de abrir a porta. – Hey. – Delphine corteja abrindo um sorriso. 

—  Hey. – ‘’Surpresa’’ ouviram de fundo. – Oh... Delphine.... Não precisava. – Cosima solta uma piscadela para S. 

— Doutora Sadler? – Delphine indaga surpresa. Imaginava que viesse só não junto de Cosima, porque bem... – Vocês vieram juntas? 

—  Sim. Encontrei S no estacionamento. Vinhemos conversando.

—  Conversando? – balbuciou. –  Tipo...

— É. Ela sabe. Não se preocupe.

— Sabe?

— É... Da gente. – Cosima diz como se fosse óbvio. 

— Oh... Okay. – Delphine suspira aliviada. –  S, por favor sinta-se em casa. Tem cerveja no freezer e comida no balcão. – S assentiu. 

— Doutora Niehaus. – Leekie surge, suas tentativas de socializar não estavam dando muito certo. – Como vai? – Contudo ele desvia sua atenção ao ver no mesmo sentido Delphine. – Ah Doutora Cormier. A sua casa é linda de verdade. Queria te parabenizar pela descoberta. Sabe, nunca duvidei da sua capacidade no meio cientifico. Contudo seu método ainda me intriga. Células troncos, han? 

— Yeah... – Delphine diz sem jeito devido a afinidade a qual o homem lhe saldava. – Bem, poderá saber mais adiante quando publicar o artigo que estou escrevendo. Tem um vinho importado... – tenta esquivar-se mudando de assunto.  – Italiano. Acho que você vai gostar. 

— Não, estou bem...

— Ah que isso! Não seja modesto. – Cosima intrometeu-se já incomodada com o interesse súbito do médico em Delphine. – Anda Mark mostra pra ele. – Dito isto ela saiu. – Você convidou todos, ein? Até o Doutor Leekie.  – Cumprimentava as pessoas pelo caminho na medida que a arrastava pra um canto da sala mais reservado. – Esperei o dia todo por isto. – Cosima a puxou para si e a beijou com urgência.

— Está com ciúmes. – Delphine mordeu o lábio inferior ao comprovar suas suspeitas. 

—  Não estou com ciúmes. – rebateu com birra. 

—  Oh, certo. –  Delphine riu e voltou a beijá-la.

—  Espere... – Cosima interrompeu a calorosa recepção com o seu semblante sério e seu olhar penetrante. –  Você  realmente acha que eu to com ciúmes do Leekie? É tão ridículo achar que eu to com ciúmes do Leekie. 

—  Porque?

—  Porque ele tem mil anos de idade. – rosnou baixo. – A única razão de eu sentir ciúmes do Doutor Leekie é que ele sentou no banco da frente da arca de Noé. – Diferente de Cosima, Delphine gargalhou alto. 

—  Ok. – disse cessando o riso. – Mas você sabe que pode me contar qualquer coisa.

—  Você também. – A expressão incrédula da pediatra foi substituida por uma séria. – O que aconteceu na França/ Londres? – Delphine parecia um tanto quanto estranha quando o assunto da viagem surgia, p/ esquivar-se sempre murmurava algo incompreensível e mudava de assunto repentinamente. 

—  É uma história meia embaraçosa.

—  Todo mundo tem uma história embaraçosa. As vezes é bom falar sobre isto.

—  Ok, podemos conversar sobre isto mais tarde? É sua festa.

—  Está bem. – Ela se virou e encostou os lábios em um selinho demorado. Após acabar a música lenta começou a tocar ''Midnight City - M83'' Delphine amara esta canção. 

— Hey, está a fim de ouvir uma música super alta e que não mudou desde a época de 90?

—  Estou sempre afim. – Começaram a andar depressa em direção ao centro da sala quando puderam ouvir a campainha tocar mais uma vez naquela noite. – Eu atendo. 

Cosima disparou e rapidamente abriu a porta. Estática, era como se encarasse seu próprio reflexo. 

— Oi, meu nome é Sarah. Sarah Manning e você deve ser minha irmã. 


Notas Finais


qqqqqqqqq??? kkkkk
Peço desculpas por qualquer erro.
Espero que tenham gostado. Até a próxima.
bjs bjs bjs ♥


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