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História Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 21 ''Colisão de Estrela de Nêutrons''


Escrita por: Witchlynn

Notas do Autor


Heey 0/
gente desculpa a demora!!1 kkkj
Acabei ficando sem tempo estas ultimas semanas.
Sem mais delongas, tenham uma boa leitura ♥

Capítulo 21 - Capítulo 21 ''Colisão de Estrela de Nêutrons''


Fanfic / Fanfiction Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 21 ''Colisão de Estrela de Nêutrons''

Cosima andava pelo hospital rumo as escadas de emergência interna quando -devido a sua incrível distração- esbarrou em alguém. Os corpos se colidiram e os prontuários da ala obstétrica voaram por toda parte. Prontamente, Cosima se abaixou e juntamente da mulher pegou todos os papéis que ali se encontravam.

— Me desculpe... – A médica mais alta diz num tom de clemência. 

— Não, eu que tenho andado por aí com os olhos no chão. – Cosima justifica-se.  Terminou de recolher a ultima folha e a fitou. Cabelos loiros ondulados, grandes olhos azuis e lábios finos. Não a reconhecera. – Doutora... – fez um esforço p/ lembra-se. 

— Norris, Aynsley Norris. Obstetrícia. – especificou seu setor apertando levemente sua mão.  

— Cosima Niehaus. Cirurgia Pediátrica.

— Ah, você é a médica que estava afastada. – Aynsley notou que estava distante. – Está tudo bem?

— Oh, sim... – O celular começou a tocar e sem demora recusou novamente as insistentes chamadas e o guardou de volta no bolso. – Só estou um pouco distraída com um caso recente. Há uma divergência. 

— O caso do shunt. – deduziu, uma vez que sempre mantinha-se atualizada. – Doutora Duncan colocou um shunt para ajudar o coração de um bebê. Soube que assumirá o caso. É uma grande operação. Uma primeira semana de volta ambiciosa, han?

— Sim. Claro... – Aynsley era extremamente persistente e ainda tentara descobrir o que tanto incomodava a médica. O que estava escondendo. – O pai quer adiar a cirurgia até mais tarde da gravidez, mas a mãe acha que ele está forte o suficiente. Eles ainda não tiveram a conversa, dai já viu. Bem, tenho que ir agora.  – Cosima disse apressada. 

— Oh... Ok. Entendo. Vão resolver isto. 

— Vão? – Cosima deixou escapar junto de um longo suspiro. 

— Eles se amam, podem falar qualquer coisa. 

ANTES 

Assim que a porta foi aberta seus olhos igualmente verdes se encontram, e bem, não havia como voltar atrás. 

— Oi, meu nome é Sarah. Sarah Manning e você deve ser minha irmã.

Cosima continuava imóvel, sua mente se recusava a crer no que seus óculos redondos a permitiam enxergar. Nenhum som saia de sua boca, nenhum gesto que demostrasse estar ciente do que estava ocorrendo. E acima de tudo, nenhuma explicação por certo pra haver do lado exterior, uma garota de  botas de combate e trajes escuros com uma fisionomia tão semelhante a sua.

— É... Ela tinha razão. – Sarah sorri tentando esconder sua ansiedade. Era difícil saber quem estava mais assustada ali. – Somos tão iguais e tão diferentes ao mesmo tempo.

— Ela? – Cosima disse enfim franzindo o cenho. 

— Delphine... A propósito. Ela está?

— O quê? 

— Ela mora aqui, não é? – Cosima sentiu seu sorriso murchar  e sua confiança escorrer por suas mãos que suavam frio.  

— Sim... –  respondeu, sua voz baixa. – Eu vou vou... Avisá-la... – Cosima não moveu um músculo sequer, continuou olhando fixo para seu rosto carregado de maquiagem. Sarah tentava ler sua feição. 

— Telepaticamente?

— Não pense em abrir esta lata até eu sair da zona de respingo, ok?  – Delphine resmunga a medida que se aproximava da entrada.  – Cosima, quem é? – perguntou já desconhecendo sua demora. E de repente, ao reencontrar-lá, todo seu sangue pareceu sumir. – Oh Meu Deus Sarah, Oi.  – disse surpresa, tão pálida como um fantasma.  – Como conseguiu meu endereço?

— Eu tenho um amigo ‘’ policial’’ – Sarah faz aspas no ar. – Ele conseguiu.

— Que violação incrível... E que surpresa maravilhosa...  – Balbuciou com a voz falha. 

— Como... Exatamente... – Cosima fala lentamente torcendo a boca, não conseguia entender como raios aquilo se estava a passar.   – Você conhece minha -até então- desconhecida irmã...?

— Gêmea. – Sarah completa. – É um detalhe importante.

— É uma longa história...– Delphine responde, seu nervosismo aumentava a cada segundo. – Eu ia te contar... Quero dizer... Eu vou... – Ela gesticula na medida que Cosima cruza os braços, a  olhando pelo canto do olho. 

— Tenho tempo, bem agora sim.      

— É, eu sei. Presumi isso. – Sarah deduz. Não parecia estar doente, não mais. – Não vai me convidar para entrar? Acho que esta tendo uma festa ai dentro.

— Não. – Delphine rebate subitamente. – Não que você não seja bem vinda, mas é que... Você sabe. – ela menciona as pessoas lá dentro. – Há muitas pessoas... Que não sabe. 

— Sou uma delas... – Cosima faz questão de lembrar-la. – Delphine, o que está acontecendo?

— Acho que percebi. – Sarah exprimi num ar sarcástico enquanto espia o interior. – Droga, ela está ai? – Deduz, que hora errada p/ aparecer. – É ela não é?

— Quem? – Cosima questiona num tom severo, exigente. 

— Não, não fala... – E Delphine até tenta.

— Nossa mãe... Siobhan. – Sarah aumenta o tom de voz.  – Mrs S.

— Novamente, o quê? – Cosima indaga incrédula. Estava se segurando para não entrar em pânico. 

— Ela precisa saber Delphine. Meu Deus ela está vindo pra cá.

— Obvio que está.  – Delphine rebate massageando suas têmporas. Muito tarde p/ considerar um desmaio? – Sarah... Se falarmos o nome de alguém alto, essa pessoa se vira. – S percebe a movimentação na porta e caminha calmamente até lá. – Ok. Ela está vindo. Todo mundo fica de boa ein, fica de boa. Mrs S... Oi. Esta gostando da festa? Precisa de algo...? – S tocou de modo sutil em seu antebraço esquerdo. 

— Estou bem. Cosima, não sabia que tinha uma irmã gêmea.

— Sinceramente, nem eu. –  rebateu sorrindo torto.

— Prazer, Siobhan Sandler. Mas pode me chamar de... 

— Mãe? – Sarah ironiza. S paralisou durante alguns segundos e olhou nos olhos repletos de aflição a sua frente. 

— Ok. Isto está acontecendo. – Delphine conduz S p/ fora e fecha a porta depressa. A luz escassa do corredor seria o cenário p/ a reunião familiar. – Alguém quer uma cerveja? Uma bebida? Um Veneno? Não? Só eu? Ok.

— Isto é impossível. –  Cosima se manifesta, relutante em acreditar. –  S não tem filhos, ela me disse no caminho. Certo S? S?

— O que está dizendo love? – Siobhan pergunta suavemente. 

— Delphine...? – Cosima chama. Exigia um explicação. Estava na hora. – O que está acontecendo? 

— Ok. – Delphine posicionou ao de Sarah e olhou diretamente pra Cosima. – Quer saber o que aconteceu comigo em Londres... Sarah aconteceu. – deu ênfase. 

— Vocês duas... – Cosima arregalou os olhos enquanto S analisava com cautela toda situação. 

— Não... – Exclamaram juntas. – Sarah pode me ajudar aqui? – Delphine lhe deu um cotovelada. Ah, agora ela se calava. 

— Ethan Ducan. Este nome é familiar?

— O quê? – Cosima e S dizem em uníssono por razões diferentes. 

— Eu tive um paciente chamado Ethan Duncan, ele me deu um livro como forma de agradecimento. – Cosima exprimi, na época ainda não tinha escolhido sua especialidade. – Eu te emprestei, você lembra Delphine?

Delphine assentiu e assim contou toda a história. O endereço sobrescrito nas páginas de um livro que mudou o rumo da sua viagem. Que a fez conhecer Sarah, Ethan. As gêmeas separadas no sistema adotivo. S estava abismada. Seu passado - literalmente - bateu na porta e veio a tona de uma forma que nunca idealizou. Tentou raciocinar rapidamente mas estava em choque.

Delphine continuou a observar-la, notando seu olhar perdido em direção a parede de madeira rústica. 

— Diga alguma coisa. 

— Então... Foi assim que me curou? – Delphine assentiu. – Kira, sua...

— Sim... — Sarah levantou a cabeça e ensacou os punhos fechados na jaqueta. 

— Ok... – ela se aproximou de Sarah. Deveria abraçar-la? Descartou a ideia e passou por Mrs S. a qual esteve tão perto e tão longe ao mesmo tempo. – Eu.. Eu tenho que ir agora. 

— Cosima... – Delphine a chamou. Mas cosima fez um gesto p/ afastar-la. 

— Por favor, não... 

Quando Cosima deixou o corredor, Delphine sentiu a necessidade de regressar p/ a festa, afinal devia alguma explicação p/ os convidados. Inventaria algo. 

S não articulava nada pelo silêncio que se instalou até que resolveu quebrar o gelo e quem sabe tentar uma aproximação com  a filha que restou. 

— Ele... Ethan...

— Ele está hospedado no último andar, apartamento 505.  Mas acredito que ele vá ao seu encontro, porque bem, ele sempre esteve tentando unir o que você separou. Além do quê, ninguém merece 45 minutos de escada. 

— Sarah... – Sarah deu as costas e caminhou em direção inversa. 

AGORA

— Sério? – Delphine parou um pouco e recuperou seu fôlego. – No telhado? – escalou a ultima grade de ferro e num impulso situou-se na cobertura do hospital.  – Procurei você por toda parte. – disse exausta, a médica descansou seus cotovelos no amparo e rastejou até curvar seu corpo.

— Precisava de ar fresco. – murmurou.  Cosima passou o dia entre escapes, a evitando, esquivando-se de todas as faces conhecidas. E desde que o tom alaranjado do fim da tarde preencheu o céu ela estava lá, sozinha e pensativa. E há pouco encarando as estrelas. 

— Este é o seu lugar? – Delphine descansou seus quadris diretamente na lage e sentou-se ao seu lado. 

— Quando eu quero ficar sozinha eu vou pro telhado, eu ia pro telhado com meu pai quando era criança, olhávamos as estrelas. – Cosima sorriu, isto lhe trazia boas lembranças. – Veja. – Apontou p/ um rastro de luz que cruzou o céu, uma estrela cadente. – Meu pai as adorava.

— Não são estrelas. São rastros luminosos de meteoroides (objetos que vagam pelo espaço) que entram na atmosfera da Terra e queimam com o atrito. Meu pai me falou isto. – rebateu, articulava sua resposta convicta até se dar conta.   – Digo, seu pai gostava de estrelas han, qual era sua favorita?

— Estrela de nêutrons. Ele sempre me falava delas. São um dos possíveis estágios finais na vida de uma estrela. 

—  Uow, eu gostaria ter conhecido seu pai. Quer dizer...

— Tudo bem, é estranho pra mim também. – Confessou num tom melancólico. Cosima sempre soube a verdade. Quando seus pais adotivos morreram até teve vontade de procurar os biológicos, mas então pensou que estaria desperdiçando muito tempo pra ficar com alguém que não a quis. 

— Você está brava ou triste comigo?

— Confusa, talvez. – ela ponderou, desviou suas órbitas da constelação de Órion e a encarou pela primeira vez no dia. – Aonde estamos?

— No telhado? – Delphine indagou com pouca precisão. 

— Sabe, onde estamos? Aonde o relacionamento vai? – Assume rapidamente uma expressão séria.  

— Sou terrível nisto. – Delphine nunca teve esta conversa com alguém. –  Quer dizer, gosto de ficar com você.

— Você quer isso tanto quanto eu? Porque se você quiser não pode mais fazer isto. Não podemos mais fazer isto. Então eu sinto muito... Eu era nova e me casei....

— Espere... Está terminando comigo de novo, pela mesma garota, no mesmo hospital? – Delphine perguntou incrédula. 

— Por favor me deixe terminar. – pediu, respirou fundo e continuou. – Eu deveria ter te contado que era casada assim que nos beijamos pela primeira vez. Foi um erro, então eu sinto muito por isso. É só uma parte da minha vida que quero esquecer.

— Perdoe-me por pensar isto é que... Você já escolheu ela uma vez.

— Ok. Lembra quando eu mandei narcisos pra porta do seu apartamento e disse que você era auto suficiente? Não diste isso porque queria te conquistar. – ok, queria. – Mas também disse porque eu acredito nisto. E quando -isto-  - Gesticulou. - Aconteceu, você sabe. Não queria que tivesse que escolher entre mim e o seu trabalho. Especialmente você. Então fiz o que fiz. Assim, não podemos mais fazer isto. Mentir. Gosto de ficar com você também. Espero que estejamos avançando.

Cosima estava rebobinando as coisas, levando de volta ao começo. Queria deixar claro. A avalanche de eventos de fato mexeram consigo, mas a razão de estar tão chateada foi por Delphine ter ocultado a verdade. Começou aquilo com mentiras e se quisesse seguir em frente precisaria da comunicação, visto que se não tivesse isso não teria nada.

Este é o lado positivo da dor, às vezes acontece por uma razão.

— Vim para te encontrar porque eu queria te dizer que sinto muito. – Delphine exprimiu no mesmo tom. – Sinto muito não ter te contado da sua irmã, da sua familia. Como disse, eu ia te contar só não sabia como. É que... Não envolvia só a mim.  – Delphine fez menção de se levantar. – Acho que já vou indo. Vou te dar um tempo sozinha. Depois vai ter que passar muito tempo comigo. Vai enjoar. 

— Acho que isto não vai acontecer. – rebateu. – Hey... você não quer ficar e ver algumas  pedras espaciais... ? Restos de cometas ou qualquer que seja lá a definição destruidora de infância.  – ela riu. 

— Achei que nunca fosse perguntar. – Mesmo com a posição ruim em que estavam, Cosima a puxou para mais perto. Delphine se aconchegou melhor entre suas pernas,  sendo aquecida pelos braços de Cosima ao redor de seus ombros, ela afastou seus cabelos e aspirou seu perfume. – Mostre-me. O que mais você via? 

— Você está vendo aquela constelação ali? A de fraco brilho. Chama-se Andrômeda. 

— Hey, olhe pra cima!  –  apontou p/ uma ''estrela cadente''. – Faça um pedido. 

Cosima franziu o cenho, achou que não acreditasse. 

— Ok. –  Ponderou. O que pediria p/ a pedra vinda do espaço que fatalmente se desintegrará? Cosima esticou os lábios de forma extasiada e lhe puxou p/ um beijo lento e mais intenso desta vez, como uma colisão de estrelas de nêutrons.  Ela roçou os lábios em sua orelha e sussurrou: – Desejo que nada mude. 

 Não é assim que a vida funciona. Mas quer saber de uma coisa, as coisas importantes nunca mudam. 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Até a próxima.
bjs bjs bjs ♥ ♥


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