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História Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 25 "Sinais"


Escrita por: Witchlynn

Notas do Autor


AAAAAAAAAA
Orphan Black volta hoje *-*
AAAAAAAAA
Sem mais, tenham uma boa leitura ♥ ♥

Capítulo 25 - Capítulo 25 "Sinais"


08:15min

Quando o sol trouxe luz p/ seu quarto, Delphine acordou sobressaltada e num impulso saltou da cama e caiu no chão. Murmurou a dor encarando o teto amadeirado, a gélida cerâmica tocava suas costas nuas e o espelho ao lado refletia sua aparência mórbida. Esticou seu braço dolorido até a cabeceira, pegou seu celular e olhou as horas. 

Levantou-se com a intenção de fechar as cortinas e voltar a dormir, contudo sua cabeça girou pelo cômodo. E lembranças da noite passada tornaram-se vívidas em sua mente. Devia estar com uma baita de uma ressaca.

- Ai droga! - praguejou. Cambaleou até a cozinha, segurando-se nos moveis pelo caminho.

Abriu a geladeira e despejou o líquido transparente em um copo americano.

- Muito cedo para beber, não acha? – ouviu uma voz vir de trás de um dos compartimentos das paredes.

- Quem está ai? – perguntou. Pegou um candelabro e se pôs em posição de ataque. – Apareça. Estou armada.

- E vai fazer o que? me acertar os dorsos?

- Ah é você Felix. – Delphine suspira aliviada. Sentou-se em uma das cadeiras e largou o objeto em cima da mesa. – Eu poderia. – disse bebericando seu líquido sem cor. 

- Eu estava atrás de você, estava em desvantagem. – explicou. Felix tinha um sacola de pão de forma e um pote de geleias em mãos.

- Ei, isso não é água. – Ela cuspiu a bebida destilada pra fora de sua boca.  

- Te disse, muito cedo para beber.

- Como isso veio parar aqui? Espere... Como eu vir parar aqui? – se questiona massageando sua têmporas, numa tentativa falha de amenizar a dor de cabeça.  – Ah droga! Eu fiz de novo, não fiz? – Felix assentiu e se achegou mais, passando geleia no pão. Delphine o olhou confusa esperando por uma resposta. – Bem, esta é a parte que você me conta o que aconteceu. 

**

23:15min

- Foi minha culpa. – Delphine alegou andando rodeada de médicos - pós dia de trabalho - pelo estacionamento do hospital.

- Não, foi minha culpa. – Scott rebateu, apertou o botão do alarme e destravou as portas.

- Ok. Sua culpa? Certo, vamos deixar assim. – Estava pensando o mesmo só queria que falasse primeiro.

- Foi vencido por dois cirurgiões acontece. – Cosima falava p/ Delphine. Sua mão entrelaçada nos dedos dela. Caminhando de ombros colados.

- A paciente estava estável, observar fazia mais sentindo. Repetiríamos a tc por algumas horas.

- Entrando pelo baço, podemos ver melhor o que tinha ali.

- Mas não havia razão pra cirurgia Scott!

- Então ela está paralisada da cintura pra baixo? – Mark perguntou.

- Não poderiam salvá-la. Acontece. – Cosima argumentou ao perceber que Delphine só faria se estressar. 

- Concordo. – Felix disse. – Verificamos a cada 30min.

- Podemos discutir isto depois... – Adele interrompeu de modo nada sútil. – Ou em um bar? Passei o dia fechando um milhão de aneurismas. – sua sugestão: beber quantidades absurdas de álcool.

- Como vamos nos dividir? Para caber todos precisamos ao menos de uma limusine. –  Scott articula, visto que havia trocado a minivan por um conversível prata. E como se suas palavras tivessem poder, uma limousine branca e comprida parou frente as pilastras do hospital.  

- E eu quero ter meu próprio hospital. – brincou Mark. O motorista saiu da limusine e abriu a porta de trás. 

- Será que o dono é gay ou hétero? Um de nós tem que flertar. – Adele diz de forma sedutora batendo o cotovelo nos ombros de Felix.

- Hm, estou bem atrás de você. – seguiu seu tom, recebendo uma tosse fingida de Scott que se incomodara com seu comentário.

O time de médicos ficam boquiabertos ao ver a figura conhecida deixar o veículo e desfilar pela calçada com sua postura impecável. Trajava um vestido azul que combinara perfeitamente com seus luxuosos brincos  aquamarine, sua meia calça tom de pele destacava seus saltos finos e seus cabelos, sempre presos em algum penteado do século passado. 

- Você é rica? – Adele diz em descrença. Não entendia como uma pessoa daquelas condições dividia aluguel e ainda negociava os meses atrasados. Delphine não responde, apenas solta a mão de Cosima de mediato.

-  Bonsoir – Constance diz cumprimentando a todos. – Delphine, se despeça dos seus amigos, vamos sair. – ordenou em seu tom autoritário.  

- Iremos?

 -Sim, é sexta feira, encontraremos um pretendente pra você. Faz meses que não leva alguém pra Aix-en-Provence. Quem apresentaremos no próximo chá da tarde do Pavillon de Vendome?

- Eu... Não posso ir.  – balbucia. – Estou sobrecarregada. 

- Se o problema é seus amigos, pode leva-los conosco. – ela a tratava como criança. - Pra onde estão indo?

- Bar do Francis.

- Um bar? – Rebateu com desdém. – Pensei em algo mais sofisticado, como um museu... Ou uma exposição de quadros. – A francesa viu o desapontamento se formar na expressão de sua filha e acabou -de maneira milagrosa- concordando. – Está bem.

Quando entraram na limousine e acomodaram-se desconfortáveis nos aconchegantes bancos, Sarah já aguardava.

- Sarah? – Cosima pergunta surpresa. Será que estava de refém?

- Ah esqueci de comentar. Encontrei a outra gêmea no caminho, vagando pelas ruas dessa cidade pacata. Pensei que ela poderia me ajudar a te convencer.

E dai o que dia havia sido de 0% de sorte. Ia ser uma longa noite.

**

O som alto da música que tocara no bar fez Constance se arrepender de ter deixado seus protetores auditivos em casa. As batidas eletrônicas pareciam estourar seus tímpanos. O segurança na entrada passou a entregar máscaras p/ todos que ousassem da porta atravessar. Francis gostava de inovar e nesta sexta rolava o ‘’bar de máscaras’’, o festejo deixava o bar mais elegante e criava todo um ar de mistério.

- Hey Francis. – Delphine cumprimentou o bartender com um amigável high-five. Francis era um homem de meia idade que sempre usava coletes sob as camisas sociais e tinha o hábito de dobra-las nos antebraços p/ assim deixar suas tatuagens de braceletes a amostra. Desde do incidente com a francesa, onde acabou a empregando por algumas horas e se arrependendo amargamente disso, tornaram se amigos. 

- Delphine, hey. – Francis ajeita seu topete sem escova e responde com um vasto sorriso no rosto barbado. Constante entorta os lábios, era amigo até de um bartender? Que tipo de gente estava andando? - O que vão pedir?

- Acho que não vou querer nada hoje. – Determina, até ver Constance analisar cada mascarado acima dos trinta. – Quer saber? Mudei de ideia. Duas doses de tequila e uma margarita. Ah, e uma taça de vinho branco.

Cosima e Constance optaram por se sentaram numa mesa afastada enquanto Delphine sentava-se no banquinho de frente para o balcão e aguardava as bebidas.

Logo, o garçom trouxe as doses. Delphine não perdeu tempo, jogou a cabeça pra trás e virou o copo, lambeu o sal e mordeu o limão. Duas vezes seguidas.

**

- Então Cosima está solteira? – Constance inclina-se no banco alto. 

- Não... – Cosima engoliu em seco. Moldurando no rosto uma máscara veneziana branca.

- Está namorando? – insiste com tamanha curiosidade.

- Então.... Bem, é complicado. – atrapalha-se toda.

- Ele é casado? – Cosima assistia de fundo Delphine virar as doses. Pensou que se ficasse em silêncio ela esqueceria e mudaria de assunto.  – Oh querida, seu silêncio fala mais alto. O que acha daquele ali? – apontou p/ um rapaz.

- Ele tem um cabelo legal. Não dá pra ver muito com essa máscara.

- Aqui está. – Delphine chega com as bebidas, sua máscara possuía plumas pretas e ia até o nariz, diferente da de Constance que cobria toda suas linhas de expressão.

- Acho que tem alguém olhando pra você. – Constance diz maliciosa pegando seu vinho e tomando.

- Impressão sua mãe. – Delphine exprimi sem dar muita importância. – o bar está lotado de gente com o rosto coberto.

- Então estou equivocada? – indagou vitoriosa. O rapaz alto, moreno e com uma máscara de zorro se aproximava da loira. Constrangida, Delphine escorrega na cadeira e só consegue pensar em Cosima. Em como estava se sentindo. – Acho que não. – ela completa puxando um pouco Cosima pra dar um certo espaço pros dois. – Santo Deus, você viu o corpo dele? – cochichou. 

- Não, ele é só uma cabeça flutuante. – murmurou sarcástica.

- Oi, eu sou o Brian. – o homem fala. Cosima revirou os olhos, sugando de uma vez todo o álcool do copo.

- Delphine.

- O que está bebendo?

- É isso ai. Yeah! – sorriu torto.

- O quê?

- Eu não sei... A música está um pouco alta, então eu não pude ouvi-lo.

- Então você apenas riu e disse ‘’É isso ai’’?

- É isso ai.  – Delphine sorri torto e passa a comentar sobre fatos científicos, mandando logo um ''você sabia que a pressão de um champanhe é maior do que a do pneu de um carro''? Sua intenção era entendiar-lo p/ que fosse logo embora. 

Cosima e Constance observavam a cena. 

- Isso foi a pior coisa que vi na minha vida. – Cosima deixou escapar seu comentário.  – Definitivamente – E olha que Howard, o Super-Herói e Dragonball Evolution estavam na sua lista de filme para ser desvistos. 

 - Eu sei... Deveria ir lá e dar uma força.

- Sério? – Cosima pergunta descrente. Só podia estar de brincadeira. 

- Você é amiga dela, não é?  – Cosima suspirou, Delphine tava passando vergonha. 

Elas acercam mais de Delphine.

- São suas irmãs? – Brian indaga galanteador.

- Oh que isso. – Constance fica toda boba. – Amigas. 

- Novamente. É sério isso? – Cosima indaga p/ si. Tentando ao máximo controlar o ciume em sua voz. - Então Brian.... O que faz da vida?

- Sou gerente de uma loja esportiva. Além de cuidar do meu cabelo macio e espesso. – completou, tentara encantar com seu jeitinho de garanhão.  – Anda, toque nele. – Jogou suas madeixas p/ o lado. Cosima segurou os pulsos de Delphine e forçou uma risada. 

- Delphine é muito rica, anda, dá dinheiro pra ele. 

Brian forçou o riso e ajudou a tornar o momento ainda mais constrangedor. Sem saber o que fazer, Delphine pediu licença e foi até o banheiro. Precisava sair dali. 

Após sua deixa Constance catucou Cosima mais uma vez. A pediatria girou os olhos, deparando-se com tamanho teste divino. 

- Então... Vai convidá-la pra sair? –  Pergunta sem um pingo de animação, quase no automático.

- Eu não sei... –  Brian faz umas caretas tentando insinuar algo. – Ela não é meu tipo. – ele sussurra.

- Como é? – Cosima retruca, fechou as mãos em punho e tentou controlar a raiva que sentira. – Mulher bonita não é o seu tipo? Inteligente, gentil e beija bem. – Constance a olhou torto. – Ouvir dizer. Enfim... Não gosta dessas coisas? Delphine é demais e seria um bilhete premiado sair com ela. 

- Tem razão. Devo convidá-la pra sair. – ele diz fazendo menção de ir ao banheiro. – Você está certa. Estou a julgando mal. 

Cosima pôde até ganhar uns pontos com Constance e uma piscadela do rapaz, mas se arrependeu na mesma hora. Não quis dizer isto.

- Mas ela não é o seu tipo. - sussurrou o vendo distanciar. 

**

- Ganhei... – Sarah comemora alto jogando a última flecha no alvo. – Próxima rodada por conta de Scott. – Gargalha bebendo sua última cerveja paga. Scott emburrou a cara diante do descaso.

- Porque fez isso Baby? – Felix pergunta atencioso.

- Estava tentando parecer descolado. – Scott mirou no alvo e atirou, mas não conseguiu acertar nenhuma flecha no meio do alvo. Tentou dez vezes e nada.

-  Querido você põe uma jaqueta de couro e não brinca apostando um jogo no qual nunca jogou antes.

- Ai meu Deus, amo esta música. – Sarah diz puxando Felix. – Felix, vamos dançar. – Os dois haviam ficado bastante próximos desde a última conversa. Descobrindo ao longo dos encontro que eram bem parecidos.

- Felix, preciso de você. – Adele pronuncia. E desde então Adele viu em Sarah uma oponente. As duas não se davam bem e passaram a disputar a amizade de Felix.

- Entra na fila ruiva, vamos dançar.

- Preciso da sua ajuda pra flertar com um cara. Ele me elogiou... – Ela faz um suspense e solta com o ar. – Daí nós tivemos contato visual.

- Contato visual? Uau, espero que tenham usado proteção.  – Sarah rebate irônica.

- Você sabe como é descabelada. – E compartilhavam apelidos muito incomuns.

- Eu não sei e não vou fingir que sei. – Cruzam os braços se enfrentando.

- Ei, ei, ei... – Scott percebe a hesitação de Felix e sente a necessidade de apartar qualquer confronto. – Sou um cirurgião de trauma no único hospital num raio de 130km. Não tenho uma folga há semanas. Tratem de se entenderem e se ajudarem, porque eu – Ele o puxo pela mão para pista de dança. – Vou dançar com meu namorado e curtir a noite. Qual é! Vamos lá garotas, girl power.

Felix sorriu maliciosamente e puxou o homem para mais perto. O enlaçando com seu cachecol e lhe roubando um beijo.  Sarah e Adele bufaram em sincronia e saíram para lados opostos.

- Santo cristo! – Constance diz abismada com tamanha – como denominara- audácia explicita.

- O que foi agora?  -  Cosima pergunta. Já ia na sua terceira margarita. Não entendia o porquê sobrou justamente pra ela, fazer companhia para a Senhora Cormier enquanto os outros dançavam livremente. Estupefata ela aponta seu dedo julgador p/ Felix e Scott. 

- Não sei em que século a senhora vive, mas isto existe e se chama homossexualidade. São duas pessoas do mesmo sexo...

- Não! Isto é abominação. – Condena. – Pior do que fumar a erva do diabo.

- Sabe o que é abominação? Seu cabelo. – ela diz sem paciência e sai já de saco cheio.

Cosima olhou em volta, varreu com os olhos as pessoas mascaradas ao redor e procurou por Delphine. Até que a achou conversando com um cara no fundo no bar, um tanto quanto – amigavelmente-. Ela suspirou profundamente triste. De pé e amparada por uma mesa distante, percebeu que não estava mais ''sozinha''. 

- Você está bem? – A garota pergunta. A máscara violeta realçava suas órbitas incrivelmente azuis. Seu vestido brilhante chamava atenção no escuro. Cosima apenas assentiu com a cabeça. – Não me parece.

- Não precisa fazer isto, pode ir a outro lugar.  – A loira tentava consola-la

- Não quero ir a lugar algum, sou toda sua.

- Olha, se é uma prostituta, eu não tenho muito dinheiro. – Avisou. 

- Cosima, sou eu, doutora Norris. – A médica diz retirando sua máscara.

- Oh Meu Deus Aynsley, me desculpa!  - Totalmente envergonhada, Cosima tratou logo de se redimir. – Você não parece uma... Só estou chateada. Falei sem pensar.

- Tudo bem.   - Ela deu um sorriso para a médica que retribuiu o sorriso envergonhada. – Ei... Você resolveu? – Cosima ficou sem reação. – O caso da divergência, lembra?

- Oh, claro claro. Mais ou menos.

Aynsley observava a boca de Cosima se mexer mas não ouvia muita coisa. Seus ouvidos eram sensíveis, estava morrendo ali.

- Ei, quer ir lá pra fora?

Cosima ponderou mas acabou aceitando o convite. 

**

Ao longo da noite Sarah ficou com Adele e Mark. Este último que não aproveitava muito, pois já era difícil o homem sair para se divertir enquanto sua namorada ficava no hospital e mais ter que aguentar duas amigas se estranhando toda hora. Por isso não dispensou o chamado opcional, era a válvula de escape perfeita.  

- Beba, essa é por minha conta. –  Sarah empurra a bebida. Teoricamente parecia uma oferta de paz. 

- Mark. Ele foi bipado de novo. – Adele suspira desanimada sob o balcão. 

- É eu sei, adivinha quem o bipou? – Sarah notara que Adele tinha planos com segundas intenções. – Tenho uma lipoaspiração marcada e uma correção de cicatriz. –  pesquisou no google os procedimentos de sua especialização. 

- O quê? Porque fez isso?

- Porque não pode ficar atrás dele pra sempre. – No fim, acabou notando que Adele não era uma má pessoa. Não merecia sofrer por um amor não correspondido. Disso ela entendia. – Ouvir falar que quando você não estar se esfregando em um bar men e virando doses alcoólicas é uma cirurgiã incrível e merece mais do que correr atrás de um cara comprometido.

Adele baixou a cabeça e sorriu. 

- Sua vadia má.

Elas se entreolharam-se e gritaram quase em uníssono quando passou a tocar ''Dancing On My Own''. Música favorita. Acorrentadas ao ritmo, deixaram se levar e quando se deram conta, estavam se agarrando desesperadamente rumo ao banheiro.  

**

08:45min

- Meu Deus, não.  – Sua boca abriu em descrença. – Não... Espero que não.

- Oh sim... Dançar leva ao sexo. – Felix rebateu arqueando as sobrancelhas e sorrindo como um palhaço sombrio.  – Por alguma razão desconhecida pela ciência foi o melhor casal da noite.

- Espere... Se Mark foi bipado. Sarah está ai com Adele?

- Não. – Adele se pronuncia, despejou o café num xícara e deitou sua cabeça latejando no vidro da mesa. – Sarah foi embora no meio da noite.

- Scott foi com Cosima e eu vir com você pra casa.  – Felix completa.

- Meu Deus Cosima! O que eu fiz?

- Você não se lembra? Ela saiu conversando com uma médica transferida de outro departamento.  Sua mãe...

- O quê? Não acredito que ela me trairia. Sabe quantos vezes eu tive oportunidade noite passada? Quatro... E dois dele são internos.

- Sério? Lá do hospital?  – Ele diz rapidamente e se livra dos pensamentos na mesma velocidade. Era uma homem comprometido agora. – E enquanto a Cosima, vai ligar pra ela? 

- Oh não.... – Sua mãe. Ela se lembrou de tudo o que aconteceu. Por mais que parecesse impossível ainda faltava uma parte da história. Uma parte que Felix não poderia contar porque ele não estava lá. 

**

02:45min

- Mãe? O que está fazendo sozinha? – Delphine pergunta quando finalmente consegue se livrar do cara. – Cadê o Mark? Cosima... E Adele...

- Não vai acreditar... O rapaz Mike... Recebeu um chamado. A ruiva foi para o banheiro com a outra gêmea. Deus sabe-se lá o que estão fazendo. – falou exageradamente levantando as mãos pro céu. – E Cosima saiu acompanhada de uma loira alta. Delphine, quem são essas pessoas? É com este tipo de gente que está se relacionando?

- Agora não mãe. – Delphine coçou a nuca, buscando por Cosima. 

- Tem razão. Conte-me, conseguiu algo?

- Faz tempo que ela saiu?

- Não sei, diga-me você. – Havia passado tempo demais no canto do bar. 

- Droga! – Ela pragueja e sai correndo apreensiva lá pra fora. 

**

"Comi 9 porções de frita vou me sentir balofo a semana toda". "Como se você tivesse com o que se preocupar".

Delphine ouve as duas médicas sentadas na calçada conversarem animadamente. 

- Acho que é seu táxi.  – Cosima anuncia se livrando dos plásticos. Elas se abraçam e Aynsley entra no veiculo amarelo.

- Quer dividir? – o rapaz propõe. Aynsley consente e Brian entra no táxi.  Ah tenha santa paciência. Cosima revira os olhos pela milésima vez naquela noite.  - Eu vou te ligar. – grita da janela. – Ainda está em minha mente. – começa a dizer os números com o carro em movimento. 

Cosima franze a testa, achando muito familiar, ela se vira e vê Delphine acenando forçadamente. 

- Deu seu número verdadeiro? – perguntou com tamanha incredulidade caminhando em sua direção – Ta tentando me deixar com ciúme esfregando esse babaca na minha cara? – Ela baixou as sobrancelhas e estreitou os lábios. Seus olhos por baixo da máscara brilhavam de raiva. – Porque ok, eu compreendi que precisa de um disfarce mas não abuse.

- Eu não sei mentir. – Delphine respondeu sincera. Porque bem, era verdade, provavelmente mudaria o número. Portanto não foi fácil p/ ela aturar os abutres circulando a sua volta. – E enquanto a isto que acabo de presenciar. Quem é ela? Vocês me pareceram bem íntimas.  – Delphine cruza os braços desconfiada. – Explique-se.

- Aynsley Norris, uma amiga. Foi transferida de outro departamento de Finn dorset.

- Qual? Departamento das cretinas? – Aparentemente também não sabia argumentar. – Ela estava claramente flertando com você quando todo mundo sabe que estamos juntas. Ao menos meu caso foi de forma natural.

- Todo mundo? – Provocou. Sua voz alta e estranha. – Oh claro, você mordendo o lábio inferior timidamente, olhando pra longe e estufando o peito é natural? Passou a noite toda fazendo isto.

- Por causa da minha mãe.  – replicou o óbvio. Ela respirou fundo e procurou manter a calma. Nunca quis fazer aquelas coisas com ela. – Cosima.... Sinto muito por isso. Só quero que entenda que tudo isto é temporário.  Ela partirá em alguns dias, você não precisa gostar dela... 

- Não é que eu não goste de sua mãe. – interrompeu. – Só não gosto de fingir.  – enfatizou a última palavra pronunciando diante da sua face.

- Fingir?

As duas alteravam-se uma com a outra, Cosima gesticulava gestos trêmulos dando passos para trás.

- É.... Não gosto de fingir que entendo de caras o suficiente pra te apresentar. Não gosto da ideia de te apresentar caras. Não gosto de fingir que gosto de ouvir as coisas que ela fala de você. Porque eu sei que você não é assim, você não é mais aquela garota de oito anos atrás. Você é divertida, doce, inteligente e se importa com as pessoas. E ela deveria saber disto. Delphine, não gosto de fingir que não gosto de você. 

- Você não entende. – Balançava sua cabeça de um lado p/ outro.

- Não, você que não entende. Não quero ser um caso, quero ser convidada pra o almoço de domingo. – Essas coisas de amores escondidos, só é lindo na teoria. – Quero aniversários, piqueniques de verão, feriados...  - Seu coração estava tão acelerado e sua respiração ofegante, tentava ao máximo retomar o ar sob o grande céu negro.

Estava dando tudo de si, mas os sinais estavam claro. Não era a garota que levaria para casa. 

- Cosima...

- Do que tem tanto medo? De ela te deserdar?

- Você não a conhece.... Não como eu, não será... – Seus olhos estavam marejados e o medo daquela possibilidade lhe dominava –Me desculpa Cosima... Eu não posso. 

Cosima virou-se bruscamente para ir embora, engolindo em seco p/ juntar as forças. 

- Delphine... A pior violência, a mais imperdoável de todas, é aquela que praticamos contra nós mesmos, quando temos medo de ser quem realmente somos. Quando souber disto e decidir sabe onde me encontrar. 

08:45min

- Eu... Eu não sei Fee. Não acho que ela queira me ver. 


Notas Finais


Aaaaaaaaaaaaaaa
Estou aqui p/ venerar Nomi Marks com esta sua última frase *q*
Ai Deus, Muito triste com o cancelamento da série. ç.ç Sdds Sense8
E Socorr que hora é essa, fui escrevendo e agr vejo que o caps ficou um pouco grande rsrs
Bem, de praxe, peço desculpas se deixei qualquer erro.
Espero que tenham gostado. Até a próxima s2


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