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História Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 27 ''Canções de Ninar''


Escrita por: Witchlynn

Notas do Autor


Hey 0/
Tenham uma boa leitura ♥ ♥

Capítulo 27 - Capítulo 27 ''Canções de Ninar''


Fanfic / Fanfiction Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 27 ''Canções de Ninar''

- Rudolf me quer. – Evie diz dando pulos de alegria. Delphine estaciona seus passos e franze a testa. 

- Meus Parabéns? – indagou confusa. – Achei que estivesse com Vic. Mas quem sou p/ julgar? 

- O hospital Rudolf Virchow. – enfatizou revirando os olhos. 

- Ei, não perguntei de propósito, respeite minha total falta de interesse em sua vida!

- Credo, que bicho te mordeu Cormier? – Evie arregalou os olhos, chocada com toda aquela grosseria momentânea. Delphine não costumava ser rude. 

- Me desculpe... Tenho algo p/ fazer e estou nervosa. Então... Está deixando Finn Dorset?

- Depende do que ocorrer ali. – ela indica a sala. Quando Delphine olhou para o corredor percebeu que haviam médicos espiando o -aquário - denominação dada a sala de vidro de Art. – Gosto de ter opções.

- Xiu. – Felix resmunga baixo. – Desse jeito não vamos escutar nada.

- Como pôde está ouvindo se o vidro é a prova de som?

- Estou fazendo leitura labial e você está me desconcentrando Evie. – Evie deu-lhe uma rabissaca e saiu cortando caminho. 

- Quem é aquele? – Delphine cochicha e aponta para o homem com visual de lenhador. Cabelos marrons aos ombros, rosto barbado e porte atlético. Nunca o vira rodando o hospital. 

- Cal Morrison.

- Quem?

- Cal é um antigo médico do hospital, estava no Iraque servindo a pátria. Ele voltou e quer trazer um programa de crianças doente da África. Mas o hospital está sem verba. Por isso Art está preocupado rodando que nem uma barata tonta.

- Como o hospital pode estar sem verbas?

- O hospital é composto de doentes terminais, estamos quase no final do ano e a maioria se foram.

- Acha que vai ter cortes nos departamentos?

- Eu acho, os rumores estão por todo canto. Art não quer alarmar, mas eu sei...  Aonde está a sujeira Art?

Felix falava desconfiado, bancando o agente especial de FBI. Sequer percebeu que Delphine estava vestida pra matar. 

- Ok James Bond. Me deixe saber. – murmurou antes de ir.

**

Sarah entrou no elevador e apertou o botão térreo. Quando o elevador desceu mais um andar, a porta se abriu e tornou a descer. Estava tão distraída, folheando a pasta de exames que nem notara que dividia o pequeno espaço com ela.

- Você está bem, love? – a mulher pergunta. De repente, a luz começa a piscar e só então nota S ao seu lado. E assim como o elevador seu coração parou por um segundo. 

- Merda! O que está acontecendo? – perguntou preocupada.

Sarah veio ao hospital pegar os exames de Kira e acabou descobrindo que algo passara despercebido.

- Queda de energia. – Geralmente, S era como um pote de picles, muito fechada e não se abria fácil. Mas naquele momento sua expressão estava tensa e  mãos suavam frias dentro do jaleco.

- Eu tenho medo de elevadores também. – Sarah confessou ao constatar seu estado. 

- Soube de Kira Maninng. Ela é sua filha, não é?

- Como ficou sabendo? Não tem um lance de sigilo com a família? 

- Fui a médica solicitada p/ operá-la. Sei que está com medo. Mas não devia, sou a melhor na área. Não faria nada para deixá-la pior. – disse otimista. 

- Foi por isso que não me quis? – perguntou abruptamente. Sarah era um tanto quanto impulsiva e a situação não ajudava. –  Se ficasse conosco não poderia ter a medicina? Não poderia ser a melhor na sua área? 

Sarah bufou.  Ótima hora para ficar presa no elevador. 

- Eu sei que nada justifica o que eu fiz e não há um dia que eu não me arrependa disto. De desistir de vocês. Mas Sarah, há uma razão para não deixarmos médicos tratarem membros de sua própria família. As vezes a necessidade de ajudar alguém que você ama, pode deturpar seu julgamento. Kira tem um defeito congênito cardíaco raro e se eu fosse – reconhecidamente – sua vó, não poderia ajudá-la.

Sarah não sabia  se era o pânico de estar presa no elevador que lhe consumia, mas ela permitiu que pela primeira vez tivessem um contato físico. S beijou o topo de sua cabeça, a abraçando forte, por um momento Sarah se sentiu protegida. O universo tem um jeito estranho de fazer as coisas.

- Vai ficar tudo bem love. 

**

Já passara das onze da noite quando Delphine decidira voltar ao hospital. Buscando pela médica de dreads, cruzou os compartimentos e notou luzes piscando no final do vasto corredor. Ela ouviu teclas de pianos serem tocadas, como canções de ninar presas em um daqueles brinquedos infantis que gira em torno do berço.  Apenas seguiu o som, andando sorrateiramente até lá.

Cosima encontrava-se no berçário do hospital examinando bebês nas incubadoras. A médica pousou o estetoscópio delicadamente no lado esquerdo e ouviu os batimentos cardíacos dos recém-nascido. Sorria rabiscando algo na sua prancheta e acompanhando os monitores falara com eles como de alguma forma pudessem entendê-la.

“Hm, quem vai pra casa amanhã? ” “Adivinhe” dizia, podia sentir os pequenos dedos em volta do seu polegar, os segurando firme. “ Quem...” 

- Quem escondeu um sentimento por uma garota incrível por um medo ridículo de não ser aceita? – Completou. Cosima olha pra trás e depara-se com Delphine com a palma da mão levantada, a fitando com o típico olhar de cachorrinho. – Mas quer saber? Não precisa fazer nada, se mente isto acaba te pegando. A propósito, eu contei pra minha mãe. Sinto muito por isso.

Cosima guardou a caneta no bolso e largou a prancheta cima do aparelho. 

- Você está bem?                                                    

- Vou arder em um lago de enxofre incandescente por toda eternidade e provavelmente não terei uma mãe manipuladora pelo próximos sei lá quanto tempo, mas me sinto tão leve... Como... Um saco plástico flutuando pelo vento. – respondeu fitando o horizonte.

Cosima riu e se aproximou da médica, beijando sua bochecha enquanto seus braços rodeavam sua cintura. 

- Olha pra você. Toda gay e risonha. – afirmou, emocionada. Delphine lhe deu um beijo quente e um tanto quanto profundo. Acariciando sua pele e sentindo-a se arrepiar aos poucos. 

Marian, a enfermeira que presenciara tudo, fingiu uma tosse. Parecia um pouco desconfortável e brava com aquela cena. 

- Uow, olha essa língua pessoas. Temos bebês logo ali. – reclamou se afundando em sua cadeira e voltando sua atenção aos papeis.

- Me desculpe senhorita Bowles. – Delphine pediu mordendo o lábio inferior e relutantemente os afastando.- Espere um minuto... Meu Deus, Nossa. Eu sei o que é isto. – disse andando pelo setor. – Não pode ser. É uma mangueira de cerveja para bebês? 

- Querida, é uma bomba de peito.               

- Oh, claro... Porque tantas cestas?

- Na verdade... São bassinets, pequenos berços p/ levarem os bebês de alta. – explicou indicando os berços aquecidos e antes que perguntasse. – E isto são porta fraldas.

- Eu sei, não sou estupida. – ela se fez de ofendida. – Você pega fraldas limpas nele e põe nos bebes.

- Não, é onde você põe as sujas.

- Sério? – Delphine franziu o nariz e levantou o lábio superior. – Urg....Não podiam apenas levar lá pra fora e jogar no lixo? Não tem pessoas responsáveis por isso?

- Vão subir no quarto andar 10 vezes por dia?  – brincou abafando o riso. Aonde estava a humanidade? – Olhe só pra eles. Não são fofos?

- Yeah. Tirando a parte que fazem 10 vezes por dia. Sério, o que estão dando pra eles? Leite não pasteurizado?

- É o que os bebes fazem. - Cosima descansou o maxilar nos ombros da francesa e a abraçou por trás sorrindo. – Onw, eu quero um. – Disse no seu ouvido. Delphine arrepiou-se toda, gostando da respiração quente batendo em seu pescoço.       

- Oh, ótimo. Vigie a porta e diga-me qual é, tentarei esconder-lo em meu sobretudo. – brincou; 

- Não, Delphine, eu quero um. – exprimiu séria. –Deveríamos adotar. 

Delphine engoliu em seco e congelou em seus braços. 

- O-quê?

- Não, agora... – dar ênfase. Num tom exagerado. – Assim, no futuro... Daqui a dois meses podemos começar a preencher a papelada.

- Dois meses? De novo, o quê?

- É... Não quero perder tempo. Sinto que estou preparada. – falava com naturalidade. Até se dar conta o quão tenso os músculos da loira estavam – Meu Deus, você está surtando.

- Yeah. Junte-se a mim! – exclamou. Por esta não esperava.  

Cosima a puxou pelo braço e a conduziu até o corredor. A luz escassa insinuavam as consequências da queda de energia. O cenário era perfeito pra filme de terror, daqueles que aparecem um andarilho com um gancho na mão. 

- Como pode estar surtando? Certo que te peguei de surpresa. Mas Delphine você tem quase trinta. Seu relógio de tempo não ta apitando?

- Não, ativei o botão soneca.  Porque quer um bebê? - Delphine a examinava espantada. 

- Quero uma família.  É o que eu sempre quis. Há alguns meses atrás tudo que eu tinha era momentos, e não achei que tivesse chance. Mas agora, posso ter um futuro.

- Você tem uma família... – Assim, não era perfeita mas uma hora achou que se reconciliariam.  – E você é uma pediatria, vê casos de bebês doentes o tempo todo, quer isto? – perguntou descrente de suas próprias palavras. 

- Um risco que estou disposta a correr. Delphine... Estou pronta. Sei que está assustada, mas preciso...

- Ok, podemos discutir isto depois? Vamos pra casa. - Interrompeu. Não era só aquela conversa que estava dando calafrios. Estava frio e escuro. E podia jurar que estavam prestes a entrar numa história de terror medonha. E bem, estavam.

Cosima não se moveu, ela apenas diz baixo com a voz embargada;

- Preciso estar com alguém que queira o que eu quero. 

- Tenho quase trinta e nunca quis. - Delphine exprimi com precisão. 

- Então você não pensa em mudar de ideia?

Cosima fica frente a frente com a francesa assustada. Seus narizes encostados, suas respirações se fundindo. 

- Você pensa? 

Delphine a fitava com os olhos arrendondados angustiados. As luzes estavam turvas. Era como se o tempo parasse e tudo ficasse silencioso. 

- Não...

- Eu também não.

-  Okay.

- Okay.

 


Notas Finais


Okay..E agora josé??11 jjjjjkkk
Agr não me matem. ç.ç
Bem, aquela torta de climão pros caps finais. =3
Eu espero que tenham gostado e até proxima (que n vai demorar)
bjs bjs ♥


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