1. Spirit Fanfics >
  2. Cophine - E se eu ficar? >
  3. Capítulo 29 ''Amor e Alguns Versos''

História Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 29 ''Amor e Alguns Versos''


Escrita por: Witchlynn

Notas do Autor


Hey 0/
Tenham uma boa leitura ♥ ♥

Capítulo 29 - Capítulo 29 ''Amor e Alguns Versos''


Fanfic / Fanfiction Cophine - E se eu ficar? - Capítulo 29 ''Amor e Alguns Versos''

Você não reconhece o dia mais importante da sua vida.

“Srta.Cormier?” despertou-a.

Não até que você esteja bem no meio dele.

“Srta.Cormier, chegamos!”  a informou. “Finn Dorset Hospital.”

O dia em que você se compromete com algo ou alguém…

“Doutora Comier, você precisa ir, segundo seu assistente, seu voo sai as 17:00h.”

“Não me deixe”

“E se eu ficar?”

O dia em que você conhece sua alma gêmea…

“Delphine” 

“Cosima”

“Enchanté”

O dia que você descobre o despertar das borboletas...

"Você está sempre em minha mente... O tempo todo."

O dia em que partem seu coração…

"Então é isso... Estamos terminando?"  “Decidiu que a ama? Do tipo passarão muitas coisas juntas ou do tipo verdadeiro?”

“Delphine... Estamos terminando”.

O dia em que você percebe que não há tempo suficiente porque você quer viver para sempre…

"Mas eu também quero passar o resto dos meus dias com você."

"Então vamos nos casar antes de você partir. Porque eu acredito que podemos ser extraordinários juntos, melhor do que ser comuns separadas."

Esses são os dias mais importantes…

 Os dias perfeitos.

Três dias depois - O dia do casamento...

Cosima tinha muito o que agilizar antes do breve adeus. Coisas como; sua agenda cirúrgica, suas bagagens e o mais importante, a união matrimonial de última hora. 

Além do desejo de casar-se com sua namorada antes de sua partida, Delphine tinha uma conferência p/ providenciar e um longo discurso para escrever.  

Um casamento era algo que exigia planejamento e organização, p/ isso necessitavam de tempo e elas não tinham tempo.  

Assim, logo após uma reunião domiciliar ambas optaram por aceitar a ajuda dos médicos que as cercava, distribuindo uma missão para cada um. 

Felix e Donnie encarregaram-se da benção religiosa.

Ou quase perfeitos...

— Calafrios, mais alguém sentiu? – Donnie pergunta ao avistarem a placa de ferro escrito “Cemitério de Sam’s Town”. Acanhado, o homem deu um passo pra trás, obrigando Felix a empurrá-lo e arrastar seu corpo entre as covas. – Há religiosos no hospital, talvez um deles possa casar elas. – resmungou entre dentes, odiava cemitérios. 

A cidade não tinha muitos padres, celebrantes ou juízes de casamento. Pra ser mais exata, naquela época do ano só contavam com um e que por uma infeliz coincidência estava realizando um enterro.

— Não seja tão medroso Donnie! – Felix rebateu admirando tudo ao redor. Achava os sofisticados túmulos verdadeiras maravilhas da arquitetura.

Os três homens pararam numa cova recém-aberta com um enorme caixão de madeira ao lado. Mark colocou uma coroa de flores por cima e logo após retirou um pequeno tubo de álcool gel, um paninho de seu bolso e esterilizou suas mãos discretamente.

— Precisamos convencê-lo. Não conseguir o fotografo. – cochichou.

Esperaram até que o caixão descesse sete palmos e as pessoas desconhecidas que choravam silenciosas, se espalhassem pelos belíssimos jardins que reuniam os mortos, até que enfim desaparecessem por completo.

— Deixa comigo. – Donnie se aproximou e se inclinou diante do padre, manifestando dessa forma, um gesto de respeito. – Padre Foster. O senhor realiza casamentos? – então explicou-lhe toda situação.

— Você não compreende, vai contra os meus princípios de sacerdote. – esclareceu o homem de batina, abismado.

— Claro que compreendo.  Afinal, sou padre também. – Mark e Felix entreolharam-se. 

— Porque não realiza a cerimonia então? – perguntou duvidoso.

— Donnie, fecha essa matraca e vamos embora!  – Felix o repreende. 

— Porque... Deixarei a cidade no final da tarde. Qual é? – apelou, não desistiria tão fácil. 

— Qual é?

— Digo, esta é uma história incrível, não quer estar nesta história?

— Dê-me uma boa razão.

— Estão apaixonadas.

— Da última vez ouvir que eram dois homens que iam defender o país no Afeganistão, mas tente seu fundamento, quem sabe. Sinto muito rapazes. Se eu não tiver meus princípios, não tenho nada.

Disto isto ele se virou. 

— Eu precisava tentar.

— Não o julgo Donnie. Dei alta a Grace uma semana antes p/ ela fotografar o casamento de Cormier. 

— Sério?

— É, ela fez um curso de fotografia na Flórida. No carro te mostro alguns álbuns de amostra.

— Donnie não irrite o universo! - Diferente de Mark, Felix desaprovava sua atitude. 

— E o que eu deveria fazer? – Donnie indagou e antes que pudesse chegar nos portões de saída, acabou caindo numa cova em falso, um buraco profundo coberto por folhas que mais parecia uma armadilha criada pelos Deuses. Melhor, que reforçava a teoria de Felix. 

— Talvez não fingir ser padre. – Felix gritou de cima. – Ok, não se mexa, vamos chamar o coveiro, te tirar dai e te levar o hospital. 

*****

— Com licença. – Adele pede passagem entre as cadeiras do teatro, quase derrubando em cima das pessoas seu copo repleto de Johnnie Walker disfarçando de Starbucks – Será que você poderia trocar de lugar comigo? É que meu filho é tímido, Eric costuma ficar escanteado no palco. – mentiu, seu sorriso amarelo não convenceu muito, mas a mulher acabou aceitando p/ impedir o tumulto que se formava. – Obrigada. – Sentou-se em um dos assentos do auditório próximo a britânica. – Sarah. 

Sarah sentiu seus cotovelos serem cutucados e decidiu descobrir quem tanto a incomodara.

— O que diabos está fazendo aqui? – indagou nada receptiva. – Como me achou? – revezava o olhar entre a médica e sua filha que a qualquer momento poderia entrar no palco.

— Felix me mandou sua localização. – respondeu. – Temos problemas. Com os vestidos. É a nossa parte do plano. – deu ênfase, Sarah não parecia recordar-se desse detalhe.

— Não, não estamos juntas nessa. Eu pego o vestido da Cosima e você o da Delphine. O combinado era esse. Nada de missão madrinha de casamento. 

— A loja é a mesma. Anda, verifique sua caixa de e-mail.

— Merda. – ela sussurra ao ler que a reserva foi perdida. Não terá os vestidos.

— Temos que arrumar novos até as duas. Vamos. – disse a puxando pelo braço.

— Não posso ir agora. Hoje é o recital da Kira. – retrucou e pôs sua bunda magra de volta na poltrona – Quando terminar iremos.

— Oh Ok... – Adele concordou, precisaria de ajuda e opiniões intuitivas. E imaginou também, que seria divertido experimentar os vestidos com ela. Porque Sarah aparentava não usar nenhum e já que possuíam o mesmo corpo, teria que prova-los para achar um servisse perfeitamente em Cosima. – Qual delas é a Kira? – Sarah indicou a garota no centro. – O que fará vestida de elfa?

— Ela vai recitar uma composição literária. E está vestida de fada.

******

Delphine colocava apressada seu uniforme azul no vestiários dos atendentes. A médica desligou o viva voz e agachou-se, amarrando o cadarço enquanto mantinha o celular imprensado no ouvido.

— E a tia Adeline? Oh... Tudo bem...  Vocês não tem muita experiência com isso. Eu entendo.... Mesmo o tio Jean sendo solteiro por 40 anos sem motivos aparentes. – ironizou fazendo aspas no ar – O quê? Não acredito que usou uma palavra como essa, nossa senhora vó! – sussurrou e indignada desligou o celular. – Arg!

— Hey – Cosima surge por trás dos armários metálicos.

— Hey... Espere... Não podemos nos ver, é o dia do nosso casamento dá muito casar.

Cosima sorriu com seu espanto, deslizou seu ombro ao da francesa e juntou-se a ela no banco centralizado.  

— Meu amor. Sabe que nos vimos várias vezes hoje, não é? – Indagou divertida. Delphine apenas suspirou fundo. – Qual o problema? Desistiu de envolver Deus e o governo no nosso amor? – Cosima inclinou a cabeça p/ analisar sua feição cabisbaixa.

— Não é isso. Só que... Ninguém virá. Maior parte não quer embarcar num voo de longas horas. E minha mãe, mesmo estando aqui e podendo cancelar o voo, optou por não fazê-lo. Nunca me perdoaram por ter ido embora, mesmo sendo os responsáveis por infernizarem minha vida monótona.

— Então você é tipo a ovelha negra da família francesa?

— Eu sou o que não dá a mínima para as estupidas tradições e não perpetua o estereótipo tradicional. Definitivamente, devo ser o membro da família que ninguém gosta. Eu só... Queria que eles sentissem orgulho de mim, isto é idiotice?

Cosima tocou levemente o queixo da médica, erguendo seu rosto desanimado para cima, até que seus olhos se encontrassem.

— Sim... Uma completa idiotice. A única coisa que pode fazer é viver sua vida.

Delphine sentiu seu rosto arder com o toque, ela sorriu de canto e de repente ao fitá-la serena, teve a plena consciência que sua família podia até estar chateada com sua opção mas quando tivesse a oportunidade de vê-las e constarem seu amor, nada disto iria importar.

— Você está certa. Temos outras coisas pra nos preocupar? Ligou para gráfica?

— Liguei... A gráfica não vai poder entregar os convites antes do meio dia, temos que ir lá buscar e distribuir por conta própria. Adoraria ir, mas preciso checar um paciente.

— Fui bipada. Ben Gibbard vai voltar p/ cirurgia. – Delphine hesitou procurando por uma rápida solução. – A não ser que... Certo, direi para o preparem, vou ao centro da cidade, pegos os convites, arrumo um carteiro e depois...

— Delphine, Não há nada de que eu quero mais do que me casar com você mas podemos fazer isto outro dia – obviamente Delphine merecia algo melhor.

— Pode não haver outro intervalo de tempo. Todo dia tem uma crise... Então temos que fazer um compromisso... – Precisavam de algo p/ continuar.

— Ok, me dê um pedaço de papel. – Delphine vasculhou nos bolsos de seu jaleco e lhe entregou um post it. Cosima pegou uma caneca e começou a rabiscar algo no papel – Temos nossos nomes, o local, a hora, falta os convidados. Quem iremos convidar?

— Hm... – murmurou pensativa. – Susan?

— Ok, Susan, qual é o armário dela? 8. Pronto. – pregou um dos blocos amarelos. – Quem é o nosso próximo convidado? Aynsley Norris? – Delphine cruzou os braços e entornou os lábios. – Qual é? Ela é minha amiga.

— Está bem. – Delphine começou a escrever Constance mas logo apagou e contornou os traçou, substituindo por uma enfermeira do quinto andar. – Art. Leekie... Evie?

— Evie? – questionou com certa estranheza. – Eu não sei qual é o armário dela, você sabe?

— Nunca vi. – Cormier concordou com a mentira e descartou a ideia. E assim seguiram. – Pronto, está feito. Convites entregues. – Delphine sorriu vitoriosa. Cosima a abraçou e beijou sua bochecha demoradamente.

— Hoje à noite vamos criar uma lembrança memorável, e quando formos velhas, mesmo propensas a doenças crônicas, lembraremos desta noite.

*****

— O que aconteceu? – Scott pergunta espantado, afastando as cortinas e deparando-se com Donnie de barriga pra cima e choramingando como um bebê na maca.

— Donnie irritou o universo. – Felix resumiu irritado. – Conseguiu as flores? 

— Fratura no osso da perna esquerda. Vamos ter que engessar. – o médico deduziu – Consegui ramalhetes de gérberas, cesta com lírios e arranjos violetas e narcisos. Só tenho mais três pacientes, logo irei ajudar o Ethan com a decoração.

— Não contratou um profissional? – Felix pergunta exaltado. Estava difícil não surtar.

— Ele disse que já trabalhou com decorações.

— Ele transportava maletas de metanfetamina Scott. Decorava drogas, maquiava p/ não aparecem no detector.

— Ethan está se saindo muito bem. – S intromete-se ao circular pela ala de emergência. – Dei uma espiada na capela. Está lindo.

— Parece que só nos não cumprimos com nossa parte. – Felix fala derrotado. Vendo Adele e Sarah aos risos chegando com grandes sacolas que provavelmente escondiam os vestidos.

— Qual era sua parte, love?

— Achar alguém p/ realizar a cerimônia.

— Eu faço. – Felix o olha confuso. – Tenho licença online p/ ser ministra ou juíza de paz. Posso oficializar o casamento. 

**

— Você está linda querida. – Ethan diz p/ Cosima logo após a maquiadora dar os últimos retoques.

— Obrigada! – sorri genuinamente. – Fez o que eu pedi? – O homem assente e lhe entrega o passaporte.

— Você parece muito com sua mãe... Digo, Siobhan. – ele reformula. – Tão focada.

— Está pronta? – Siobhan invade a área improvisada e restrita.

— Estou. – Cosima respira fundo e se levanta do sofá. – S percebe que Cosima estava diferente, não tinha aquela pose confiante de sempre e seus olhos alarmados transpareciam hesitação.

— Ethan, pode nos dar um minuto?

— Claro, te espero lá fora. – O homem diz gentil.

— Tem algo errado? Não me parece muito feliz.

— Eu estou... É uma grande oportunidade. É meu trabalho. Só perdi meus votos...

— Tenho certeza que se saíra bem. Cosima... Você não quer trabalhar você escolheu trabalhar. Porque não escolhe ser feliz desta vez? – S a abraça e em seguida afaga seus cabelos levemente p/ não desmanchar seu penteado. –  Te vejo no altar. 

**

— Não sou uma garota feminina, mas quero que me deixe parecendo uma princesa. – Delphine murmurava a medida que Felix pintava seus lábios.  

— Se parar de se mover e dar pitaco. Quem sabe eu te deixe no mínimo apresentável. – Felix resmungou, deu um último toque e olhou orgulhoso p/ sua obra de arte. – Quem estou querendo enganar? Se não fosse gay, eu mesmo me casaria com você.

—- Cadê? Deixe-me ver. – Mark virou a tela do notebook e permitiu que Phil comtemplasse a beleza de sua filha via Skype. – Uau! Você está formidável, Delphine, estou tão feliz por você.

— Não está surpreso ou decepcionado? – indaga com receio.

— De forma alguma. Sempre quis que você se apaixonasse. E essa Cosima parece alguém que valha a pena. Diga-me querida, ela te ama só um pouquinho a mais do que você a ama?

— O correto não seria amar igualmente? – Ela arqueou uma sobrancelha.

— Não, ela precisa pensar que tem sorte em ter você.

Delphine sorriu doce e deslizou os dedos pela tela.

— Queria que estivesse aqui.

— Eu também querida, eu também.

— Está pronta? – Adele pergunta.

— Já vou. Felix... Meu pai não estar aqui, quer dizer, literalmente. E Donnie quebrou a perna, gostaria de me levar até o altar?

— Seria uma honra. – Felix responde com afeição.

— Ok... – Delphine diz exercitando seus músculos. – Vamos fazer isto. 

*****

A pequena capela do hospital fora ornamentada com muita simplicidade por Ethan, mas cada detalhe tornava-se enfeitiçante aos olhos dos convidados. Havia flores por todas as laterais dos largos bancos de madeira, estes que acomodavam uma fileira de médicos presentes. 

Aynsley, Susan, Angela, Cal, Art, Paul, até mesmo Vic, Evie e Ferdinand que resolverem ir de penetra mesmo. 

Grace registrava tudo com sua máquina fotográfica improvisada e preparava-se p/ gravar a entrada a qualquer momento. 

A música ficou encarregada de Donnie, que desta vez não trouxe uma jukebox falha mas sim contratou um time de músicos de rua. Na plateia o homem acomodou o notebook próximo e acenou com seu pé engessado p/ o pequeno grupo. O vocalista hasteou seu instrumento e deu um sinal para tocarem uma linda melodia. "Dear True Love" o cover dos Sleeping At Last pairou suave na atmosfera e preencheu o ambiente. 

De braços dados com Adele, Mark e seu impecável terno italiano foram os primeiros a entrar. A madrinha de Delphine trajava um vestido longo e sem mangas de cor azul anil. 

Em seguida veio Sarah, a escolhida por Cosima, com um vestido de mesma cor junto de Scott, o nerd engomadinho.

"Te disse que ficaria bem em você" Adele cochicha p/ Sarah assim que se a britânica não habituada a usar esses trajes se posiciona ao seu lado.

Kira, a dama de honra -vestida especialmente de fada- caminha jogando pétalas de rosa ao longo do carpete. 

Apreensiva, S aguardava no altar, aderiu ao blazer fino acinturado e a saia debaixo do joelho. Seus cabelos vermelhos acastanhados estavam presos num coque formal. 

Ethan, este que fez a barba e comprou um terno de estética militar especialmente para ocasião conduz Cosima. A reserva dos vestidos foi perdida e Sarah pode até não ter encontrado um especifico p/ noivas mas sua intuição não falhava. 

O vestido branco com rendas vermelhas, mangas curtas e decote velado que escolheu, parecia ter sido feito singularmente para se adequar ao corpo de sua irmã. Os saltos de mesma tonalidade a deixavam um pouco maior e combinavam perfeitamente com o buquê em suas mãos. A flor optada homenageava sua falecida mãe, lírios eram as preferidas de Natalie Niehaus. Seus dreads estavam presos num coque com franja solta lisa. Por trás das lentes oculares, olhos bem delineados, repletos de lápis e rímel. Bochechas coradas e um leve batom em seus lábios. 

Ethan lhe deu um beijo casto na testa e a deixou no altar.

Cosima estava nervosa, pensar que aquilo estava de fato acontecendo fez que sentisse certa ansiedade diante da expectativa de encontrar-la em breve. 

O terno escuro de Felix possuía ombros com caimento mais natural, uma única abertura traseira e caimento mais reto nas laterais. O homem caminhava elegante e trazia Delphine consigo. Para Delphine, só lhe restara um par de salto altos e um vestido amarelo sem alça e pouca coisa acima do joelho, que apesar de não ter muitos detalhes, ficou escultural em seu corpo magro. Seus cabelos estavam meio solto, uma mecha presa no alto deixando as pontas livres. sua maquiagem clara, apenas o batom vermelho em destaque. Em suas mãos, narcisos brancos e em sua mente o medo de tropeçar. 

Enquanto andava tudo parecia se desenrolar em câmera lenta, como se as estrelas se alinhassem e tudo parecesse estar onde deveria. 

Tudo parece perfeito até as portas da cabela se abrirem de novo e desta vez ecoar um voz de fundo. 

— Desculpe, estou atrasada. – Delphine olhou p/ trás e enxergou sua mãe atravessar os sinos em sua direção. 

— O que está fazendo aqui? – indagou aflita. Tremendo nas base. 

flashback on ~2 horas antes

Com as malas feitas, Constance encontrava-se pronta para deixar o prédio quando alguém bateu na porta.

— Oi. – Cosima cumprimenta sem jeito.

— O que faz aqui?

— Vim te trazer este convite. – Cosima coloca as pastas entre as pernas e remexe a bolsa. Então entrega o post it com o nome “Constance”.

— Acho que não fui clara o bastante com Delphine. Vão mesmo fazer isto? – A francesa abre o papel azul e lê o convite de casamento. “Cosima & Delphine” “Amor e Alguns Versos, Capela de Finn Dorset ás 19:00h”. – Esta não é a letra dela. – comenta num misto de ofensa e desdém.

— É a minha. Porque é minha convidada. Yey! – Cosima sorri torto mas não consegue nada em troca. – Eu não me importo se você subir no altar e gritar calúnias arcaicas e homofóbicas. Eu só... Quero me casar com sua filha e significaria muito pra ela se fosse.

— Algo mais? – pergunta curta e grossa.

— Não... Não senhora. – Cosima balbucia e saiu o mais rápido que pôde, precisava voltar ao hospital. Apressada acabou deixando uma folha cair no tapete de boas-vindas, nela tinha seus votos, pois mesmo tendo combinado que não precisariam deles, resolveu escrever. Constance terminou encontrando e acabou lendo. 

flashback off ~ 

O suspense se alojou na capela até que Constance respirou fundo e olhou bem nos olhos de Delphine.

— Que tipo de mãe perderia o casamento da filha? – Questionou mais para si do que p/ qualquer outra pessoa presente. Pela primeira vez seu tom não soara rígido, e sim repleto de emoção. – Posso? – pediu permissão para também levar-la. 

— Tem certeza? – Constance assentiu e se enlaçou a seu braço.

Felix encontra seu lugar ao lado de Mark e Constance parou no terceiro degrau, beijou seu rosto e a deixou no altar. 

—Ah – ela regressa seus passos quando se dar conta de algo – Acho que isto é seu. – entrega o papel para Cosima. Surpresa, Cosima sorri e sussurra um sincero "Obrigado". 

S limpou a garganta e começou.

— Caros presente, estamos aqui hoje, para participar de uma união matrimonial. Para celebrar o amor, felicidade e lealdade de duas pessoas que estão tão ansiosas para começaram a vida juntas que adiantaram o casamento em seis meses. Eu conheço Delphine e Cosima separadas e agora as conheço juntas. E posso dizer, que... Conhece-las como casal é estar na presença do amor verdadeiro.  Cosima, você primeiro. 

Fitavam-se em silêncio e esticavam os lábios em sincronia.  

Seus olhares mais uma vez se encontraram, assemelhando-se aquelas cenas de filme. Onde tudo transcorria em câmera lenta enquanto de fundo havia uma canção perfeita p/ o momento. 

— Eu, Cosima Niehaus. Aceito você, Delphine Cormier, como minha esposa. No melhor e no pior, na alegria e na tristeza, saúde e na doença até que a morte nos separe. 

— Eu, Delphine Cormier, Aceito você, Cosima Niehaus, como minha esposa. Escolhi para ser a única com quem quero passar a vida. 

— Querem trocar as alianças? – Trocaram as alianças e aproximaram-se para dar o tão esperado beijo que selava o ato matrimonial. Siobhan sabia que não havia muito tempo, mas ainda sim não estava na hora.  Logo, fingiu um acesso de tosse para separar-las. – Agora as noivas vão ler seus votos. 

 — Nos não escrevermos nada. – Delphine disse. 

— Espere, tenho algo a dizer. – Cosima interrompe erguendo o papel com seus olhos já marejados de lágrimas – Delphine, você tem o jeito mais imprevisível, esquisito e incomum possível. – Ela riu com a falta de jeito da francesa. Arrumou sua postura e tossiu para ajeitar a voz um tanto rouca pelo emoção reprimida. – Você é tão incrível. Você é uma ótima cirurgiã e ajuda tantas pessoas. Tudo que eu tinha era o agora e você ficou comigo. Não me apaixonei por você por gratidão, me apaixonei pela pessoa que es. Sinceramente, eu acho que me apaixonaria por você de qualquer forma. Você é a minha parceira, minha amante, minha melhor amiga. Eu... – Seu coração pulsava apreensivo e foi ai que seu conta. – O que eu estou fazendo?

—  O quê? – Delphine desfaz o sorriso emocionado e aperta o caule do buquê em suas mãos. 

— Eu amo você. 

— Cosima... – Delphine fala com pesar, sabia do que se tratava. As bagagens de Cosima já aguardavam no final do corredor, tudo transcorria em favor de sua ida. 

— Ok... Podemos fazer dar certo, não é?

— Claro. Nós vamos nos falar o tempo todo e fazer s-e-x-o  – soletrou baixo – por Skype. E a cada 15 dias podemos pegar um voo e ter 24 horas de -você-sabe- interrupto. Durante este tempo, nos podemos bancar John e Savannah e manter contato por meio de cartas de amor.

 Precisou ser firme p/ ter a convicção de quem não poderia ser egoísta. Seguraria as lágrimas até que se fosse.

— Eu não sei o que vem a seguir...

— Você termina dizendo que me ama de novo porque dai eu vou ter a certeza que não vai me esquecer. Eu vou memorizar, gravar cada detalhe em minha memória e guardar, então você vai embora, porque já está quase na hora do seu voo e precisa se apressar para chegar ao aeroporto.  

A expressão de Cosima se desfez com o pensamento. 

E o dia que você descobre o verdadeiro sentido de amar...

E seu eu ficar? 

 


Notas Finais


Podia acabar ai não é? Pra levar o nome da fic hahaha *q*
então... sorry, acabei me confundido nas notas finais do último caps.
Este n foi o último, foi o penúltimo.
Meio que disse aquilo pq o próximo é meio que um epílogo.
Bem, peço desculpas se deixei passar algum erro.
Espero que tenham gostado e - agora é sério - até o caps final
bjs bjs s2


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...