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História Coração de Cristal - Ponto e vírgula


Escrita por: Styxx

Notas do Autor


Então, é minha primeira fanfic e ainda não sei se tenho dom pra escrever...

Capítulo 1 - Ponto e vírgula


                A noite estava chuvosa, e minha atenção estava totalmente focada  na televisão. Um filme de terror, que eu sequer sabia o nome, passava recheado com um banho de sangue.  Mirella me mandou mais uma mensagem, era a décima terceira em um espaço de nem 20 minutos, aquilo já havia enchido meu saco.

                Eu tentava ser educado com ela,  mas era complicado. Desde que terminamos há aproximadamente 6 dias nós terminamos nosso relacionamento de três anos. E eu estava muito aliviado com aquilo.

                Desde que nos conhecemos ela vinha dando em cima de mim, e eu acabei cedendo e nosso relacionamento começou assim. Eu nunca senti nada por ela, mas aquela relação era veio bem a calhar já que eu já estava começando a ouvir alguns comentários maldosos, que me assustavam. Diziam que eu era uma menina fraca, uma bichinha, veadinho, gazela, entre tantas outras coisas pejorativas.

                Eu realmente tinha medo daquelas coisas, medo de ser diferente e por isso aceitei namorá-la.

                Porém, com o passar do tempo as coisas aos poucos acabaram saindo do controle, e só pude ter noção de  onde havia me metido quando fui conhecer sua família. Mirella era filha de um casal de policial. Tudo estava tranquilo até descobrir que seus pais eram da milícia, e depois da nossa primeira briga ela me ameaçou.

— Se eu fosse você teria cuidado, Benjamin. — Ela disse irritada enquanto me olhava com os olhos cheios  de lagrimas. — Você mais do que qualquer um deveria saber do que eu sou capaz. Se um dia você terminar comigo, amanhecerá com a boca cheia de formigas.

                E por isso que tudo se enrolou por tanto tempo, foram dois anos e alguns meses que lutei contra a vontade que sentia de terminar tudo. A gota d’água foi quando , na semana passada, ela se dirigiu até a cabine da rádio e disse pra toda a escola que eu gostava de dedo no ânus enquanto fazíamos sexo.

                Era óbvio que tudo aquilo era mentira, pra falar a verdade nós nunca transamos e esse era o motivo dela ter aprontado aquilo, eu ter negado manter relações com ela. A raiva e o constrangimento me tomaram com tanta força que era impossível pra mim permanecer na escola. Peguei minhas coisas na sala, pulei o muro e fui pra casa onde me tranquei no quarto.

                Até aquele momento eu me recusava a falar com qualquer um, desde meus colegas até toda minha família. Perdi a conta dos livros que li, e das séries que assisti. Eu quase não comia ou dormia, apenas tentava fugir pra um outro universo onde todos não ficassem me imaginando com um dedo no meio da bunda.

                Contra minha vontade desbloqueei o celular e li mensagem por mensagem dela, que me deixavam cada vez mais no nervos. Eram textos enormes em que ela se dedicava a simplesmente me xingar de coisas indescritíveis. E o pior de tudo era que ela se sentia dona da razão, como se eu tivesse acabado com a vida dela e não ao contrário. Mas, meu mundo caiu totalmente após eu ler a ultima mensagem, que tinha um foto anexada.

 

                “ Seu viado covarde, Você não pode fugir de mim para sempre.

                Você tem sorte de que meus pais não quiseram se manter nesse assunto, mas com toda a certeza você ainda vai pagar por isso. Olha o que lhe espera, será todinha sua, irá lhe deixar todo arrombado. “

 

                Foi aí então que eu vi, era a foto de um revolver e conhecendo Mirella como eu conhecia ela não estava exagerando, aquilo era o que ela realmente gostaria de fazer e iria até o inferno para realizar sua vontade. Meu coração gelou e acelerou, um calafrio percorreu todo meu corpo, deixando todos os meus pelos em pé.

                Parecia que toda minha visão estava ficando turva, minha cabeça cheia de pensamentos e só tinha uma coisa sensata a fazer:  contar aos meus pais.

— Mãe. — Gritei o mais alto possível, o que passava do necessário para que ela ouvisse.

                Minha voz provavelmente ecoou por toda a casa, e perturbou o sono de alguns vizinhos, já que já se passava das meia noite. Logo minha mãe adentrou o quarto acompanhada pelo meu pai, ambos já estavam vestidos com pijama.

                Minha mãe era razoavelmente nova, tinha cabelos negros como os meus , porém seus olhos eram azuis o que caia bem com sua pele clara. Metade do seu rosto estava coberto por uma espécie de creme verde, que fazia com que ela se parecesse com a Fiona.

— O que, Benjamin. — Disse ela me olhando assustada.

— Olhe isso. — Disse com uma leve gagueira na voz, enquanto estendia o celular em sua direção.

                Ela e meu pai leram silenciosamente as mensagens. Era um pouco constrangedor pra mim, algumas coisas ali eles nunca deveriam saber. Mas era extremamente necessário que ele soubessem da ameaça, e aquela foi a forma mais clara de contar que passou na minha cabeça.

— O que — Disse meu pai irritado, jogando o celular com toda força no chão. — Estou indo agora mesmo para a delegacia, as coisas não podem continuar assim.

— Espera — Disse minha mãe, segurando meu pai pelo braço. — Você sabe muito bem como é a família dela, acho que devemos pensar um pouco melhor sobre o que devemos fazer.

— Como assim pensar Melanie ? Você não vê o caminho que as coisas estão tomando ? Se não resolvermos isso agora nosso filho vai acabar morrendo!

                E a discussão entre os dois prosseguiu por um longo período de tempo. Eles simplesmente haviam se esquecido de mim e tentavam com toda a força mostra que estava certos.

—Estou com medo... — Disse com certo receio na voz, com esperança de que eles prestassem atenção novamente em mim.

                Ambos olharam pra mim, minha mãe se sentou ao meu lado e me abraçou forte. Meu pai não era muito fã de me mostrar afeição alguma, então apenas ficou me encarando por um tempo pensando no que iria fazer.

— Anda garotão, pode ficar tranquilo. Nós vamos dar um jeito nisso. — Disse sério, sem demonstrar absolutamente nada. — Vamos Melanie, amanhã vemos direito o que faremos, deixa ele dormir.

                E simples assim ele saiu do quarto seguido por minha mãe, que fechou a porta as suas costas. Eu não sabia o que fazer, então desliguei a televisão e me deitei olhando para a janela enquanto me perdia em meio a pensamentos.


Notas Finais


Como eu disse no inicio, essa é minha primeira história e não sei se devo continuar. Por isso espero um feedback legal, pretendo postar logo que eu tenha algo novo pronto. Beijos ^^


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