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História Coração de Dragão - O caçador de dragões


Escrita por: KhatleenZampieri

Capítulo 6 - O caçador de dragões



Depois daquele milagroso dia no jardim, Gray e eu combinamos que iríamos nos encontrar todos os dias no jardim para reformá-lo de verdade e trazer mais vida para aquele lugar. 
Logo quando acordo já sinto o cheiro de grama recém cortada, minha janela estava aberta na qual podia sentir mais livremente o cheiro matinal.
_Bom dia Lucy! – Juvia escolhia minhas roupas para hoje, embora ela tivesse me dito bom dia como sempre, algo estava diferente, sua voz parecia aborrecida e os ombros caídos davam a entender que ela estava cansada.
_Bom dia Juvia, você está bem? – levantei-me rapidamente e fui até ela colocando uma mão em seu ombro para que ela soubesse que eu estava ali.
Ela me olhou triste e de seus olhos lágrimas apareceram, ela percebeu e rapidamente pôs-se a limpá-las.
_O que houve? – preocupei-me mais ainda, ela não era apenas minha dama de honra, era minha melhor amiga. – pode me contar, eu prometo que lhe ajudo de todas as formas possíveis.
_Ah Lucy, Juvia pede desculpas, mas não há nada que Lucy possa fazer. – ela pegou minhas mãos e pôs entre as suas. – A mãe de Juvia está piorando, mesmo com todos os remédios caros e o doutor que vai vê-la toda semana, a mãe de Juvia simplesmente não melhora.
_Vou falar com meu pai, vamos chamar outro médico... – sugeri, mas Juvia me abraçou fortemente, apenas retribui. – Juvia?
_Obrigada Lucy, Juvia será eternamente grata. – ela chorava em meus ombros. – Mas Juvia já pediu ao pai de Lucy e ele disse que não podia fazer mais nada, que esse doutor que estava cuidando da mãe de Juvia já era o mais caro do reino.
Franzi o cenho, por que meu pai não sugeriu chamar de outro lugar então? Ele tinha esse poder, porque ser tão egoísta?
_Juvia. – chamei a atenção dela segurando-a pelos ombros. – Eu vou achar um médico pra sua mãe, eu mesmo irei resolver esta situação, e não o rei.
Os olhos de Juvia se arregalaram e ela chorou tudo o que estava guardado sobre a tristeza e o medo de perder a mãe, eu sabia como era, não deixaria que aquilo acontecesse com minha amiga, nunca.
Depois de me arrumar rapidamente e de me despedir de Juvia, corri escadas a baixo, passei pelo salão onde meu pai e Zeref estavam sentados comendo o café da manhã sem cumprimentá-los e fui direto ao jardim onde Gray estava a minha espera.
_Gray! – chamei já sem folêgo.
_Lucy? – ele pôs uma mão em meu ombro para ajudar-me a me recompor. – Por que tão agitada logo cedo? Está tudo bem?
Incrível como uma pessoa que conheço a apenas um mês e já se preocupa mais comigo do que meu próprio pai.
_Preciso da sua ajuda. – ele espantou-se por um instante, mas ouviu toda a história sobre a mãe de Juvia e a falta de um médico que resolvesse a situação.
_Entendo. – ele pôs os dedos no queixo e pensou por alguns minutos, estava aflita pois acreditava que ele pudesse me ajudar. – Bem, já que o rei diz que não há mais médicos aqui teríamos que ver num reino vizinho ou quem sabe até o reino de onde vim.
_Mas você terá que viajar daí. – afirmei.
_Sim, teremos que adiar o casamento. – ele afirmou. – Sei que faz uma mês já que marcamos, mas não chegarei a tempo de nos casarmos amanhã, e se eu não for você jamais me perdoará.
Senti um aperto no coração, me sentindo culpada mas ao mesmo tempo grata pela atitude e disposição de Gray em ajudar a uma pessoa desconhecida para ele.
_Obrigada Gray! – sorri e o abracei fortemente. Ele apenas retribuiu com a mesma intensidade.
_Eu partirei hoje a noite após a janta, pelo amanhecer já estarei no meu reino se eu for sozinho e suponho que logo acharei um médico adequado ou trago o particular de Zeref, então no amanhecer do outro dia estarei de volta. – ele fez as contas e prometeu-me.- Rezemos para que a mãe da senhorita Juvia esteja firme até lá.
_Ela ficará bem. – assenti sorrindo em agradecimento.
O dia passou-se rápido, Gray e eu ficamos no jardim arrumando e ao mesmo tempo planejando o que poderíamos fazer assim que casássemos. Ele queria viajar e conhecer lugares diferentes, como eu nunca saí do reino e muito menos do próprio palácio aceitei na hora, embora Gray se mostrasse diferente de mim, muitas vezes eu achava tantas coisas em comum, isso era tão reconfortante, pois não há nada melhor do que poder casar-se com alguém que goste de fazer o que você gosta.
Quando nos demos por conta já era quase hora da janta, nos despedimos e fui até meu quarto me lavar e arrumar-mepara jantar, onde Gray disse que ia falar sobre viajar para ver de negócios.
_Juvia, já está aqui. – quando abri a porta a achei e fui até ela. – Como está a sua mãe?
_A mãe de Juvia é forte, vai ficar bem. – ela sorriu.
_Conversei com Gray e ele vai viajar essa noite para o reino dele e irá trazer um médico de lá para tratar sua mãe. – eu sorri para ela. – vai ficar tudo bem Juvia.
_O senhor Fullbuster para um homem bondoso. – ela sorriu emocionada. – Juvia fica muito grata a Lucy por ajudar.
_É claro que eu ajudaria. – sorrimos e nos abraçamos novamente, o poder de um abraço bem dado é tão forte como qualquer feitiço, ainda mais quando é dado de compaixão e amor, ele é capaz de curar até a alma, e isso era o Juvia precisava, relaxar e confiar.
_Que vestido irá usar esta noite Lucy? – Juvia pediu mostrando-me vários tons, mas hoje eu precisava de esperança.
_Eu quero aquele azul com flores brancas. – disse a ela e assim ela entrou no armário para busca-lo.
Depois de vestida, Juvia me elogiou tanto que eu fiquei até envergonhada, me despedi dela novamente e disse que hoje ela não precisava vir de novo, falei para ela ficar com a mãe. Depois de me abraçar ela foi embora e eu desci as escadas e fui até o salão de jantar.
Quando entrei Gray se levantou rapidamente da mesa como bons modos enquanto Zeref e meu pai nem se mexeram.
_Olá Gray. – ao cumprimentá-lo sentei no meu lugar e logo comecemos a comer.
_Aharam. – Gray pigarreou. – Meu rei, senhor eu preciso fazer um comunicado breve.
Zeref e meu pai olharam rapidamente para o jovem, Zeref com olhar ameaçador, castigando o aprendiz mentalmente por não avisá-lo antes e meu pai um olhar receoso.
_Eu partirei esta noite para meu reino para tratar de negócios importantes sobre o casamento e gostaria de adiá-lo um dia. – Gray foi direto e decisivo.
_E que negócios são esses que não tenho conhecimento meu rapaz? – Zeref ergueu uma sobrancelha.
_Questão de saúde. – respondeu Gray.
_Você não está se sentindo bem senhor Fullbuster? – meu pai pediu. – Tenho bons médicos aqui no reino, não precisa sair para ter uma consulta.
_Com todo respeito meu rei, soube que seus médicos não são tão bons assim. – Gray falou.
_ORA QUE INSOLÊNCIA...
_Acalme-se Zeref. – meu pai pediu interrompendo o surto do mestre de Gray. – Entendo senhor Fullbuster a dúvida, eu mesmo também as vezes me recuso a acreditar minha vida a tais pessoas, mas deixe que analisem você esta noite, talvez não seja nada sério e não será necessário adiar o casamento.
_Agradeço a preocupação meu rei mas...
_MEU REI.... – Um guarda entrou pela porta ofegante interrompendo Gray.
_O que há agora? –meu pai já estava perdendo a paciência.
_Me desculpe meu rei. – o guarda fez uma reverência e então respirando fundo começou a explicar. – Um homem está do lado de fora, no saguão de entrada e exige falar com o senhor.
_Mande-o embora. – meu pai ordenou. – pergunte a ele o que deseja e me diga depois então verei se ele merece minha atenção.
_Mas...
_Eu acho que é do seu interesse vossa majestade. – Uma voz estranhamente sedutora e confiante ecoou pela sala de jantar deixando todos em silêncio.
De repente de trás do guarda surge um homem, alto, cabelos rosas extremamente rebeldes e brilhosos, um sorriso debochado e sedutor ao mesmo tempo e os olhos, eram da cor mais linda que eu havia visto até hoje, um esmeralda cintilante, eu já havia visto aquele olhar em algum lugar, mas meu coração começou a bater de forma rápida e excitante que não conseguia me lembrar de onde eu tinha visto aquele olhar, meu corpo começou a soar pois um calor intenso entrou junto com aquele homem, ele trazia muita energia junto de si e quando seu olhar encontrou o meu foi como se uma flecha tivesse atingido meu peito fazendo todo o ar se extinguir  e meu corpo amolecer, se eu não tivesse sentada eu teria caído, não tinha como negar que eu já o tinha visto antes e que tínhamos algum tipo de conexão, mas eu não me lembrava do seu rosto.
_Quem você pensa que é para interromper...
_Meu nome é Natsu Dragneel. – Ele desviou do meu olha para encarar o rei. Ele sorriu com apenas um canto da boca. – Vim tratar de negócios com o senhor.
_Meu rei, não permita que ele...
Meu pai levantou a mão para calar Zeref e analisou o rapaz que se chamava Natsu,de cima em baixo, reparou que as botas que ele usava eram de couro fino, que as roupas eram de malha boa e o sobretudo vermelho vivo continha muitos detalhes dourados que deixava claríssimo que eram ouro puro.
_Muito bem. – o rei sentou-se novamente e sorriu mostrando a felicidade que estava ao receber um homem de negócios em seu castelo. – sente-se, desfrute da comida, arranjarei um quarto para que fique bem instalado.
_Certamente majestade. – Natsu sorriu de canto novamente e veio em minha direção. O Guarda retirou-se vendo que não era mais útil ali. – Posso me sentar aqui Princesa?
Meu coração levou mais uma pontada quando seu olhar cruzou novamente com o meu.
_Sim, sinta-se a vontade senhor Dragneel. – sorri para ele e pude ver seus olhos brilharem, como se ele já tivesse visto meu sorriso antes. Ele puxou a cadeira ao meu lado e então sentou-se. Neste momento senti o cheiro de grama cortada que senti hoje cedo, era perfume ou ele estava na grama mais cedo?
_Ei vocês. – meu pai chamou a atenção das empregadas que estavam tão encantadas quanto eu pelo jovem. – Tragam um prato para o jovem e mais comida.
Elas fizeram uma reverência e logo se retiraram para a cozinha preparar o que o rei ordenou.
Assim que trouxeram mais um bom tanto exagerado de carne e um prato para Natsu ele agradeceu e logo encheu a boca de comida deixando todos ali presentes apavorados com seus modos, então ele olhou para mim e pude ver suas bochechas ficarem rosadas.
_Huhu. – eu ri desta situação então ele engoliu tudo e sorriu pra mim agradecido por eu não desaprovar seus modos.
_Então senhor Dragneel, que tipo de negócios posso tratar com o senhor? – meu pai logo interessado no dinheiro do rapaz, ele estava se alimentando, que falta de respeito.
_Hum... sim... eu quero... ver ....a floresta... – Natsu dizia tudo com a boca cheia, será que ele era assim mesmo ou estava apenas provocando o rei?
_Desculpe meu jovem mas não entendi. – meu pai estava claramente irritado, mas Natsu parecia não se importar. – Pode repetir sem comida na boca?
_Ah sim... – Natsu engoliu e então tomou muito suco. – Ahhh... que delícia... então eu quero explorar a floresta ao lado do castelo e em troca deixarei você ficar com todos os tesouros da minha família.
Todos ficaram em silêncio, meu pai engoliu seco espantado com a oferta, não era todos os dias que alguém lhe oferecia um valor tão alto em troca de tão pouco.
_Eu não lembro dos Dragneel, posso pedir que refresque minha memória meu rapaz? – meu pai desconfiava da riqueza de Natsu.
_Eu sou da antiga linhagem de caçadores de dragões. – ele respondeu com toda calmaria.
Caçador de dragões? Quer dizer que a família dele e seus antepassados matavam os dragões?
_Então todo o tesouro dos dragões está com você? – Zeref pediu ambicioso.
_É claro. – Natsu sorriu satisfeito.
_E quanto tempo você precisa para explorar a floresta? – meu pai pediu.
_Duas semanas... – Natsu olhou para mim de canto e reparou que eu estava olhando feio para ele. – Talvez um mês.
_Que assim seja. – o rei declarou feliz. – Lucy o seu casamento com o senhor Fullbuster será adiado para daqui um mês, pois precisamos tratar de negócios com o senhor Dragneel neste tempo. Senhor Fullbuster, assim terá seu tempo para ir a seu reino e tratar da doença.
Gray olhou para mim e sorriu.
Depois da janta fui falar com Gray e ele me abraçou.
_Fique bem e se possível longe do senhor Dragneel, ele me parece um homem perigoso. – Gray pediu preocupado.
_Obrigada Gray por estar fazendo isso. É muito importante pra mim. – eu sorri. – Tome cuidado na estrada e boa viagem.
Ele abanou com a mão e foi despedir-se de Zeref, enquanto a mim fui em direção as escadas para ir para meu quarto.
_Então você e o senhor... como é mesmo o nome? Vão se casar? – olhei para o lado e Natsu estava escorado na parece com uma perna apoiada na mesma e seus braços cruzados. – Você o ama?
_Desculpe senhor Dragneel, mas isso não é da sua conta. – respirei fundo e tentei evitar olhar nos olhos do jovem. Mas não podia evitar, eu queria sentir aquilo de novo, mas então me lembrava que ele era um matador de dragões. – Você, você matou mesmo dragões? Não teve pena? Como pôde vangloriar-se com seus atos daquela forma?
Ele descruzou os braços e me olhou impressionado, então foi até mim, não pude mais evitar então olhei em seus olhos verdes novamente e aquele impulso no peito parecia me empurrar para perto dele, dei um passo involuntário em sua direção, ele pareceu não se importar, assim chegamos perto o suficiente um do outro para sentirmos o perfume um do outro e o calor, havia uma corrente entre nós, parecia nos puxar para que ficássemos próximos e entrelaçados, onde eu havia visto esse olhar antes?
Calmamente sua mão tocou levemente meu rosto, era tão familiar, eu o conhecia, mas onde, onde nos vimos?
_Você não mudou nada Lucy!



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