Acabei tendo um sonho, em comparação aos outros esse é muito bom. Estava um dia ensolarado e eu estava no quintal da casa. Quando uma pequena pessoa pulou em cima em cima de mim.
-Nashi! Cuidado, assim vai me esmagar- eu disse fazendo cócegas na criança.
-Mãe, aquilo são pássaros?
-Não, são aviões, eles vieram nos buscar.
-Mas eu gosto tanto daqui, vamos ficar aqui!
-Lá tem mais brinquedo pra você.
- Tem comida?
- Claro, mas eu não quero ver ninguém gorda.
E eu carreguei, eu já tinha visto esse olhos em algum lugar, mas não me lembrava de quem eram, reparei o meu redor e tudo estava tão limpo e preservado, mas não tinha casas. E vi túmulos. E assim acordei ofegante. Lavei o rosto enquanto tomava banho e foi tomar café para ir a Fairy Tail. Enfim, as coisas por lá tinham melhorado, com a chegada de mais magos fugitivos e de apenas fugitivos, problemas apareciam e precisavam ser resolvidos, estávamos todos ansiosos com nossas missões, e Juvia estava se preparando para aguentar os novos moradores que precisavam serem situados e sinceramente achei que ela estava pensando que tentaria não olhar os rapazes que chegariam só para não esquecer Gray, o que faria um bem imenso a ele. Erza estava preparando sua espada para as missões, mesmo achando que não iria precisar, a não ser se ela fosse fazer companhia aqueles caras grandões da entrada do refúgio. Assim que nós chegamos em Fairy Tail vimos uma multidão de gente em frente à ela e aquela moça de cabelo cinza em frente ao grande edifício, ou seja, lá qual denominação, tentando controlar as coisas. Entramos sem problemas. Estava mais quieto por lá, Juvia foi conversar com algumas magas que ela conhecia e nós fomos até o quadro de missões, estava repleta de papéis que confundia nossas cabeças de tantas letras.
-Ei, eu consigo ler o que está escrito agora-disse Natsu
-Já eu só vejo borrões- Jellal disse.
-Droga, droga, droga, de novo não-disse Levy.
-Se acalme Levy eu trouxe algumas seringas por precaução- Erza disse.
-Você sabe que não vai funcionar até determinado momento-Levy falou.
-Sim, infelizmente- Erza disse .
-Eu vou pegar essa missão aqui- Gray disse, no papel havia escrito que recentes magos fugitivos precisavam de um guia, o qual não encontramos em hora nenhuma quando chegamos lá.
-Eu vou ficar com essa-Levy disse- e essa- ela pegou duas, uma era pra tratar que se expôs a radioatividade e a outra era para ajudar a arrumar os documentos do Conselho, já que chegavam mais moradores.
-Vamos Jellal, vou com você, você não pode ir sozinho desse jeito- Erza disse, eles foram a uma missão simples que era ajudar os novos moradores a arrumar a casa, reparar defeitos.
-Lucy, eu vou pegar essa missão, vou sozinho, tudo bem?- Natsu perguntou.
-Sim, eu vou ficar por aqui recepcionando os novatos-eu respondi, ele sim iria ficar com aqueles caras grandões, era perigoso porque era próximo a saída e havia risco de algo acontecer, uma bomba atingir um local perto dali. Preferi ficar aqui mesmo podendo me proteger.
A cada pessoa que Juvia trazia, para ajudar a moça com madeixas cinzas, eu falava sempre a mesma frase.
-Bem-vindo a Fairy Tail, sigam por aqui e vão falar com o mestre.
-Ei! Moça. Olha mãe, é ela!- uma criança que estava sem um braço apontou pra mim e não entendi nada.
-Que foi filho?-uma moça falou.
-Ela é aquela moça que me ajudou quando estávamos fugindo, lembra?- o menino falou, e a mãe dele me olhou como se quisesse me reconhecer e fez uma expressão com o rosto de quem lembrou de mim.
-Ah! Lembrei! Você melhorou muito depois daquele ano, seu cabelo cresceu, está menos magra e não está de olheiras.
-Bom dia pra senhora também- eu disse.
-Desculpe, é porque você melhorou bastante mesmo. Esse lugar deve ser maravilhoso.
-Não confio muito nisso-eu resmunguei.
-Obrigada por salvar a vida de meu filho, se não fosse você ele poderia morrer, mas foi uma pena ele ter perdido o braço.
-Er... eu não estava muito experiente naquele tempo.
- Tenho que ir, tchau.
-Tchau moça, muito obrigada- os olhos da criança brilhavam como o da suposta criança do meu sonho, só que eles eram muitos diferentes.
Continuei a recepcionar as pessoas até o final da tarde, quando Juvia também já tinha terminado seu turno. Nenhum dos outros haviam voltado ainda, então pedi a ela que me levasse pra casa.
-Cansativo, não?- Juvia disse, tentando começar uma conversar.
-Sim, meus pés estão me matando.
-Pois é minhas mãos e minhas costas estão a ponto de travar. Um banho quente é a única coisa que quero agora.
-Nashi...- pensei alto.
-Oi?
-Não, nada.
-Chegamos, até amanhã.
-Só de imaginar que ainda vai ter mais gente amanhã... tchau.
Esperei o carro sair daquela rua e abri a porta, coloquei algumas coisas no lugar, tomei banho e estava colocando algumas coisas no meu diário. Parei pra pensar, eu finalmente estava tendo a vida normal que todos dizem, era realmente cansativa, mas em comparação a fugir não era tão ruim. Mas estar ao lado das pessoas que fazem feliz era sempre bom. Sorri um pouco sem querer quando lembrei da criança daquele dia, a sem braço. Aquele menino tinha saído dos braços da mãe, enquanto o pai foi atacado e ele ia ser atingido quando eu o vi, Erza e Gray ainda eram pequenos, e eu ainda tinha que protege-los, então no mesmo momento eu juntei os três, mas minha barreira não era tão boa quanto agora e ele foi atingido no braço. Ele não era do laboratório, então ele ainda era pequeno. Eu tentei imaginar como foi minha infância no laboratório com aqueles cientistas sem sentimentos, mesmo que ela fosse de apenas algumas semanas. Será que Jude me divertia? Será que eu brincava por lá? Mas pensei que também eu poderia estar sabendo de tudo sobre a guerra antes mesmo de presenciar-la, Ouvir falar de duas cidades atacadas aqui no país onde moro, na segunda guerra mundial, tem gente que morre até hoje por lá, não era muita diferença daqui, só era um questão de tempo para Natsu, eu, Levy, Erza, Gray e Jellal ficarmos lesos e não servirem pra nada. Eu ouvi a porta bater e fui ver que tinha chegado. Foram Erza e Jellal que ainda não tinha se recuperados da sua cegueira temporária, pobrezinho, já não enxergava por um olho e agora não conseguia ver nada. Ajudei-o a sentar no sofá. E aquela noite em casa, só fomos nós três, ninguém voltou. De manhã, chegaram Natsu e Gray.
-Agora sei porque aqueles guardas são tão ruins, é tanta gente aproveitadora querendo vir pra cá, barrei uns cinco cientistas querendo aliciar pessoas ontem- Natsu disse.
-E eu não sei como eles não conseguem se localizar no refúgio, aprendemos sozinhos- Gray disse.
-Levy ainda não voltou- eu disse.
-Tsc, são muitas pessoas que não estão intactas, precisam de ajuda emergencialmente, talvez ela não volte hoje também- Jellal disse- o pior é que se eu não melhorar e algum outro sintoma aparecer, ela não vai estar aqui.
-Aquela baixinha faz falta, mas quando está aqui ninguém liga pra ela- Natsu disse.
-Eu sim, sempre converso com ela-eu disse.
-Claro, intelectuais se entendem- Erza disse.
Depois de nos arrumarmos e de Gray e Natsu irem dormir, passamos um longo e cansativo dia novamente e dessa vez todos chegaram na mesma hora. Depois de desfazer as coisas e tomar banho foi conversar com Levy.
-Como foi lá?
-Nada bom, mas eu já sou acostumada a isso.
-Muita gente sofrendo, e as que tiveram de ser amputadas?
-Choraram muito, pior as que faleceram por ali, é horrível cheiro de enxofre e gente morta.
-Você é muito caridosa, sempre quer ajudar alguém. Como não se cansa?
-Sei lá, o sorriso das pessoas agradecidas me alegram e conversar com elas é até bom, tanto pra mim quanto pra elas.
-E as bombas, ficou sabendo de algo?
-Sim, alguns fugitivos disseram que aperfeiçoaram algumas delas e que às vezes as do nosso território é devolvida pra cá.
-Tenho que me resolver em ficar no lugar de minha mãe, logo.
-Você sabe que vai ser muito cansativo pra você, vai tomar grande parte do seu dia, de sua vida.
-Vou pensar.
E depois fui dormir. Mas tive um pesadelo que esqueci de repente e não consegui mais dormir, eu já estava cansada disso. Eu fui até sala onde Natsu estava por provavelmente ter dormido à tarde toda. Ele estava lendo um dos livros literários e não didáticos, da história de uma das sobreviventes do ataque a Europa.
-Natsu?- perguntei, porque ao chegar mais perto dele, vi que os olhos deles estava lagrimejando.
-Por que Lucy? Porque os pais morrem?- ele me perguntou e eu só soube abraça-lo.
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