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História O Caminho Escolhido - Nove


Escrita por: mLiang

Capítulo 10 - Nove


Fanfic / Fanfiction O Caminho Escolhido - Nove


Você, eu não posso ter você, eu não posso te tocar
Mas eu estou bem.
(Good bye, my love - Ailee)

 

Yang ficou olhando o jeito que Kitana fitava o ex-namorado, apertava os pulsos com força e resolveu olhar para o chão respirando fundo. Dra. Ellen notou o comportamento estranho de Kitana e perguntou:

- Está tudo bem?

A edeniana deu um sorriso amarelo, olhou para a doutora e respondeu:

- Sim, só foi um mal-estar.

Liu Kang não tirava os olhos dela, concluía para si que ela estava mais linda do que antes, seu coração se acendeu em amor, sentia vontade de abraçá-la e dizer que sentia muito sua falta. Mas aquela realidade não permitia isso, só era lícito admira-la de longe. Respirou fundo e disse a Kitana:

- Fico feliz de poder trabalhar no mesmo lugar que você.

Kitana disse logo:

- Lamento não poder dizer o mesmo.

Em seguida perguntou a Ellen:

- Há mais algum lugar que temos que conhecer nesse hospital?

Ellen ficou sem palavras sobre o que aconteceu há poucos minutos, Liu Kang sentiu um clima pesado no ar e disse a Ellen:

- Continue com elas na apresentação do hospital.

Em seguida ele entrou na sala e fechou a porta. Kitana não conseguia encarar nem Yang e nem a doutora, permaneceu com a cabeça enterrada no peito.

(...)

Ermac resolveu ficar recluso em seu quarto, pois seus companheiros estavam desconfiados da sua alteração de comportamento. Era fato que a mudança havia aumentado. A alma de Jerrod o tomou por completo e ele não conseguia mais seguir as ordens do Kahn. Vinha-lhe lapsos de memória de tudo o que aconteceu com ele na invasão de Shao Kahn. As escondidas foi até ao grande sótão, ficava a dois andares abaixo da fortaleza, lá estava tudo o que havia restado de Edenia. Achou ali entre alguns quadros empoeirados um diário, abriu-o e logo reconheceu a letra da rainha Sindel. Sentiu uma comoção invadir lhe o coração ao ler uma das páginas que estava escrito:

Não sei mais o que pensar de tudo o que está acontecendo, foi tudo tão rápido... Jerrod desaparecido, Kitana que não para de perguntar por ele. A sorte é que Sheeva está comigo, uma boa amiga e companheira que está sempre a me ouvir. Por mais que ela seja da Exoterra, ela tem um coração edeniano. Espero que ela participe mais da educação de Kitana quando eu partir.

"Ela já pensava no sacrifício." Ermac pensou. O que lhe chamou atenção foi à proximidade que Sindel tinha por Sheeva, ele começou a se questionar:

- Será que Sheeva ainda vive? Se vive com certeza ela é seu exército de shokans ajudará Kitana e o Plano Terreno.

Tudo o que Ermac sabia é que Sheeva se tornara rainha dos shokans em uma ilha não muito próxima dali. O último contato que teve foi a mais de 25 anos atrás.  Comprometeu-se que ia a sua procura pela manhã. Era noite.

(...)

As três retornaram para a sala da chefia do setor de neurocirurgia caladas. Kitana e Yang Mi sentaram-se nas cadeiras dispostas a frente da mesa de Ellen e esta se sentou em sua cadeira. A doutora ficou olhando Kitana, que estava de cabeça baixa.

- Queria saber o que foi aquilo que aconteceu agora pouco, Dra. Kitana. - Perguntou Ellen

- Não esperava encontrar... Meu ex-namorado aqui.

Ellen respirou fundo e disse :

- Você não teve aula de ética profissional?

- Tive.

- Independente se ele teve algo com você no passado, deve tratá-lo cordialmente querendo ou não ele é seu colega de trabalho e vocês trabalham juntos.

- Perdão, doutora. Isso não irá mais acontecer, lhe garanto.

- Assim espero.

- Se me permite doutora - interrompeu Yang - Kitana não tem passado bem esses dias, pela mudança de clima e fuso horário... Isso a deixa irritada, que esse comportamento dela não intervenha no seu histórico profissional.

- Fique tranquila, primeiro dia, muita coisa nova... Vou deixar passar.

- Obrigada, doutora. – agradeceu Yang curvando a cabeça em sinal de respeito.

- Bem – continuou a doutora Ellen – agora vou leva-las para as suas respectivas salas.

Kitana levantou sua cabeça e lançou um olhar de agradecimento, Ellen apenas sorriu e foi a frente das duas doutoras. Primeiro Yang foi para o seu consultório, entrou nele e ficou encantada com os móveis, por mais simples que eles fossem apenas o fato de ela ter agora seu consultório lhe deixava feliz.

- Agora sim não vou ficar pulando de sala em sala para atender meus pacientes, como era na Coréia. – disse Yang com sorriso entre os lábios.

- Vamos para o seu consultório Kitana?

A edeniana assentiu calada enquanto deixava Yang sozinha arrumando suas coisas.  Ellen foi para a uma porta ao lado do consultório da coreana, as duas entraram e Kitana deixou escapar um sorriso de satisfação, um sonho havia se realizado. Kitana ficou passeando pela sua sala, Ellen perguntou:

- E então? Gostou?

- Sim – respondeu Kitana – como eu queria.

Ellen aproximou-se dela e disse:

- Acho que você não gosta muito de tocar nesse assunto, mas... Deve ter passado momentos desagradáveis com Liu Kang... Por ter se comportado daquela maneira.

- Ah – disse Kitana recostando-se em sua mesa, tentando não entrar muito no assunto – Tivemos muitos momentos felizes, meio conturbados, mas felizes. Mas ele prometeu algo que não poderia cumprir...

- Bem, nós mal nos conhecemos e já quero saber da sua vida pessoal...

- Sem problemas – disse Kitana cruzando os braços.

- Quero que saiba – falou Ellen pousando a mão no ombro da edeniana – que quando quiser desabafar é só me chamar.

Kitana deu um sorriso de agradecimento. Ellen foi para a sua sala e a edeniana ficou sozinha. Rapidamente ela arrumou sua mesa e a disposição dos móveis conforme sua preferência. Por último colocou a pintura de sua família em cima de sua mesa. Novamente se lembrara da promessa que havia feito a seu pai que protegeria o Plano Terreno. Seus pensamentos foram interrompidos por uma recepcionista, com alguns prontuários, que abrira a porta de repente.

- Perdoe-me doutora – disse a recepcionista envergonhada – pensei que não havia ninguém ainda.

- Sem problemas – respondeu Kitana – O que desejas?

- Vim trazer os prontuários de seus pacientes de hoje.

- Ah sim! – disse Kitana aproximando-se da recepcionista e pegando os prontuários – Muito obrigada! Qual é o seu nome?

- Me chamo Chloe. A doutora é nova aqui?

- Sim – respondeu a edeniana levando os prontuários para sua mesa.

- Seja bem vinda.

- Obrigada.

Chloe logo saiu da sala. Kitana ficou olhando os prontuários e disse a si mesmo:

- Vamos ao trabalho.

(...)

Ermac chegara rápido a ilha dos shokans, resolveu ir naquele mesmo instante em que estava no grande sótão . Com sua habilidade no tele transporte chegou logo próximo à sala real, mas foi barrados por dois guardas shokans que portavam lanças em suas mãos. Ermac disse:

- Preciso falar com Sheeva!

- Você avisou que viria?

- Ah anos que não tenho contato com ela, mas... O que tenho a lhe dizer é de caráter urgente.

- Quem quer falar comigo? – perguntou uma voz feminina rouca vinda de um corredor.

Quando Ermac se virou era Sheeva, estava vindo de um treino de soldados. A rainha shokan ao ver Ermac ficou surpresa e disse:

- Ah quanto tempo não o vejo!

- Pois é! Você mudou muito desde a última vez que lhe vi.

- É – disse Sheeva pousando uma de suas mãos nos braços magros de Ermac. – Vamos entrar na minha sala. Temos muito que conversar.

- E como temos - disse ele acompanhando-a.

Os dois entraram e ela trancou a porta. Sheeva pegou uma garrafa de licor, colocou o liquido em duas taças e ofereceu uma delas ele que logo pegou. A shokan iniciou a conversa:

- Comece falando das novidades.

Ermac tomou um pouco de licor e disse em seguida

- Aqueles guerreiros do Plano Terreno que Sindel matou, voltaram todos a vida.

- Fiquei sabendo dessa notícia tão boa através das conversas de alguns guardas – disse Sheeva enquanto bebericava o licor – Sindel? Ela também está viva?

- Infelizmente... Foi à única que não se salvou.

- É uma pena... Queria muito que ela estivesse viva. Mas Kitana está bem, então?

- Sim, ela ficou três dias em coma por causa do processo que sofreu de se libertar da maldição de Quan Chi, mas acordou e se tornou médica.

- Menina Kitana - disse a shokan com a voz mansa, colocando a taça sobre a mesa – tenho saudades dela, pena que não posso visita-la. Tenho tantas coisas a dizer, quem sabe um dia.

Ermac não queria cortar a nostalgia que Sheeva estava mergulhada, mas não conseguiu e disse:

- Mas ela corre grande perigo – disse Ermac mudando o tom de voz – não só ela, mas todo o Plano Terreno.

- Como assim? Shinnok voltou? – Indagou a rainha atônita.

- Não. Kotal Khan quer aumentar seu império invadindo o Plano terreno.

Sem querer Sheeva deixou a taça de licor cair no chão espatifando-a. Ermac se assustou com o barulho e continuou:

- Vim pedir sua ajuda. 



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