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História O Caminho Escolhido - Um


Escrita por: mLiang

Notas do Autor


A partir de agora a fic será em 3ª pessoa (não será mais a Kit contando) e será dividida em partes.

Boa leitura!

Capítulo 2 - Um


Fanfic / Fanfiction O Caminho Escolhido - Um

 

Os anos que Kitana passou na Coréia foram importantes para que ela aprendesse a se socializar mais, a limpar os costumes edenianos que ainda corriam em suas veias. Nesse tempo sempre mantinha contato com Jade e às vezes acompanhava pela TV os seus concertos. Olhava os pianistas e sentia saudade de quando tocava cravo. Comprometeu-se que quando voltasse aos Estados Unidos procuraria aulas de piano. Ela apenas mantinha contato com Jade por ter prometido isso a ela, mas com nenhum outro combatente.

Faltava pouco para terminar a sua residência em um hospital público de Seoul e ficou sabendo de uma seleção para neurocirurgia – que era a sua especialidade – em um hospital requisitado em Los Angeles. Não perdeu tempo e logo se inscreveu pelo site da instituição. Enquanto se inscrevia, sua colega de quarto, Yang Mi, chegou e viu a colega se inscrevendo logo perguntou:

- Que hospital é esse, Kit?

- É de Los Angeles. Estão recrutando neurocirurgiões.

- Mas você disse que não queria mais voltar para a América.

- Só quero tentar Yang, nunca se sabe.

- Você vai ficar brava se eu me inscrever também?

- Claro que não. Sei que o seu inglês é ótimo e que você se garante lá.

As duas riram. Assim que Kitana terminou de se inscrever Yang Mi começou. Enquanto fazia isso perguntou a Kitana:

- Preciso te perguntar algo... Será que posso?

- Espero que não seja nada que me comprometa – Disse Kitana rindo.

- Bem... Você nunca falou sobre sua família para mim... E quando pergunto você sempre desconversa.

Kitana se levantou de onde estava e começou a dar voltas no quarto enquanto dizia:

- É que a história da minha família é um pouco complicada de se contar, você não entenderia.

Yang Mi terminou de se inscrever, saiu da página, virou-se para Kitana e disse:

- Por que eu não entenderia? É tão obscura assim a sua história?

- Mais ou menos.

- Você é uma kriptonyana que nem o Superman e tem superpoderes...

- Lá vem você com suas gracinhas.

- Desculpa.

- É que eu perdi a minha família muito nova... Eu tinha apenas quinze anos.

- Mas você não tem irmãos?

- Sou filha única.

Yang Mi não quis mais tocar no assunto, percebendo que sua amiga ficara com o olhar triste ao se recordar de seu passado doloroso. Ficou em silêncio por alguns minutos pensativa. Kitana ficou inquieta com o silêncio da amiga e disse:

- Pensei que ia perguntar mais alguma coisa.

- Melhor não. Percebi que você ficou mal ao tocar nesse assunto.

- Bem, realmente dói quando falo sobre isso, mas o que posso fazer? Já aconteceu às vezes de me pegar chorando de saudade deles, é só o que me resta a fazer.

Kitana queria poupar sua amiga do seu passado tão conturbado. Achava imprudência de sua parte se contasse toda a sua história, por ora.

***

Sonya junto com Takeda foi visitar o Lin Kuei, não visitava aquele clã desde o retorno de Kitana. Chegando lá viu o grão-mestre treinado dois garotos, e um dos ninjas o chamou para que ele recebesse a visita. Ele parou o treino, fez reverência à general e a Takeda e pediu que o ninja que recepcionou os visitantes treinasse os garotos enquanto falava com Sonya. E assim se fez.

- É uma honra tê-los aqui – Sub-zero cumprimentou os visitantes.

- Fico feliz que o clã esteja em paz. – Disse Sonya

- Sim, e as F. E. não fizeram nenhuma mais solicitação de nossa intervenção.

- Não houve nada de tão grave como uma invasão da Exoterra ou algo parecido. Depois da recuperação dos espectros está muito difícil ter alguma ameaça ao Plano Terreno. Ultimamente temos tido uma relação muito saudável com Kotal Khan.

- E espero que continue assim – Disse Takeda otimista.

- E onde estão os outros? – Perguntou Sub-zero.

- Estão em treinamento – Respondeu Sonya – Nunca se sabe o está por vir.

Sub-zero um pouco sem jeito perguntou:

- E tem notícias de Kitana? Soube que ela se introduziu bem ao novo mundo. Pensei que ela estaria com vocês.

Sonya e Takeda se entreolharam. Sabia que Sub-zero não estava a par de tudo o que acontecera com Kitana depois que ela saiu do hospital, pois ele tinha que cuidar do Lin kuei. Takeda resolveu responder:

- Ela está em Seoul, estudando medicina.

- Caramba! Que notícia boa! Kitana médica. Ela realmente está seguindo a vida.

Mentalmente disse: “Será que ela se esqueceu de mim?”. Sonya ao vê-lo pensativo, perguntou:

- O que houve?           

- Não é nada. Estava pensando uma coisa boba.

Em seguida levou-os para o jardim para poderem conversar melhor.

Aquela notícia preocupara o coração do cryomancer, pois ela poderia ter se apaixonado por outro homem e esquecido o ninja azul completamente. Fez um esforço e tentou afastar isso de sua mente, mas uma hora ou outra voltaria. Mesmo assim, não queria desistir daquele amor que há tanto tempo nutria.

***

Kung Lao sempre admirou Kitana e nutria uma amizade muito pura por ela, a considerava como uma irmã. Assim que foi notificado por seu primo que ela estava na Coréia como estudante, tentava arranjar um tempo para ir visitá-la, mas sempre aparecia algum imprevisto que o impedia de ir vê-la. Mas finalmente conseguiu um tempo que tanto queria. Pediu ajuda a Fujin para que o levasse lá via teletransporte, em segundos Lao já estava em Seoul. Estava com roupa de civil: camisa polo cor cáqui e uma calça jeans azul escuro. Era noite. Começou andar pelas ruas de Seoul e ficou encantado com as luzes da cidade. Estava com o nome do hospital em que Kitana era residente em sua mente, e perguntava de vez em quando a algum pedestre onde ficava tal hospital e ele seguia as pistas.

Ao atravessar uma das avenidas principais, ficava atento mesmo com a faixa de pedestre liberada para passar. Mas um carro não conseguiu frear e o pegou em cheio. Lao caiu e ficou estirado no chão, mas consciente. O motorista logo saiu do veículo e acudiu Lao, pedindo desculpas e falando para que ele ficasse deitado e esperasse a ambulância.

- Mas eu estou bem – Disse Lao – Posso continuar o caminho.

Uma pedestre que estava próxima disse:

- Fique onde está já chamamos a ambulância. Às vezes você pode ter tido uma fratura e não sentir agora, mas as dores podem vir depois.

Kung Lao assentiu e permaneceu deitado no asfalto. A ambulância chegou logo.

Kitana e Yang Mi estavam de plantão naquela noite e logo foram notificadas da chegada de um paciente que fora atropelado. Ele estava na sala de emergência esperando para ser examinado. Yang foi primeiro e a enfermeira logo a abordou:

- Ele insiste em dizer que está bem, mas segundo testemunhas o impacto foi forte. – Falou a jovem enfermeira em passagem, levando uma prancheta com as informações do paciente.

- Eu vou ver. – Respondeu Yang tomando os papéis da mão dela, focada em seu trabalho.

Chegou à maca onde estava o paciente, e quando seus olhos se cruzaram Yang sentiu algo forte em seu coração. Ela não conseguia decifrar o que era aquilo, mas sentia vontade de sorrir para o paciente, e foi o que fez, dizendo:

- Eu preciso te examinar para saber se está tudo bem. – Exclamou, até um pouco ruborizada, tentando se concentrar apenas em suas obrigações, e não naquela bizarra sensação.

Ele assentiu. Procurou o nome do paciente no prontuário, mas antes que ela encontrasse, ele disse:

- Me chamo Kung Lao. – Ele disse com um sorriso, encarando profundamente os olhos negros de doutora. Yang Mi não conseguia explicar, só sabia que aquele paciente a atraia. Muito. 



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