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História O Caminho Escolhido - Sete


Escrita por: mLiang

Capítulo 8 - Sete


Fanfic / Fanfiction O Caminho Escolhido - Sete

Kitana desejava que tudo aquilo que estava acontecendo fosse um pesadelo, que tudo o que ouvira de Sonya fosse apenas uma piada (e de muito mal gosto), mas ao ver Raiden diante de si percebeu que aquilo era bem sério. Encarou Raiden que estava com um olhar ofuscante para si. Ela mesmo decidiu quebrar o silêncio:

- O que faz aqui?

- Acho que já sabe sobre o que vim falar – disse ele se aproximando de Kitana, esta segurava um pouco do encosto do sofá com muita força fazendo com que suas unhas se cravassem no tecido. Ela sentia um misto de ira com ressentimento. Percebeu que não havia  o perdoado por completo.

- E você já deve saber minha resposta. – disse a princesa tentando não encará-lo

Raiden olhou para trás e vendo um sofá de um lugar resolveu sentar-se nele. Sabia que Kitana poderia ataca-lo a qualquer momento e resolveu sentar-se longe dela. Disse:

- Eu sei que você teve um passado terrível... A sua morte e a dos seus companheiros foi um terrível golpe para mim... Mas consegui recuperar a todos

- E não contente com isso quer matar a todos nós outra vez...

- Claro que não! Você sabe que quero cumprir a minha missão de proteger o Plano Terreno, não foi minha intenção matá-los  e quero contar com vocês para isso.

- Sei bem o que aconteceu da ultima vez. -  Kitana aproximou-se dele com ar de fúria – Tenho uma nova vida, assim como todos os meus amigos, então pode esquecer essa ideia maluca!

- Se você conseguir um diálogo com Koatal vai dar tudo certo e não precisaremos de nenhuma guerra...

- Não! Chame outro! Eu tenho minhas ocupações!

- Você sabe que se Koatal invadir o Plano Terreno toda a sua “nova vida” vai por agua abaixo.

Kitana sentiu um aperto no peito, sabia que naquele momento o Plano Terreno estava sendo colocado em suas mãos, mas tinha medo de aquele ocorrido de mais de 25 anos atrás se repetisse. Disse segurando as lágrimas:

- Estou irredutível Raiden! Eu não vou! – virou de costas para Raiden indo para o quarto para continuar desfazendo as malas – Agora vai embora!

Raiden levantou-se e replicou:

- Se sua mãe estivesse em seu lugar com certeza ela aceitaria o meu pedido.

A princesa não pensou duas vezes e avançou para cima dando-lhe uma bofetada, disse:

- Não fale da minha mãe!

Raiden passou a mão no seu rosto, sabia que estava vermelho e ficou a olhar a princesa. Umas tímidas lágrimas começaram a se formar um dos seus olhos azuis e refulgentes, deixou-as descer pela maçã de seu rosto, não era nem pela dor que ela havia causado, mas por sua ingratidão. Kitana olhou para Raiden, colocou uma das mãos na boca e veio as lembranças do sacrifício que ele fizera para salvá-la, os dias que ele a velou para que vivesse, a alegria de quando acordou. A edeniana entrou em prantos, se sentiu fraca e sentou-se, tinha vergonha de encará-lo, sentia-se a criatura mais ingrata da face da terra. Raiden limpou o rosto, ainda vermelho por causa do tapa que levara, aproximou-se da moça e pousou uma das mãos no ombro dela e disse:

- Não vou força-la, mas vou cumprir o pedido que sua mãe me fez antes de morrer no hospital

Kitana levantou os olhos para ele e perguntou com voz embargada:

- Que pedido?

Ele esboçou um sorriso e falou em tom suave:

- Que eu cuidasse de você. Mesmo que não acredite, mas eu amo você como um pai ama sua filha.

Raiden se levantou, estendeu o braço direito para cima, veio um relâmpago fortíssimo e ele desapareceu em meio à luz.

Kitana foi para o quarto, olhou para sua mala, agachou-se e começou a procurar uma pintura de sua mãe, que Sonya conseguiu recuperá-la e a entregou assim que acordou do coma. Ao encontra-la sentiu uma grande comoção dentro de si. Era um pequeno quadro pintado a mão com técnicas renascentistas, lá estava sua mãe com um vestido longo cor de purpura, Jerrod com o manto real de Edenia e no meio dos dois Kitana quando tinha por volta de cinco anos de idade. O pintor fez o possível para que aquela pintura ficasse como uma foto. Começou a olhar para o rosto de seu pai e veio-lhe algumas lembranças

***

Kitana era uma garotinha, sempre ia com seu pai as atividades de caça, mesmo com a relutância da mãe. Eles andavam no meio da floresta, rodeados de alguns guardas. Enquanto caminhava Jerrod dizia:

-Filha, você quer que eu te leve um dia para o Plano terreno?

A menina olhou para o pai com um pouco de medo, ele notou

- Por que fez essa cara?

- Lá deve ter muitos monstros...

Jerrod deu uma gargalhada e respondeu:

- Não, meu anjinho! Lá é um lugar muito bom. Eles precisam de muita proteção, os seres de lá são como os nossos.

- Ah tá! – disse Kitana sorrindo

Os dois continuaram caminhando pela floresta e avistaram um coelho, a pequena disse em voz baixa fazendo o seu pai agaichar-se para ouvir:

- Olhe lá, papai! Aquele coelho... Eu vou pegá-lo!

Ela tirou de sua algibeira um punhal, olhou firme para o animal, mirou e lançou o objeto cravando nas costas do coelho. Kitana pulou de alegria gritando:

- Consegui!

Jerrod ficou sem palavras diante do que aconteceu. Os guardas também ficaram estarrecidos com o ocorrido e comemoraram com a menina. O pai abraçou a filha e disse:

- Preciso que prometa uma coisa para mim.

- Sim, papai!

- Tal certo quanto é sua pontaria, certo será que você lutará por Edenia e pelo Plano Terreno!

- Eu prometo papai! – disse a garotinha levantando a mão direita como um juramento.

***

Kitana com os olhos fitos na pintura disse com voz embargada:

- Acho que não poderei cumprir essa promessa, papai.

(...)

Era noite, Sonya estava em casa com seu marido e filha assistindo o noticiário. Johnny perguntou:

- E aí? Conseguiu convencer a princesa de ir à luta com a gente?

- Papai – interrompeu Cassie – ela não quer que a chame de princesa.

- Mas ela não está aqui para ouvir a gente! – replicou o ator.

- Ela não me disse nada. É provável que Raiden já tenha dado uma passadinha no apartamento dela.

Mal acabaram de falar Raiden apareceu na frente de todos com um raio fazendo com que se assustassem. Johnny com um sorriso sem graça disse:

- Não morre mais hein!

Cassie desligou a TV e Sonya perguntou:

- Falou com ela?

Raiden deixou exposto em sua feição a resposta da princesa. O ator disse:

- Hmmmm acho que já sei a resposta.

- Quem poderá convencê-la? – perguntou Cassie preocupada.

- Vou para o Sky Temple e ver quem eu posso pedir essa ajuda. O pior é que isto se tornou uma bomba relógio.

- Estou com fé que a convenceremos a tempo! – falou Sonya pousando a mão no ombro de Raiden.

(...)

Yang Mi preparou um lamen para ela e para Kitana, estava preocupada com a amiga que estava calada desde a hora que chegou. A coreana sentou-se frente a ela e começou a comer, Kitana olhava para o lámen e começou a comer vagarosamente, Yang começou a se irritar com tudo aquilo, bateu com força na mesa:

- Já chega!

Kitana se assustou, ela continuou:

- Essa sua quietude está me irritando! Perguntei várias vezes o que aconteceu e você não me responde. Desde que chegamos a Los Angeles aborrecida, se quiser podemos voltar para Seoul..

- Não precisamos voltar... – respondeu Kitana olhando para a amiga.

- Pelo amor de Deus me conte o que houve!

Kitana olhava de um lado para o outro, procurando a melhor forma de dar  a notícia para ela. Resolveu contar de uma vez:

- O Plano Terreno está correndo perigo mais uma vez...

Yang largou o hachi na tigela do lámen e perguntou:

- Como assim? O Quan chi e o Shinnok não morreram? E o submundo já era...

- Mas Outworld ainda está de pé! Ela é a nossa ameaça.

Continua...



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