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História Coração de Lua - Conversas paralelas


Escrita por: Jessicaviude

Notas do Autor


Oii pessoal, novo capítulo, novas emoções. Espero que gostem. Bjos Boa leitura.

Capítulo 6 - Conversas paralelas



Os meninos estavam dançando e gritando loucamente na frente do palco, as amigas de Nancy estavam lá também, não havia motivo para ela vir falar com Erick. A não ser pelo fato de ele ser um cara lindo e legal e estar lá sentado ao invés de esta dançando com ela.
- E aí Nancy? Eu estava rindo de um cara gorducho que caiu ali do outro lado da rua. – Disfarçou.
- Ai, mas você poderia estar lá com a gente dançando, se divertindo. Vem – A loira pegou no braço dele e o puxou.
- Mas eu estou bem aqui, é sério.
- Ah que isso. É só hoje, só um pouquinho. – Ela fez biquinho.
- Não se segure só porque estou aqui. Vá se divertir! – Disse Lua forçando um sorriso.
Nancy o puxou mais, Erick só cedeu ao seu pedido depois de olhar tristemente nos olhos de Lua. Antes de ser arrastado para o meio da multidão ele deu mais uma última olhada para Lua, querendo estar ao lado dela á noite toda. Afinal já estava escurecendo, o céu já era colorido e as luzes do palco ficaram mais fortes. Erick dançou no ritmo da música junto com seus amigos doidos, Nancy se jogava em cima dele e fazia charme o tempo todo. Quando a música acabou, Erick se sentia cansado e disse que ia embora, perguntou a Nancy e suas amigas se queriam que chamasse um táxi, mas elas recusaram os meninos queriam se divertir mais e prometeram levá-las pra casa depois. Ele se despediu e quando foi até a mesa onde estava Lua, não a encontrou. Olhou em volta, a procura dela, mas nada da Lua por lá. Ela o havia deixado, deve ter ficado constrangida demais para continuar ali. Erick foi a todo canto da praça, mas nada da Lua aparecer. Até que ele sentou no banco embaixo da árvore mais alta da praça e olhou para o céu, infelizmente havia um pé tampando a estrela que mais brilhava. Ele se inclinou para ver quem era o doido que estava em cima de uma árvore uma hora daquelas. Lua Moor. A garota tinha pirado de vez.
- O que está fazendo aí? – Gritou ele.
- Oi Erick! Você tem que ver as estrelas daqui de cima! São mais lindas do que diamante! – Ela gritou de volta.
- Pode esquecer! Não vou subir em uma árvore para ver o que posso ver aqui no chão.
- Seu chato. Aí debaixo não tem a menor graça! – Ela fez bico e voltou a fitar o céu azulado.
Erick hesitou um pouco, mas resolveu subir. Tentou não chamar muita atenção, afinal não é normal ver um cara como ele subindo em árvores. Apoiou-se num galho grosso e chegou até onde Lua estava sentada. O vento era instável, ás vezes forte ás vezes menor que uma brisa.
- São incríveis, não são? – Ela sorria ao olhar para cada canto do escuro céu.
- São sim. – Erick se ajeitou entre o tronco e o galho grosso.
- Uma vez me disseram que cada estrela do céu é uma pessoa que morreu. Será que é verdade?
- Eu não sei. Pode ser. – Ele apontou para um espaço vazio, sem estrelas. – Olhe aquela parte...
- Esta vazia.
- Esta reservada para você e eu, juntos. O que significa que você não esta morta. E que ainda vai viver muito.
Ela encontrou os olhos dele e sorriu com sinceridade.
- Acha mesmo que vou sobreviver?
- Tenho certeza.
Eles ficaram quietos por um minuto, apenas olhando para os pontinhos brilhantes no alto.
- Como é que foi? – Ele quis saber, ela o olhou com curiosidade – O que aconteceu para entrar em coma?
- Ah... Bom, é complicado. Há três meses, teve uma festa na escola. Cortesia dos veteranos do ano passado... Nancy e suas amigas me provocavam o tempo todo. Alguns garotos brincavam com bolas de fogo num canto da quadra... Bom sabe como é. Fogo, jovens. Nada de bom acontece quando tem bebida no meio. Infelizmente eu fui lesa demais para perceber o que estava acontecendo e acabei me machucando. – A voz de Lua foi sumindo.
Lua olhava para frente enquanto Erick a fitava profundamente. Ele sentiu vontade de segurar sua mão e sugar sua tristeza para deixá-la melhor, mas ao se aproximar ela virou o rosto bruscamente, seus olhos se encontraram. Erick sentiu seu cooração acelerar tanto que podia jurar que teria uma parada cardíaca naquele momento, seus rostos estavam próximos demais. O ar era quente, o vento havia cessado e o barulho da multidão diminuiu. Não havia mais nada, mais ninguém. Apenas eles e as estrelas. Quando seus lábios se tocaram Erick sentiu um choque na boca e se afastou instintivamente. Lua continuava com os olhos abertos e as bochechas vermelhas iguais á um tomate. Até que abriu mais a boca e disse:
- Não podemos nos tocar tolinho... Eu não estou realmente aqui. – Ela tentou sorrir, parecia nervosa.
- Difícil me lembrar disso. – Ele sussurrou. Ele voltou a focar nos lábios da morena bem a sua frente imaginando como seria tocá-los.
Ele se desequilibrou um pouquinho, mas manteve-se no lugar. Ela riu e voltou a olhar as estrelas agora balançando os pés.
- Cuidado. Olhar de mais acaba cegando. –Ele riu.
- Engraçadinha... Precisamos descer daqui. Temos que ir pra casa. – Ela olhou para baixo, um garotinho com um sorvete estava sentado onde Erick havia subido.
- Podíamos ir voando não é? – Ela se apoiou num galho baixo e firmou os pés no banco após um pequeno salto.
- Como um pássaro noturno não é? – Ele continuou a piada, descendo da árvore do mesmo modo que ela.
- Seria legal voar pela cidade numa noite como essa. – Ela realmente sonhava alto.
- Afinal de contas onde você passa a noite? – Ele ficou curioso.
- Ah... Ando por ai, volto para o hospital. Assusto pessoas.
- A ultima parte é mentira. – Eles riram.
- É mais ou menos.
- Então porque não nos tocamos agora pouco? – Ele corou.
- Porque aparentemente pessoas eu não posso tocar, mas fazer o vento soprar mais forte eu posso fazer sem problemas. – Ela riu baixinho admitindo sua travessura.
- Então porque não vem pra minha casa, passa a noite lá? Já que fica sozinha a maior parte do tempo. – Ela parou de andar e o olhou séria. – Não vou me aproveitar de você se é o que esta pensando – Ele riu – Pode assistir TV ou sei lá.
- Seu aproveitador de segunda. Posso pensar no seu caso, mas hoje não.
- Esta bem então. Um talvez já é suficiente para mim.
- Boa noite, Erick.
- Boa noite, Lua.
Eles se despediram com um aceno e cada um foi para um lado. Ela saiu saltitando. Ele deu uma última olhada para gravar bem sua imagem na mente.


Notas Finais


E então o que acharam? Comentem! e aguardem o próximo capítulo, Bjos lindos!


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