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História Coração de vidro - O amor é melhor que a solidão.


Escrita por: btobyookie

Notas do Autor


OOOOI! Voltei com capítulo reescrito!

Queridas leitoras, esse capítulo não teve muitas mudanças, na verdade foram poucas, o próximo que vão ter mais. Pra quem já tinha lido o capítulo 13, elas vão ser relacionadas ao relacionamento do Seungkwan e Hansol.

Ah, e muito obrigada por todos os comentários de apoio, carinho e compreensão, saibam que eles me incentivaram muito a continuar escrevendo essa história. Vocês são umas amorzinhas <33 prometo que vou me esforçar pra compensar pelo tempo que andei sumida.

Enfim, boa leitura ou releitura! ^^

Capítulo 12 - O amor é melhor que a solidão.


Fanfic / Fanfiction Coração de vidro - O amor é melhor que a solidão.

Quem já passou
Por esta vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá
Pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou
Pra quem sofreu, ai

Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada, não

Não há mal pior
Do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa
É melhor que a solidão

Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir?
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer

Ai de quem não rasga o coração
Esse não vai ter perdão

 

- Vinícius de Moraes e Toquinho

 

Por Seungkwan

 

Com o rosto quente e o coração ainda acelerado, me apressei a sair de cima do seu colo. Dando-me conta finalmente do quanto havia me deixado levar pelo momento, sentei-me no sofá. Incapaz de encarar meu colega ou de dizer algo remotamente racional, voltei meu olhar para a televisão, sem realmente ver alguma coisa.

— Kwan... - Hansol sussurrou meu nome, me obrigando a encará-lo. Nossos olhares se encontraram e meu estômago se embrulhou de nervosismo.

Antes que ele pudesse dizer algo, meu celular tocou em alto e bom som. Um pouco assustado com a interrupção repentina, peguei o aparelho na mesinha de centro e verifiquei quem era.

— Eu preciso atender, é minha mãe - informei ao Hansol logo em seguida.

— Tudo bem - sua expressão levemente emburrada denunciava sua mentira.

Reprimi um sorriso e atendi a ligação. Como sempre, minha genitora me bombardeou com inúmeras perguntas, querendo saber inclusive sobre meu mais novo colega de quarto.

— Ele é legal, mãe, não se preocupe - respondi, olhando rapidinho para a pessoa ao meu lado. Senti-me corar ao notar que ele me observava descaradamente. Desde quando  Hansol Vernon Chwe é tão desinibido? Eu mal conseguia encará-lo por alguns segundos sem sentir todos os meus órgãos virarem gelatina.

— E ele é bonito?

Nem se o Hansol não estivesse ao meu lado, seria sincero sobre aquela pergunta. É claro que eu o achava ridiculamente bonito, mas não diria isso para ninguém.

— Normal.

— Hm, sei...

Minha mãe descobriu que eu era gay antes mesmo de eu me dar conta, ela não era fácil de enganar, mas felizmente também tinha uma mente aberta.

Plenamente consciente do olhar do garoto de que estávamos falando sobre mim, levantei-me e me dirigi até o quarto.

— Meu filho, quando é que você vem passar uns dias com a mamãe, hein!?

— No dia 24, mãe. Vou ter recesso até dia 2 de janeiro, então vou poder ficar com você quase o dia todo - disse, sentando-me na cama.

— Ah não, Kwannie, faz tempo que você não fica mais de uma semana aqui em casa. Por que não vem antes? Que tal amanhã?  

— Amanhã? - questionei incerto. Se eu for amanhã, Hansol vai ficar sozinho durante todo esse tempo. Talvez ele não se importe de ficar sozinho, talvez até prefira a solidão à minha companhia. Reprimi um suspiro diante daquela possibilidade.

— Ok, mãe, estou aí amanhã, então.

 Nós conversamos por mais um tempo até que ela disse que precisava desligar, pois tinha visita. Tentando fugir de pensamentos inoportunos, liguei o notebook e assisti alguns music videos dos meus grupos favoritos. Depois de quase uma hora de entretenimento, saí do quarto e me dirigi para a sala. Hansol lia mais um de seus milhares de livros, mas ergueu o olhar na minha direção quando adentrei o cômodo. Senti meu interior esquentar e me forcei a manter uma expressão casual. Não seria nada bom se ele tivesse certeza de como mexia comigo.

— Agora que terminou de falar com sua mãe? - ele perguntou casualmente.

— Não. Por quê?

Lembrei-me de que meu colega parecia querer me dizer algo antes de o celular tocar e me empertiguei.

— Nada.

Vernon voltou seu olhar para o livro e reprimi a vontade de lhe dizer que ele mentia muito mal, mas apenas comentei:

— Minha mãe me chamou pra passar uns dias com ela, eu vou amanhã.

— Ah, é!? Legal. Ela deve estar sentindo sua falta.

Suas palavras não soaram tão sinceras quanto eu acreditava que ele gostaria que soassem, na verdade, ele parecia chateado. Reprimi um sorriso ao imaginar a possibilidade dele ter ficado chateado por não me ver mais todo dia.

— E você vai sentir minha falta? - questionei subitamente, me arrependendo no mesmo instante.

— O que você acha? - ele rebateu minha pergunta com outra e eu comprimi os lábios, frustrado.

Sem lhe dar uma resposta, voltei para o meu quarto e me enfiei dentro dele. Fechei os olhos e me joguei na cama, sentindo minha raiva repentina se esvair à medida que a lembrança recente dos lábios de Hansol se movendo sobre os meus preenchia minha mente. Tentava em vão me convencer de que só estava reagindo daquele modo, pois eu não trocara um beijo com alguém fazia nove meses, mas a verdade era que nunca havia sido beijado daquela forma por ninguém.

Descobri que não me sentia atraído por garotas aos 13 anos, quando a garota mais bonita da escola ficou sabendo que eu nunca havia beijado ninguém e resolveu ser a primeira da fila. Apesar de não ter gostado da primeira experiência, acabei ficando com mais três garotas no decorrer dos anos. Nunca senti nada por elas, para falar a verdade, só as beijei porque fui pressionado pelos meus antigos colegas de classe e não queria que ninguém desconfiasse da minha sexualidade. A última foi porque estava completamente bêbado.

Ainda imerso em pensamentos, disse a mim mesmo que a única razão para estar me sentindo daquele modo era porque Hansol foi o primeiro garoto que beijei na vida, ou seja, talvez não sentisse nada por ele, talvez tudo não passasse de pura e simples atração. Meu colega foi o primeiro, pois por mais que eu já tivesse me sentido atraído por alguns garotos, nunca permiti que alguém do mesmo sexo que eu me beijasse e muito menos tive coragem de beijar algum rapaz.

Meu trauma impossibilitou que eu sequer abraçasse algum garoto além do Seokmin. Com seu jeito calmo e suas palavras gentis, Hansol fez com que me sentisse cada vez mais confortável com ele, então quando me dei conta já não sentia medo de tocá-lo ou ser tocado por ele, pois sabia que meu colega nunca me faria mal. 

Decidido a parar de divagar, peguei meu celular e liguei para meu melhor amigo logo em seguida. De qualquer forma, eu precisava saber como ele estava.

— Seokmin.

— Oi, Boo. E aí, como vão as coisas?

— Ah, o de sempre...

— A Min Hee faz muita falta, né!?

Meu peito se contraiu dolorosamente ao ouvir o nome da minha melhor amiga. Assenti com a cabeça, então me lembrei de que estava ao telefone e murmurei um “sim”. Meus olhos se encheram d’água e um nó se formou na minha garganta. Dizem que o tempo cura tudo, mas estava começando a acreditar que nem todo tempo do mundo curaria a dor que eu sentia ao me lembrar da forma como Min Hee morrera. Era horrível pensar que alguém fora capaz de cometer um ato tão desumano com uma pessoa tão amável como ela.

Minha amiga se dava bem com todo mundo, por isso acreditava que o único monstro capaz de tirá-la de nossa presença era seu ex-namorado.

— Eu vou desligar - disse ao meu amigo quando as lágrimas começaram a descer sobre meu rosto. Um soluço vindo do outro lado da linha mostrou que ele também estava chorando, então sem dizer nada, eu desliguei.

Ouvi a porta ser aberta, mas continuei imóvel enquanto as lágrimas encharcavam meu rosto.

— Seungkwan - a voz do Hansol soou preocupada e pesarosa.

— Eu estou bem - menti em meio a um soluço.

— Eu sei.

Mesmo em meu estado, sabia que ele não acreditava nem por um segundo naquilo.

Ele andou até mim, se sentou ao meu lado e, para minha surpresa, enlaçou seus braços ao redor do meu corpo, me envolvendo em um abraço reconfortante. Apoiei meu queixo no seu ombro, fechei os olhos e deixei que as lágrimas caíssem livremente. Senti meu corpo relaxar à medida que seu cheiro bom me inebriava.

— Eu sinto tanto a falta dela – confessei em um fiozinho de voz.

Sem falar nada, Hansol levou uma das mãos até meu cabelo, acariciando-o delicadamente.

— Eu queria tanto vê-la de novo...eu faria qualquer coisa pra que ela voltasse.

Ainda calado, senti Hansol se afastar apenas para depositar um beijo terno na minha testa, fazendo com que meu interior se aquecesse.

— Tente dormir um pouco, suas olheiras ainda estão visíveis - meu colega pediu depois de alguns segundos de silêncio.

Abri os olhos e simplesmente assenti.

— Eu vou preparar o almoço, quando estiver pronto eu te acordo, tudo bem!?

Assenti novamente e me afundei na cama. Depois do que pareceram horas, fui vencido pelo cansaço mental e mergulhei em um sono profundo.

Antes de voltar à consciência, pensei ouvir alguém dizer ao longe:

— É claro que eu vou sentir sua falta, mais do que você imagina.


Notas Finais


Como viram, a maior mudança foi no finalzinho.

Ps: vou apagar o aviso ainda hoje, respondi todos os comentários.

Até o próximo capítulo, beijos e bom resto de semana <3


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