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História Coração de vidro - Eventos inusitados


Escrita por: btobyookie

Notas do Autor


Demorei um pouco, mas voltei! Sejam bem-vindas novas leitoras, obrigada pelos favoritos, espero que continuem lendo a fic e que gostem dela <3 e obrigada pelos comentários, lindas leitoras, vocês sabem como um comentário faz bem para um escritor <3

Boa leitura, jujubas!

Capítulo 3 - Eventos inusitados


Fanfic / Fanfiction Coração de vidro - Eventos inusitados

Temos, todos que vivemos,

Uma vida que é vivida

E outra vida que é pensada,

E a única vida que temos

É essa que é dividida

Entre a verdadeira e a errada.

                     

Qual porém é verdadeira

E qual errada, ninguém

Nos saberá explicar;

E vivemos de maneira

Que a vida que a gente tem

É a que tem que pensar.

- Fernando Pessoa

 

Por Seungkwan

 

— Tem certeza, Seungkwan? - Seokmin perguntou pela milésima vez dentro de poucos minutos. Bufei impaciente, ligando a televisão. Tudo aquilo só porque eu falara para ele que seu colega de trabalho poderia vir morar conosco.  

— Por acaso você está com problema de audição? - questionei retoricamente.

— É que não é do seu feitio mudar de opinião tão facilmente.

Revirei os olhos enquanto entrava na netflix a fim de rever Pretty Little Liars e, obviamente, babar nos gatos da série.

— Ele provou que não é um babaca, pelo menos por enquanto.

Eu já havia contado ao Seokmin como Hansol esmurrara o ex-namorado da Min Hee após vê-lo a estapeando, mas meu amigo não parecia achar que isso era suficiente para que eu mudasse de opinião em relação a ter mais alguém morando conosco. Na verdade, ele me conhecia bem demais — incluindo meu passado traumático — para saber que aquele não era o único motivo. É claro que o fator determinante para eu ter permitido que seu colega dividisse o apartamento com a gente fora esse, mas também tinha 95% de convicção de que Hansol fora meu colega de classe no ensino fundamental. Além disso, eu não era cego, muito menos idiota, notara o quanto ele era lindo. Então, apesar de não saber se conseguiria viver com alguém do sexo masculino, — pois não considerava Seokmin um ser do sexo masculino — estava quase certo de que tomara a decisão certa.

— Então se você já se decidiu, eu vou mandar uma mensagem para ele - meu amigo disse, estranhamente animado.

 

Por Hansol

 

Assim que li a mensagem enviada pelo Seokmin, estranhei e pensei se tratar de uma brincadeira, por isso logo perguntei se ele estava falando sério. 

Será que ele convenceu seu amigo? Não, não é possível, Seungkwan não parece ser o tipo de pessoa facilmente persuadida.

Seokmin: É sério, Hansol. O Seungkwan disse que você pode se mudar assim que quiser.

Hansol: Tem certeza?

Seokmin: Tenho. Por que que eu mentiria?

O que será que aconteceu parq seu amigo mudar de ideia?  

Hansol: Então ok. Só tem um pequeno problema.

Seokmin: Qual?

Hansol: Meu amigo chegou à Coreia hoje e está hospedado comigo.

Seokmin: Ah...ele vai ficar quanto tempo?

Hansol: Não sei. Vou falar com ele e te ligo mais tarde.

Seokmin: Okay.

Bloqueei o celular e me virei para o Jisoo, que secava suas madeixas castanhas. Eu o chamara para passear pela Seoul noturna e ele aceitara de bom grado.

— Eu consegui um lugar para morar.

— Que bom, Vernon - ele disse, se sentando na cama ao lado da minha.  

— O problema é que eu não sei se um dos moradores vai permitir que você fique lá também. Já sabe quantos dias vai ficar na Coreia? 

Eu não queria que ele fosse embora logo, mas conhecia meu amigo bem demais para saber que ele não gostava de ficar sozinho por muito tempo, ao contrário de mim. Por isso como passava parte do meu dia trabalhando imaginava que o Joshua logo se despediria de mim novamente. 

— Eu ainda não sei, mas posso ficar hospedado aqui, não se preocupe.

— Tem certeza? Você veio até aqui só para me ver - disse, em tom brincalhão. Meu amigo rolou os olhos e balançou a cabeça - Eu sei que você me ama.  

— Meu Deus, como você descobriu!? - ele questionou, com falso espanto. Sem conseguir me conter, gargalhei - Você está rindo do meu amor por você? É sério isso? - Jisoo se levantou, segurando um dos travesseiros de forma ameaçadora. Como já sabia o que ele faria, me levantei rapidamente e me afastei dele. Minha barriga doía com o esforço da risada, mas não conseguia parar de rir.  

— Perdão, chingu - implorei antes que ele tentasse me matar com aquela almofada de algodão.  

 — Só te perdoo se você me bancar essa noite - Joshua disse, me batendo com o travesseiro repetidas vezes.

— Okay, okay.

 

 

 

— Você está parecendo um louco - informei ao meu amigo, que naquele momento se encontrava deitado em um banco no meio da rua após beber mais do que devia.

— O quê!? - ele gritou, chamando a atenção de alguns transeuntes. Sempre que Jisoo bebia demais, ele estranhamente perdia parte da audição.

Suspirei, me sentando no banco ao lado do dele. Para a sorte do Joshua, eu não era um grande fã de bebidas alcoólicas, caso contrário nós já teríamos nos metido em muitas situações ainda mais constrangedoras.

Como se tivesse recobrado a consciência, ele se levantou abruptamente, trombando em uma pessoa de cabelos longos logo em seguida. Antes que eu pudesse fazer algo, os dois se esborracharam no chão.

— Aish! Só essa que me faltava mesmo - o rapaz de madeixas compridas reclamou, parecendo derrotado.

— Deixe-me lhe ajudar - disse, estendendo a mão para ele enquanto meu amigo tentava se sentar - Você se machucou? Eu peço desculpas em nome do meu amigo, ele bebeu um pouco demais - esclareci rapidamente.

— Tudo bem, uma desgraça a mais no dia não faz diferença - ele respondeu, sendo extremamente sincero. 

Como não sabia o que dizer aquela pessoa que parecia ter tido um dia péssimo e como Joshua não estava conseguindo ficar de pé, resolvi levantá-lo do chão. Assim que meu amigo foi capaz de ver o rosto do infeliz com que havia trombado, abriu um sorriso abobalhado e disse:

— Desculpe-me, anjo.

— Anjo? - o rapaz questionou, soando um pouco mais disposto. Reprimi meu desejo de ir embora, sentindo-me envergonhado no lugar daquele ser bêbado.  

Jisoo assentiu fervorosamente e continuou sua fala livre de restrições ou pudores:

— Você é um anjo, não é!?

Dessa vez o garoto riu abertamente, fazendo com que meu amigo também risse. Balancei a cabeça enquanto me questionava a razão de ter deixado que ele bebesse tanto. Pelo menos seu comentário bobo parecia ter melhorado o humor daquele rapaz de madeixas longas. 

 

 

 

— Seja bem-vindo! - Seokmin disse, parecendo animado demais para um horário tão cedo. Agradeci em meio a um bocejo, arrastando minha mochila de rodinhas pela sala - E fique à vontade.

— Pode deixar - como eu já estava viajando há dois anos, conseguia me sentir à vontade facilmente em lugar novos.

Antes que eu pudesse abrir a porta do meu novo quarto, um ser com madeixas vermelhas extremamente despenteadas, rosto amassado e olhos semicerrados a abriu, surgindo no meu campo de visão repentinamente.  

— Oi - o cumprimentei, apesar de que ainda não acreditava que ele havia permitido que eu morasse com eles.

Seungkwan só se limitou a assentir com a cabeça, passando por mim a passos vagarosos. Diferente do seu amigo, ele não parecia ser uma pessoa amante de manhãs.  

— Já acordou, Boo? - Seokmin questionou ao vê-lo se arrastando até o banheiro. Novamente o garoto de madeixas vermelhas não respondeu - Ele costuma acordar meia hora antes da aula começar, vai ver ele estava ansioso com a chegada de um novo morador - assenti, apesar de não acreditar naquilo nem por um segundo.

Minutos depois Seungkwan saiu do banheiro, se virou para seu amigo e questionou, com aparente casualidade:

— Por acaso você bebeu, hyung?

— Não, por quê?

— Porque não são nem sete horas da manhã e você já falou merda para o dia todo.

Reprimi uma risada enquanto Seokmin reclamava da falta de bondade no coração do seu amigo. Os dois estavam no meio de uma “discussão” acalorada quando a campainha tocou.

— Quem será que está nos importunando a essa hora da madrugada? - Boo perguntou enquanto nosso colega se dirigia até a porta e a abria.

— Min Hee! - este exclamou em surpresa ao mesmo tempo em que ela procurou refúgio em seus braços - Aconteceu alguma coisa? - Lee questionou, soando bastante preocupado. Com uma velocidade inesperada, Seungkwan correu até seus amigos, abraçando a garota que parecia estar chorando. Observei-os, sem saber o que fazer, até que ela retirou seu rosto do peito do Seokmin e falou, com a voz trêmula e apertada:  

— A-alguém me per-seguiu até aqui.     


Notas Finais


Quem será que o perseguidor da Min Hee? Será o ex dela? Só digo que essa pessoa vai dar muita dor de cabeça ainda. E qual será o passado traumático do Seungkwan?

Até o próximo capítulo, jujubas!


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