Severo Snape encarava aquela garota ousada e estranha sentindo ódio e desprezo,o rei decidiu que iria castigar a plebéia pela humilhação que o fez passar.
-Levem essa menina para a prisão,ela ficará sete dias presa-disse secamente.
Os guardas logo pegaram a garota pelo braço e a levaram,ela sorriu amargurada.
-Majestade eu imploro perdoe minha filha, ela é uma garota revoltada,castigue a mim-pediu o pai da garota desesperado.
-Majestade não volte atrás em sua decisão seria totalmente inadequado- disse Lúcio baixinho.
Assenti com a cabeça levando o conselho de Lúcio em consideração,eu não poderia voltar atrás,e alguns dias presa não iria matar aquela garota.
-Sua filha terá o que merece,trata-se de se conformar-digo friamente- Quanto a você Lúcio,não pense que não estou percebendo que algo errado aconteceu durante todos esses anos.
Algumas horas se passaram e Severo finalmente terminou de ver todos os alimentos, o homem se sentia muito infeliz ao perceber o quanto seu povo estava sofrendo.
-Explique-se Malfoy porque meu povo está sem comida durante anos?Você sempre foi meu administrador,e eu sempre providenciei uma grande quantia em ouro para todas as necessidades de meu povo,mas as coisas que eu vi foram absurdas,aquela garota teve toda razão em se revoltar contra mim,afinal o povo pensa que eu sou um rei malvado.
Lúcio engoliu em seco desviando seus olhos para fitar o chão.
-Majestade eu não sei o que pode ter acontecido,durante todos esses anos eu encarreguei alguns homens de distribuir os alimentos-diz nervoso.
-E que homens eram esses?-indaga Severo secamente.
-Bem..um deles se chama Remo Lupin e está em Avarís-diz o louro totalmente nervoso.
Severo arquea a sobrancelha negra desconfiado.
-Lupin?Ele é um homem doente..não consigo imaginar roubando-diz franzindo a testa-Tem certeza disso?
-Bem sim majestade,Lupin pode muito bem ter fingido de doente para mão levantar suspeitas-diz persuasivo.
Severo assenti com a cabeça.
-Cuidarei disso quando retornar a Avarís,agora faça o favor de cuidar daquela garota,deixe que ela fique presa apenas dois dias e receba uma boa alimentação certo?-diz Severo sério.
Malfoy assenti com a cabeça e sai do quarto,o louro caminha alguns minutos até a prisão imunda daquele vilarejo que ele tanto desprezava.
O homem fita a "garota selvagem" caída dentro da cela,ele ri tripudiando da plebéia.
-O que ganhou por ter agido daquela forma sua plebéia imunda?Acabo de falar com o rei e sabe oque ele me ordenou?-pergunta sarcástico.
Hermione evita olhar para aquele homem tão arrogante,a castanha prefere fitar os ratos que correm ligeiros pelo chão sujo.
-Ele ordenou que você ficasse sete dias sem receber comida,Snape ficou realmente furioso..veja bem garota ele já não é bem visto nesse vilarejo nojento-diz suspirando-O plano inicial era te matar,mas o povo se revoltaria..então ele planeja te matar de fome e sede,aposto que esse povinho ignorante nem vai desconfiar ou notar sua ausência.
Hermione sentiu como se tivesse levado um soco no entomago, seus olhos se encheram de lágrimas,ela sabia que o rei era cruel,mas ser vitima dessas crueldades era angustiante.
-Eu sou forte Malfoy,eu já passei muita fome na vida-diz sincera-Eu vou sair daqui com vida!
Lúcio sorri apático.
-O rei quer lhe ver morta garota,você não tem chances de escapar-diz saindo em seguida.
Hermione engoliu as lágrimas jurando para si mesma que não iria derramar uma lágrima sequer,ela seria forte e sairia daquela prisão com vida.
Pov Charlie.
A noite havia chegado e eu estava em meu quarto na hospedaria onde minhas tias,eu,Draco e Pansy estávamos hospedados.
Era madrugada e eu peguei minha mala sorrindo feliz por estar fugindo,eu ia me encontrar com Draco na entrada da hospedaria e nós iriamos fugir quando todos estiverem dormindo.
Quando abro a porta para sair meus olhos se arregalaram ao ver uma pessoa conhecida como uma faca apontada para meu peito.
-Abaixe essa adaga,nós sabemos que você não fará isso-digo tentando conter meu desespero.
A pessoa sorriu com frieza.
-Não posso deixar que faça isso,está cometendo um grande erro Charlie!
Meus olhos se encheram de lágrimas de desespero,eu sentia que iria morrer..e eu não queria isso,eu iria finalmente fugir, ir atrás de meus sonhos,aquilo não podia acontecer,não era justo.
-Me deixe em paz!Eu só quero ser feliz-digo já chorando-Eu tenho esse direito!
-Você não nasceu para ser feliz Charlotte,jamais foi e jamais será-diz cravando a adaga em meu peito.
Eu caí no chão sentindo minha visão ficar embaçada.
Eu estava morrendo.. Era tão horrível aquela sensação,não sei como mais encontrei forças para me levantar e escrever uma carta e a guardei em minha mala.
Meus pensamentos foram para minha mãe Andrômeda, uma lembrança de muito tempo atrás.
Quinze anos antes.
Charlotte era uma menina com apenas cinco anos,seus cabelos eram cacheados e sedosos,porém ela estava deitada em uma grande cama e tossia e vomitava,era provavelmente uma gripe temporária.
Sua mãe Andrômeda estava ao seu lado segurando a mãozinha da filha que estava com lágrimas nos olhos.
-Eu vou morrer mamãe?-pergunta chorando.
-Oh não minha querida,está apenas passando mal-diz a mãe acariciando os cabelos da menina-Viverá por muitos anos,será uma rainha e me dará muitos netinhos.
Charlie ficou pensativa por alguns instantes.
-Mas..e se eu quiser ser uma curandeira?Eu poderia mamãe?-pergunta sorrindo.
-Você pode ser o que quiser minha princesa-diz a mãe depositando um beijo na testa da garotinha que soltou um gemido de dor.
-Mamãe minha cabeça está doendo muito,e minha garganta também-Charlie resmunga fazendo caretas.
-Feche os olhos minha filha e pense coisas bonitas,tudo vai ficar bem..
Atualmente.
Charlie sorriu entre as lágrimas abandonando seus sonhos de se tornar curandeira,reencontrar sua verdadeira familia,ou se casar com Draco.
Naquele momento ela seguiu o conselho de sua mãe e fechou os olhos imaginando como seria seu destino que ela nunca teria.
Logo Charlotte apagou para sempre,ela parecia uma linda princesa,parecia estar dormindo,um leve sorriso em seus lábios indicava que ela estava tendo um belo sonho..
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