História Coração Mecânico - Capitulo X

P.O.V Ally

Após Slender ter a levado, minha missão havia acabado por ali, eu, Bryan e Matt voltamos para a mansão dos descendentes e cada um foi pro seu quarto. Eu me sentia inquieta, como não fui perceber que ela era a garota que Slender havia me mandado buscar? Ela havia se tornado minha amiga, mesmo com aquele humor único eu consegui finalmente ter uma amiga e agora a perdi. Mas o assunto principal é: por que Zalgo queria a garota morta?

Neste momento em que percebo eu já estava na floresta caminhando e chutando uma pedrinha a algum tempo, ao longe vejo um corpo feminino no chão, algum dos creepys deve ter encontrado a garota por aqui e largaram o corpo dela ai. Reviro os olhos me aproximando do corpo, mas não pude ver seu rosto, pois seu cabelo negro o cobria. Ela me parecia familiar... Não, não pode ser ela, Slender deve ter a prendido na mansão dele, não tem como ela escapar por lá, está cheio com os creepys mais velhos e experientes lá, impossível passar por lá sem ser notado. Me abaixo chegando o pulso da garota.

- Ainda esta viva. – Sussurro. Não foi um creepy que fez isso. Nós nunca deixamos vítimas vivas pra trás. Pego minha faca me preparando para mata-la, mas então passa um vento fraco por nós tirando o cabelo dela do rosto e reconheço aquela face. – Agatha! – Tento acorda-la mas não funciona, deve ter desmaiado. Pego o celular enviando uma mensagem pro Bryan.

Ally: maninho me ajuda, a Agatha escapou do Slender e encontrei ela na floresta, ela desmaiou. Não conte nada pra ninguém, preciso de ajuda pra levar ela pro meu quarto.

Bryan: o que? Como assim ela escapou dele? Seja lá qual for seu plano espero que saiba que isso seria suicídio deixar ela em seu quarto.

Ally: Eu tenho um plano e preciso dela pra descobrir o resto dele. Por favor Bry, me ajuda. Não consigo carrega-la ate lá.

Bryan: quero seu PS4

Ally: o que? Não, nem vem que não tem.

Bryan: então não te ajudo.

Ally: não! Ta eu te dou, mas vem logo antes que alguém nos ache.

Bryan: já acharam, olha pra trás.

Olho pra trás vendo ele encorpado numa arvore guardando o celular no bolso.

- Seu filho da puta! Que bosta, perdi meu PS a toa. – Faço bico cruzando os braços.

- É eu sei, mas lembre-se que minha mãe também é sua mãe. – Ele diz se aproximando e pega a garota no colo.

- Aé verdade, tava só te xingando mesmo. – Digo e voltamos andando pra mansão. – Espera aqui, vou abrir a janela e jogar uma corda pra você subir com ela.

- Só me disseram pra carregar alguém, ninguém falou nada de escalar com ela nas costas. – Ele diz me encarando.

- Sem PS pra você. – Digo e ele revira os olhos.

- Ta bom, vai logo. – Ele diz, sorrio convencida e entro na mansão subindo ate meu quarto correndo, abro a janela e jogo uma corda grande por lá a prendendo em algum lugar fixo. Olho pra baixo pela janela e vejo ele a prendendo na corda e sobe, entra pela janela e me ajuda puxando a corda com ela amarrada. Ao passar pela janela ela vai de encontro ao chão.

- Ops. – Digo e o vejo ir ate minha TV e começar a tirar os cabos que a ligam no PS. – Não, não, não. – Corro ate o closet pegando uma caixa de PS novo e entrego pra ele.

- Então você já tinha um reserva e não me deu? Sua praga. – Ele diz me encarando.

- Ia esperar ate seu aniversário, mas já que ia pegar o meu te dou esse e arrumo outra coisa de presente. – Digo e ele me abraça.

- Valeu maninha, te amo. – Ele diz e rio de sua animação.

- Também te amo, agora vaza do meu quarto. – Digo e ele levanta uma mão em sinal de rendição enquanto segura o PS na outra e sai do meu quarto sorrindo.

Vou até a Agatha que estava jogada no chão igual batata e a desviro desamarrando a corda e a coloco em cima de um puff ao lado de minha cama. Ela respira mais forte, meche a mão e em seguida abre os olhos olhando em volta e depois seus olhos param em mim.

- Boa dia bela adormecida. – Digo sorrindo pra ela.

P.O.V Agatha

- Vai pro inferno. – Resmunguei me levantando colocando a mão no estômago. Sentia como se tivesse sido espancada no mínimo 2 vezes, me levantei apoiada em um móvel. – Cadê aquele maldito? – Perguntei irritada com meu querido irmãozinho que seria melhor morto, mas que droga estou ficando com a personalidade do djanho da boneca de satanás.

- Quem? Meu irmão? – Perguntou ela, bati a mão contra a mesa mais irritada.

- Não! – Falei fechando os olhos, toda vez que os fechava poderia ver seu sorriso irônico e isso estava me irritando mais. – O lazarento das cobras.

- Ahn? Você estava desmaiada na floresta quando te achei, não havia ninguém lá. – Perguntou, ela parecia confusa com minhas palavras. Fui até um espelho que tinha lá e tirei as malditas lentes que eram a segunda causa para me irritar.

- O Slender tem algum registo de assassinatos? – Perguntei a olhando, era estranho ficar sem as lentes perto de alguém, mas como ela já sabia da coloração verdadeira não havia motivo de esconder eles.

- Não que eu saiba, são muitos assassinatos diariamente, ele deve ter eu acho, sei lá. – Falou Ally se jogando na cama, repugnei pegando uma almofada jogando em sua cara.

- Consegue pegar esses documentos? – Perguntei séria.

- Talvez. – Diz ela olhando pras unhas.

- Quero uma resposta concreta, sim ou não? – Falei a encarando.

- Sim. – Falou ela como se não estivesse nem ai.

- Então pegue para mim. – Falei de forma autoritária.

- Pra quê? – Perguntou se sentando na cama me olhando.

- Não te interessa. – Falei de forma ríspida.

- Então vai pegar você ué. – Falou Ally, ri de leve.

- Só me falar aonde fica que eu vou. – Falei imitando seu jeito de falar.

- Dentro do escritório dele na outra mansão lá tem uma estante cheia de pastas e papeis, mas duvido que consiga entrar lá sem ser vista e capturada novamente. – Falou Ally, comecei a rir.

- Para isso serve a boneca satânica. – Falei baixinho ainda rindo.

- Se vira e busca você então, já te tirei quase morta da floresta e a trouxe até aqui e ainda fica reclamando, devia ter te deixado lá pra morrer! – Falou ela um pouco irritada, antes de sair do quarto mostrei os dois dedos do meio.

- Também te adoro. – Falei rindo antes de sair de seu quarto me dirigindo ate a outra mansão indo pra sala de Slender, aparentemente tudo estava calmo. Entrei em sua sala sem fazer barulho e fechei a porta sem fazer barulho também.

Fui até as largas estantes que parecia uma biblioteca mal assombrada, ao fundo tinha um espelho decorativo.

- Puta merda, espelhos me perseguem! – Resmunguei procurando o documento, assim que cheguei na classificação assassinato a porta se abre e pude escutar a voz de dois indivíduos, um deles era a voz de Slender e a outra voz nunca havia escutado.

Fui indo mais pro fundo do corredor me encostando no espelho aonde era a parte mais escura da sala.

- “Tenho certeza que ela estava presa no quarto, Zalgo!” – Falou Slender mentalmente.

- Você acha que acreditarei em uma forma inferior de vida. – Riu Zalgo de forma irônica.

Agora percebia o quanto estava encrencada se me vissem ali, morte na certa!

Sinto mãos geladas cobrirem minha boca, fechei os olhos pensando ser aquele demônio porém quando reabri eles estava dentro do espelho onde tudo era ao contrário.

- Você me trouxe aqui? – Perguntei, já sabia que foi aquela boneca endemonhada.

- Te trouxe para ver de visão VIP a morte de Slerderminho. – Falou a boneca rindo. – Esperei tanto para ver a queda do homem sem rosto! – Percebi que a boneca somente me ajudou para concluir seus planos, não sabia o que dizer. Apenas ouvir seus risos e suas palavras carregadas em ódio e olhos atentos aquilo que considerava ser um espetáculo. Estava me sentindo presa em um território de demônios, pude ouvir as falas de Slender "não tive culpa!” ate o momento de ossos quebrando e o sangue pingando no chão como se fosse um eco, apenas vi a sombra de Zalgo carregando a carregando cabeça de Slender espalhando mais sangue pelo chão do escritório.