História Coração Mecânico - Capítulo III

P.O.V   Ally

- Demônio monstruoso? – Pergunto.  

- Sim. Ela parece um. – Diz a garota. – Ah. Olha os meus modos. Sou a Ambre e essa é a Mel. – Ela diz apontando pra outra garota. A Ambre é um pouco mais alta que eu, sua pele é clara, seus olhos são azuis e seu cabelo é loiro, mas da pra ver que não é natural. Já a Mel é mais alta, sua pele é um pouco mais bronzeada, seus olhos são verdes e o cabelo é num tom escuro de castanho. Elas são aquelas meninas populares e metidas que toda escola tem. Elas sentam em uma mesa com dois garotos e suponho que seja os namorados delas. Reconheço um dos garotos como Hale e o outro não faço a mínima ideia de quem seja. – Sente-Se Ally. Esses é Jack, namorado da Mel. – Ela aponta pro cara com cara de jogador. – E este é Liam, meu namorado. – Ela aponta pro Hale. 

- Olá senhorita Martin. – Ele me cumprimenta. 

- Olá senhor Hale. – Digo com um sorriso e me sento no banco a sua frente. 

- Vocês se conhecem? – Pergunta a Ambre. 

- Digamos que sim. – Ele responde ainda me encarando. Ela faz uma cara feia, bufa e senta ao lado do Liam. Começamos a conversar várias coisas aleatórias e as vezes perguntava alguma coisa de uma garota estranha e tals, mas elas sempre respondiam que era a Agatha. Não sei se ela é realmente a garota que procuro, a Agatha tem cabelo preto, mas seus olhos são meio violetas. O Liam cutuca meu pé com o dele e indica pra segui-lo. 

- Já volto. – Ele diz se levantando e saindo do refeitório. Espero um tempinho e digo: 

- Eu esqueci algo no meu armário. Vou pegar entes que o sinal bata. – Falo e me levanto indo em direção a porta do refeitório. 

- Por que demorou? Só temos alguns minutos ate o sinal. – Ele fala. 

- Não podia deixar muito óbvio que eu vinha falar com você. Ok, mas que foi? – Pergunto. 

- A garota. Não encontrei ela em nenhum lugar da escola. Achei que ficaria mais fácil se eu namorasse a garota mais popular da escola, mas não ajudou muito. Desconfio que seja a garota, aquela que estava com você antes de a Ambre aparecer. – Ele diz. Já estava desconfiando, mas agora tenho certeza.  

- Eu não sei. Ela parece meia estranha, mas é bem legal. – Digo. 

- Você é a creppy que o Slender mandou, certo? – Ele pergunta. – Ele disse que você viria pra me ajudar a encontrar a garota do Zalgo. – Ele termina. 

- Estranho. Ele não me disse nada de já ter um proxy aqui a procurando. – Falo. 

- Como Sabe que sou um proxy? Consegue ver? – Ele pergunta levantando o braço. Olho seu pulso e não tinha nada. 

- Não. – Digo, mas começa a aparecer o símbolo ali. – Agora sim. – Falo. 

- Se não estava vendo, como sabia? – Ele pergunta confuso. 
-

Seus olhos. São iguais ao do seu pai. – Digo e ele da um sorriso de perder o fôlego. 

- E os seus também. – Ele diz e eu também sorrio. 
- Por que você usa um nome falso e eu não? Ninguém sabe que existimos. – Pergunto. O nome dele não é Liam e não existe lendas sobre nós. 

- Você sabe meu nome verdadeiro? – Ele pergunta e o sinal bate. 

- Até mais senhor Hale. – Digo e fico na ponta dos pés. – Ou melhor, Matt. – Digo baixinho em seu ouvido e vou pra minha sala. Não tinha quase ninguém lá, então sentei na minha carteira, peguei meu caderno e fiquei desenhando até a aula acabar. A Agatha não apareceu mais depois, então fui procura-la, mas não achei. O carinha do táxi, que eu esqueci o nome, buzina pra mim e eu vou pro carro esquecendo da garota.